DEUS ESPERA QUE OS CRISTÃOS VOTEM? | JP Padilha
Acredito veementemente que é a responsabilidade e dever de todo cristão votar e votar a favor de líderes que promovam princípios bíblicos. Deus com certeza está no controle, mas isso não significa que não tenhamos que fazer mais nada para promover a Sua vontade. Deus nos ordena a orar pelos nossos líderes e governantes em 1 Timóteo 2.1-4. Em relação à política e liderança, há evidência na Bíblia de que a nossa escolha de liderança às vezes desagrada a Deus (Os 8.4). A evidência do poder do pecado no mundo está por todo canto. Muito desse sofrimento é devido à liderança que não teme a Deus (Pv 28.12). A Bíblia dá instruções aos cristãos para que obedeçam à autoridade legítima, a menos que essa autoridade contradiga os comandos de Deus (At 5.27-29; Rm 13.1-7). Como cristãos, nascidos de novo, devemos tentar escolher líderes que vão se deixar ser guiados pelo Senhor (1Sm 12.13-25). Candidatos ou propostas que violam os comandos bíblicos de vida, família, casamento e fé nunca devem ser apoiados (Pv 14.34). Por esta razão, não se deve votar em políticos de esquerda – socialistas; comunistas. Os cristãos devem votar de acordo com as suas orações e estudos tanto da Palavra de Deus quanto das opções na cédula do voto.
Cristãos em muitos países neste mundo são oprimidos e perseguidos. Eles sofrem sob governos que nada podem fazer para mudar e governos que odeiam a sua fé e tentam silenciar suas vozes. Esses crentes pregam o evangelho de Jesus Cristo arriscando as suas próprias vidas. Nos EUA, os cristãos foram abençoados com o direito de se expressarem e de escolherem ou não seus líderes sem temer por si ou por suas famílias. Nos EUA, nas últimas eleições, cerca de dois em cada cinco cristãos autoproclamados encararam esse direito como garantido e não votaram. Cerca de um em cada cinco cristãos elegíveis para votar não são sequer registrados. Deus abençoou muito os EUA neste sentido, pois o povo pode escolher votar ou não votar; expressar ou não expressar, etc.
Nos dias de hoje, há muitos que querem extinguir o nome e a mensagem de Jesus Cristo completamente dos ouvidos do público. Geralmente são políticos de esquerda que engendram leis a fim de que o Cristianismo seja abolido de sua pátria. A propósito, permita-me ser mais direto ao ponto: Não existe cristão que vota em políticos de esquerda. Estamos sempre inclinados a votar em políticos de direita (Estude sobre o que é política de direita e de esquerda).
Votar é uma oportunidade de promover, proteger e preservar um governo que teme a Deus. Deixar de usar essa oportunidade significa deixar que pessoas que queiram rejeitar o nome de Cristo alcancem o seu objetivo. Os líderes que elegemos – ou que nada fazemos para remover do poder – têm grande influência sobre as nossas liberdades. Eles podem escolher proteger o nosso direito de louvor e de compartilhar o evangelho, ou podem restringir esses direitos. Podem liderar a nossa nação rumo à retidão ou a um desastre moral. Como cristãos, precisamos nos erguer e estar dispostos a seguir o nosso comando de cumprir as nossas obrigações cívicas (Mt 22.21).
Todavia, quero ressaltar aqui a diferença entre votar e fazer campanhas políticas e falar mal de governantes ou fazer protestos e greves no intuito de mudar o mundo para melhor. Não é dever do cristão fazer nada disso. Pelo contrário, é pecado, e eu explico este tema no artigo que deixarei no link abaixo.
Leia também: “Devemos estar sujeitos às autoridades”
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– JP Padilha
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Por que esperar em Deus é tão difícil? | JP Padilha
“Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei; Ele é a salvação da minha face, e Deus meu” (Salmos 42.11).
Esperar em Deus não é apenas difícil; às vezes parece impossível. Queremos que as coisas aconteçam em nosso próprio cronograma, de acordo com nossos planos. Queremos que tudo se resolva agora. Queremos resultados imediatos. Somos tentados a agir por conta própria, buscando resolver nossos problemas de forma imediata. A impaciência nos leva a tomar decisões precipitadas que podem resultar em mais problemas do que soluções. No entanto, Deus não opera no nosso tempo, e é quando esperamos que Ele agirá assim que as decepções vêm. Deus tem uma perspectiva maior dos eventos da vida, e Sua perspectiva, planos e horários são perfeitos e santos porque Ele é perfeito e santo. "O caminho de Deus é perfeito" (Salmo 18.30). Se os caminhos de Deus são "perfeitos", podemos confiar que tudo o que Ele faz – e qualquer que seja o Seu tempo – também é perfeito. Quando passamos a entender esse fato, esperar em Deus não apenas torna as coisas mais fáceis, como também nos torna crentes mais alegres.
Na passagem que vimos no início do artigo, vemos um diálogo do salmista com o seu interior, que demonstra a perda de controle sobre o que está acontecendo dentro de si. Ele se dirige a si mesmo ao invés de permitir que sua alma se dirija a ele com palavras negativas. A introspecção positiva é aquela em que você, ao invés de permitir que sua alma o atormente, você se dirige a ela e fala com ela. Quando o salmista diz que Deus é a salvação da sua face, ele está querendo dizer que até mesmo seu semblante será transformado por Deus – seu semblante está abatido, mas, com a intervenção do Senhor, se tornará alegre. “Espera em Deus, pois ainda o louvarei”, diz o salmista para sua própria alma.
As promessas de Deus são claras sobre este assunto – se esperarmos em Deus, Ele renovará nossas forças (Is 40.31). Entretanto, somos humanos e vivemos em uma cultura que exige tudo para agora, ou até mesmo para ontem. É por isso que esperar em Deus é difícil. Às vezes, as orações que elevamos ao Senhor dos Exércitos são respondidas imediatamente, e isso nos encoraja a aumentar a confiança. Não obstante, às vezes, durante um período de tempo, o Senhor testa a nossa fé, e é aí que a nossa jornada pode se tornar uma grande e extensa luta. É justamente aí que as coisas podem ficar difíceis e é quando nos perguntamos se o Senhor está realmente ouvindo nossa oração. Muitos de nós chegamos até mesmo a ser tentados a questionar a própria existência de Deus. Tudo começa com uma pergunta interna: “Será que tem mesmo Alguém me ouvindo do outro lado?”. “Espera... será que existe Alguém do outro lado?”. “Estaria eu falando com as paredes?”.
O apóstolo Paulo nos exorta a não nos preocuparmos com absolutamente nada:
“Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses 4.6-8).
A ansiedade no crente é fruto da sua falta de fé e isso é uma ofensa a Deus, não só porque Ele não quer que estejamos ansiosos por coisa alguma, mas também porque Ele sabe que nossas ansiedades derivam de uma compreensão incompleta de quem Ele é. A ansiedade é uma doença na alma; e a cura para essa doença é a fé.
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11.1; cf. Hb 11.1-40).
Um aspecto crucial da natureza e do caráter de Deus, e o único atributo que nos permitirá esperar pacientemente nEle com total confiança, é a Sua soberania. A soberania de Deus é definida como Seu controle total, completo e independente sobre cada criatura, evento e circunstância em cada momento da história – em cada milésimo de segundo e em cada aspecto da vida. Qualquer grão de areia que se move não é por acaso, mas faz parte da determinação divina. “Os dados são lançados sobre a mesa, mas do Senhor procede toda a determinação” (Provérbios 16.33). Quando o autor desta passagem fala de dados sendo lançados sobre uma mesa, ele tem em mente a coisa mais aleatória possível. A conclusão a que chegamos aqui é que NADA foge da predestinação de Deus. TUDO está debaixo dos Seus decretos e nada acontece sem Sua determinação.
