Doze perguntas que devem ser feitas aos pós-tribulacionistas | JP Padilha
1) Se a Igreja não participou das primeiras 69 Semanas de Daniel (Dn 9.25), por que ela participaria da Septuagésima Semana (Dn 9.24-27), quando, enfim, as sete semanas restantes (a Tribulação) serão cumpridas?
2) Se Mateus 24.16 diz respeito à Igreja, eu devo me mudar para a Judéia para poder fugir para os montes quando o Anticristo atacar Jerusalém? O que farão os crentes que moram em lugares planos?
3) "Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado" (Mateus 24.20). Que diferença isso faz para os crentes brasileiros ou africanos, por exemplo? E o que a Igreja tem a ver com o Sábado?
4) Se a Igreja estará aqui na terra durante a Tribulação, para onde seremos arrebatados, já que, após Sua vinda visível, Jesus ficará na terra por mil anos? A gente sobe e desce sem ao menos saber o que é desfrutar das promessas de Jesus de que teríamos um tempo significativo à mesa do Senhor no Céu (Sua Casa – Jo 14.2-3; 1Ts 4.16-17)? E quanto ao Tribunal de Cristo ao qual temos que comparecer também no Céu (2Co 5.10; 1Co 3.12-15)? Como daria tempo de fazer tudo isso e voltar imediatamente para a terra para reinar com Cristo no Milênio? Lembrando aqui que o Tribunal de Cristo é somente para os crentes e não tem caráter condenatório, mas de apreciação das obras praticadas por cada um.
5) Se a sétima trombeta de Apocalipse é a última trombeta de 1 Coríntios 15.52, por que só ela é chamada de “trombeta de Deus”? As outras seis não são trombetas de Deus?
6) Se a sétima trombeta de Apocalipse é a última, por que a Tribulação não termina no capítulo 11?
7) 1 Tessalonicenses 4.16 diz que os mortos devem ressuscitar primeiro. Por que cargas d’água não há ressurreição de mortos antes da sétima trombeta de Apocalipse, já que ela é a última?
8 ) Por que as Bodas do Cordeiro (Ap 19.7) acontecem antes do fim da Grande Tribulação (Ap 19.11 – metade da Septuagésima Semana de Daniel – 3 anos e meio), já com uma multidão arrebatada? Em que momento se deu o arrebatamento dessa multidão?
9) Por que nenhum pós-tribulacionista menciona o “casamento judaico” e a “colheita de Israel” na escatologia, mesmo Jesus tendo usado as duas analogias na sua fala?
10) Se Apocalipse 14 fala da colheita das uvas, quando foi que ocorreram a colheita da cevada e do trigo no âmbito profético? Cevada (Nissan), trigo (Sivan), uvas (Av).
11) Jesus, no final do texto de Mateus 23.39, diz que eles não o verão mais, até que digam: "Bendito o que vem em nome do Senhor". Onde Jesus disse que a Igreja só o verá no final da Grande Tribulação, se o discurso era com os judeus e fariseus e não com a igreja? (A Igreja nem mesmo existia nesse contexto. Ela veio a ser instituída em Atos 2, com a descida do Espírito Santo)
12) Se a Igreja é arrebatada no final da Grande Tribulação, por que Satanás será preso por mil anos (Ap 20.1-3) se os ímpios da Tribulação estarão mortos (Mt 25.31-46 – Separação entre bodes e ovelhas)? A quem Satanás tentará aqui na terra se a Igreja for arrebatada no final da Grande Tribulação?
O dia em que aparecer um teólogo do pacto, aliancista e/ou pós-tribulacionista que responda a essas perguntas sem distorcer as Escrituras, sem retirar algo delas ou acrescentar ideias próprias a elas, eu deixo de ser dispensacionalista e paro de crer no Arrebatamento da Igreja que ocorrerá antes da Tribulação vindoura (Pré-tribulacionismo – 1Ts 4.16-17).
– JP Padilha
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UM LADRÃO NA NOITE | JP Padilha
A ideia do “ladrão” em relação à vinda de Cristo é usada sete vezes, apenas no Novo Testamento (Mt 24.43; Lc 12.39; 1Ts 5.2,4; 2Pe 3.10; Ap 3.3; Ap 16.15). Cristo faz alusão a “um ladrão vindo no meio da noite” na ilustração do pai de família sensato apresentada em Mateus e Lucas (Mt 24.43; Lc 12.39). Nenhum desses textos se refere ao Arrebatamento da Igreja. Em vez disso, ambos os contextos apoiam a noção de que Jesus se referiu à Sua Segunda Vinda. Nessas passagens, Jesus fala da nação de Israel durante o tempo da Tribulação de sete anos (Dn 9.24-27; Mt 24), quando os crentes judeus fiéis daquela época estarão aguardando o retorno do Senhor, diferentemente daqueles que não estavam esperando pela chegada do Messias em Sua primeira vinda.
À medida que nos movemos cronologicamente através do cânon do Novo Testamento, chegamos a uma importante passagem dos escritos de Paulo que se refere duas vezes a “um ladrão vindo de noite” (1Ts 5.2,4). 1 Tessalonicenses 5.1-11 é uma seção que segue o parágrafo anterior (1Ts 4.13-18), no qual Paulo fala sobre o Arrebatamento (1Ts 4.16-17). Paulo usa a frase transitiva do grego peri de (“relativamente”) em 1 Tessalonicenses 5.1 à medida que muda do assunto profético do Arrebatamento para “o Dia do Senhor” (Segunda Vinda).
