Na Igreja, instrumentos musicais não são permitidos no culto a Deus | JP Padilha


Os sacrifícios cristãos não são literais e exteriores como no Judaísmo, mas sim "sacrifícios espirituais" (1Pe 2.5; Hb 13.15; Jo 4.23; Fp 3.3). Já que o cristão adora "em espírito e em verdade", ele poderia sentar-se em uma cadeira sem se movimentar, e mesmo assim poderia ser produzido em seu espírito um verdadeiro louvor e adoração a Deus por meio do Espírito Santo que habita nele. Esta é a verdadeira adoração celestial. O cristão não necessita de uma orquestra ou de um coro para extrair adoração de seu coração, como era o caso de Israel no Judaísmo.

Adorar com o auxílio de instrumentos musicais é adorar da forma judaica. Misturar o conhecimento e a revelação inerentes ao Cristianismo com a ordem judaica de adoração (a qual é essencialmente o que a maioria das assim chamadas "igrejas" fazem) não é Cristianismo autêntico. No céu não haverá necessidade de um auxílio mecânico e exterior à adoração a Deus, e os cristãos tampouco precisam deles agora, pois já estão adorando a Deus do modo celestial.

Por esta razão não encontramos no livro de Atos ou nas epístolas qualquer referência de cristãos adorando ao Senhor usando instrumentos musicais. E se alguém alega seguir a doutrina Sola Scriptura (latim – Somente a Escritura), este alguém deve entender que durante toda a dispensação da graça, a qual vivemos desde o período de Atos, como Igreja, não nos é ordenado que adoremos a Deus com instrumentos musicais. Isso não existe na doutrina dos apóstolos como doutrina nem como norma de culto. Não existe uma menção sequer nas epístolas do Novo Testamento de uma adoração cristã auxiliada por instrumentos musicais. Seria obra do acaso que os únicos dois instrumentos mencionados no Novo Testamento para adoração a Deus sejam o "coração" (Cl 3.16; Ef 5.19) e os "lábios" (Hb 13.15)? Seria obra do acaso que somente no Velho Testamento (dispensação da lei) e nos mil anos de reinado de Cristo sobre a Terra (dispensação da plenitude dos tempos) é que os instrumentos musicais aparecem como norma para se cultuar a Deus? Por que a doutrina dos apóstolos (Atos e Epístolas) faz total silêncio quanto a instrumentos musicais inseridos na adoração cristã?

No Cristianismo, tudo o que encontramos é "cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração" (Ef 5.19; Cl 3.16). Somos instruídos a oferecer "sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu nome" (Hb 13.15). Mesmo assim, a distinção entre a adoração cristã e o Judaísmo tem sido ignorada nas denominações religiosas espalhadas pelo mundo. Bandas e até grandes orquestras passaram a fazer parte integral dos "cultos de adoração" de nossos dias. Tal modelo de culto é chamado de "ministério de música", mas o objetivo parece ser mais voltado ao entretenimento da audiência do que ao – assim chamado – “ministério”. Porém, onde encontramos um “ministério de música” na doutrina dos apóstolos? A resposta é óbvia: Em nenhum lugar!

Não somente inexiste qualquer direção na Palavra de Deus para os cristãos adorarem dessa maneira, como a própria história mostra que a música instrumental não teve virtualmente qualquer parte no Cristianismo durante os primeiros 1.400 anos! (Há uma total ausência de música instrumental na Igreja nos primeiros 700 anos, seguidos de uma ferrenha oposição a ela durante os próximos 700 anos). Foi somente nos últimos séculos que a música instrumental passou a ser aceita e usada na adoração e na atividade evangelística. A questão é: Se o chamado "ministério de música" é tão importante para a vida da assembleia, como a Igreja hoje a considera, por que o apóstolo Paulo não exortou as assembleias às quais escreveu a adotarem um "ministério de música" em suas reuniões? E por que não existe qualquer menção disso no Novo Testamento? Cremos que o uso de instrumentos musicais na adoração – além de muitas outras coisas inventadas pelo homem que acabaram sendo introduzidas nos cultos – é uma evidência do distanciamento que as Escrituras nos alertam que ocorreria com a Igreja. À medida que as coisas no testemunho cristão foram se afastando da ordem dada por Deus, a música instrumental foi pouco a pouco conquistando um lugar (porém não sem oposição), até acabar sendo aceita como normal para a adoração cristã. Ela pode ter sido até introduzida com boas intenções, mas, mesmo assim, não tem lugar na adoração cristã (não na Bíblia).

