Com
relação ao arrebatamento da Igreja, o Senhor prometeu: "Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu
vo-los teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar
lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver
estejais vós também" (João 14.2-3). Ele também declarou: "Certamente cedo venho" (Apocalipse
22.20). A esperança apropriada ao cristão é aguardar o Senhor vindo a qualquer
momento para nos arrebatar (1Ts 1.9-10; 4.16-17). O Senhor não revelou uma data
específica de quando Ele viria para arrebatar a Igreja, para que pudesse haver
uma esperança sempre presente para a Igreja ao longo de todo o período de sua
jornada na terra. O apóstolo Paulo, em seus dias, incluía-se entre aqueles que
esperavam ser arrebatados na vinda do Senhor (arrebatamento). Ele dizia: "Nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles" (1 Tessalonicenses 4.17 – Veja também
1 Coríntios 15.51).
Embora não devamos fixar uma data para a vinda do Senhor (arrebatamento),
precisamos discernir os tempos (Mt 16.3). Portanto, que fique
bem claro que aqui estamos tratando do arrebatamento, não da segunda vinda de
Cristo para julgar as nações e reinar por mil anos sobre a terra (o que
ocorrerá somente após a Tribulação de sete anos sobre a terra). Estamos falando
de um evento que ocorre ANTES da Tribulação, isto é, do arrebatamento da Igreja
nos ares, o qual ocorrerá no mínimo sete anos antes da segunda vinda de Cristo
com Sua Igreja. Entre o arrebatamento e a segunda vinda há um intervalo de sete
anos de Tribulação e Grande Tribulação sobre toda a terra habitável. Sendo
assim, continuemos nossa análise sobre alguns fatores que nos levam a acreditar
que Jesus está mais perto de arrebatar Sua noiva (Igreja) do que nunca.
Satanás está fazendo tudo o que pode para convencer a Igreja a se acomodar neste
mundo. Uma de suas várias maneiras de fazer isso é tirar da Igreja a bendita esperança
presente da vinda do Senhor para nos arrebatar. Hoje em dia, devido a um ensino
herético proclamado principalmente pela teologia do pacto, muitos cristãos
professos deixaram de lado essa esperança e não estão aguardando a vinda do
Senhor para qualquer momento. Ao invés disso, estão olhando para os eventos
proféticos, esperando que eles se cumpram primeiro. Eles acreditam firmemente
que é necessário que se cumpram, por exemplo, os horrores da Grande Tribulação
sobre a Igreja na terra antes que ela possa ser levada por Cristo ao Céu.
Porém, isso se trata de um grande erro. A profecia propriamente dita não está
se cumprindo hoje e nem irá se cumprir enquanto a Igreja estiver na terra. A
profecia não tem a ver com a Igreja, mas sim com Israel e as nações que irão
povoar a terra milenial. Já que Israel tem sido, na presente era, posto de lado
por causa de sua rejeição a Cristo, a profecia foi suspensa (Veja as Setenta
Semanas de Daniel – Dn 9; Rm 11) até que venha a plenitude dos gentios e a
Igreja seja levada para a glória. Não estamos esperando pelo cumprimento da
profecia! Estamos esperando pela vinda do Senhor! Existem, porém, certos
indícios inequívocos que elevam nosso coração ao Céu em uma sempre nova
expectativa pela volta iminente do Senhor, visto que o arrebatamento é um
evento iminente – pode acontecer a qualquer momento:
1. A condição da Igreja como Laodicéia
Apocalipse 3.14-22 – Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse vemos sete estágios
sucessivos de declínio na condição moral da Igreja, dos dias dos apóstolos até
os últimos dias que antecedem a vinda do Senhor para levar o Seu povo para a
glória (Ap 4.1). O sétimo e último estágio é o de Laodicéia, no qual a Igreja
professa é apresentada em uma condição deplorável de indiferença a Cristo. O
apóstolo Paulo também descreveu a condição do testemunho cristão nos últimos
dias como sendo o mais terrível estado de ruína no qual o mal moral e doutrinário
iriam prevalecer (2Tm 3.1-9; 4.3-4). Tal estado de coisas descreve com precisão
o tempo presente no qual vivemos e deveria nos fazer chegar à solene conclusão
de que o Senhor está vindo logo.
