DOIS POVOS, DOIS EVANGELHOS E DOIS DESTINOS | JP Padilha


“O evangelho da graça de Deus” (At 20.24) que é pregado hoje e “o evangelho do reino” (Mt 4.23; 24:14) que será pregado durante a Tribulação são inteiramente diferentes. São dois evangelhos distintos pregados para dois propósitos distintos. O evangelho da graça de Deus chama pessoas para o céu; o evangelho do reino chama pessoas para as bênçãos sobre a Terra. O evangelho pregado hoje anuncia uma esperança, um chamado e um destino celestiais para aqueles que creem (Cl 1.5; 1Pe 1.4; Fp 3.20; 2Co 5.1-2; Hb 3.1). O evangelho do reino, que será pregado na Tribulação, anuncia uma bênção terrenal sob o reinado de Cristo no Milênio (Mt 24.14; Sl 96). O evangelho do reino anuncia as boas novas do reino prometido no Velho Testamento (2Sm 7.16; Dn 2.44-45,7.9-27), o qual está para ser estabelecido no advento do Messias em sua segunda vinda, e aqueles que receberem o Rei em fé irão ter parte nas suas bênçãos terrenais. Esse evangelho do reino foi primeiro pregado por João Batista na primeira vinda de Cristo (Mt 3.1-2). O Senhor e Seus discípulos também o pregaram (Mt 4.23,10.7). A pregação deles consistia em chamar as nações a se arrependerem e assim ficariam num estado apropriado para receberem o Rei. Se o tivessem recebido, Ele teria estabelecido o seu reino na sua primeira vinda, como prometido pelos profetas do Velho Testamento. Porém, infelizmente, Israel rejeitou seu Rei e assim perdeu a oportunidade de ter o reino estabelecido em todo o seu poder e manifestação. Quando Israel rejeitou seu Rei, o evangelho do reino parou de ser anunciado porque o reino não estava mais sendo oferecido a eles. Ao invés disso, Deus enviou o evangelho de Sua graça ao mundo gentio para chamar dentre eles um povo para o Seu Nome (Atos 13.44-48; 15.14; Rm 11.11). Este evangelho ainda está sendo pregado hoje.

O evangelho do reino voltará a ser pregado futuramente pelo remanescente judeu fiel após a Igreja ser chamada ao céu no arrebatamento. Nesse tempo, Deus tornará a tratar com Israel de onde parou há quase 2.000 anos. Israel será salvo no dia vindouro (isto é, um remanescente entre eles – Rm 9.6-8; 11.26-27) e o reino será introduzido em poder (Ap 11.15).

O ponto que precisamos aprender é este: Não há menção do evangelho da graça de Deus sendo pregado na Tribulação – apenas o evangelho do reino (Mt 24.14). A razão óbvia é que o evangelho da graça chama crentes para serem parte da Igreja e, como a Igreja não estará na Terra durante a Tribulação, o evangelho da graça não será pregado.

Deus não enviará dois diferentes evangelhos ao mesmo tempo. Isto traria uma total confusão e iria confundir a chamada celestial da Igreja com a chamada terrenal de Israel com suas respectivas esperanças e destinos. Entender esse ponto nos revela que é impossível ter a Igreja e o remanescente judeu crente no período da Tribulação ao mesmo tempo. Se, durante a Tribulação, o evangelho da graça de Deus fosse pregado e chamasse os crentes dentre os judeus e gentios e os colocasse na Igreja, cada vez que um judeu cresse no evangelho da graça ele seria tirado de sua posição judaica e seria feito parte da Igreja, o que tiraria o “Israel de Deus” de cena (Rm 11.5; Gl 6.16 – Leia sobre “o Israel de Deus”). Assim, nunca haveria um remanescente judeu crente! Uma consideração cuidadosa dessa questão prova que a Igreja e o remanescente judeu não podem estar na Terra ao mesmo tempo durante a Tribulação.

Ou seja, o fato de que o evangelho da graça de Deus não será pregado na Tribulação mostra que o arrebatamento já terá ocorrido.

Uma nova aliança será feita com Israel no Milênio, após a Tribulação (Jr 31.31-33), não com a Igreja. A Igreja não teve uma velha aliança e nem terá uma nova, visto que ela só veio a ser inaugurada em Atos 2. Não existe Igreja no Velho Testamento, e isso inclui os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Quando falamos da nova aliança, estamos nos referindo a Israel, o povo terrenal de Deus. O remanescente de judeus que virá a sofrer na Tribulação dará testemunho durante os sete anos de Tribulação, levando o evangelho do Reino a toda criatura. Sim, a ordem do “ide” foi dada claramente aos apóstolos em circunstâncias judaicas, falando do evangelho do reino, aquele que anuncia o retorno do Rei de Israel após a Tribulação (Mt 28.19). Esse não é o evangelho da graça, o qual pregamos hoje.

O evangelho da graça diz: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Atos 16.31). O evangelho do Reino, que foi pregado por João Batista aos judeus de sua época e que ainda voltará a ser pregado pelo remanescente judeu no futuro, diz: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 3.2). Um é o evangelho da graça; o outro é o evangelho do Reino.

– JP Padilha
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