Paulo empregou palavras gregas conhecidas para indicar a mudança referente aos tópicos dentro do mesmo tema geral da profecia (cf. 1Ts 4.9,13; 1Co 7.1,15; 8.1; 12.1; 16.1). A expressão aqui aponta para a ideia de que, num contexto mais amplo sobre o tempo final da vinda do Senhor Jesus, o tema está mudando de uma discussão a respeito do Arrebatamento dos cristãos para o julgamento dos incrédulos em Sua Segunda Vinda (aqui não é o Juízo Final, quando os incrédulos são julgados e condenados no Grande Trono Branco. Aqui se refere ao Julgamento das Nações para decidir quem entra no Reino Milenar e quem é morto fisicamente e imediatamente – “Julgamento dos bodes e ovelhas” – Mt 25).
Deve-se observar que Paulo, logo após falar do Arrebatamento em 1 Tessalonicenses 4.16-17, muda seu foco para a Segunda Vinda de Cristo e identifica claramente seu tópico em 1 Tessalonicenses 5.2 como “o dia do Senhor”, que “vem como o ladrão de noite” (1Ts 5.2b). O Arrebatamento não é mencionado como algo que vem como um ladrão à noite. O versículo 3 nos fala daqueles que estarão dizendo: “Há paz e segurança”. Então, o verso continua:... “então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão”. Os incrédulos, descritos como “das trevas” (v. 5), são aqueles que serão pegos desprevenidos e despreparados para a ira de Deus durante a Tribulação. Isso ocorrerá na segunda metade do tempo da Tribulação.
Na verdade, o versículo 9 lembra aos crentes que eles não experimentarão a ira de Deus durante a Tribulação, pois diz: “Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Tessalonicenses 5.9). O meio de livramento da ira de Deus será o Arrebatamento da Igreja mencionado por Paulo no final do capítulo 4, versos 16-17 especialmente.
A figura do ladrão também é usada em 2 Pedro 3.10, onde o Dia do Senhor é o assunto abordado por Pedro. Fica bem claro que essa passagem não é uma referência ao Arrebatamento, uma vez que diz: “Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada”.
“Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você” (Apocalipse 3.3).
As duas últimas referências ao tema do ladrão ocorrem em Apocalipse 3.3 e 16.15. Jesus está falando diretamente à igreja carnal de Sardes, a quem Ele diz para acordar da inércia espiritual e se arrepender: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei”. Essa passagem certamente não está relacionada ao Arrebatamento, mas a uma promessa de juízo para aqueles dentro da Igreja que não se arrependerem. Eles não serão arrebatados e certamente entrarão na Tribulação caso não se arrependam.
Apocalipse 16.15 é um enunciado intercalado que ocorre entre a sexta e a sétima taça de juízo. Desta forma, dezoito dos dezenove juízos da Tribulação já aconteceram. Como a última taça de juízo está associada à preparação para a Segunda Vinda de Cristo, ela é uma admoestação para os santos da Tribulação observarem os sinais que apontam para o retorno de Cristo, o que está descrito na segunda metade de Apocalipse 19. Esta certamente não é uma referência ao Arrebatamento. “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas” (Apocalipse 16.15).
CONCLUSÃO
Embora haja outras questões de maior importância do que analisar se o Arrebatamento pode ser comparado com a chegada de um ladrão na noite, creio que é importante manejarmos adequadamente a Palavra de Deus (2Tm 2.15), relacionando frases e descrições bíblicas da mesma forma que a Bíblia o faz. Pode acontecer que, quando aplicamos mal o imaginário bíblico, não apenas criamos associações falsas, mas também deixamos escapar a aplicação do tema que a Bíblia está realmente ensinando. Este poderia ser o caso da linguagem do ladrão na noite.
A figura do “ladrão na noite” NUNCA se aplica ao Arrebatamento. Tal linguagem é geralmente descritiva dos incrédulos e da ira e juízo de Deus relacionados com a Tribulação ou com a Segunda Vinda de Cristo. A figura de “um ladrão na noite” mostra que ela se aplica aos incrédulos que são pegos desapercebidos, uma vez que eles nunca realmente crêem que Deus vai julgar a história. O incrédulo pensa que vai sair impune, mesmo ignorando Deus por toda a sua vida. Portanto, Deus não é um fator decisivo, pensa ele.
O que a Bíblia quer enfatizar sobre o ímpio é: “Algum dia ele vai ter uma grande surpresa”, exatamente como o indivíduo que é roubado por um ladrão. Ser roubado é um acontecimento que interrompe o estado normal de voltarmos para casa todos os dias, encontrando-a da maneira como deveria estar. Como o aluno indolente, que nunca está pronto para o exame e, portanto, é pego desprevenido quando chega realmente a hora da prova, assim o incrédulo nunca estará preparado, já que ele não acredita em Deus de jeito nenhum, ou não acredita que Deus um dia o responsabilizará por seus erros.
Muitos de nós conhecemos a errônea e estúpida canção de Larry Norman que diz: “Jesus virá como um ladrão na noite, e levará todos os que o amam”. Mas, Cristo não levará nada como um ladrão no Arrebatamento. Ele virá para Sua Noiva – a Igreja, o Corpo de Cristo (1Ts 4.16-17). Os crentes são chamados “filhos da luz” em 1 Tessalonicenses 5.5 e instruídos por Paulo a ficarem despertos durante o tempo presente, que antecede o Arrebatamento, ao qual ele dá o nome de noite. “Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas” (1 Tessalonicenses 5.4-5). Isto é, nós, a Igreja, não pertencemos ao grupo de pessoas que serão pegas de surpresa na Segunda Vinda de Cristo, pois já teremos sido arrebatados no mínimo 7 anos antes. A Igreja não entrará na Tribulação. No contexto de 1 Tessalonicenses 5, o dia se refere ao Dia do Senhor, que é o tempo da ira de Deus, que geralmente chamamos de Tribulação.