Sujeito a ninguém, influenciado por ninguém, absolutamente independente, Deus faz o que quer, apenas como quer, sempre que quer, e nada é demais para a Sua mão: "Eu sou Deus... que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá firme, e farei toda a minha vontade" (Isaías 46.9-10). Quando realmente entendemos esse conceito, esperar que o nosso Deus perfeito trabalhe e aja em Seu tempo perfeito não só nos ajuda a esperar pacientemente, mas também com confiança.
– JP Padilha
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O CATOLICISMO É UMA RELIGIÃO FALSA? | JP Padilha
A resposta é “SIM”. Um dos problemas mais graves da Igreja Católica Romana é sua crença de que somente a fé em Cristo não é suficiente para a salvação. A Bíblia afirma clara e consistentemente que receber Jesus Cristo como Salvador, pela graça por meio da fé, concede a salvação (Jo 1.12; 3.16,18,36; At 16.31; Rm 10.9-10,13; Ef 2.8-9). A Igreja Católica Romana rejeita isso. A posição oficial da Igreja Católica Romana é que uma pessoa deve crer em Jesus Cristo, ser batizada, receber a Eucaristia junto com os outros sacramentos, obedecer aos decretos da Igreja Católica Romana, realizar obras meritórias, não morrer com nenhum pecado mortal, etc., etc., etc. A divergência católica da Bíblia sobre esta questão crucial – a salvação – significa que sim, o Catolicismo é uma religião falsa. Se uma pessoa acredita no que a Igreja Católica ensina oficialmente, ela não será salva. Qualquer alegação de que obras ou rituais devem ser adicionados à fé para que a salvação seja alcançada é uma alegação de que a morte de Jesus não foi suficiente para comprar completamente nossa salvação.
Embora a salvação pela graça, mediante a fé, seja o ponto principal que torna o Catolicismo uma falsa religião, ao compararmos o Catolicismo Romano com a Palavra de Deus vemos muitas outras diferenças e contradições. A Igreja Católica Romana ensina muitas doutrinas que estão em desacordo com o que a Bíblia declara. Isso inclui sucessão apostólica, adoração a santos ou a Maria, oração a santos ou Maria, o papa/papado, batismo infantil, transubstanciação, indulgências plenárias, o sistema sacramental e o purgatório. Embora os católicos aleguem apoio bíblico para esses conceitos, nenhum desses ensinamentos tem qualquer fundamento sólido no claro ensino das Escrituras. Esses conceitos são baseados na tradição católica, não na Palavra de Deus. Na verdade, todos eles contradizem claramente os princípios bíblicos.
Em relação à pergunta "Os católicos são salvos?", esta é uma pergunta mais difícil de responder. É impossível dar uma declaração universal sobre a salvação de todos os membros de qualquer denominação do Cristianismo. Nem TODOS os batistas são salvos. Nem TODOS os presbiterianos são salvos. Nem TODOS os luteranos são salvos. A salvação é determinada pela fé pessoal somente em Jesus para salvação, não por títulos ou identificação denominacional. Porém, se a pergunta for “Alguém chega ao Céu sendo católico?”, a resposta é um grande “NÃO, este alguém não chega lá”. Apesar das crenças e práticas não bíblicas da Igreja Católica Romana, há crentes genuínos que frequentam igrejas católicas romanas. Há muitos católicos romanos que genuinamente depositaram sua fé somente em Jesus Cristo para a salvação. No entanto, esses cristãos católicos são crentes apesar do que a Igreja Católica ensina, não por causa do que ela ensina. Em graus variados e em raríssimos casos, algumas denominações da Igreja Católica ensinam a partir da Bíblia e apontam as pessoas para Jesus Cristo como o Salvador. Como resultado, algumas pessoas às vezes são salvas em igrejas católicas. A Bíblia tem um impacto muito grande sobre o crente, sempre que é proclamada (Is 55.11). Os católicos permanecem na Igreja Católica por ignorância acerca do que a Igreja Católica realmente representa, por tradição familiar e pressão dos colegas, ou, em alguns casos, por um desejo de alcançar outros católicos para Cristo. Em todo o caso, é um caminho sem volta para o inferno.
A Igreja Católica também afasta muitas pessoas de um relacionamento de fé genuíno com Cristo. As crenças e práticas não bíblicas da Igreja Católica Romana frequentemente deram aos inimigos de Cristo a oportunidade de blasfemar. A Igreja Católica Romana não é a Igreja que Jesus Cristo estabeleceu. Não é uma Igreja que se baseia nos ensinamentos dos Apóstolos (conforme descrito no Livro de Atos e nas epístolas do Novo Testamento). Embora as palavras de Jesus em Marcos 7.9 tenham sido direcionadas aos fariseus, elas descrevem com precisão a Igreja Católica Romana: "Vocês têm uma ótima maneira de deixar de lado os mandamentos de Deus para observar suas próprias tradições!".
– JP Padilha
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LANÇANDO FORA O MEDO | JP Padilha
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18).
Eu quero falar sobre uma palavra feia de quatro letras: “MEDO”! Muitos de nós provavelmente podemos nos lembrar de quando éramos crianças. Se disséssemos uma palavra feia, nosso pai ameaçava lavar nossa boca com sabão. Bem, se “medo” é uma palavra suja de quatro letras, então a fé no amor de Deus é o sabão! Eu não estou falando de fé frágil. Estou falando de uma fé poderosa no amor incondicional, ilimitado, inabalável e perfeito que Deus tem por nós – crentes em Jesus.
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS ENSINAMENTOS DE 1 JOÃO 4.18
“No amor não existe medo” – O amor não é um afeto que produz medo. No amor que temos por um pai, um filho, um amigo, etc., não há medo. Se um homem tiver perfeito amor a Deus, ele não terá medo de nada – pois o que ele teria que temer? Ele não terá medo da morte, pois não terá nada a temer além da sepultura. É a culpa que faz as pessoas temerem o que está por vir; mas aquele cujos pecados são perdoados e cujo coração está cheio do amor de Deus não tem nada a temer neste mundo ou no mundo vindouro. Os anjos no céu, que sempre amaram a Deus e uns aos outros, não têm medo, pois não têm nada a temer no futuro; os remidos no Céu, resgatados de todo perigo e cheios do amor de Deus, não têm nada a temer; e, na medida em que esse mesmo amor opera na terra, ele libera a alma agora de toda a apreensão do que está por vir.
“Antes, o perfeito amor lança fora o medo” – Isto é, o amor que é completo em Deus, e que pode exercer sua influência adequada sobre a alma, lança fora todo o medo. Tanto quanto existe, sua tendência é libertar a mente dos alarmes. Se o amor existe em qualquer alma em um estado absolutamente perfeito (completo), essa alma está completamente livre de todo medo em relação ao futuro.
“Ora, o medo produz tormento” – O tormento é uma emoção dolorosa e angustiante. Assim, os homens sofrem com o medo da pobreza, das perdas, do luto, das doenças, da morte e das aflições futuras. De todas essas apreensões angustiantes, esse amor de Deus que fornece uma evidência da verdadeira piedade nos liberta.
“Aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” – Aquele sobre cuja mente permanece a apreensão de coisas ruins ou até mesmo da ira futura mostra que o amor em sua alma não realizou sua obra completa. De qualquer forma, Jesus prometeu que a boa obra que Ele começou em nós Ele irá terminar. Existem muitas mentes agora, tão cheias de amor a Deus, que estão livremente libertadas do medo.