2. O clamor da meia noite já ocorreu
Mateus 25.1-13 – Nesta passagem das Escrituras temos uma antevisão
dispensacional do período da Igreja. Ela mostra que, após a Igreja haver
recebido a verdade da vinda do Senhor como sendo o Noivo, ela se acomodou neste
mundo e caiu no sono (Mt 25.1-5). A esperança da vinda do Senhor foi perdida.
Em meio às trevas que predominaram na cristandade por mais de 1.500 anos, Deus
começou a despertar a profissão cristã ao sentimento consciente da iminência da
vinda do Senhor. Ouviu-se o clamor: "Aí vem o esposo" (Mt 25.6).
Este reavivamento da esperança da vinda do Senhor aconteceu há cerca de 150
anos! O fato de já haver passado mais de 150 anos e a Igreja continuar na terra
só nos leva a concluir que "perto está o Senhor" (Fp
4.5).
3. O renascimento da independência nacional dos judeus e as condições
políticas no Oriente Médio
Em Mateus 24.32-34, Marcos 13.28-30 e Lucas 21.29-32 o Senhor Jesus ensinou que,
quando a figueira (símbolo de Israel como nação) se tornasse tenra e suas
folhas começassem a brotar, Sua vinda estaria próxima. Ora, Israel, após muitos
séculos sem um país, começou a brotar novamente em 1.948. Israel voltou a ser
visto novamente como uma nação declarando sua independência. Apenas com as
folhas da profissão e sem nenhum fruto para Deus, os judeus estão prontos para
receber o falso messias, o Anticristo de que fala a profecia. O Senhor disse: “Olhai
para a figueira...”; e continuou dizendo: "...e para todas as
árvores" (Lc 21.29), referindo-se às outras nações no Oriente
Médio, como Egito e Líbia, que voltaram a ocupar um lugar de proeminência nos últimos
anos. As nações árabes também fizeram acordos com a Rússia para o fornecimento
de munições, de modo que sabemos que eventualmente possa vir a existir uma
aliança dessas nações com a Rússia (Dn 8.24-25). As nações na Europa também
estão se unindo no Mercado Comum, o que poderia ser uma preparação para os reinos
de dez nações da Besta (Dn 7.7). Todas essas coisas são agora apenas sombras e
não o cumprimento dessas passagens das Escrituras. Estas coisas terão o seu
lugar na Tribulação após a Igreja ter sido levada para a glória. Mas isso deve
fazer com que solenemente entendamos que "já está próximo o fim de todas as
coisas" (1Pd 4.7).
4. O aumento do conhecimento e o rápido ritmo de vida
Daniel 12.4 – Foi dito a Daniel que os últimos dias seriam marcados pelo rápido
ritmo de vida e pelo aumento de conhecimento. Uma simples olhada para a
história do homem é suficiente para mostrar que nunca existiu uma época como
esta para o conhecimento em todos os campos, seja na medicina, tecnologia,
ciência, etc. Isto é certamente um sinal dos tempos em que vivemos e mais uma
vez vem a confirmar que "o tempo se abrevia" (1Co
7.29).
5. Indícios de dois dias representando figurativamente 2.000 anos
2Pd 3.8; Sl 90.4 – "Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”.
Sendo esta linguagem figurada, essa indicação apenas sugere 2.000 anos aproximadamente.