Para melhor entendimento sobre “O Dia do Senhor”, leia o capítulo 29 – “O que é o Dia do Senhor?”. Você também encontrará meu artigo no Blog sobre o mesmo tema.
Os acontecimentos dos últimos dias pegarão o mundo desapercebido, já que, mesmo em seus sonhos mais desvairados, as pessoas não crêem que aqueles cristãos malucos e suas Bíblias poderiam estar certos sobre o Arrebatamento (Para elas, esse evento será chocante, pois os escolhidos de Deus desaparecerão em uma fração de segundo). Todavia, nós, crentes, conhecemos a verdade e não nos surpreenderemos quando os acontecimentos da profecia bíblica começarem a se desenrolar. Maranata!
– JP Padilha
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UM ARGUMENTO IRREFUTÁVEL CONTRA O PÓS-TRIBULACIONISMO | JP Padilha
Minha intenção neste artigo é apresentar textos bíblicos que refutam o pós-tribulacionismo. O que será mostrado aqui contra a teoria do pós-tribulacionismo é decisivo, devastador, irresistível, bem colocado, curto, cristalino, claro e preciso.
Em resumo, o pós-tribulacionismo é uma corrente escatológica herética da teologia do pacto e sem nenhum amparo das Escrituras, o qual ensina que a Igreja passará pela Tribulação vindoura, um período de sofrimento e perseguição antes do arrebatamento dos santos no momento da Segunda Vinda de Cristo. Ou seja, os adeptos dessa corrente escatológica estapafúrdia creem que o arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo são um mesmo evento, com tudo junto e misturado. Segundo eles, os crentes, embora presentes durante toda a Tribulação, serão resgatados por Jesus na Sua volta, o que ocorre logo após esse período de turbulência.
Meu argumento contra o pós-tribulacionismo é simplesmente este:
É impossível o arrebatamento ocorrer ao final da Tribulação em conexão com a Segunda Vinda de Cristo ou durante a Tribulação, pois, se assim fosse, não haveria ninguém na terra em um corpo natural que pudesse reproduzir e encher a terra no Reino Milenar. Só há uma forma de negar esse argumento: Negando o Milênio.
EXPLICAÇÃO
1) Leiamos Mateus 25.31-46:
“E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória[1]; todas as nações serão reunidas diante dele, e os[2] apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste (cuidando) me ver. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então *eles* também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”[3].
2) No Julgamento das Nações, ao final da Tribulação (Mt 25.31-46), sobre a pequena percentagem da humanidade que a sobreviverá, as "ovelhas" são as pessoas já convertidas e salvas, as quais o Anticristo ainda não terá conseguido matar, e todas elas arriscarão a vida socorrendo os "pequeninos irmãos" de Cristo no verso 40 (estes “pequeninos irmãos" de Cristo são os judeus convertidos na Tribulação e perseguidos pelo Anticristo até serem mortos). A essas ovelhas, os únicos salvos que restarem vivos, será permitido entrar no Milênio com seus corpos mortais (v. 34) para se reproduzirem e novamente encherem a terra com uma população, como profetizado em Jeremias 30.20; 31.29, Ezequiel 47.22 e Zacarias 10.8; 8.4-6. Infelizmente, alguns descendentes deles exteriorizarão adoração a Deus, sem realidade em seus corações. Portanto, ao final do Milênio, seguirão a Satanás – ao qual será permitido sair de sua prisão no abismo para a última rebelião contra Deus (Ap 20.7-9 – antes de serem lançados eternamente no Lago de Fogo).
3) Se o arrebatamento não for pré-tribulacional, então todos os verdadeiros salvos da Igreja terão entrado na Tribulação e todos os pouquíssimos deles que a sobreviverem (claro que, sendo verdadeiros salvos, recusarão seguir o Anticristo e recusarão sua marca) estarão fazendo parte das "ovelhas", as quais também englobarão outros (gentios e judeus) que tiverem sido salvos durante a Tribulação, isto é, os pouquíssimos que a tiverem sobrevivido. Em suma, as "ovelhas" englobarão todos os pouquíssimos salvos que restarem, quer tenham eles vindo da Igreja antes da Tribulação, quer sejam eles gentios ou judeus convertidos durante ela, e pouquíssimas pessoas terão sobrevivido.
4) Portanto, já todos os "bodes" (os não salvos), tendo sido mortos e lançados no Lago de Fogo (Mt 25.41), e o arrebatamento de todos os salvos só tendo ocorrido ao final da Tribulação (segundo os pós-tribulacionistas), então todos os salvos – então vivos – receberão corpos glorificados e, assim, "nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu" (Mt 22.30).
5) Portanto, não restará ninguém com corpo mortal e que se reproduza para preencher a terra com população humana no Reino Milenar de Cristo, e, assim, várias profecias sobre o Milênio terão falhadas. Veja as descrições exatas do Reino Milenar:
– Muitos nascimentos (Jr 30.20; 31.29; Ez 47.22; Zc 10.8).
– E a terra será coberta pela população humana (Zc 8.4-6).