Não queremos com isso dizer que o cristão não possa tocar música instrumental em honra ao Senhor, mas apenas que ela não tem lugar na adoração cristã. J. N. Darby escreveu: "Se eu puder fazer um pobre pai enfermo dormir com música, tocarei a música mais bela que puder encontrar; mas ela irá estragar qualquer adoração ao introduzir o prazer dos sentidos naquilo que deveria ser fruto do poder do Espírito de Deus".

Podemos sim usar instrumentos musicais para tocar em uma banda de Rock, com letras com temáticas cristãs e que falem de Deus e de Sua glória, amor, justiça, juízo, entre outros de seus atributos. Nossa oposição aqui é contra instrumentos musicais durante as reuniões de culto a Deus. Isso é ir além do que a Escritura define como culto a Deus na dispensação da graça.

VINHO NOVO EM RECIPIENTES NOVOS

Apesar de tudo, muitos cristãos rejeitam a ordem de Deus e insistem que o modo de Israel se aproximar de Deus em adoração é o verdadeiro padrão para a adoração cristã. Porém, se o modo de Israel adorar no Antigo Testamento for o padrão para a adoração cristã, então por que razão as Escrituras dizem que a adoração cristã é um "novo" caminho de adoração? (Hb 10.20). O Senhor sabia que haveria uma tentativa de se vincular a velha ordem de coisas à nova ordem do Cristianismo, e alertou que fazer isso seria como colocar remendo novo em pano velho e vinho novo em odres ou recipientes velhos (Lc 5.36-39). Isso acabaria por estragar a ambos. É exatamente o que tem acontecido na profissão cristã. O Senhor continuou ensinando que "vinho novo" é para ser colocado em "odres novos". Isto significa que as coisas novas relacionadas à adoração cristã devem ser encontradas em uma nova configuração, adequada a essa adoração. O Senhor também disse que quando alguém se acostuma com o vinho velho das coisas judaicas e experimenta o vinho novo do Cristianismo acaba achando inicialmente que o velho é melhor (Lc 5.39). Por estar sentimentalmente ligada àquela ordem exterior de adoração, que tem um forte apelo para os sentidos, não é fácil para a pessoa desvencilhar-se disso.

Como já dissemos, a epístola aos Hebreus trata detalhadamente deste problema. Ela toma uma característica do judaísmo após outra e as compara com aquilo que agora temos no Cristianismo, concluindo, quase que em todos os seus capítulos, que agora temos algo "melhor" (Hb 1.4; 6.9; 7.7,19,22; 8.6; 9.23; 10.34; 11.4,16,35,40; 12.24).

UM DESAFIO AOS QUE INSISTEM NO ERRO

Não há uma só linha nas epístolas dos apóstolos, nem nos primeiros 1.400 anos da história da Igreja, em que os cristãos tenham usado instrumentos musicais ou outras formas de entretenimento para o funcionamento do culto a Deus. Os argumentos expostos nos comentários contra minha posição bíblica de não acrescentar instrumentos musicais (nem nada que não seja expressamente prescrito pela Santa Escritura) ao culto a Deus estão fundamentados nas várias dispensações das Escrituras onde nada tem a ver com a "dispensação da graça", onde as EPÍSTOLAS DOS APÓSTOLOS ditam as regras. Uma certa mulher tentou argumentar, com base na "dispensação da lei", quando os instrumentos eram usados para louvor. Depois, outro homem veio e citou um versículo isolado de Apocalipse, onde o reino de Cristo já está instaurado; ou seja, ele fala com base na "dispensação da plenitude dos tempos", quando Cristo retornará para reinar por mil anos sobre a terra. Assim fica difícil levar essas pessoas a sério. Ora, alguém, por acaso, consegue encontrar esse tipo de adoração (com instrumentos musicais e outros tipos de forma mecânica) no evangelho da graça (epístolas dos apóstolos)?