Para se enxergar isso com maior clareza é necessário entender algo dos modos
dispensacionais de Deus tratar com Israel. Por Israel haver fracassado tão
completamente de todas as formas sob a Lei e havendo rejeitado o Senhor Jesus
Cristo como Seu Messias, este povo foi colocado de lado por algum tempo enquanto
Deus estiver enviando o Evangelho da Sua graça ao mundo gentio para tirar dele
um povo para o Seu nome (At 15.14; Rm 11.11-27). Após este presente período em
que Deus está tratando com os gentios, Ele voltará a tratar com Israel
novamente para abençoá-lo em conformidade com as promessas incondicionais
feitas a Abraão, Isaque e Jacó. Há várias referências nas Escrituras onde
aparecem dois dias sugerindo que
este presente período da graça, quando Israel seria posto de lado, seria de
aproximadamente 2.000 anos. Embora
não ousemos estabelecer datas de quando o Senhor poderá vir, podemos ver de uma
maneira geral que a Igreja tem estado na terra por cerca de 2.000 anos. Nosso
calendário mostra agora 2.025 anos desde o nascimento de Cristo, mas é sabido
que os anos do calendário foram adulterados e que há quatro ou cinco anos
faltando. Na verdade, Cristo nasceu no ano 5 a.C. Já teriam se passado então 2.030
ou 2.031 anos desde então! Se levarmos em consideração que existe ainda um
período de Tribulação de pelo menos sete anos (Dn 9.24-27), os quais não
sabemos se devem ser contados ou não com os dois mil e vinte e cinco anos, quão
próximo estamos do momento em que o Senhor virá do céu com um clamor para nos
chamar! (1Ts 4.15-18). Isso certamente deveria encorajar nosso coração a
esperarmos pela vinda do Senhor para qualquer momento para arrebatar a Sua
Igreja nos ares!
As referências que se seguem são algumas das passagens onde aparecem os "dois
dias" nas Escrituras:
Oséias 6.1-3
Esta passagem fala dos arrependidos em Israel: "Depois de dois dias
(o presente período da graça de aproximadamente 2.000 anos) nos dará a vida; e ao terceiro dia (os 1.000
anos futuros do reinado de Cristo, chamado de Milênio) nos ressuscitará, e viveremos diante dEle".
Lucas 10.30-35
Nesta passagem, o homem deixado caído à beira do caminho pelos ladrões é uma
figura da horrível condição em que o homem caiu devido às artimanhas de
Satanás. Abandonado na vala do pecado, o homem está "meio morto"
diante de Deus. Fisicamente ele está vivo, mas espiritualmente está morto. O
Sacerdote e o Levita que não podem ajudá-lo mostram que a religião não pode
salvar o homem caído. O Samaritano que aparece na cena seguinte para resgatar o
homem é uma figura do Senhor Jesus Cristo, o Salvador rejeitado. Ele resgata o homem
e o leva, não de volta a Jerusalém para a antiga ordem de coisas do Judaísmo,
mas para uma estalagem, que é uma figura da assembleia, onde ele recebe
socorro, comida e auxílio em suas necessidades. Após deixar o homem aos
cuidados do hospedeiro (o Espírito Santo), ele paga sua estadia na estalagem
com dois dinheiros, prometendo voltar. Isso sugere que o tempo que Ele estaria
fora seria de dois dias. Embora essa
passagem não mencione "dois dias", existe uma referência a isso se
aplicarmos o que está em Mateus 20.2 ("um dinheiro por dia". Ou seja,
se um dinheiro era o salário de um dia, dois dinheiros seriam para dois dias).
João 1.29–2.11
Em João 1.29-51 encontramos dois dias
(os versículos 29 a 35 falam cada um de um dia – repare que no versículo 35 diz
"outra vez", o que o liga ao versículo 29). Os detalhes encontrados
nesses dois dias compõem aquilo que caracteriza o período da Igreja. É feita
referência a Cristo sendo conhecido como o Cordeiro de Deus e Filho de Deus, à
descida e ao batismo do Espírito, ao lugar onde Cristo habita (a assembleia) e
ao evangelho sendo pregado para levar outros a Cristo. No terceiro dia (Jo 2.1-11)
acontece um casamento que representa a reunião de Israel com o Senhor em um dia
ainda porvir. "E naquele dia, diz o
Senhor, tu Me chamarás: Meu marido" (Os 2.16; Is 62.4-5). O Senhor dá
então o vinho novo do Reino a todos os que se encontram no casamento, o que nos
fala do gozo que haverá naquele dia.
João 4.1-54
Este capítulo começa com o Senhor Jesus rejeitado pelos Judeus na Judéia,
aqueles que eram os responsáveis pela nação (vs. 1-3). Trata-se de uma figura
da nação rejeitando o Senhor e depois o crucificando. Ao ser rejeitado, Ele os
deixa e vai para os samaritanos, que é um povo de origem gentia e ali se revela
a uma pobre mulher pecadora e ao seu povo (vv. 4-42). Isso ilustra a Igreja
sendo tirada de um mundo gentio enquanto Israel é posto de lado (At 15.14; Rm
11.16-20). É a ela que Ele revela a mudança da antiga ordem judaica de adoração
no Templo e a introdução da verdadeira adoração cristã “em espírito e em verdade” (Jo 4.19-24). É digno de se notar também
que Ele não fez milagres em Samaria. Ele usou apenas a Sua Palavra para
ganhá-los, o que caracteriza o testemunho do Senhor nesta era cristã, a qual
não é marcada por sinais e maravilhas. Ele fica "dois dias" (v.
