QUEM DISSE QUE LÚCIFER É SATANÁS? | JP Padilha



O nome Lúcifer é frequentemente aplicado a Satanás em todos os textos onde o respectivo termo é usado, mas não há base bíblica para esta ideia. Como podemos ver em Isaías 14.12, por exemplo, a palavra "Lúcifer" é a tradução da palavra hebraica "heylel”, que significa “estrela da manhã”. Todavia, ainda neste artigo veremos outras traduções tendenciosas que foram inseridas na maioria das Bíblias. Versões da Bíblia bem conhecidas, tais como a “Revista e Corrigida”, “Revista e Atualizada” e “Linguagem de Hoje”, traduzem essa palavra como "estrela da manhã”. Mas, será que “Lúcifer” designa Satanás nas Escrituras? A resposta é obviamente não.

Na Bíblia, vemos esse termo sendo usado para se referir ao rei de Babilônia (Is 14) e a Jesus Cristo (2Pe 1.19; Ap 2.28; 22.16). Sim, o termo “Lúcifer” é também atribuído a Jesus nas Escrituras. Em 2Pe 1.19 o vocábulo se encontra como “estrela da alva” e em Apocalipse 2.28; 22.16 encontramos a palavra "estrela da manhã". Todas essas traduções estão corretas.

Em todas as passagens do Novo Testamento a “estrela da manhã” não é Satanás nem qualquer outra criatura blasfema. Cristo é a brilhante “estrela da manhã” nestes versos.

Em Isaías 14.12 encontramos diversas versões para a palavra “Lúcifer”, tais como "estrela da manhã", "filho da alva", "astro brilhante", "filho da aurora", "filho da alvorada", "brilhante", "Lúcifer". Qualquer um desses sinônimos usados pretensiosamente em diferentes traduções desse texto afirma que o personagem subirá acima de Deus. Isaías 14 é uma profecia sobre a queda do rei de Babilônia (cf. 14.4). Este rei exaltava-se, buscando tomar a glória que pertence a Deus.

O contexto da passagem começa falando sobre a queda do rei de Babilônia do céu; mas isso não quer dizer que ele esteve no céu, mas sim que seu desejo de “subir ao céu” e estar “acima das estrelas (anjos) de Deus o levou a esta queda. Senão, vejamos:

Primeiro vemos Deus dizendo: “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!” (Isaías 14.12)

No versículo posterior vemos o porquê de Deus ter dito isso. O rei de Babilônia disse: “Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14.13,14).

A resposta de Deus vem logo nos versículos seguintes: “E contudo levado serás ao inferno (a palavra “Inferno” vem do hebraico Sheol e do grego Hades, e significa Sepultura), ao mais profundo do abismo. Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem (aqui fala de um homem, ou seja, o rei de Babilônia, Nabucodonosor) que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos? Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos? Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada. Porém tu és lançado da tua sepultura (inferno – Hades), como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado. Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada. Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades. Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR. E farei dela uma possessão de ouriços e a lagoas de águas; e varrê-la-ei com vassoura de perdição, diz o Senhor dos Exércitos. O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará” (Isaías 14.15-24).

Acabamos de ver que Deus amaldiçoou o rei de Babilônia pela sua arrogância e pretensão em ser mais do que Deus. Sendo assim, por que o nome "Lúcifer" é frequentemente aplicado a Satanás? O uso partiu de uma interpretação errada de Isaías 14.12. Muitos comentaristas inseriram algo maior neste texto, vendo-o como uma explicação da origem de Satanás. Certamente há razão para acreditar que o Diabo foi um dos anjos de Deus (Jó 1.6), que ele tem estado em rebelião contra Deus desde antes da criação da Terra (1Jo 3.8; cf. Gn 3) e que vários anjos seguiram sua desobediência e serão castigados eternamente (Jd 1.6).

A partir dessas referências, o que podemos salientar é que o rei de Babilônia cometeu o mesmo tipo de pecado que o Diabo: desafiar a autoridade do Rei dos reis. Neste sentido, podemos pensar em "Lúcifer" como um filho ou discípulo de Satanás (cf. Jo 8.44). Todavia, a profecia de Isaías 14.12 não está falando especificamente do Diabo.

Esta é uma lição permanente para nós de Isaías 14. O rei de Babilônia serve como um lembrete claro da verdade das palavras de Jesus em Lucas 14.11: "... todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado”. Que possamos aprender com este maravilhoso ensino e andar humildemente com nosso Deus, “com temor e tremor” (Fp 2.12).