1 João 4.18 ensina que, ao compreendermos o amor de Deus, somos libertos de nossos medos – todos eles.
A mensagem central desta passagem é que o medo é frequentemente associado à expectativa de punição. No entanto, ao abraçar o amor de Deus, os crentes podem encontrar segurança e paz.
Deus quer que saibamos que Ele está conosco. Ele vai nos orientar e guiar para que possamos ter confiança e fé nEle! Lembre-se, o amor dEle é perfeito, mesmo quando nós não somos. Ele não vai nos amar mais ou menos por causa de nossos erros e pecados. Não é bom saber que Deus te ama exatamente como você está? Esse não é o tipo de pensamento que reforça bastante sua fé e diminui seu medo?
De vez em quando você e eu vamos sentir medo. Quando isso acontecer, podemos nos concentrar em Deus e saber que Ele nos conduzirá através de qualquer situação que enfrentarmos. É o amor perfeito de Deus – não nós mesmos perfeitos – que expulsa o medo a cada momento.
Comece a orar: “Deus, somente Seu amor consegue expulsar meu medo. Então, deposito minha fé no Senhor. Sei que Sua presença está comigo e que o Senhor vai me conduzir através de qualquer situação de medo que eu enfrente. Eu posso não sentir a Sua presença durante boa parte da minha vida, mas o que eu sinto não interessa; o que interessa é que o Senhor está presente mesmo quando eu não sinto essa presença. Eu recebo Seu amor”.
O AMOR LANÇA FORA O MEDO DO JUÍZO DE DEUS
Vamos falar um pouco do contexto predominante em que esta passagem está inserida e, feito isso, falaremos sobre o medo num todo, pois esta passagem serve tanto para falar sobre o medo do juízo divino como para discorrer sobre o medo em geral e subjetivo.
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18).
Este versículo apresenta desafios para o leitor sério e tem sido usado para justificar o pecado na vida das pessoas. Teólogos modernos e crentes têm distorcido o sentido do texto para justificar suas decisões de não se arrependerem de seus pecados. Seu mantra é: “Deus me ama do jeito que sou; então não preciso mudar”. Estudantes da Bíblia podem enfrentar uma dificuldade em conciliar este versículo com outros ensinamentos das Escrituras que ensinam a importância do medo ou temor a Deus: “Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem” (Eclesiastes 12.13), e “não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10.28). Oras, devo temer a Deus ou não? Como compreender o ensinamento de João?
Uma das regras fundamentais para entender qualquer texto é considerar o contexto. João não ofereceu aqui conforto para pessoas que persistem numa vida pecaminosa (cf. 1Jo 3.6-10), nem tampouco falou sobre o temor de Deus, mas sim sobre o medo decorrente das coisas deste mundo. O contexto define termos importantes. Medo e tormento são ligados ao assunto do versículo anterior: o Dia do Juízo (vs. 17). O amor também está ligado aos versículos anteriores: Quem permanece no amor permanece em Deus (vs. 16). João explica o que é necessário para viver e morrer com a confiança da salvação em Cristo. É necessário aperfeiçoar o amor, que significa permanecer em Deus (1Jo 4.16-17). Não obstante, esse processo não depende do nosso esforço, mas sim do ato de Cristo em nos aperfeiçoar até o dia da nossa partida: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1.6). Neste caso, por meio da fé somos aperfeiçoados no amor por Jesus Cristo. O que devemos fazer então? Desenvolver a nossa fé com oração e súplica. A oração e a súplica são formas de fortalecer a fé, pois permitem pedir ajuda, louvar a Deus e refletir sobre a fidelidade dEle.
“Não estejais ansiosos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus (Filipenses 4.6-7).
Com relação ao Dia do Juízo, trata-se do Grande Trono Branco, onde somente os perdidos estarão. Nenhum crente participará deste ato judicial. Os salvos não participam do julgamento final. É impossível ser mais claro do que João 5.24: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação (ou juízo), mas passou da morte para a vida”.
Atente-se para os tempos dos verbos, os quais revelam uma transformação imutável na posição do pecador salvo: “ouve”, “crê”, “TEM”, “ENTRARÁ”, “PASSOU”. A passagem NÃO diz que o salvo “terá” vida eterna, mas que tem a vida eterna no momento em que crê, o que significa um direito adquirido por graça, e tão somente pela graça.
Há diferentes tipos de juízo que você encontra na Bíblia, mas é importante distinguir cada um deles. Na ordem dos eventos proféticos, primeiro vem o arrebatamento da Igreja (os salvos) e dos que morreram em Cristo. Para estes não há julgamento ou condenação, pois Cristo pagou o preço de sua redenção. Nas palavras de Mario Persona, “Deus seria tão injusto de julgar um crente quanto um juiz humano seria injusto de julgar alguém por um crime que outro confessou e pagou a pena. Cristo confessou nossos pecados (levou sobre si) e pagou a pena”.
Muitos confundem o Grande Trono Branco (Juízo Final) com o Tribunal de Cristo, e por isso pensam que os cristãos passarão pelo juízo divino no fim dos tempos. Grande erro! O Grande Trono Branco não é o Tribunal de Cristo. Os crentes não serão julgados no Grande Trono Branco, pois são salvos desde o princípio do mundo. O que os crentes encontrarão é o Tribunal de Cristo descrito em 2 Coríntios 5.10: "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal". Em 1 Coríntios Paulo fala mais desse tribunal que não tem caráter condenatório, mas de apreciação das obras praticadas pelo crente. É algo parecido com um concurso de pintura, onde o que está sendo julgado não é o pintor, mas a qualidade de seu trabalho.
"E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal SERÁ SALVO, todavia como pelo fogo" (1 Coríntios 3.12-15).
Essa passagem nos ensina de forma clara que até mesmo aquele que não fez obra alguma digna de ser aproveitada SERÁ SALVO.
Seria totalmente injusto interpretar o ensinamento de João de uma maneira que contradiga o resto da epístola ou que negue ensinamentos de Jesus e dos apóstolos a respeito do aperfeiçoamento do amor de Deus. Na mesma carta de 1 João, este apóstolo disse que para permanecer em Deus é preciso andar na luz (1Jo 1.6-7). Ele resume bem as condições da comunhão com Deus nestas palavras: “Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 João 2.5-6).
Evitemos o erro de imaginar que alguém alcance esta perfeição por esforço próprio, ou que tenha confiança da salvação por sua própria justiça. Todo o contexto nos lembra do perdão oferecido por Deus por meio do sangue de Jesus Cristo (1Jo 1.9-10; 2.1-2; 4.9-10; 5.13). Somente em Jesus poderemos permanecer no amor de Deus e não ter parte no Dia do Juízo! Deus não ama ninguém fora de Cristo.
LANÇANDO FORA TODO O MEDO
Algumas palavras são simplesmente assustadoras: Assalto, Estupro, Homicídio, Câncer, Morte, Guerra, Inferno, Depressão, Ansiedade, etc. Em nossas vidas, enfrentamos estas palavras e as realidades que elas representam. Mas, como devemos reagir a tudo isso? Cristãos, pessoas que sinceramente confiam no Senhor, devem sentir medo? O que diz a Bíblia sobre o medo?
É Normal Ficar Assustado
Neste estudo, vamos observar que há vários sentidos em que o discípulo de Cristo não precisa, e nem deve, ter medo. Para não criar uma preocupação desnecessária (medo de sentir medo?!), devemos notar que é normal ficar assustado em algumas situações. Deus criou o ser humano e outras criaturas com a capacidade de reconhecer e reagir ao perigo. O pedestre que não reconhece o perigo de um ônibus descontrolado chegando em alta velocidade não tem muita expectativa de vida numa cidade grande. A criança que não percebe o perigo de cair num precipício pode, facilmente, perder a vida. O medo natural serve para nos proteger. Não é pecado ficar assustado quando encaramos um cão bravo, ou uma cobra venenosa ou um assaltante armado. Um exemplo bíblico de um servo do Senhor que sentiu medo é Davi.