40) com os samaritanos e é conhecido apenas deles como o Salvador. Então, após
os "dois dias", Ele parte dos samaritanos e volta ao Seu próprio
povo, os judeus na Galiléia, o que é uma figura do pobre e desprezado
remanescente em Israel recebendo bênçãos do Senhor em um dia vindouro (vv.
43-54). O nobre que vai se encontrar com Ele sugere que os líderes, que levaram
Israel a rejeitar a Cristo, irão se arrepender primeiro (Jl 2.12-17). O Senhor
ressuscita então o filho do nobre, o que é uma outra figura de uma ressurreição
nacional de Israel (Ez 37.10-28; Dn 12.1-2).
João 10.39–11.46
Aqui o Senhor Jesus é visto sendo mais uma vez rejeitado pelos judeus que
tentaram apedrejá-lo até à morte. Ele escapa de suas mãos e vai para um lugar
além do Jordão, fora da terra de Israel, onde muitos vêm a crer nEle e são
abençoados. Mais uma vez, isso é uma figura do Senhor deixando de tratar com
Israel por um tempo, por terem rejeitado-o, e Se voltando para os gentios. Ele
fica ali trabalhando, entre aqueles que crêem nEle, por um período de "dois
dias" (Jo 11.6). No capítulo 11 Lázaro é visto morto, o que é uma
figura da condição de Israel diante de Deus. Maria e Marta, em sua dor, compõem
uma figura do remanescente judeu fiel que futuramente irá rogar ao Senhor que
volte (Sl 6.3-4). Então, após "dois dias", o Senhor vai
a Lázaro e o ressuscita e, assim, também Israel será ressuscitado na segunda
vinda do Senhor (Ez 37.1-28; Dn 12.1-3).
Atos 20.7-12
Nesta passagem temos uma pequena figura da Igreja de Deus como ela deveria ser
e era nos primeiros dias do Cristianismo. Eles estavam num "cenáculo" (Lc 22.12, Jo 13.1-17), "reunidos" (Mt 18.20), "partindo o pão" (1Co 11.23-26), no "primeiro dia da semana". Existe aqui uma sugestão de dois dias, o "primeiro dia da
semana" e o "dia seguinte". Aquela alegre cena sofre um
distúrbio ocasionado pela queda e retomo de Êutico, o que nos fala da história
da Igreja caindo no mundo, da posição elevada que antes ocupava e sendo então
graciosamente restaurada na forma de um testemunho remanescente. Todavia, a
reunião não terminou até "à
alvorada" do dia seguinte, o que nos fala da vinda do Senhor no
arrebatamento para encerrar a presente dispensação.
Êxodo 19.10-11
Aqui o Senhor fica oculto à vista de Israel por dois dias antes de se apresentar a todo o povo para fazer um
concerto com eles no terceiro dia. Os dois dias mais uma vez correspondem à
presente dispensação durante a qual o Senhor tem estado oculto para Israel e
para o mundo que o rejeitou. O terceiro dia corresponde ao tempo da manifestação
pública do Senhor em Sua segunda vinda ou manifestação (Ap 1.7; Tt 2.13).
Embora Israel tenha falhado em guardar a lei que lhe foi dada naquele dia, num
dia futuro o Senhor fará com Israel um concerto eterno e este irá guardar sua
lei (Hb 8.10; 10.16-17; Ez 36.25-27; 37.26; Rm 11.25-27).
