Como surgiu a oração da Ave-Maria | JP Padilha



Na Bíblia, a primeira parte da saudação a Maria quando esta estava grávida de Jesus não é uma oração, mas sim uma saudação de um anjo. Isso está registrado em Lucas 1.28: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” O anjo não pronunciou mais nenhuma palavra a Maria. A segunda saudação vem por parte de Isabel, que se dirigiu a Maria, e isso se encontra no versículo 42: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”. Já a segunda parte em forma de súplica a Maria, com as palavras “mãe de Deus” e pedindo que ela “rogue por nós”, NÃO EXISTE. Juntaram dois versículos distantes de seus contextos, inventaram uma oração que nem sequer é mencionada nas Escrituras e deram a Maria um status de intercessora que não foi dado a nenhum santo sequer, mas somente a Jesus (1Tm 2.5).

O ACRESCENTAMENTO DA SEGUNDA PARTE

Inicialmente, esta união entre as duas saudações era encontrada somente na liturgia católico-romana, e só mais tarde tornou-se uma oração popular. O seu uso como fórmula de oração começou nos mosteiros, em torno do ano 1000, e foi, aos poucos, se difundindo, tornando-se universal após o século XIII. O texto, porém, compreendia somente a primeira parte, sem o nome de Jesus.

Foi somente no século XV que se acrescentou a segunda parte da Ave-Maria: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém”. E foi nesta época também que se acrescentou o nome “Jesus” no final da primeira parte. Esta segunda parte é de origem popular-eclesial e também foi surgindo aos poucos. Todavia, além de a saudação do anjo não ser uma oração (pois foi apenas uma saudação), a segunda parte da oração nem mesmo existe nas Escrituras Sagradas. Elas foram inventadas pelo clero romano a fim de elevar ainda mais o status da suposta “intercessora” da Igreja. Mas tudo isso não passa de uma enganação em massa.

Vale a pena lembrar o sermão no qual Bernardino de Senna (+ 1444), ao comentar a Ave-Maria, disse que, ao final desta, se poderia acrescentar “Santa Maria, rogai por nós pecadores”. A súplica a Maria começa com o adjetivo “Santa” porque Maria é a primeira entre todos os santos venerados pela seita católica romana. Segundo os clérigos e fieis católicos, Maria é a maior dentre os santos (como são chamados) e a mais venerada dentre eles. A fórmula atual da Ave-Maria, que se difundiu lentamente, foi divulgada no breviário publicado em 1568, por ordem do papa Pio V.

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