Davi sentiu medo em várias situações, como quando Saul o perseguia, quando enfrentou Aquis e quando teve medo de Deus.
Davi sentiu medo quando Saul saiu para matá-lo. Foi morar em Horesa, no deserto, perto de Zife (1Sm 23.14). No salmo 55, Davi expressa seu medo aterrorizante: “... terrores da morte caíram sobre mim. Temor e tremor vieram sobre mim; e o horror me cobriu” (Salmos 55.4-5). Jônatas, filho de Saul, o encontrou no monte do deserto de Zife e lhe deu coragem para confiar na proteção de Deus (1Sm 23.16-17). Em 1 Samuel 22, é contada a história da Caverna de Adulão, onde Davi se refugiou para escapar da perseguição de Saul. Davi também ficou com muito medo de Aquis, rei de Gate, depois de ouvir comentários sobre ele (1Sm 21.12). Ele fingiu estar louco na frente de todos, rabiscando os portões da cidade e deixando escorrer saliva pela barba (vs. 13). Sobretudo, Davi teve medo de Deus e perguntou: “Como poderei levar a arca do Senhor?” (2 Samuel 6.9). Davi não quis levar a arca do Senhor para a Cidade de Davi, mas a levou para a casa de Obede-Edom (vs. 10). Davi fortaleceu-se no Senhor, o Seu Deus (vs. 14).
A Decisão: Ter Medo ou Não Ter Medo
Não estamos tratando de reações naturais aos perigos que enfrentamos no dia-a-dia. Vamos considerar as nossas decisões de temer ou não certas coisas e pessoas. A nossa preocupação não é com a adrenalina, e sim com a fé. Vamos abordar a questão do medo do ponto de vista de uma decisão. Podemos fazer uma comparação com o amor. Normalmente, pensamos no amor como se fosse sentimento, algo fora do nosso controle. A própria Bíblia, algumas vezes, fala sobre o amor nestes termos, especialmente no contexto de atração entre um homem e uma mulher (Gn 34.3; 2Sm 13.4,15; 1Rs 11.1). Porém, na Bíblia, o amor é mais do que mero sentimento. Trata-se de um mandamento. Ou seja, é algo que decidimos fazer porque Deus ordenou. O amor é uma decisão, e escolhemos o seu objeto. Deus ordenou que nós amássemos, e decidimos fazer ou não o que Ele mandou. Assim, devemos amar o Senhor (Mt 22.37), o nosso próximo (Mt 22.39), a nossa esposa (Ef 5.25) e até os nossos inimigos (Mt 5.44). São ordens do Senhor, e decidimos obedecê-las porque somos habitados pelo Espírito Santo.
De semelhante modo, decidimos temer ou não temer. Deus fala e nós obedecemos. Por exemplo, Jesus disse: "Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer" (Lucas 12.4-5). É um mandamento! Não tema estes, mas tema Aquele. Sendo mandamento, exige uma decisão. O servo fiel não temerá os perseguidores que matam o corpo, mas temerá Aquele que tem poder para lançar no inferno.
Uma vez que compreendemos que decidimos ter medo ou não, podemos apreciar melhor o ensinamento bíblico sobre o assunto.
Não Tenha Medo
Encontramos frequentes admoestações nas Escrituras contra o medo:
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18). “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8.15). “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio” (2 Timóteo 1.7).
Os servos de Deus não devem temer:
Inimigos do Senhor – Moisés animou o povo de Israel nas suas batalhas contra os povos condenados por Deus na região de Canaã com estas palavras: "Quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo, e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles, pois o Senhor, vosso Deus, é quem vai convosco a pelejar por vós contra os vossos inimigos, para vos salvar" (Deuteronômio 20.2-4; cf. Salmos 3). Da mesma forma que Israel enfrentava os inimigos com confiança em Deus, nós devemos pelejar contra os inimigos espirituais. "...porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1 João 5.4). Paulo escreveu aos coríntios: "Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus" (2 Coríntios 10.3-5). O discípulo de Cristo chega ao campo de batalha com a armadura de Deus para poder resistir às ciladas do diabo (Ef 6.10-18).
Falsos profetas – Muitas pessoas ficam assustadas com as proclamações heréticas e descabidas de pessoas que alegam ser profetas de Deus. Algumas igrejas dão espaço para revelações inéditas, sonhos, visões e profecias, às vezes assustando os adeptos da religião com previsões de acidentes ou outras calamidades. Esse tipo de promoção do medo é muito popular entre as denominações pentecostais, mas têm tomado espaço nas denominações tradicionais nos últimos tempos também. Poucas pessoas param para analisar estas revelações extra bíblicas, sonhos, visões e profecias a fim de saberem se estas coisas estão de acordo com os ensinamentos bíblicos. Moisés falou claramente que uma profecia não cumprida já seria motivo para desacreditar do "profeta": “Quando o profeta falar em nome do Senhor, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o Senhor não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele” (Deuteronômio 18.22). Não devemos temer tais pessoas. Jeremias falou do mesmo tipo de "profeta" quando disse: "Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor... Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração?" (Jeremias 23.16,25-26).
Circunstâncias fora do nosso controle – A angústia que paralisa muitas pessoas hoje vem do medo indevido de coisas que estão fora do nosso controle. Preocupações sobre o amanhã deixam pessoas paralisadas. Jesus disse: "Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta a cada dia o seu próprio mal" (Mateus 6.34). Nenhum homem domina o seu próprio futuro. Sendo assim, devemos confiar em Deus. "Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças" (Filipenses 4.6). O ponto chave é entregar a Deus as nossas preocupações sobre coisas fora do nosso controle. Davi aprendeu esta confiança no Senhor: "Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei" (Salmo 56.4).
A Fé não Nega a Prudência
Algumas pessoas, reconhecendo a importância de confiar em Deus e de não temer outras coisas e pessoas, têm confundido o ato da fé com irresponsabilidade. Elas se recusam a tomar precauções normais em questões de segurança e saúde, afirmando que Deus cuidará de tudo. Todavia, isso é uma forma de tentar a Deus. Um exemplo bíblico disso está em Mateus 4.6-7, onde Satanás tenta Jesus a pular do pináculo do Templo, já que Deus ordenaria aos anjos que o salvassem: “E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mateus 4.6-7). O diabo usa a própria Escritura Sagrada para enganar. Ao invés de negar as verdades das Escrituras, ele as usa para distorcê-las e tirá-las de seu contexto para tentar o crente. Ele tentou Jesus a ser irresponsável com sua vida devido à promessa de Deus de que Ele protege os Seus.
A fé, porém, não é a falta de prudência. Encontramos boas ilustrações deste fato nas Escrituras. Neemias era um homem de fé, que orava muito e confiava no poder divino. Ele servia como governador de Jerusalém quando os inimigos do povo se prepararam para atacar a cidade. Neemias relata a reação dele e do povo: "Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite" (Neemias 4.9).
Paulo se dedicava constantemente à oração e sempre seguia as orientações do Senhor. Quando ele descobriu que os judeus tinham armado uma cilada para pegá-lo, o apóstolo pediu a ajuda de seu sobrinho e do comandante da cidade. Este mandou Paulo para Cesaréia sob a proteção de centenas de soldados (Atos 23.12-33).