Josué 10.12-15
No nono capítulo, Israel falhou em sua responsabilidade e, consequentemente, os
Gibeonitas, que eram gentios, foram introduzidos na cena. Como resultado de seu
fracasso, foram chamados a "salvarem" os Gibeonitas (Js 10.6). Mais
uma vez isso nos fala da oportunidade que foi dada ao mundo gentio de ser salvo
diante do fracasso de Israel (Rm 11.11-20; At 15.14). Após lutarem todo aquele
dia, Josué, vendo que eles não teriam tempo suficiente para consumar a vitória,
pediu ao Sol que não se pusesse e este parou sobre Gibeom por mais um dia
inteiro. Temos aqui dois dias e uma
bela figura deste dia estendido da graça onde o brilho da graça de Deus
permaneceu sobre este mundo até que chegasse a plenitude dos gentios (Rm 11.25).
"Não houve dia semelhante a
este" e certamente não houve um dia semelhante a este atual dia,
quando almas em todo o mundo têm sido salvas aos milhares. Após aquele longo
dia em Gibeom, Israel voltou a "Gilgal" (v. 15), o lugar do
juízo-próprio. Israel, após o dia da graça haver terminado o seu curso, será
levado a um juízo próprio e arrependimento diante do Senhor, e então será
introduzido na bênção do Reino Milenar (Sl 51; Zc 12.9-14).
2 Samuel 1.1-2
Em 1 Samuel, Davi foi rejeitado por seus irmãos e se refugiou em Ziclague, que
era um lugar fora da terra de Israel (1Sm 27.4-6). Davi ficou ali por "dois
dias" antes de seguir adiante no terceiro dia e tomar publicamente
o trono em Hebrom. Davi, em sua rejeição, prefigura Cristo no tempo presente,
rejeitado por Israel e pelo mundo. O terceiro dia prefigura o tempo quando o
Senhor virá em poder e glória para tomar o trono em Israel a reinar como Rei de
direito sobre todos (Zc 14.9; Is 32.1 – Segunda Vinda).
2 Reis 19.35–20.11
Nesta passagem vemos que, após Senaqueribe e seu exército assírio terem sido
derrotados pelo Senhor, Ezequias, que estava "mortalmente" enfermo,
teve sua saúde restituída e foi levantado no "terceiro dia".
Senaqueribe e os assírios formam um bem conhecido tipo dos exércitos russos (Ez
38–39) que descerão sobre Israel nos últimos dias. Ezequias é uma figura da
condição de Israel espiritualmente diante de Deus hoje, chegando até a morte.
Ezequias ficou assim por dois dias
antes de rogar ao Senhor e ser levantado no terceiro dia. Assim acontecerá com
Israel quando clamarão o Senhor em sua angústia (Jl 2.15-17) no final da Grande
Tribulação. Então Israel será levantado como nação e seus inimigos derrotados.
Jonas 1–3
No capítulo 1 Deus comunica Seus pensamentos a Jonas, fazendo dele uma
testemunha responsável para os ninivitas. A nação de Israel recebeu privilégio
similar, pois os oráculos de Deus lhe foram confiados (Rm 3.2). O povo de Israel
foi colocado em um lugar de responsabilidade para que levasse ao mundo o
testemunho do verdadeiro conhecimento de Deus (Rm 2.18-20; Is 43.10). Mas Jonas
se rebelou e fugiu da presença do Senhor. Israel também se rebelou contra o
Senhor e fracassou em todos os sentidos em dar um testemunho apropriado de
Jeová ao mundo (Rm 2.23-24). Assim como Jonas foi lançado para fora do navio,
Israel foi, nos desígnios de Deus, posto de lado por algum tempo, tendo ficado
disperso no mar das nações (Mt 21.21; Ap 17.15; Lv 26.33; Sl 44.11). Após Jonas
ter sido jogado no mar, os marinheiros gentios se voltaram para Deus. Mais uma
vez, isso é uma figura da salvação chegando aos gentios por Israel ter sido
posto de lado (Rm 11.11; At 28.25-28). A aflição que Jonas passa no capítulo 2
é outra figura da terrível perseguição que foi a parte que coube ao judeu
durante os longos anos de sua dispersão. No terceiro dia Jonas é visto outra
vez e de boa vontade usado como um instrumento de bênção para os ninivitas.
Trata-se de uma antevisão da restauração de Israel quando for colocado em um
lugar de proeminência durante o Milênio e usado por Deus para a bênção do mundo
(Is 60.1-5; 62.1-3).
