UM ARGUMENTO IRREFUTÁVEL CONTRA O PÓS-TRIBULACIONISMO | JP Padilha


Minha intenção neste artigo é apresentar textos bíblicos que refutam o pós-tribulacionismo. O que será mostrado aqui contra a teoria do pós-tribulacionismo é decisivo, devastador, irresistível, bem colocado, curto, cristalino, claro e preciso.

Em resumo, o pós-tribulacionismo é uma corrente escatológica herética da teologia do pacto e sem nenhum amparo das Escrituras, o qual ensina que a Igreja passará pela Tribulação vindoura, um período de sofrimento e perseguição antes do arrebatamento dos santos no momento da Segunda Vinda de Cristo. Ou seja, os adeptos dessa corrente escatológica estapafúrdia creem que o arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são um mesmo evento, com tudo junto e misturado. Segundo eles, os crentes, embora presentes durante toda a Tribulação, serão resgatados por Jesus na Sua volta, o que ocorre logo após esse período de turbulência.

Meu argumento contra o pós-tribulacionismo é simplesmente este:

É impossível o arrebatamento ocorrer ao final da Tribulação em conexão com a Segunda Vinda de Cristo ou durante a Tribulação, pois, se assim fosse, não haveria ninguém na terra em um corpo natural que pudesse reproduzir e encher a terra no Reino Milenar. Só há uma forma de negar esse argumento: Negando o Milênio.

EXPLICAÇÃO

1) Leiamos Mateus 25.31-46:

“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória[1]; todas as nações serão reunidas diante dele, e os[2] apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste (cuidando) me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então *eles* também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”[3].

2) No Julgamento das Nações, ao final da Tribulação (Mt 25.31-46), sobre a pequena percentagem da humanidade que a sobreviveu, as "ovelhas" são as pessoas já convertidas e salvas, as quais o Anticristo ainda não havia conseguido matar, e todas elas arriscaram a vida socorrendo os "pequeninos irmãos" de Cristo no verso 40 (estes “pequeninos irmãos" de Cristo são os judeus convertidos na Tribulação e perseguidos pelo Anticristo até serem mortos). A essas ovelhas, os únicos salvos que restaram vivos, é permitido entrar no Milênio com seus corpos mortais (v. 34) para se reproduzirem e novamente encherem a terra com uma população, como profetizado em Jeremias 30.20; 31.29, Ezequiel 47.22 e Zacarias 10.8; 8.4-6. Infelizmente, alguns descendentes deles exteriorizarão adoração a Deus, sem realidade em seus corações. Portanto, ao final do Milênio, seguirão a Satanás – ao qual foi permitido sair de sua prisão no abismo para a última rebelião contra Deus (Ap 20.7-9 – antes de serem lançados eternamente no Lago de Fogo).

3) Se o arrebatamento não for pré-tribulacional, então todos os verdadeiros salvos da Igreja terão entrado na Tribulação e todos os pouquíssimos deles que a sobreviverem (claro que, sendo verdadeiros salvos, recusarão seguir o Anticristo e recusarão sua marca) estarão fazendo parte das "ovelhas", as quais também englobarão outros (gentios e judeus) que tiverem sido salvos durante a Tribulação, isto é, os pouquíssimos que a tiverem sobrevivido. Em suma, as "ovelhas" englobarão todos os pouquíssimos salvos que restarem, quer tenham eles vindo da Igreja antes da Tribulação, quer sejam eles gentios ou judeus convertidos durante ela, e pouquíssimas pessoas terão sobrevivido.

4) Portanto, já todos os "bodes" (os não salvos), tendo sido mortos e lançados no Lago de Fogo (Mt 25.41), e o arrebatamento de todos os salvos só tendo ocorrido ao final da Tribulação (segundo os pós-tribulacionistas), então todos os salvos – então vivos – receberão corpos glorificados e, assim, "nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu" (Mt 22.30).

5) Portanto, não restará ninguém com corpo mortal e que se reproduza para preencher a terra com população humana no Reino Milenar de Cristo, e, assim, várias profecias sobre o Milênio terão falhadas. Veja as descrições exatas do Reino Milenar:

– Muitos nascimentos (Jr 30.20; 31.29; Ez 47.22; Zc 10.8).
– E a terra será coberta pela população humana (Zc 8.4-6).
– Grande longevidade, mas ainda existirá a morte (Is 65.20).
– Alguns não irão adorar o Rei em Jerusalém e serão punidos com ausência de chuvas e, consequentemente, de frutos da terra (Zc 14.17-19).
– A revolta final do Diabo e muitos homens ainda capazes de pecar, se revoltar e morrer (Ap 20.7-9).