Nós também devemos agir com prudência. Deus nos criou com inteligência para dominar as outras criaturas (Gn 1.26). Ele nos deu o bom senso para nos proteger da chuva, do frio e de ventos fortes. O Criador abençoou o homem com a capacidade de aprender sobre ciências e medicina para melhorar a qualidade de vida e a nossa segurança. O mesmo Senhor que prometeu suprir as necessidades da vida aos fiéis também disse que os mesmos homens devem trabalhar para comer (Mt 6.31-33; 2 Ts 3.10). Devemos orar ao Senhor, pedindo proteção e, ao mesmo tempo, mostrando o bom senso para trancar as portas de casa antes de dormir. Quando sofremos de alguma enfermidade física, devemos fazer as nossas súplicas a Deus e aproveitar a ajuda de médicos e outros profissionais que entendem mais de saúde do que nós. A presença da fé não é a ausência da prudência!
Tenhamos Medo de Deus
A maior parte das referências bíblicas sobre o medo e temor falam de Deus. Enquanto o Senhor condena o medo das circunstâncias da vida, dos inimigos, dos perseguidores, etc., Ele exige o medo do nosso Criador e Redentor. Alguns procuram diminuir a força destas palavras (medo, temor, tremor) quando se referem a Deus. Sugerem que tratam de mero respeito e reverência, mas não de medo. Enfatizam a bondade de Deus enquanto esquecem Sua severidade (Rm 11.22). Existem palavras na Bíblia para respeito e reverência, que também devemos ao Senhor. Mas, quando as Escrituras dizem que devemos temer e tremer na presença de Deus, elas estão falando da atitude de homens imperfeitos e fracos na presença do Deus Santo e Todo-poderoso. Devemos sentir medo na presença do Deus Eterno. Assim, devemos honrar homens e reis e temer a Deus (1Pe 2.17). Devemos resistir ao diabo e temer o Senhor (1Pe 5.8-9; Ef 6.11,16; Sl 111.10; Pv 9.10). E quando pensamos em Deus com respeito, temor e tremor, jamais devemos nos esquecer de que Ele é o juiz que trará castigo de fogo vingador sobre os rebeldes (2Ts 1.6-9). O diabo e seus servos podem matar o corpo, mas devemos temer a Deus, porque Ele tem poder para lançar o corpo e a alma no inferno (Mt 10.28; cf. Apocalipse 20.10,14-15). "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10.27,31).
"Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome" (Salmos 86.11).
– JP Padilha
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ISAÍAS 57 – ESPERANÇA PARA OS QUE SOFREM (Parte 2) | JP Padilha
Leia a parte 1 deste artigo clicando neste link:
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Não há paz real e duradoura longe de um relacionamento real e profundo com Deus. Em Isaías 57 encontramos uma seção fascinante da Bíblia que nos convida a mergulhar nas profundezas da espiritualidade e da relação entre Deus e o ser humano. Este capítulo, inserido no livro do profeta Isaías, oferece uma perspectiva única sobre questões morais e espirituais que continuam a ressoar ao longo da história da humanidade.
O texto começa com um chamado à justiça e à retidão, destacando a importância de vivermos de acordo com os princípios divinos. Isaías, o profeta, adverte o povo contra a idolatria e a adoração de ídolos, apontando para a necessidade de se voltar para o Deus verdadeiro e buscar a reconciliação com Ele.
No entanto, o capítulo também lança luz sobre a compaixão e misericórdia de Deus. Ele não apenas repreende, mas oferece esperança àqueles que se arrependem e buscam Sua graça. Isaías 57 nos mostra que Deus está disposto a habitar com os humildes e contritos de coração, restaurando a comunhão perdida.
À medida que exploramos este capítulo, somos confrontados com desafios espirituais e chamados à reflexão sobre nossas próprias ações. Isaías 57 nos lembra que, apesar de nossos erros, há sempre espaço para arrependimento e transformação em nossa jornada espiritual. Trata-se de um convite para buscar a justiça, viver com retidão e experimentar a graça redentora de Deus em nossas vidas.
ESBOÇO DE ISAÍAS 57
1. Advertência contra a idolatria e a injustiça (vs. 1-5).
(A) O destino dos justos e dos ímpios (vs. 1-2).
(B) A condenação da idolatria (vs. 3-5).
2. Chamado ao arrependimento (vs. 6-13).
(A) Repreensão aos ímpios (vs. 6-10).
(B) Promessa de cura e restauração (vs. 11-13).
3. A promessa de paz para os contritos (vs. 14-21).
(A) O caminho da reconciliação (vs. 14-19).
(B) O julgamento dos ímpios (vs. 20-21).
1. ADVERTÊNCIA CONTRA A
IDOLATRIA E A INJUSTIÇA (vs. 1-5)
Nesta primeira seção do capítulo 57 de Isaías, somos confrontados com uma advertência contundente contra a idolatria e a injustiça. É como se o profeta levantasse uma bandeira de alerta diante de práticas que desviavam o povo de Deus da verdadeira adoração e do comportamento justo.
O subtítulo desta seção – “Advertência contra a idolatria e a injustiça” – estabelece imediatamente o tom da mensagem de Isaías. Ele não poupa palavras ao condenar aqueles que se envolvem em adoração a ídolos e ao mesmo tempo perpetuam a injustiça em suas vidas. Isaías começa enfatizando a triste realidade da morte dos justos. Ele chama a atenção para como as pessoas retas são retiradas deste mundo sem que ninguém pareça perceber ou se importar. Isso serve como um lembrete sombrio de como a sociedade muitas vezes ignora aqueles que buscam viver com integridade.
Isaías continua sua acusação, destacando como os ímpios, que prosperam na idolatria e na injustiça, não têm noção do que está por vir. Eles vivem como se estivessem em um sono profundo, alheios à realidade espiritual e à consequência de seus atos.
Essa advertência contra a idolatria também ressalta a vaidade da confiança na adoração de ídolos feitos pelos homens. Isaías chama esses ídolos de “filhos dos feiticeiros” e de “descendência adúltera”. Ele está apontando para a futilidade de buscar proteção e orientação em objetos que não possuem poder real – quinquilharias cujos homens adotam como objetos de adoração, proteção e intercessão, como por exemplo as imagens de escultura dos santos do passado. Isso nos lembra que, mesmo nos tempos modernos, podemos ser tentados a confiar em coisas materiais ou sistemas humanos ao invés de colocar nossa fé inteiramente no Deus verdadeiro.
Além disso, Isaías destaca a conexão entre a idolatria e a imoralidade. Ele acusa aqueles que queimam incenso e oferecem sacrifícios a ídolos de “fornicadores e adúlteros”. Na Bíblia, a fornicação e o adultério não se referem apenas à infidelidade conjugal, mas também à infidelidade espiritual. A idolatria é uma traição contra a aliança com Deus.
Esta seção inicial de Isaías 57 serve como um lembrete atemporal de que a adoração verdadeira e a justiça são inseparáveis. Não podemos separar nossa devoção a Deus da maneira como vivemos nossas vidas. A idolatria nos afasta da verdade e da justiça, enquanto a justiça é o caminho para uma adoração autêntica ao único Deus vivo. A mensagem de Isaías ressoa ao longo dos séculos, desafiando-nos a examinar nossos corações e a nos afastar de qualquer forma de idolatria e injustiça, buscando uma vida de devoção genuína a Deus e retidão em nossas ações.
2. CHAMADO AO ARREPENDIMENTO (vs. 6-13)
Nesta seção do capítulo 57 de Isaías, somos confrontados com um chamado ao arrependimento. O subtítulo “Chamado ao arrependimento” ressalta a ênfase do profeta na necessidade de uma transformação profunda nos corações das pessoas. Isaías, como muitos outros profetas bíblicos, não apenas denuncia o pecado, como também oferece a esperança do arrependimento e da restauração.