Levítico 23
Os dois dias são vistos aqui de um
modo diferente. Primeiro é necessário ter um simples entendimento do esboço
dispensacional do capítulo antes que os dois dias sejam vistos. Há sete festas
anuais no capítulo, as quais nos dão uma antevisão dos eventos que vão desde a
cruz de Cristo até o Seu Reino vindouro. São elas: (1) a Páscoa – a morte de
Cristo (1Co 5.7), (2) a Festa dos Pães Ázimos – santidade prática na vida do
crente (1Co 5.8), (3) a Festa das Primícias – Cristo ressurreto e ascendido à
glória (1Co 15.23), (4) a Festa do Pentecostes – a Igreja sendo formada em um
só corpo (At 2.1), (5) a Festa das Trombetas – Israel reunido de entre as
nações (Mt 24.31), (6) o Dia da Expiação – Israel se arrependendo (Zc 12.9-14;
Sl 51) e (7) a Festa dos Tabernáculos – a bênção milenial da terra no Reino de
Cristo (Sl 72). As quatro primeiras festas já se cumpriram em tipo. As últimas
três ainda estão para se cumprir. Todas as festas, exceto as duas do meio (3 e
4), foram celebradas em dias específicos do calendário judaico e correspondem à
ordem judaica de se observar os tempos e as estações (Gl 4.9-10). Mas não
existia menção a uma data no calendário para a Festa das Primícias e para a
Festa do Pentecostes, que prefiguram a presente dispensação cristã. Eram
simplesmente para serem celebradas no primeiro dia da semana. Esses dois dias se diferem claramente dos
outros dias de festa e assinalam o presente período de aproximadamente 2.000
anos.
Mateus 15.1-39
Na primeira parte do capítulo o Senhor revelou a apostasia em Israel no tempo
da Sua primeira vinda, mostrando estar Israel corrompido e distante de Deus.
Após haver pronunciado Seus juízos que cairiam sobre o povo, o Senhor partiu
para Tiro e Sidom, que são cidades gentias da Síria (At 21.3). Tratava-se de
uma atitude simbólica, mostrando que os procedimentos do Senhor para com Israel
seriam postergados para que Ele visitasse os gentios no dia presente com o
Evangelho da Graça (At 15.14). Uma mulher gentia foi abençoada ali sobre o
princípio da fé, sendo aquela uma amostra do material de que a Igreja seria
formada. Após haver tratado com a mulher, Ele voltou às terras dos Judeus
tomando um lugar em uma montanha na Galiléia, onde administrou bênçãos a todos
como uma antevisão de Seu Reino Milenar. Todos foram curados (vv. 29-31), em
conformidade com Isaías 35.5-6, e alimentados com pão (vv. 32-39), de acordo
com o Salmo 132.15. Mais uma vez, aqui é no terceiro dia (v. 32) que a bênção é
dispensada.
Mateus 17.1-9
O relato da transfiguração do Senhor Jesus Cristo no monte é uma antevisão da
glória do Seu Reino Milenar. Isso aconteceu "seis
dias depois", indicando figurativamente que o Reino de Cristo seria
estabelecido após terminados 6.000 anos da história do homem sobre a terra. Cristo veio ao mundo após 4.000 anos ou
quatro dias, deixando dois dias ou 2.000 anos para o presente dia da graça.
Talvez exista outra indicação dos dois mil anos sugerida no relato da entrada
de Israel na terra de Canaã no tempo de Josué (Js 3-4). É interessante a ordem
na qual eles entraram na terra. Primeiro entrou a arca de Deus (figura de
Cristo) no rio Jordão (figura da morte). Isto nos fala de Cristo tendo chegado
até a morte. Então, 2.000 côvados após a arca, seguiu Israel, que passou
entrando na terra (Js 3.3-4). Se os 2.000 côvados puderem ser aplicados ao
presente dia de graça, podemos ver que Israel será introduzido em sua terra
para bênção 2.000 anos após a morte
de Cristo.
Esses indícios encorajadores devem nos levar a uma alegre expectativa da vinda
do Senhor para arrebatar Sua amada noiva (Igreja) a qualquer momento. "Porque
ainda um pouquinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará”.
"Amém. Ora vem, Senhor Jesus!" (Hb 10.37; Ap 22.20).
– JP Padilha
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DOIS DIAS NAS ESCRITURAS | JP Padilha
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