O que falta a esses “pastores” e “ministros” do sistema religioso denominacional é o entendimento que me faltaria se eu tentasse socorrer um acidentado e tentasse reconstruir seu corpo. Por não ser médico, eu acabaria costurando os órgãos nos lugares errados, na ordem errada e para cumprirem funções erradas. O resultado seria um corpo bem ao estilo Frankenstein. Assim são as denominações existentes na cristandade, e é assim que muitos de seus ministros tentam explicar a Bíblia, sorteando os versículos que mais lhe agradam e que se encaixam em suas doutrinas pré-estabelecidas.

Quanto a isso, o apóstolo Paulo instrui Timóteo da seguinte forma: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2.15).

A versão de J. N. Darby, se traduzida para o português, ficaria assim: “Esforça-te diligentemente para apresentar-te aprovado a Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar, cortando com precisão a palavra da verdade”. Nesta versão, a imagem que temos é de um bisturi nas mãos de um hábil médico que separa os órgãos corretamente, de acordo com seu lugar, posição e função.

A primeira edição da Bíblia em inglês, publicada em 1535 por iniciativa do Rei Tiago da Inglaterra, ou “King James”, trazia um prefácio de Miles Coverdale que trazia um conselho semelhante: “Será de grande auxílio para entenderes as Escrituras se atentares, não apenas para o que é dito ou escrito, mas de quem e para quem, com que palavras, em que época, onde, com que intenção, em quais circunstâncias, e considerando o que vem antes e o que vem depois”.

Sendo assim, não se pode querer entender a Bíblia como um saco de versículos que você sacode, mistura e tira dali uma passagem qualquer para embasar uma doutrina. Como escreveu Coverdale, é preciso saber “de quem e para quem... onde, com que intenção e em quais circunstâncias” aquela passagem aparece ali.

Jesus nunca pregou com fundo musical. Nem os apóstolos o fizeram. E se você me perguntar se esse tipo de coisa é pecado, eu direi que sim, pois essa não é a ordem de Deus para a Igreja em Seu culto. O que não foi expressamente ordenado por Deus para culto e ministério não deve ser acrescentado por invenções humanas. Isso se chama zelo pelas Escrituras (Dt 12.32). O culto pertence a Deus, não aos homens. O culto não foi estabelecido para entreter os homens, mas sim para glorificar a Deus por meio da pregação, louvor e ação de graças (entre outras coisas ordenadas diretamente pela Palavra). Você não encontrará no Novo Testamento a ordem de que devemos acrescentar instrumentos musicais à adoração dos santos da nova dispensação. Isso era permitido apenas aos judeus na dispensação da LEI. Isso é Judaísmo, não Cristianismo. Se você deseja música e outros tipos de entretenimento, sugiro que vá para um show, não para um culto.

ADIAPHORA – UM ALERTA SOBRE OS PRINCÍPIOS QUE REGULAM O CULTO

Adiaphora (do grego ἀδιάφορα - adiaforon) é a palavra usada para se referir a algo que não é obrigatório nem proibido. Em outros contextos, possui também o sentido de "insignificante". Esta é a palavra adotada pelas denominações religiosas, tanto tradicionais como carismáticas. Elas aderiram a posição luterana da interpretação livre. Isto é, quando a Escritura não estabelece uma ordem direta de permissibilidade, assim entendem estar livres para determinar e instituir o que não foi instituído para o culto e adoração na Igreja.

Lamentavelmente, a maioria dos cultos realizados por ditos cristãos, hoje, não observa as normas estabelecidas pelo próprio Deus em relação ao Seu Culto. Porém, a Escritura determina, de forma cristalina, que só se pode ser aceito no Culto aquilo que está expressamente ordenado na Palavra como padrão de adoração.

Não existem cultos específicos em que Deus se sinta mais amado ou menos afrontado. Não existem “dias santos” ou “especiais” que Deus tenha estabelecido à Igreja para que o culto a Ele seja mais agradável. Porventura é nos dado autoridade para saquear a limitação dos elementos de culto estabelecidos detalhadamente pelo Deus da Palavra, seja no Velho ou no Novo Testamento? Não, em nenhum lugar da Bíblia. Isto se aplica a todas as formas de entretenimento que Deus jamais permitiu ou ordenou que Seu povo praticasse em Seu culto.