O profeta começa esta seção expondo os pecados do povo de Israel de forma clara e contundente. Ele descreve como eles queimam incenso e sacrificam em altares idólatras, debaixo de árvores frondosas e em lugares altos. Essa prática era uma afronta ao Deus verdadeiro, o qual havia estabelecido o culto no Templo como o centro da adoração. Isaías denuncia essa idolatria como uma forma de traição espiritual – uma busca inútil por segurança e proteção fora de Deus.
Além disso, o profeta aponta para a prática hedonista de oferecer presentes e sacrifícios a ídolos em busca de favores divinos. Isaías descreve como eles viajavam por caminhos íngremes, oferecendo sacrifícios a cada monte elevado e debaixo de cada árvore frondosa. Esse comportamento demonstrava uma mentalidade superficial na qual as pessoas buscavam gratificação imediata e recompensas materiais em detrimento de uma verdadeira conexão espiritual com Deus.
Contudo, no meio dessa repreensão, Isaías também oferece uma mensagem de esperança. Ele destaca que Deus não permanece irado para sempre e não guarda ressentimento eterno (exceto no caso dos perdidos – destinados à perdição eterna por determinação divina). O profeta ressalta a natureza misericordiosa de Deus, lembrando-nos de que o Senhor não nos trata conforme os nossos pecados, mas com base em Sua compaixão.
Isaías faz um apelo sincero ao arrependimento, convidando as pessoas a admitirem sua culpa e a se voltarem para o Senhor. Ele indica que a verdadeira paz só pode ser encontrada quando reconhecemos nossos pecados e buscamos a reconciliação com Deus por meio da contrição constante. O profeta oferece a promessa de que aqueles que fazem isso encontrarão descanso e contentamento em Deus.
Além disso, Isaías enfatiza que o arrependimento não é apenas uma questão de palavras vazias, mas de ação genuína. Ele destaca que é necessário remover os ídolos e obstáculos espirituais de nossas vidas, limpando o caminho para uma relação restaurada com Deus.
Esta seção de Isaías 57 é um lembrete de que, independentemente de quão longe tenhamos nos afastado de Deus, sempre há a oportunidade de nos voltarmos para Ele por meio do arrependimento sincero. Deus é gracioso e compassivo, disposto a nos perdoar e restaurar quando nos voltamos para Ele de todo o coração. O chamado ao arrependimento é uma mensagem de esperança e renovação espiritual que continua a perpetuar em nossas vidas, nos lembrando da importância de reconhecer nossos pecados e buscar uma relação íntima com o Senhor.
3. A PROMESSA DE PAZ PARA
OS CONTRITOS (vs. 14-21)
Nesta terceira seção do capítulo 57 de Isaías, somos agraciados com a promessa divina de paz para aqueles quebrantados e arrependidos. O subtítulo “A promessa de paz para os contritos” ressoa com uma mensagem de esperança e restauração que ecoa através das eras.
Isaías começa esta seção destacando a promessa de Deus de fazer uma estrada segura e acessível para aqueles que buscam Sua presença. A imagem de Deus abrindo um caminho para Seu povo é uma metáfora poderosa. Isso simboliza Sua disposição em superar obstáculos e barreiras para nos alcançar, mesmo quando erramos e nos afastamos dEle.
O profeta descreve como Deus diz: “Eu habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito” (vs. 15). Essa declaração ressalta a natureza paradoxal de Deus. Ele é transcendente e santo, mas também está próximo e acessível àqueles que humildemente reconhecem sua necessidade dEle. Isso nos lembra que a busca de Deus não depende da nossa perfeição, mas da nossa disposição em reconhecer nossa total dependência dEle.
Isaías continua destacando a diferença marcante entre o destino dos ímpios e o destino dos justos. Enquanto os ímpios continuam em seu caminho de rebelião e autossuficiência, enfrentando uma escuridão cada vez mais profunda, os justos encontram paz e segurança junto a Deus. Essa promessa de paz é um contraste notável em relação à inquietação e angústia que os ímpios experimentam.
O profeta também aborda a questão da idolatria, que foi um dos principais pecados do povo de Israel na época. Ele questiona o sentido de confiar em ídolos feitos pelo homem, os quais são incapazes de salvar ou de trazer qualquer benefício real e transformador. Isaías usa uma linguagem vívida para descrever como esses ídolos são como um vento fugaz que os leva para longe. Essa imagem é uma lembrança contundente da futilidade da idolatria e da busca de segurança em fontes falsas.
No entanto, a mensagem central desta seção é de esperança e restauração para os contritos. Deus promete cura e consolação àqueles que se arrependem sinceramente e buscam Sua presença. Ele restaurará o espírito abatido e o coração contrito, trazendo alegria e paz. Esta promessa de restauração espiritual é uma expressão profunda do amor e da graça de Deus.
Isaías conclui a seção reforçando a ideia de que os ímpios são como o mar agitado, incapazes de encontrar repouso, enquanto os justos desfrutam da paz que vem como resultado de confiar em Deus. Ele nos lembra que a verdadeira paz não pode ser encontrada na busca egoísta da satisfação pessoal ou na idolatria de ídolos vazios, mas apenas na entrega humilde a Deus.
Em resumo, a seção 3 de Isaías 57 nos oferece uma mensagem de esperança e restauração. Deus promete paz e consolo àqueles quebrantados e arrependidos que O buscam sinceramente. Esta promessa é um lembrete poderoso de que, mesmo quando erramos (e nós sempre erramos), podemos encontrar refúgio na presença amorosa e acessível de Deus. É um chamado para abandonar a busca vã de segurança em fontes terrenas e, em vez disso, encontrar nossa paz no abraço misericordioso do Senhor.
REFLEXÃO DE ISAÍAS 57 PARA OS NOSSOS DIAS
Isaías 57, embora escrito há séculos e dirigido ao povo de Israel naquele contexto, carrega uma mensagem eternamente relevante para os nossos dias agitados e repletos de desafios. No Novo Testamento vemos que Deus promete paz e restauração ao Seu povo celestial também, o qual é a Igreja (Jo 14.27; Fp 4.7). A promessa de paz e restauração está destinada tanto a Israel quanto à Igreja, ambos povos distintos do Senhor. Do mesmo modo, em toda a Bíblia somos alertados a fugir da idolatria e injustiça (1Co 10.14; 13.6).
O capítulo 57 de Isaías nos convida a refletir sobre como suas palavras podem iluminar nossas vidas com sabedoria e discernimento.
Primeiramente, a advertência contra a idolatria e a injustiça ressoa de maneira poderosa em nossa sociedade moderna, a qual muitas vezes idolatra o poder, a riqueza, a fama e o ego. Podemos nos perguntar: “Quais são os ídolos em nossas vidas hoje?” Eles podem não se assemelhar a estátuas esculpidas, mas podem ser igualmente enganosos. A busca desenfreada por bens materiais, a obsessão pela imagem nas redes sociais ou a sede por poder podem nos afastar de Deus em um piscar de olhos, além de nos afastar de valores mais profundos e significativos.
Além do mais, a conexão entre idolatria e injustiça nos lembra da importância de vivermos em harmonia com os princípios de Deus e com justiça. Em um mundo onde a desigualdade e a opressão persistem, Isaías 57 nos desafia a agir com integridade e compaixão. Devemos nos perguntar se estamos andando segundo a lei de Deus ou segundo os rudimentos do mundo. Devemos, também, nos perguntar se estamos contribuindo para termos um mundo mais justo ou se estamos perpetuando a injustiça.