– Grande longevidade, mas ainda existirá a morte (Is 65.20).
– Alguns não irão adorar o Rei em Jerusalém e serão punidos com ausência de chuvas e, consequentemente, de frutos da terra (Zc 14.17-19).
– A revolta final do Diabo e muitos homens ainda capazes de pecar, se revoltar e morrer (Ap 20.7-9).
Se, algum dia, algum pós-tribulacionista o atacar demasiadamente, com insistência e violência, tente fazê-lo pensar, perguntando-lhe como será que, na teoria dele, serão literalmente cumpridas as profecias para o Milênio, as quais foram acima relacionadas:
– Muitos nascimentos (Jr 30.20; 31.29; Ez 47.22; Zc 10.8). Quem serão os pais deles nos primeiros anos do Milênio?
– A terra será coberta pela população humana (Zc 8.4-6). Quem serão os pais deles nos primeiros anos do Milênio?
– Grande longevidade, mas ainda haverá morte (Is 65.20). Quem são esses que ainda morrerão de velhice no Milênio?
– Alguns não irão adorar o Rei em Jerusalém e serão punidos com ausência de chuvas e, consequentemente, de frutos da terra (Zc 14.17-19). Quem são esses que ainda pecarão e serão castigados no Milênio?
– A revolta final do Diabo e muitos homens ainda capazes de pecar, se revoltar e morrer (Ap 20.7-9). Quem são esses que ainda pecarão, se revoltarão, seguirão a Satanás em revolta e serão punidos com a morte no Milênio?
OS SALVOS DURANTE A TRIBULAÇÃO
Os salvos da Tribulação são os que ficarem na terra por ainda não terem crido no evangelho da graça na era da Igreja quando o arrebatamento ocorrer. Eles entrarão no Reino Milenar com seus corpos não glorificados (pessoas que não tiveram a oportunidade de crer no evangelho da graça durante a era da Igreja, mas que crerão no evangelho do Reino durante a Tribulação) e repovoarão a terra, depois morrendo em feliz velhice, finalmente ganhando corpos glorificados e gozando da eternidade futura. A quem estranhe que ainda morrerão, responderemos que você e eu já entramos na vida eterna quando fomos salvos (Jo 3.36; 5.24; 6.47,53-58), embora ainda aqui estejamos, ainda mortais! (Diferenciados dos outros mortais porque sabemos que já está assegurado que viveremos eternamente com o Senhor, e, portanto, já temos a vida eterna. Vida é união e morte é separação. A vida física atual é a temporária união do nosso corpo não glorificado com o nosso espírito. A vida espiritual é a eterna união do nosso espírito com Deus)! A quem retruque que “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus” (1Co 15.50), responderemos que o contexto dessa passagem é diferente (ressurreição – vv. 51-54), e que, a rigor, tecnicamente, o Milênio é o Reino dos Céus e não o Reino de Deus; e que, mesmo sem essa diferenciação, você e eu somos de carne e osso, mas nós já somos cidadãos do Reino de Deus (Fp 3.20). Nós não entraremos na Tribulação, pois seremos arrebatados nos ares antes dela (1Ts 4.16-17).
Todos os que recusarem o Anticristo, que crerão no Cristo de Deus durante a Tribulação, que “perseverarem até o fim” e ficarem vivos ao final da Tribulação (Mt 24.13) serão os únicos que entrarão no Milênio. Mas, dentre eles, os que arriscarem suas vidas e morrerem socorrendo os judeus convertidos perseguidos terão seus corpos glorificados para entrarem no Céu, enquanto os demais salvos, os que sobreviverem, entrarão com corpos não glorificados e repovoarão a terra.
É impossível o arrebatamento ocorrer ao final da Tribulação em conexão com a Segunda Vinda de Cristo ou durante a Tribulação, pois, se assim fosse, não haveria ninguém na terra em um corpo natural que pudesse reproduzir e encher a terra no Reino Milenar. Só há uma forma de negar esse argumento: Negando o Milênio.
– JP Padilha
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NOTAS:
[1] MT 25.31-46 – PROFECIA DO JULGAMENTO DAS OVELHAS E DOS BODES: Durante a dispensação da graça (da Igreja) e na Tribulação, há o crente falso disfarçado de real e/ou há erro sutilmente inoculado pelo Diabo, disfarçado, mas terrivelmente corrompendo a massa (2Co 11.3,14).
[2] Mateus 25.32 – “Nações” é gênero neutro, mas é masculino este pronome “os” (e algumas outras palavras nos próximos versos). Portanto, ao invés da ideia generalizada de que Deus estará julgando nações (cada uma delas tomada coletivamente), Ele estará julgando indivíduos, pertencendo eles a todas as nações.
[3] “Os justos, porém, irão para a vida eterna” (Mt 25.46): Pergunta: Não estão os justos, aqui, indo diretamente para o Céu (melhor dizendo, para o estado eterno)? Não é isto evidência de que os amilenistas creem erroneamente que este Julgamento das Nações (Mt 25.32-34) é o mesmo evento do Juízo Final (Ap 20.11-15), e que não há o Milênio (Ap 20.4-6)?