O que vemos na Bíblia é a ordem clara de se adorar a Deus através dos meios que Ele mesmo estabeleceu, e não com base na imaginação humana. A Escritura nos ensina claramente que o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por Ele mesmo e expressamente limitado pela Sua vontade revelada. Assim, Deus não deve ser adorado segundo as imaginações e invenções dos homens, nem sob as sugestões de Satanás nem sob qualquer representação visível ou de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras (Dt 12.32; Pv 30.6; Mt I5.9; Jo 4.24; 1 Co 3.10,11; 4.6; Gl 1.6-10; Cl 2.7,8).

Um exemplo de como o povo tem se perdido por conta da não-observância desses princípios são os instrumentos musicais como forma de entretenimento dentro do culto a Deus. Ora, se acrescentamos esses instrumentos como forma de adoração a Deus, sendo que Ele não nos ordenou tal prática judaica, como poderemos saber que outras coisas piores não serão acrescentadas no culto? Como podemos observar na atual cristandade, o resultado da desobediência nesse ponto é que agora as pessoas usam de todo o tipo de diversão como norma para o culto, tal como representações teatrais, danças, cantores “gospel” e até o maldito “Natal”, uma profanação ao nosso Deus e um insulto ao Homem de Dores (conferir artigos anteriores, neste mesmo capítulo, sobre o Natal).

Os que alegam ser irrelevante o que se deve ou não fazer dentro do culto dizem: “Mas isso são apenas circunstâncias do culto; sabemos não ser elementos do culto”. Ora, se partirmos dessa premissa, como saberemos que daqui a alguns dias não teremos mulheres seminuas dançando em torno de um poste ídolo para divertir os ditos “crentes” em uma assembleia? Se as "meras circunstâncias" são permitidas no culto a Deus em detrimento do princípio regulador do culto, como no caso dos instrumentos musicais, uma mulher de biquíni no culto também é uma circunstância aceitável, pois não faz parte dos elementos de culto, mas é uma “circunstância”, como alegam os defensores de que não devemos dar importância para aquilo que não é nitidamente proibido pela Palavra de Deus. Sendo assim, aonde isso vai parar? Segundo tal premissa, podemos fazer o que quisermos no culto a Deus. Por isso precisamos observar e obedecer os princípios que regulam o culto e nos restringir a eles.

Culto não é lugar de ouvir músicas, nem de celebrar cultos que não foram expressamente prescritos pela Palavra de Deus na dispensação da graça. O "Natal", a “Páscoa”, o “Teatro”, a “Dança” e tantas outras formas de entretenimentos pagãos e mundanos são puramente direcionadas a deuses pagãos. Nenhuma dessas práticas possuem resquício de amparo da Escritura.

Algumas pessoas reclamam dizendo que sentem falta de instrumentos musicais para adorarem a Deus, e que esses instrumentos são “circunstâncias comuns” no culto, tais como orar de joelhos ou de olhos fechados. Todavia, orar de joelhos ou de olhos fechados não interfere nos princípios que regulam o culto. O fato é que a Bíblia diz que o único instrumento para se adorar a Deus no Novo Testamento é um coração puro e os lábios dos que adoram ao SENHOR. Ponto final.

O problema de muitos é não entender a diferença entre o sistema de coisas do judaísmo e o novo modo de culto e ministério do cristianismo. As pessoas querem imitar o que os israelitas faziam, mas não percebem que aquele era o modo ordenado por Deus na antiga dispensação para adoração. Os instrumentos musicais não fazem parte do culto na Igreja de Deus (de Atos a Apocalipse). Não somos o Israel de Deus. Somos a Igreja de Deus.

A palavra Cânone, em hebraico “qenéh” e no grego “kanóni”, tem o significado de "régua" ou "cana [de medir]", no sentido de um catálogo. Isto significa que não somos nós quem determinamos as regras de Culto e adoração a Deus. A Bíblia nos ensina, em toda a sua base e essência escriturística, que não temos o direito de revirar as Escrituras de cabeça para baixo, sacudi-la e, após não encontrar qualquer brecha para nossas vãs tradições, simplesmente estabelecê-las como normas de culto a Deus, ao bel prazer e sem nenhuma autoridade divina revelada.