Se, algum dia, algum pós-tribulacionista o atacar demasiadamente, com insistência e violência, tente fazê-lo pensar, perguntando-lhe como será que, na teoria dele, serão literalmente cumpridas as profecias para o Milênio, as quais foram acima relacionadas:

– Muitos nascimentos (Jr 30.20; 31.29; Ez 47.22; Zc 10.8). Quem serão os pais deles nos primeiros anos do Milênio?

– A terra será coberta pela população humana (Zc 8.4-6). Quem serão os pais deles nos primeiros anos do Milênio?

– Grande longevidade, mas ainda haverá morte (Is 65.20). Quem são esses que ainda morrerão de velhice no Milênio?

– Alguns não irão adorar o Rei em Jerusalém e serão punidos com ausência de chuvas e, consequentemente, de frutos da terra (Zc 14.17-19). Quem são esses que ainda pecarão e serão castigados no Milênio?

– A revolta final do Diabo e muitos homens ainda capazes de pecar, se revoltar e morrer (Ap 20.7-9). Quem são esses que ainda pecarão, se revoltarão, seguirão a Satanás em revolta e serão punidos com a morte no Milênio?

OS SALVOS DURANTE A TRIBULAÇÃO

Os salvos da Tribulação são os que ficaram na terra por ainda não terem crido no evangelho da graça na era da Igreja quando o arrebatamento ocorreu. Eles entrarão no Reino Milenar com seus corpos não glorificados (pessoas que não tiveram a oportunidade de crer no evangelho da graça durante a era da Igreja, mas que crerão no evangelho do Reino durante a Tribulação) e repovoarão a terra, depois morrendo em feliz velhice, finalmente ganhando corpos glorificados e gozando da eternidade futura. A quem estranhe que ainda morrerão, responderemos que você e eu já entramos na vida eterna quando fomos salvos (Jo 3.36; 5.24; 6.47,53-58), embora ainda aqui estejamos, ainda mortais! (Diferenciados dos outros mortais porque sabemos que já está assegurado que viveremos eternamente com o Senhor, e, portanto, já temos a vida eterna. Vida é união e morte é separação. A vida física atual é a temporária união do nosso corpo não glorificado com o nosso espírito. A vida espiritual é a eterna união do nosso espírito com Deus)! A quem retruque que “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus” (1Co 15.50), responderemos que o contexto dessa passagem é diferente (ressurreição – vv. 51-54), e que, a rigor, tecnicamente, o Milênio é o Reino dos Céus e não o Reino de Deus; e que, mesmo sem essa diferenciação, você e eu somos de carne e osso, mas nós já somos cidadãos do Reino de Deus (Fp 3.20). Nós não entraremos na Tribulação, pois seremos arrebatados nos ares antes dela (1Ts 4.16-17).

Todos os que recusaram o Anticristo, que creram no Cristo de Deus durante a Tribulação, que “perseveraram até o fim” e ficaram vivos ao final da Tribulação (Mt 24.13) serão os únicos que entrarão no Milênio. Mas, dentre eles, os que arriscaram suas vidas e morreram socorrendo os judeus convertidos perseguidos terão seus corpos glorificados para entrarem no Céu, enquanto os demais salvos, os que sobreviveram, entrarão com corpos não glorificados e repovoarão a terra.

É impossível o arrebatamento ocorrer ao final da Tribulação em conexão com a Segunda Vinda de Cristo ou durante a Tribulação, pois, se assim fosse, não haveria ninguém na terra em um corpo natural que pudesse reproduzir e encher a terra no Reino Milenar. Só há uma forma de negar esse argumento: Negando o Milênio.

– JP Padilha
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NOTAS:
[1] MT 25.31-46 – PROFECIA DO JULGAMENTO DAS OVELHAS E DOS BODES: Durante a dispensação da graça (da Igreja) e na Tribulação, há o crente falso disfarçado de real e/ou há erro sutilmente inoculado pelo Diabo, disfarçado, mas terrivelmente corrompendo a massa (2Co 11.3,14).

[2] Mateus 25.32 – “Nações” é gênero neutro, mas é masculino este pronome “os” (e algumas outras palavras nos próximos versos). Portanto, ao invés da ideia generalizada de que Deus estará julgando nações (cada uma delas tomada coletivamente), Ele estará julgando indivíduos, pertencendo eles a todas as nações.

[3] “Os justos, porém, irão para a vida eterna” (Mt 25.46): Pergunta: Não estão os justos, aqui, indo diretamente para o Céu (melhor dizendo, para o estado eterno)? Não é isto evidência de que os amilenistas creem erroneamente que este Julgamento das Nações (Mt 25.32-34) é o mesmo evento do Juízo Final (Ap 20.11-15), e que não há o Milênio (Ap 20.4-6)?
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