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A VERDADE SOBRE OS SINAIS DOS TEMPOS | JP Padilha
O Arrebatamento é o próximo evento profetizado a ocorrer segundo o calendário profético de Deus. Todavia, não há e nem aparecerão sinais que indiquem que ele irá acontecer em algum momento marcado da história. A Bíblia nos ensina que o Arrebatamento é iminente, o que significa que pode acontecer a qualquer momento (1Co 15.51-52; 1Ts 4.16-17). É impossível um evento iminente ter sinais. Se há sinais relacionados a um evento, então eles indicam que ele está perto ou distante e, portanto, não pode acontecer até que os sinais estejam presentes. Já que o Arrebatamento é descrito no Novo Testamento como um evento que pode acontecer a qualquer momento, não pode estar relacionado com qualquer sinal (cf. 1Co 1.7; 16.22; Fp 3.20; 4.5; 1Ts 1.10; 4.16-17; Tt 2.13; Hb 9.28; Tg 5.7-9; 1Pe 1.13; Jd 1.21; Ap 3.11; 22.7,12,17,20).
Entretanto, isso não significa que não haverá sinais gerais para indicar que o fim dos tempos está próximo. Existem sinais relacionados a outros aspectos do programa divino que nos fazem acreditar que esse tempo está chegando. Do mesmo modo, existem muitos sinais que anunciam o plano divino para Israel no fim dos tempos. No entanto, devemos ter cuidado com a maneira como os relacionamos a nós hoje. Já que os crentes de hoje vivem na era da Igreja, que terminará com o Arrebatamento, os sinais proféticos relacionados a Israel não são cumpridos em nossos dias. Alguns estudiosos das profecias gostam de falar sobre como Deus está cumprindo dezenas de profecias atualmente. Mas, isso não é verdade, pois as profecias que eles citam estão relacionadas com os eventos que ocorrerão durante a Tribulação. O mundo estava preparado para a Primeira Vinda de Cristo e, do mesmo modo, estará preparado para os eventos que conduzirão à Segunda Vinda. O que Deus está fazendo é uma preparação, ou "montagem de cenário" do mundo, para o período que é chamado de Tribulação.
O Dr. John Walvoord explica:
“Mas, se não há sinais para o Arrebatamento em si, quais são as fontes legítimas que levam a crer que o Arrebatamento esteja próximo desta geração?”
A resposta não é encontrada em nenhum dos eventos proféticos previstos antes do Arrebatamento, mas no entendimento dos eventos que os seguem. Assim como a história foi preparada para a Primeira Vinda de Cristo, ela está sendo preparada para os eventos que levam à Sua Segunda Vinda. Sendo assim, isso leva à conclusão inevitável de que o Arrebatamento pode estar animadoramente próximo.
– JP Padilha
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Como o arrebatamento será secreto com tanto barulho? | JP Padilha
Muitas pessoas, incluindo ministros, pastores e até homens que se dizem “mestres em teologia”, alegam que o arrebatamento da Igreja não poderá ser secreto considerando todo o barulho que está envolvido na passagem que o descreve. Em 1 Tessalonicenses 4.16-17 é dito que Jesus descerá com grande alarido, voz de arcanjo e trombeta de Deus, o que, segundo muitos, deve causar um grande alarde em todo o mundo.
As pessoas que pensam assim estão equivocadas porque se esquecem de que existem diferentes esferas onde as coisas sempre aconteceram. Enquanto vivemos na terra, existe toda uma esfera cheia de atividades nas regiões celestiais, as quais não podemos ver e nem ouvir, salvo em algumas situações muito especiais que foram descritas na Bíblia, como aconteceu na transfiguração do Senhor no monte. Essas ocasiões são como frestas que permitiram a alguns enxergar o mundo espiritual.
Um bom exemplo disso é o capítulo 10 de Daniel, quando este descreve a visão que teve e seus amigos não tiveram, e também de como soube que uma guerra foi travada nos lugares celestiais por vinte e um dias sem que ninguém no mundo percebesse isso. Sugiro que o leitor se atente ao capítulo 10 de Daniel para melhor compreender como essas coisas acontecem. Do mesmo modo, o arrebatamento será um evento que terá a ver apenas com os interessados nele, e não com a humanidade em geral. Vamos à passagem:
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (1 Tessalonicenses 4.16-17).
O "alarido" da versão Almeida Corrigida Fiel aparece na versão de J. N. Darby como "assembling shout", que é praticamente a mesma expressão da versão Almeida Atualizada, ou "palavra de ordem". A expressão tem a ver com o brado dado pelo Comandante para Seus soldados se ajuntarem para uma batalha. Portanto, nada tem de público nesse brado. Ele é dirigido apenas aos que estão submissos ao Comandante e ao Seu comando.
William Kelly comenta:
"Ele deve descer do céu com "um brado de comando". A palavra empregada restringe-se a esta passagem no Novo Testamento, e daí o peso especial que carrega. Fora das escrituras ela é usada para o comando dado por um general aos seus soldados, ou de um almirante para seus marinheiros, ou às vezes de uma forma mais genérica aos gritos para incitar coragem nos soldados.
Parece mais apropriado que uma palavra de comando seja restrita àqueles que estejam em um relacionamento próximo. Não existe aqui qualquer indício de ser um brado para o mundo, para os homens em geral escutarem. Aqui é para o povo do Senhor se juntar ao Senhor nas alturas. A expressão "com a voz do arcanjo" introduz a mais elevada glória das criaturas celestiais a serviço do Senhor nessa ocasião transcendente. Se os anjos agora ministram em favor dos santos, como sabemos que também ministraram ao Senhor, quão apropriado é escutar "a voz do arcanjo" quando eles se reunirem em torno do Senhor! Tampouco poderia a "trombeta de Deus" ficar silenciosa em um momento assim, quando tudo o que existe de mortal no homem, dentre os que pertencem ao Senhor, será tragado pela vida na presença de Cristo."
