POR QUE DEUS NÃO ME OUVE? - Parte 2 | JP Padilha


Antes de ler este artigo, leia a parte 1 aqui:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2025/12/por-que-deus-nao-me-ouve-jp-padilha.html

Muitos de nós, crentes, até mesmo alguns que se converteram há muito tempo, nos sentimos abandonados por Deus nos momentos de maior necessidade, pedindo ajuda a Deus, mas não recebendo o que foi pedido, nem mesmo aquilo que foi prometido pelo próprio Deus nas Escrituras. Todavia, será que isso significa que Deus não se importa ou que Ele está ignorando nossos gritos de socorro? O fato é que, quando clamamos por Ele, pedindo-Lhe para cessar a dor e o sofrimento, estamos comunicando um desejo universal de fazer parar a dor. Isso não é fraqueza, mas sim humanidade.

A Bíblia registra vários testemunhos daqueles que clamaram a Deus num momento de necessidade e, pelo menos por um tempo, se depararam com o terrível silêncio de Deus. Jó é o exemplo mais óbvio, pois, em seu sofrimento ele sentia como se Deus não estivesse em lugar algum: "Vou adiante, Ele não está ali; volto-me para trás, não o encontro; procuro-o à esquerda, onde Ele age, mas não o vejo; viro-me para a direita e não o enxergo" (Jó 23.8-9). Muitos salmistas também lutaram com a sensação de que Deus não estava ouvindo ou respondendo aos seus clamores: "SENHOR, por que permaneces longe? Por que te escondes em tempos de tribulação?" (Salmos 10.1); "Até quando, SENHOR? Tu te esquecerás de mim para sempre? Até quando esconderás o rosto de mim?" (Salmos 13.1); "Por que escondes o rosto e te esqueces da nossa tribulação e da nossa angústia?" (Salmos 44.24).

Jesus compreende o sentimento de não querer passar por dor e sofrimento. No Jardim do Getsêmani, pouco antes de Sua prisão, Jesus perguntou a Seu Pai três vezes: "E, adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou: ‘Meu Pai, se possível, afasta de mim este cálice; todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres’" (Mateus 26.39 – cf. Mt 26.42; 20.22). Embora Ele tenha pedido ao Pai que o "cálice" (ira de Deus) se afastasse de Si, Jesus fez o pedido tendo em mente que Deus é quem decide se evita um sofrimento ou não. Ele disse "se possível". É claro que para Deus nada é impossível, e Jesus sabia muito bem disso. O que Jesus queria dizer é, em outras palavras, “se for da Sua vontade decretiva”. Jesus estava em completa submissão à vontade de Deus e não à Sua própria. Se Seu sofrimento era parte da vontade de Deus, então Ele estava disposto a aceitar isso.

Quando clamamos "Deus, por favor, me socorra!", Ele nos ouve e sempre responde. Ele pode não responder no momento em que pedimos ou da maneira que desejamos, mas responde mesmo assim. Compreensivelmente, quando estamos no meio da dor, do sofrimento e do luto, é difícil ver a ampla perspectiva do plano de Deus, especialmente quando recebemos um "não" ou "ainda não" como resposta. Não obstante, podemos confiar na soberania total de Deus porque sabemos que Ele é bom (Sl 48.1; 95.3,6). Mesmo quando passamos por provações, Deus dá graça para suportarmos a dor (2Co 12.9). Após Jesus orar pedindo a Deus que o livrasse do cálice da ira de Seu Pai, “apareceu-lhe um anjo do céu, que o encorajava" (Lc 22.43).

Como Deus é onisciente, Ele tem acesso a detalhes das causas de nossas dores, as quais não podemos enxergar nem entender. Salmos 147.5 diz: "Grande é o nosso Senhor, forte em poder; não há limite para seu entendimento!". Quando clamamos a Deus "Por favor me ajude", Ele vê o nosso coração e compreende que estamos sofrendo, além de se compadecer das nossas misérias (Hb 4.15), e Sua resposta será sempre de amor (Rm 5.8; Sl 139.13-16). Podemos nos submeter à Sua autoridade porque Ele é confiável. “Se formos infiéis, Ele permanece fiel; não pode negar-se a Si mesmo” (2 Timóteo 2.13). Lembre-se: Deus quebrou Seu silêncio e Se revelou a Jó de uma maneira assombrosamente inconfundível, após muito tempo de sofrimento e dor (Jó 38 – De acordo com os relatos bíblicos, o sofrimento de Jó pode ter durado anos). Jó achou que nunca mais ouviria a voz de Deus. Bom, ele estava errado!

Deus está no controle de tudo, e uma das formas de nos sentirmos mais confortados é deixando que Ele nos guie ao invés de tentarmos ter controle de tudo. Nada pega Deus de surpresa, pois, não importa o quanto oremos se o nosso pedido não estiver alinhado com Seus eternos decretos. “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Salmos 139.16).

Uma passagem que você deve guardar para o resto da sua vida e meditar nela de dia e de noite é esta: “Reconhece-o (o SENHOR) em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3.6). Ou seja, reconheça que Deus decretou cada detalhe da sua vida e você não pode mudar o seu destino. Tudo o que você pode fazer é reconhecer que Deus escreveu a sua história e isso não tem volta. A ordem é clara: ““Reconhece-o (o SENHOR) em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas”. Isso é uma ordem com promessa. Se você admitir e aceitar que tudo na sua vida, incluindo o sofrimento, faz parte dos decretos de Deus, Ele endireitará os seus caminhos. Não tente ter controle sobre sua vida. Esqueça!

Jesus nos assegura que Deus só nos dará o que é bom e justo em Lucas 11.11-13: "E qual pai dentre vós, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dará uma cobra em lugar do peixe? Ou, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo aos que o pedirem?". O Deus que cuida de cada pardal se preocupa com os detalhes de nossas vidas também (Lc 12.6-7). “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais pois; mais valeis vós do que muitos passarinhos” (v. 7).

Como Deus sabe o que é melhor para nossas vidas, Ele não dirá "sim" a uma oração que vai contra o que é melhor para nós. Podemos não entender ou concordar com o porquê dessa resposta, mas podemos confiar que Deus entende e que Suas ações redundarão para Sua glória e nosso bem final (Sl 19.7; 2Co 4.6-18). Através de momentos dolorosos na vida, podemos aprender a ser como Cristo e glorificar o Senhor com nossas palavras e ações, mesmo através do nosso sofrimento (Jó 1.20-22; Tg 1.2-9; 1Cr 16.28-29).

Deus responde a todos os pedidos de ajuda. Mas, se essa resposta será a que mais desejamos ou não, depende de Deus. Deus trabalha para o bem daqueles que o amam (Rm 8.28) e para Sua glória (Rm 9.17). Podemos confiar que Ele sempre responderá aos pedidos de socorro de acordo com Sua boa e perfeita vontade. Mesmo quando o salmista a seguir estava procurando um Deus aparentemente ausente, ele escolheu viver pela fé:

“Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de mim o teu rosto? Até quando o consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo? Atende-me, ouve-me, ó Senhor meu Deus; ilumina os meus olhos para que eu não adormeça na morte; para que o meu inimigo não diga: ‘Prevaleci contra ele’; e os meus adversários não se alegrem, vindo eu a vacilar. Mas eu confio na tua benignidade; na tua salvação se alegrará o meu coração. Cantarei ao Senhor, porquanto me tem feito muito bem” (Salmos 13.1-6).

– JP Padilha
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