– JP Padilha
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Satanás era o ministro de louvor no céu? | Mario Persona



Perguntas do tipo "O diabo era ministro de louvor nos céus?" são típicas de quem vive dentro de uma organização religiosa onde existem cargos como "Ministro de Louvor", "Presidente da Mocidade""Presidente da Sociedade de Senhoras""Diretor de Missões" etc. Tudo isso é invenção humana, e não me surpreenderia se alguém perguntasse se no Éden Eva teria sido "Presidente da Sociedade de Senhoras" e Paulo "Diretor de Missões".

Esse costume de se criar cargos na igreja foi herdado das empresas norte-americanas onde todo mundo é Presidente, Vice-Presidente ou Diretor de alguma coisa. Bom para o ego de alguém que no dia a dia é o capacho na empresa onde trabalha, mas na igreja é presidente de alguma coisa, nem que seja dos guardadores dos carros.

Se ler a passagem normalmente usada para afirmar que Lúcifer era "Presidente do Louvor" ou "Regente do Coro" no céu verá que ela não diz isso. Diz apenas que nele havia a habilidade de seus tambores e pífaros. Mas mesmo essa afirmação depende da versão utilizada, pois algumas nem falam de tambores ou pífaros. Veja como Ezequiel 28:13 aparece em diferentes versões:

"Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados." - Almeida Revista e Corrigida.

"Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados." - Almeida Revista e Atualizada.

Ainda que a versão que fala de tambores e pífaros seja a correta, devemos nos lembrar de que a Palavra de Deus usa elementos do mundo material para representar verdades espirituais. Ou você acha que no céu existe uma fábrica de instrumentos? Repare que a Bíblia também utiliza como figura instrumentos da época em que foi escrita. Se fosse hoje leríamos algo como guitarras, baterias, teclados etc.

Se pensarmos que os anjos estavam empenhados em um cântico conjunto quando a Terra estava sendo criada, é melhor esquecer a ideia de uma orquestra de instrumentos materiais quando nem matéria ainda havia. Veja que a passagem em que Deus conta a Jó como foram os cânticos do coral angelical tem a ver com a criação da Terra.

"Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus?" (Jó 38:4-7).

Até mesmo esta passagem usa elementos do mundo material tangível para poderem ser compreendidos pelo leitor, como "fundamentos" ou "alicerces""cordel""pedra angular". Que os anjos cantavam nesse momento fica evidente porque a Palavra de Deus o afirma. Que precisavam de algum regente ou maestro ou "Presidente do Louvor" para isso é mera especulação de quem gosta de distribuir crachás e plaquetas em portas de salas e escrivaninhas.

– Mario Persona
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O PASTOR DA IGREJA É CRISTO | JP Padilha



Você JAMAIS encontrará nas Escrituras a ideia de um homem ser "pastor de uma igreja local", ou, ainda, "pastor de uma denominação (seita) dentro da igreja" e muito menos um homem que tenha o título de "Pastor da Igreja", pois o Pastor da Igreja é Cristo. Quando entendemos a diferença entre dom e ofício, e como as Escrituras as tratam de formas distintas, percebemos o quão longe da verdade estão afirmações do tipo "Ele é o Pastor de uma igreja". Em circunstâncias normais, o pastorado nunca é "o" único dom em uma igreja local. Tampouco um pastor por vocação deve ficar restrito a exercitar seu dom em "uma" igreja local ou até mesmo em uma seita dentro da igreja. O seu dom lhe foi dado para ser usado para o proveito de todo o Corpo de Cristo. O modo biblicamente correto de dizer seria "Ele é um pastor NA igreja de Deus" – o Corpo de Cristo.

O único lugar nas Escrituras onde encontramos alguém presidindo sobre uma assembleia local é o caso de Diótrefes, um homem mau (3 Jo 9-10). Ele mandava e desmandava na congregação, exercendo uma função que jamais fora outorgada a nenhum membro do Corpo de Cristo, que é a de um Clérigo acima dos demais cristãos. Assim agem os pequenos papas evangélicos que reinam soberanos nas várias denominações religiosas da cristandade professa.