Para mim fica tudo muito claro que isso estará acontecendo na esfera celestial, não na terra, mesmo porque a passagem não diz que Jesus voltará à terra, mas sim que os salvos ressuscitados e transformados é que subirão para se encontrarem com Ele entre as nuvens. Como isso acontece em um piscar de olhos ou fração mínima de tempo, obviamente qualquer cidadão da terra não verá acontecer. Enquanto isso estiver acontecendo, os habitantes da terra estarão olhando para as coisas da terra como sempre estiveram. Aqueles que nunca tiveram qualquer interesse em escutar as coisas vindas do Céu pela Palavra de nosso Deus serão privados também de ouvir qualquer coisa dessa esfera à qual pertencem aqueles que são do Céu.
Daí o fato de que o arrebatamento será secreto, ou seja, privativo e apenas visível e audível aos seus participantes. É como esses casamentos que são públicos, porém seguidos de uma recepção e festa restrita a alguns convidados que receberam um convite diferenciado contendo um RSVP, abreviatura do francês "Répondez S'il Vous Plaît", que significa "Responda por favor". No caso do evangelho, o convite foi enviado a todos, mas nem todos atenderam ao RSVP, e por isso não farão nem ideia de como foi a festa reservada.
– JP Padilha
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A diferença entre o Arrebatamento da Igreja e a Aparição de Cristo | JP Padilha
É importante entender a distinção que existe nas Escrituras entre o Arrebatamento e a “Aparição de Cristo” (Segunda Vinda ou Manifestação, dependendo da tradução ou do texto usado). Os dois eventos não devem ser confundidos. Embora o Senhor venha do Céu em ambas as ocasiões, o Arrebatamento e a Aparição de Cristo são explicitamente diferentes. É importante entender que a vinda do Senhor tem duas fases – Sua vinda para os Seus santos (Jo 14.2-3; 1Ts 4.16-17 – Arrebatamento) e Sua vinda com os Seus santos (Jd 1.14; Zc 14.5). Conforme a visão dispensacional da Bíblia, esses dois eventos são o Arrebatamento e a Manifestação de Cristo – sendo que, no Arrebatamento, Jesus arrebata Sua Igreja nos ares, enquanto que, em Sua Aparição, Ele desce à terra com a Igreja já arrebatada ao final da Tribulação. Os cristãos da Teologia do Pacto confundem os dois eventos. Embora o Senhor venha do Céu em ambas as ocasiões, o Arrebatamento e a Manifestação de Cristo são coisas distintas. No original da Bíblia traduzida por J. N. Darby é utilizada a palavra “appearing”, traduzida aqui como “Manifestação”. Dependendo da versão em português da Bíblia, a tradução do termo pode variar, como “Manifestação”, “Esplendor”, “Aparição” ou “Vinda” em passagens como 2 Tessalonicenses 2.8 e 2 Timóteo 1.10; 4.1,8 (ARC e ARA). Neste livro usarei os termos “Manifestação”, “Aparição de Cristo” e “Segunda Vinda de Cristo”.
• O Arrebatamento é quando o Senhor vem para os Seus santos (Jo 14.2-3); a Aparição de Cristo é quando Ele vem com os Seus santos que foram levados em glória no Arrebatamento (Jd 1.14; Zc 14.5).
• O Arrebatamento pode ocorrer a qualquer momento. Já a Aparição de Cristo não acontecerá até aproximadamente sete anos após o Arrebatamento (A Tribulação durará sete anos – Dn 9.24-27; Mt 24).
• No Arrebatamento, o Senhor vem secretamente, num piscar de olhos (1Co 15.52 – JND); em Sua Aparição, Ele vem publicamente e todo olho o verá (Ap 1.7).
• No Arrebatamento, Ele vem para livrar a Igreja (1Ts 1.10); em Sua Aparição, Ele vem para livrar Israel (Sl 6.1-4).
• No Arrebatamento, Ele vem nos ares para a Sua Igreja, pois ela é o Seu povo celestial (1Ts 4.15-18); em Sua Aparição, Ele volta à Terra (no Monte das Oliveiras) para Israel, que é o Seu povo terrenal (Zc 14.4-5).
• No Arrebatamento, o Senhor mesmo reúne os Seus santos (1Ts 4.15-18; 2Ts 2.1); em Sua Aparição, Ele envia os Seus anjos para reunir os eleitos de Israel (Mt 24.30-31).
• No Arrebatamento, Ele leva os crentes para fora deste mundo, deixando para trás os ímpios (Jo 14.2-3); em Sua Aparição, os ímpios é que são tirados do mundo para julgamento, enquanto os crentes (aqueles que tiverem sido convertidos por meio do evangelho do Reino que será pregado durante a Tribulação) são deixados na terra para desfrutarem de bênçãos na terra (Mt 13.41-43; 25.41).
• No Arrebatamento, Ele vem para livrar os Seus santos (a Igreja) da ira vindoura (1Ts 1.10); em Sua Aparição, Ele vem para derramar a Sua ira (Ap 19.15).
• No Arrebatamento, Ele vem como o Noivo (Mt 25.6,10); em Sua Aparição, Ele vem como o Filho do Homem (Mt 24.27-28).
• No Arrebatamento, Ele vem como a “Estrela da Manhã” que desponta pouco antes de raiar o dia (Ap 22.16); em Sua Aparição, Ele vem como o “Sol de Justiça”, que é o próprio raiar do dia (Ml 4.2).