Onde a Bíblia se cala, nós, cristãos, nos calamos simultaneamente. No Antigo Testamento vemos Deus ordenando Seu povo Israel que o adore segundo os padrões estabelecidos por Ele, e jamais segundo os moldes mundanos. Da mesma forma, no Novo Testamento, Deus ordena a Igreja que faça o mesmo que Ele ordenara a Israel neste sentido. Nada se deve acrescentar e nada se deve subtrair da Escritura Sagrada.

“Tudo o que Eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás” (Deuteronômio 12.32).

“Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15.9).

"E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito" (1 Coríntios 4.6).

“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22.18,19).

Antes que me chamem de legalista, aprendam o significado da palavra "Legalista". Legalista é aquela pessoa que acrescenta algo de sua própria mente à Palavra de Deus, algo que não está nas Escrituras. Essa pessoa cria uma tradição e exige que as pessoas a sigam. Ou seja, legalista é justamente a pessoa que INVENTOU a ideia de que na Escritura existe um "ministério de música" na Igreja de Deus, ou que afirma que Deus deu tal ordem, sendo que Ele não ordenou nada disso.

É certo que cantores e instrumentistas “gospel” que costumam fazer shows nas reuniões de culto irão ranger os dentes! Eles não querem perder os aplausos da multidão, nem descer do pedestal!

Finalmente, se alguém conseguir encontrar uma só norma no Novo Testamento de que devemos inserir instrumentos musicais às reuniões de culto, na dispensação da graça, nas epístolas dos apóstolos, eu mudo minha posição imediatamente.

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JP Padilha
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A melhor forma de calar os pentecostais em poucos segundos | JP Padilha



A melhor forma de calar os pentecostais/continuístas é mostrando a eles que a Bíblia começa a se calar com respeito aos dons de sinais logo após a carta aos Coríntios. De fato, quem leu a Bíblia irá perceber que já na era apostólica, após os acontecimentos de Atos e 1 Coríntios, os dons de sinais já estavam desaparecendo. Em Gálatas 4.13, Paulo está falando de uma “enfermidade física” que lhe acometeu e, ainda assim, Deus não o curou, mas o ensinou a depender dEle naquela dificuldade. Timóteo tinha "freqüentes enfermidades", mas Paulo não o curou, nem lhe indicou alguém que o curasse, mas o aconselhou que utilizasse um remédio para sua enfermidade (1Tm 5.23). Em 2 Timóteo 4.20, Paulo deixou Trófimo doente em Mileto, embora tivesse curado tantas pessoas durante seu ministério apostólico (At 19.11,12; 28.8,9).

O dom de línguas era um dom miraculoso de revelação inédita, e, como já observamos repetidas vezes, a era dos milagres e da revelação chegou ao fim com os apóstolos. Os últimos milagres registrados no Novo Testamento ocorreram por volta do ano 58 d.C., nas curas realizadas na ilha de Malta (Atos 28.7-10). Do ano 58 ao 96, momento em que João escreveu o livro de Apocalipse, nenhum milagre foi registrado. Os sinais milagrosos como o de línguas e curas são mencionados em 1 Coríntios, uma das primeiras epístolas a serem escritas. Embora duas epístolas posteriores tratem cabalmente sobre os dons do Espírito, as mesmas não fazem qualquer referência aos sinais milagrosos do dom de línguas e curas instantâneas. Muito pelo contrário, as cartas de Efésios e Romanos descrevem os dons miraculosos como sinais obsoletos e desnecessários para a edificação da Igreja. Em ambas as epístolas os dons extraordinários de línguas e curas já eram considerados sinais pertencentes ao passado (Hb 2.3,4). Com isto, a autoridade e a mensagem dos apóstolos não necessitavam mais de confirmação por meio de sinais. Antes do fim do século I, todo o Novo Testamento já havia sido escrito e circulava pelas igrejas de Cristo. Sendo assim, os dons de revelação acompanhados de sinais milagrosos haviam cumprido seu propósito e cessaram. Ao fim da era apostólica, com a morte de João, os sinais que identificavam os apóstolos como mensageiros da revelação divina já haviam se tornado questionáveis (2Co 12.12).