– JP Padilha
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QUAL SERÁ A NOSSA IDADE E APARÊNCIA NO CÉU? | JP Padilha



Não podemos determinar com máxima categoria qual será a nossa idade no céu, mas podemos ter certeza de que todos terão uma idade similar à que Jesus tinha quando ressuscitou dentre os mortos. Vamos entender melhor isso. Em primeiro lugar, a Bíblia diz que todos os salvos ressuscitarão à semelhança de Jesus (Gn 5.1; Rm 6.5-6), isto é, em um corpo humano. Provavelmente nossos corpos aparentarão o corpo de Jesus, que morreu na idade de seu completo desenvolvimento biológico, o que se dá por volta dos 30 anos. Em segundo lugar, Deus criou Adão adulto. Portanto, as crianças também ressuscitarão com o corpo de um adulto e não serão transformadas em "anjinhos barrocos". É um grande erro dizer que crianças que morreram foram transformadas em "anjinhos" ou "estrelinhas". Esse tipo de pensamento espúrio relega o ser humano a uma condição inferior àquela que Cristo tem reservada para Ele.

Os que morreram em Cristo (isto é, não morreram em seus pecados) ressuscitarão no arrebatamento. Isso incluirá os santos do Antigo Testamento, crianças, abortivos e santos do Novo Testamento, embora façam parte das diferentes "famílias" ou classes de salvos mencionadas na Palavra de Deus. Vale lembrar que o arrebatamento não é o mesmo evento que a segunda vinda de Jesus. No arrebatamento, Cristo vem nos ares, arrebata a Igreja e retorna ao céu (1Ts 4.17). Já no evento final da segunda vinda, após a Tribulação de sete anos sobre a terra, Cristo desce à terra para habitar e reinar por mil anos (Mt 25.31-32). O arrebatamento é iminente, ou seja, pode acontecer a qualquer momento, e nós, a Igreja, estaremos para sempre com o Senhor, "de quem toma o nome toda família [ou cada família], tanto no céu como sobre a terra" (Ef 3.15 - ARA). Também devemos nos lembrar de que somente os salvos pela fé em Cristo Jesus há 2.000 anos é que pertencem à Igreja – a noiva do Cordeiro.

Todos os espíritos que morreram em Cristo e que neste momento estão na presença do Senhor voltarão aos seus corpos glorificados e subirão para estar com Cristo no céu em corpos de carne e ossos. Eles não morarão na terra durante o milênio (o reino milenar de Cristo e a Igreja sobre a terra). Somente os judeus e gentios convertidos durante os sete anos de tribulação habitarão na terra, enquanto a Igreja estará no céu, pois, como fora mencionado, ela já terá sido arrebatada nos ares. Após o arrebatamento, vem os três anos e meio de tribulação, conhecidos como “princípio das dores”. Os três anos e meio restantes é chamado de “grande tribulação”.

A maioria das pessoas de todas as eras irá se perder. As Escrituras Sagradas deixam muito claro que os salvos de todas as eras serão poucos, haja vista que os perdidos serão em maior número que os salvos. Cristo é muito enfático em dizer que poucos são os que entram pela porta estreita e caminham pelo caminho que leva à vida, e que muitos são os que entram pela porta larga e andam pelo caminho que conduz à perdição, como podemos constatar no versículo abaixo:

“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem” (Mateus 7.13,14).

É muito importante entender que, ao contrário dos filmes de Hollywood que incluem incrédulos testemunhando a ressurreição de Jesus, a visão dessa ressurreição será reservada apenas aos salvos, como foi na primeira ressurreição do Senhor. Ele nunca foi visto por nenhum incrédulo em seu corpo ressuscitado e a visão que o mundo guarda dEle é de um morto, não de um vivo. A subida dos santos também será como foi a do Senhor, que foi vista apenas pelos discípulos.

No seu livro “Acontecimentos Proféticos”, Bruce Anstey explica o seguinte: “Os santos celestiais serão como o Senhor no aspecto moral (1Jo 3.2) e também fisicamente (Fp 3.21). Assim como o Senhor estará no "orvalho de Tua mocidade", eles também serão restaurados à primavera da vida (Sl 110.3). Os santos idosos, cujas faculdades físicas e mentais estiverem arruinadas, serão todos restaurados à força e ao vigor de seus corpos ressuscitados. Nunca mais verão corrupção (1Co 15.42-57; 2Co 5.1-4). Do mesmo modo como foram feitos à semelhança do Senhor moral e fisicamente, os santos celestiais terão as capacidades de seus corpos glorificados imensamente incrementadas. Estarão aptos a visitar a terra, subindo e descendo por toda ela em um instante (Lc 24.30-35), e passarão através de objetos sólidos como paredes, etc. (Lc 24.36-43; Jo 20.19-29). Porém, não terão os atributos de onisciência, onipresença ou onipotência, os quais pertencem somente a Deus”.

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QUEM É O JP PADILHA? QUAL É A SUA PROFISSÃO?

Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....