• No Arrebatamento, Ele vem sem qualquer sinal, pois o cristão anda por fé e não por vista (2Co 5.7); a Sua Aparição será cercada de sinais, pois os judeus buscam sinais (Lc 21.11,25-27; 1Co 1.22).
● O Arrebatamento fecha a atual dispensação do Mistério (Ef 3.9); a Manifestação de Cristo abre a Dispensação da Plenitude dos Tempos (Ef 1.10).
• O Arrebatamento nunca é mencionado na Escritura como um “ladrão de noite”, mas Sua Aparição é assim comparada 5 vezes (1Ts 5.2; 2Pe 3.10; Mt 24.43; Ap 3.3; 16.15).
Haverá:
1. A vinda do Senhor para o que era Seu (na primeira vinda Ele já havia feito isso, mas foi rejeitado pelo Seu povo – Jo 1.10-11; Hb 10.7).
2. A vinda do Senhor pelos que lhe pertencem (o Arrebatamento – Jo 14.2-3; 1Ts 4.15-18).
3. A vinda do Senhor com os que lhe pertencem (a Aparição de Cristo – Jd 1.14).
O corpo dos santos “arrebatados” para encontrar o Senhor nos ares passará por uma tremenda mudança física. Não se trata de receber um novo corpo, mas de ter um corpo “transformado”[1] (1Co 15.51-52; Fp 3.21; Jó 14.14). O corpo deles será glorificado como o corpo do Senhor Jesus Cristo, quando apareceu aos Seus discípulos em Sua ressurreição (Rm 8.17,28-30; Fp 3.21; Lc 24.39).
Os santos arrebatados experimentarão uma permanente semelhança moral com Cristo, tanto quanto terão uma mudança física em seu corpo. Essa conformidade moral com Cristo nos santos, que é efetuada pelo trabalho silencioso do Espírito de Deus, já teve início enquanto ainda se encontram na terra, mas então ela se completará (Rm 8.28-30; 2Co 3.18). E então, todos eles serão fisicamente (Fp 3.21) e moralmente (1Jo 3.2) semelhantes a Cristo. Esta será uma condição imutável que continuará para todo o sempre.
A natureza caída pecaminosa nos santos assim “arrebatados” será erradicada. Isso significa que eles nunca mais pecarão (Hb 11.40; 12.23 – “aperfeiçoados” diz respeito à pessoa na sua totalidade: espírito, alma e corpo; Nm 24.20 – “Amaleque” é figura da carne, que é a natureza caída pecaminosa).
As crianças sem idade suficiente para serem consideradas responsáveis por seus pecados, cujos pais (ou mesmo um deles) são redimidos, subirão também para encontrar o Senhor nos ares no Arrebatamento (1Co 7.14 – “santos”). Porém, os pais incrédulos com seus filhos serão deixados para trás para entrarem na Tribulação. À medida que essas crianças forem crescendo durante a Tribulação, terão oportunidade de ouvir e crer no evangelho do Reino, o qual será pregado nessa época[2]. Se alguma dessas crianças for morta durante os sete anos de Tribulação, sua alma estará a salvo com Cristo no Céu (Mt 18.10-11; 2Sm 12.23). Isso será um ato de misericórdia, pois, se fosse deixada para crescer e atingir a idade adulta, separada da operação da graça de Deus, iria se tornar como seus pais incrédulos, rejeitando o evangelho do Reino e, consequentemente, sendo levada a julgamento (Gn 19.15). O mundo não ficará esvaziado de crianças no Arrebatamento. O Sr. C. H. Brown, com toda a razão, costumava dizer que “Deus não assaltará o berço dos incrédulos no Arrebatamento”. Deus deixará a família do incrédulo intacta.[3]
O Espírito de Deus, na forma como age atualmente, também será tirado da terra (2Ts 2.6-7)[4]. Hoje Ele está na terra habitando na Igreja – que é Sua habitação (1Co 3.16-17; Ef 2.22). O Senhor prometeu que, uma vez que o Espírito tivesse vindo para habitar na Igreja, o Espírito jamais a deixaria (At 2.1-4; 1Co 12.13; Jo 14.16). Quando a Igreja for chamada para a glória, então o Espírito Santo também sairá deste mundo para nunca mais vir aqui habitar. Isso não significa que o Espírito deixará de trabalhar sobre a Terra. Porém, daquela hora em diante, Ele fará Sua obra neste mundo a partir de Seu lugar no Céu, como fazia na época do Velho Testamento. Ele continuará a operar em uma diversidade de ações (Ap 1.4), como na vivificação das almas, etc.
A partir dessa ocasião, o Noivo (Cristo), a noiva (a Igreja) e os amigos do Noivo (os santos do Velho Testamento, etc.) estarão juntos para sempre (1Ts 4.17; Hb 11.40).
ELE e eu, glória à rebrilhar,
Alegria profunda partilhar,
O meu prazer, sempre estar com ELE
E ter-me no Seu lar, será o d'ELE.
A Igreja não passará pela Tribulação. Ela será levada em glória no Arrebatamento antes que o período de Tribulação comece. O Senhor falou: “Eu te guardarei da hora da tentação (Tribulação) que há de vir sobre todo o mundo” (Apocalipse 3.10). Veja o Apêndice ‘C’ para maiores informações sobre este ponto.
A glorificação do corpo dos santos acontecerá “num momento, num piscar de olhos” (1Co 15.51-56 – JND).