Quanto ao dom de línguas, as próprias epístolas registram que esse dom cessou. Outra vez é significativo perceber que as manifestações das “línguas” são mencionadas apenas nas primeiras cartas do Novo Testamento. Depois de 1 Coríntios, Paulo escreveu pelo menos doze epístolas em que não mais menciona as “línguas”. Pedro, Tiago, João e Judas jamais as mencionaram. O dom de línguas durou por um breve período de tempo (mencionado em Atos e 1 Coríntios) e desapareceu na medida com que a mensagem do evangelho foi disseminada.

Com efeito, logo que a Igreja de Deus foi estabelecida, o dom de línguas desapareceu. As epístolas posteriores não o mencionam. Tampouco se vê a Igreja pós-apostólica falando sobre isso. Os assim conhecidos “pais da Igreja” jamais mencionaram nada a respeito de “línguas”.

Jamais devemos ir além da Palavra de Deus (Gl 1.6-10; 1 Co 4.6; Sl 62.5; Nm 23.19). Aqueles que buscam por dons de sinais nos dias de hoje estão indo além da Palavra de Deus e praticando heresias. Por conta dessa busca frenética por “poderes milagrosos”, muitos se encontram vulneráveis a "todo vento de doutrina" e ao poder de Satanás (Sl 17.4,5; 2Tm 2.24-26). Falsos profetas farão sinais e maravilhas no futuro (Mt 24.24), mas serão sinais feitos pelo poder de Satanás.

Todas as passagens das Escrituras que tratam dos últimos dias da história nunca falam de sinais e milagres, mas sim da fraqueza dos crentes e do abandono de Deus em suas vidas. Veja, por si mesmo, o que Paulo diz a respeito da Igreja em seus últimos dias em 2 Timóteo 3. Veja, por si mesmo, o que João diz sobre os últimos dias da Igreja em Laodicéia (Ap 3.14-20). Veja, por si mesmo, o que Pedro diz em 2 Pedro 3.3,4 a respeito dos últimos dias da Igreja.

O Espírito Santo foi dado no dia do Pentecostes, e agora, como uma Pessoa divina, Ele habita nos corpos dos crentes (1Co 6.19) e Se encontra também na casa professa da cristandade (Ef 2.22). O Senhor Jesus falou disso (Jo 14.16,17), dizendo aos discípulos, antes do dia de Pentecostes, que esperassem por Sua vinda em cujo tempo eles seriam "do alto revestidos de poder" (Lc 24.49). Em Corinto, não foi dito aos crentes que esperassem que viesse "poder" sobre eles, mas que deveriam usar os dons do Espírito, os quais Deus lhes havia dado, inteligentemente, dirigidos por Sua Palavra e em uma santa liberdade, conforme fossem guiados pelo Espírito (1Co 12.4-11). O Espírito e a Palavra não podem ser separados sem que se caia no misticismo e na perdição. Por outro lado, o mesmo acontece no racionalismo quando separamos o Espírito da Palavra.

Além de inútil, é perigoso aguardar por um segundo derramamento adicional do Espírito Santo em nós, além daquele que temos. Somos habitados pelo Espírito de Deus e a Palavra diz que isso nos basta.

O movimento carismático leva as pessoas a buscarem por demonstrações de poder que não estão em conformidade com a Palavra de Deus, e, portanto, não são pelo Espírito de Deus. Mesmo nos dias de hoje a demonstração desse poder e as ditas "línguas" estão com freqüência associadas à má doutrina acerca da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, como também ligadas a outras práticas macabras e heréticas, pois Satanás se transfigura em "anjo de luz" (2Co 11.13-15); ele é como um "leão que brama ao nosso derredor, buscando a quem possa devorar" (1Pe 5.8,9). Seu grande alvo sempre foi atacar a gloriosa Pessoa e a obra consumada de nosso bendito Senhor e Salvador Jesus Cristo, e o movimento carismático é uma de suas maiores armas hoje.

A prova de que os dons de sinais cessaram se encontra em um conjunto de versículos que, quando analisados, corrobora o cessacionismo. De fato, já na era apostólica os dons de sinais começaram a sumir e os - assim chamados - "pais da igreja" não mencionam esses dons em seus escritos. Pelo contrário, esses sinais já eram considerados como práticas heréticas pelos primeiros cristãos da era pós-apostólica.

– JP Padilha – Trechos extraídos do livro "O Evangelho Sem Disfarces"
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