O chamado ao arrependimento é outra mensagem vital deste capítulo. Isaías nos lembra que o arrependimento não é um sinal de fraqueza, mas um ato de coragem e humildade. Em uma sociedade que muitas vezes valoriza a autoafirmação e a autossuficiência, essa mensagem pode nos lembrar da importância de reconhecer nossos erros e pecados, e buscar uma comunhão mais profunda com Deus. Devemos nos perguntar se estamos dispostos a admitir nossas falhas diante de Deus, por meio do nome do Senhor Jesus Cristo, e a buscar a transformação interior.
A promessa de paz para os contritos nos oferece esperança e conforto. Em um mundo repleto de ansiedades e incertezas, esta promessa nos lembra que a verdadeira paz só pode ser encontrada em Deus. Podemos nos sentir sobrecarregados pelo stress, pelas demandas da vida e pelas pressões sociais, mas Isaías 57 nos convida a descansar na presença de Deus. Devemos nos perguntar se estamos buscando a paz interior e espiritual que vem do relacionamento autêntico com Deus.
Em última análise, Isaías 57 é um lembrete de que, apesar das mudanças ao longo do tempo, os desafios espirituais e morais permanecem os mesmos. A mensagem do profeta nos convida a refletir sobre nossas vidas, nossas escolhas, nossas prioridades e, sobretudo, sobre nossa fé. Estas passagens nos encorajam a buscar a verdadeira adoração, a qual consiste de regras estabelecidas pelo próprio Deus. Não podemos adorar a Deus da forma que a nossa vã imaginação nos ordena, nem sob as sugestões de Satanás. Devemos adorar a Deus como ordenado nas Escrituras do Novo Testamento (epístolas dos apóstolos). Estas passagens também nos encorajam a buscar a justiça, o arrependimento e a paz em meio às complexidades do mundo contemporâneo.
Em nossos dias, Isaías 57 nos chama a examinar nossos corações, a questionar nossas prioridades e a buscar uma comunhão mais profunda com o Senhor. Ele nos lembra que, independentemente do quão longe tenhamos nos afastado dEle, sempre haverá a oportunidade de nos aproximarmos dEle novamente, encontrar a paz que excede todo o conhecimento e viver de acordo com os Seus princípios eternos de justiça e compaixão. É um convite à reflexão e à transformação, oferecendo a esperança de que, mesmo em meio às incertezas da vida moderna, podemos encontrar o caminho de Deus, o qual tem um significado e um propósito.
TRÊS MOTIVOS DE ORAÇÃO EM ISAÍAS 57
1. Arrependimento e Transformação Espiritual: Isaías 57.15 nos lembra que Deus habita “com o contrito e abatido de espírito”. Isso nos motiva a orar por arrependimento e transformação espiritual, tanto em nossas próprias vidas quanto na vida daqueles ao nosso redor. Podemos pedir a Deus que nos revele áreas de nossas vidas que precisam de mudança, buscando Sua graça para nos transformar e moldar à Sua imagem. Também podemos orar por aqueles que ainda não conhecem a Deus, pedindo que seus corações se abram para o arrependimento e para um relacionamento com o Senhor.
2. Justiça e Retidão: Isaías 57.2 nos convida a refletir sobre a brevidade da vida e a necessidade de vivermos com justiça e retidão. Podemos orar para que Deus nos capacite a ser agentes da justiça neste mundo caído, buscando a igualdade, defendendo os oprimidos e agindo com integridade em nossas vidas cotidianas. Além do mais, devemos orar pelos líderes políticos que exercem autoridade sobre nós, por líderes sociais e pastores e ministros do evangelho. Devemos orar para que estes tomem decisões justas que beneficiem a todos os membros da sociedade.
3. Paz e Consolação: Isaías 57.19 nos oferece a promessa de paz e consolação para os contritos de espírito. Sabemos que no mundo não há paz, mas podemos orar por paz em nosso meio, isto é, no ceio da Igreja, a qual tem passado por uma espécie de vale da sombra da morte. Podemos orar pelos que sofrem, pedindo que experimentem a consolação do Senhor em meio às dificuldades, angústias e dores. Também podemos orar por todos aqueles que buscam alívio para as angústias emocionais e espirituais – pessoas com depressão, ansiedade, fobias, insônia, etc., clamando a Deus para que estes recebam a paz que só Deus pode proporcionar.
– JP Padilha
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ISAÍAS 57 – ESPERANÇA PARA OS QUE SOFREM (Parte 1) | JP Padilha
“Tenho visto os seus caminhos e o sararei; também o guiarei e lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos que dele choram. Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto, diz o SENHOR, e eu o sararei” (Isaías 57.18-19).
Isaías 57 é um capítulo da Bíblia que fala sobre a condição humana, a misericórdia de Deus e os perigos da idolatria. O capítulo convida as pessoas a viverem com justiça, a rejeitarem a idolatria e a confiarem na promessa de Deus de restauração e paz. O capítulo também mostra que, antes de curar, Deus humilha Seus escolhidos.
Principais mensagens de Isaías 57:
• A promessa de que os justos e compassivos são recolhidos antes do mal – são arrebatados na morte para entrarem na paz eterna, antes que lhes sobrevenha o mal (vs. 1).
• A promessa de paz aos justos que morrem. Eles não morrerão sozinhos em suas camas. Morrerão em paz; descansarão nas suas camas os que houverem andado na sua retidão. (vs. 2).
• Deus habita num lugar alto e santo, mas também mora com os contritos e os aflitos – abatidos de espírito (vs. 15).
• A promessa de misericórdia aos penitentes – cura, direção e consolação para os que estavam em trevas. Aqueles que são escolhidos por Deus são alvos de Seu perdão, mediante a Sua graça. Deus opera o arrependimento em seus corações (vs. 18).
• A promessa de colocar um louvor na boca dos justos (vs. 19). Ao invés de reclamarem, os justos começam a louvar a Deus pela Sua misericórdia. Esse ato jamais poderia ser colocado em prática sem a intervenção divina.
• O chamado a viver com justiça.
• O chamado a rejeitar a idolatria.
• A promessa de restauração e paz de Deus.
• O convite a aproximar-se de Deus e buscar o Seu perdão.
• Os filhos de Deus nunca morrem sozinhos; sua morte nunca é sem sentido.
• A vida daqueles que pertencem ao povo de Deus é marcada por contrição e humildade.
• O justo encontra paz não apenas no momento da morte, mas durante a sua vida na terra.
ISAÍAS 57.18 – A PROMESSA DE CURA E RESTAURAÇÃO
“Tenho visto os seus caminhos” – Aqui se refere aos seus caminhos de pecado ou de arrependimento. Provavelmente significa o primeiro. E a ideia é que Deus viu como Seu povo estava propenso a pecar, e que agora Ele interpôs e corrigiu sua propensão a pecar contra Ele, e removeu deles os julgamentos que lhes foram trazidos em consequência de seus crimes.
“... e o sararei”. – Ou seja, Eu o perdoarei e restaurarei (cf. Isaías 6.10). O pecado, nas Escrituras, é frequentemente representado como uma doença, e o perdão e a salvação como uma cura da doença (2Cr 7.14; Sl 41.4; Jr 3.22; 17.4; 32.6; Os 14.4 – ler Isaías 6.10). Embora esta interpretação pareça compatível com o texto, o termo “sararei” pode estar conectado a doenças físicas e da alma. Seja como for, Deus pode sarar ambas – tanto a doença do pecado como a doença do corpo e da alma.
“... também o guiarei” – Nenhum castigo, por mais severo que seja, nos levará ao arrependimento se o Senhor não nos vivificar pelo Seu Espírito; pois a consequência será tornar-nos mais rebeldes e teimosos. E assim podemos ver, no exemplo deste povo, uma imagem da humanidade. Que possamos ver claramente qual é a nossa rebelião e obstinação contra Deus e que remédios são necessários para curar nossas doenças; e que, quando estamos doentes e quase além da esperança, somos curados, trazidos de volta ao caminho certo e depois continuamos nele. Daí segue o consolo:
“e lhe tornarei a dar consolação” – Se a piedade está faltando, não pode haver fé nem consolo, pois aqueles que não estão insatisfeitos consigo mesmos por causa de seus pecados podem procurar apenas a ira de Deus, terrores e desespero. É apropriado, portanto, observar o contexto em que o profeta, depois de mencionar “cura”, menciona, a seguir, “consolação”, pois aqueles cujas doenças foram curadas obtêm, ao mesmo tempo, aquela alegria do coração e aquela consolação de que foram privados.
Quando ele acrescenta: “a saber, aos que dele choram”, ou, em outra tradução, “aos seus enlutados” ; ou “aos seus pranteadores”, etc., ele parece especialmente indicar homens bons, que eram poucos em número, como resulta claramente das queixas dos profetas, que exclamam em voz alta contra a estupidez que havia tomado o povo por todos os lados. Assim, ele descreve aqueles que, em meio à culpa universal, foram constrangidos pelo luto sincero a lamentar, e que não apenas lamentaram as misérias do povo, mas gemeram profundamente sob o peso da ira de Deus, enquanto outros se entregaram livremente a seus prazeres.
ISAÍAS 57.19 – A PROMESSA DE PAZ AOS CORAÇÕES AFLITOS
“Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto, diz o SENHOR, e eu o sararei” (Isaías 57.19).
Isaías 57.19 é um versículo que traz uma mensagem de esperança e consolo para aqueles que estão passando por momentos difíceis. Nele, Deus promete criar louvor nos lábios dos pranteadores de Israel, trazendo paz tanto para aqueles que estão próximos quanto para os que estão distantes. Além disso, Ele promete curar aquele que está sofrendo.
A história por detrás desse versículo começa um pouco antes, quando o povo de Israel estava passando por um período de grande aflição. Eles haviam se afastado de Deus e estavam sofrendo as consequências de suas escolhas. Em meio à dor e ao sofrimento, Deus enviou o profeta Isaías para trazer uma mensagem de esperança e salvação.
Isaías falou sobre a necessidade de arrependimento e de se voltar para Deus, mas também trouxe palavras de consolo e promessas de restauração. Ele falou sobre a vinda do Messias e sobre o amor e a misericórdia de Deus.
No capítulo 57, Isaías fala sobre a necessidade de se arrepender e se voltar para Deus. Ele fala sobre como o povo de Israel havia se afastado dEle e se entregado à idolatria e à imoralidade. Mas, mesmo em meio a esse cenário sombrio, Isaías traz uma mensagem de esperança.
Ele fala sobre como Deus pode curar aqueles que estão sofrendo e criar louvor nos lábios dos pranteadores. Ele promete paz tanto para aqueles que estão próximos quanto para os que estão distantes. Essas palavras são um lembrete de que, mesmo em meio ao sofrimento, Deus está presente e pode trazer cura e consolo.
Essa mensagem de esperança e paz continua a ressoar hoje em dia. Muitas pessoas passam por momentos difíceis e enfrentam situações que parecem insuperáveis. Mas, assim como no tempo de Isaías, Deus ainda está presente e pode trazer cura e paz.
Isaías 57.19 é uma promessa de que Deus está sempre perto daqueles que O buscam e que Ele pode trazer cura e consolo para aqueles que estão sofrendo – ainda que por consequência de seus pecados. Ele restaura o coração, tirando o câncer do pecado e impingindo-lhe cura e paz. É uma mensagem de esperança que continua a inspirar e encorajar as pessoas até hoje.
PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES SOBRE ISAÍAS 57.19
• Os pranteadores de Israel são provavelmente aqueles que estão chorando e lamentando a situação de seu povo e sua nação.
• "Criando louvor nos lábios" significa que Deus está transformando o lamento em adoração e gratidão.
• Deus pode dar paz aos de longe e aos de perto porque Ele é onipresente e pode alcançar todos os lugares.
• O "ele" que Deus irá curar não é especificado na passagem.
• A doença ou aflição que essa pessoa tem não é especificada na passagem. Pode referir-se tanto ao pecado em si mesmo como a alguma enfermidade física resultante do pecado. Também pode significar uma “doença na alma” – angústia, ansiedade, etc. Este último ponto pode ser considerado devido ao contexto da passagem que exprime sentimentos de aflição, contrição, choro, lamento, etc.
• Não há explicação específica do porquê Deus escolheu curar essa pessoa em particular.
• A cura pode ser aplicada a outras pessoas que estão sofrendo e precisam da paz e cura de Deus.
• O significado mais amplo da passagem é que Deus é capaz de transformar a tristeza em alegria e dar paz e cura a todos que clamam por Ele.
• Essa passagem se relaciona com outras passagens bíblicas que falam sobre a cura e a paz de Deus, como Salmos 147.3 e Filipenses 4.7.
• Podemos aplicar essa passagem em nossas vidas hoje, lembrando que Deus é capaz de transformar nossas tristezas em alegria e dar paz e cura a todos que clamam por Ele.
DEUS SARA AO HUMILHAR
“Tenho visto os seus caminhos e o sararei; também o guiarei e lhe tornarei a dar consolação, a saber, aos que dele choram. Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto, diz o SENHOR, e eu o sararei” (Isaías 57.18-19).
Considerando que a passagem possa estar usando a palavra “sarar” para designar uma doença que consiste em um pecado, devemos fazer uma aplicação diferente desse texto. Apesar da severidade da enfermidade humana da rebelião e da obstinação, Deus sarará. Como Ele irá sarar? Isaías 57.15 diz que Deus habita com os contritos e humildes. Ainda assim, o povo citado em Isaías 57.17 busca ousadamente o seu próprio caminho orgulhoso. Em que consistirá essa cura? A cura só pode ser uma coisa: Deus os sarará humilhando-os. Ele curará o paciente esmagando o seu orgulho. Se somente os contritos e humildes desfrutam da comunhão com Deus (Is 57.15), e se a doença de Israel é uma rebelião orgulhosa e deliberada (Is 15.17), e se Deus promete sará-los (Is 57.18), então, o Seu sarar deve ser um humilhar e Sua cura deve ser um espírito quebrantado.
No caso de Israel, não seria esse o modo de Isaías profetizar o que Jeremias chamou de nova aliança e de um novo coração? Ele disse: “Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel… Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhes inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31- 33).
Seja como for, se é doença física, na alma ou no espírito, Isaías e Jeremias veem a chegada de um tempo em que um povo doente, desobediente e de coração duro será transformado de modo sobrenatural. Isaías fala sobre sarar. Jeremias fala sobre escrever a lei em seus corações.
Assim, se considerarmos que a doença aqui trata-se do pecado, a cura de Isaías 57.18 é um grande transplante de coração – o velho coração endurecido, orgulhoso e obstinado é retirado e um novo coração suavizado e sensível é colocado, o qual é facilmente humilhado e quebrantado pela lembrança do pecado e pelo pecado remanescente. Se a doença for na alma e no corpo, podemos aplicar o mesmo paradigma. Deus sara e dá paz. Esse é um coração em que o Altíssimo cujo nome é Santo pode habitar e ao qual pode dar vida.
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– JP Padilha
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