Nenhum homem sabe “o dia nem a hora” da vinda do Senhor – o Arrebatamento (Mt 25.13).[5]
A dispensação do Mistério começou e irá terminar com uma Pessoa divina vinda do Céu. No início, “veio do céu um som, como de um vento veemente... e todos foram cheios do Espírito Santo” (At 2.2-4,33). No final, “o mesmo Senhor descerá do céu com alarido” (1Ts 4.16).
As duas coisas são mencionadas como ocorrendo em uma fração de segundo. O Espírito Santo veio “de repente” (At 2.2) e o Senhor também virá “num momento”, transformará nossos corpos “num abrir e fechar de olhos” e nos levará para a Casa do Pai (1Co 15.52). Assim, a atual dispensação irá terminar tão rapidamente quanto começou.
Além disso, do mesmo modo como a Igreja começou com “todos concordemente no mesmo lugar” (no cenáculo no dia de Pentecostes — Atos 2.1), ela irá terminar com “todos concordemente no mesmo lugar” (a Casa do Pai). É triste reconhecer que, entre os dois eventos e no tempo em que a Igreja esteve na terra não é isso que temos visto. A Igreja falhou terrivelmente em seu testemunho. Ela não foi cheia do Espírito e, como consequência, ao longo de sua história ela acabou dividida e espalhada. Todavia, na vinda do Senhor para arrebatar Sua Igreja, a convocação que Ele fará à reunião irá recriar a unidade que tem ficado perdida desde os primórdios da Igreja (1Ts 4.16). “Nossa reunião com Ele” naquele momento será uma demonstração do poder de Deus que é capaz de reunir o Seu povo para estarem juntos (2Ts 2.1).
Essas coisas demonstram que a Igreja, desde o seu início até o seu destino final, é uma criação celestial de Deus designada e criada para habitar com Cristo no Céu. Ela não é uma instituição permanente na terra, apesar de estar atualmente na terra. A Igreja está apenas passando por este mundo em seu caminho para o Céu. O Senhor disse: “Não são do mundo, assim como eu não sou do mundo” (João 17.14). Os cristãos são apenas “peregrinos e forasteiros” aqui na terra (1Pe 2.11). Um “forasteiro” é alguém que não está em sua própria casa, e um “peregrino” é alguém que está a caminho de casa. O Céu é o nosso destino.
– JP Padilha
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NOTAS:
[1] N. do A.: Não conhecemos qualquer versículo bíblico que diga que os santos receberão um novo corpo. Dizer que os santos receberiam um corpo novo, na verdade, nega a ressurreição! Se ensinarmos que os santos receberão novos corpos no Arrebatamento, estaremos dando a entender que os corpos em que viveram não ressuscitarão dos mortos. A verdade é que o mesmo corpo com que os santos viveram enquanto estavam na terra será ressuscitado. Não obstante, os santos não serão ressuscitados na mesma condição caída em que estiveram, mas serão “ressuscitados incorruptíveis” (1Co 15.53-54). O corpo deles será então glorificado. Os santos que estiverem vivos na terra no momento do Arrebatamento também terão seus corpos transformados e glorificados naquele momento.
[2] N. do A.: O evangelho do Reino não deve ser confundido com o evangelho da graça de Deus (At 20.34), o qual os cristãos estão pregando hoje. O evangelho da graça de Deus promete a justificação pela fé em Cristo e um lar com Ele pela eternidade no Céu. O evangelho do Reino declara as boas novas do Rei que está vindo e que irá estabelecer o Seu reino na terra em poder, de acordo com as profecias do Velho Testamento. Aqueles que crerem no evangelho do Reino e forem preservados do martírio durante a Tribulação entrarão no Reino Milenar de Cristo para desfrutarem de suas bênçãos na terra. Trata-se do mesmo evangelho pregado antes do dia de Pentecostes por João Batista (Mt 3.1-2), pelo Senhor Jesus Cristo, o Rei (Mt 4.17) e por Seus discípulos (Mt 10.7).
[3] N. do A.: As figuras que encontramos no Velho Testamento do julgamento do mundo também indicam o mesmo. Ao contrário do que aconteceu com Noé e sua família, por ocasião do dilúvio, os filhos dos incrédulos não foram tirados do mundo antes que chegasse o dilúvio. No julgamento de Sodoma e Gomorra, os filhos dos incrédulos não foram tirados antes que fogo e enxofre queimassem aquelas cidades, mas a família de Ló foi tirada.
[4] Alguns poderiam perguntar: “Como podemos saber quando o Espírito será tirado?” Cremos que é evidente, pelas seguintes passagens, que será no Arrebatamento. Na noite em que foi traído, o Senhor prometeu a Seus discípulos que quando o Espírito de Deus viesse para fazer morada na Igreja (At 2), isso seria para sempre (Jo 14.16-17). Quando a Igreja for chamada para fora deste mundo no Arrebatamento, o Espírito de Deus irá junto, pois o Senhor disse que Ele (o Espírito) nunca os deixaria. Isso também é encontrado no livro de Apocalipse. Nos primeiros três capítulos, quando a Igreja é vista como estando na terra, o Espírito é encontrado falando constantemente à Igreja. Mas, a partir do capítulo 4.1-2, quando a Igreja aparece como sendo tirada do mundo para o Céu, o Espírito não é mais mencionado até os capítulos 14.13 e 22.17, os quais se passam após a Tribulação. Compare também os capítulos 2.7,11,17,29; 3.6,13,22 com o capítulo 13.9. Repare na ausência notória de qualquer menção à expressão “o que o Espírito diz às igrejas” no capítulo 13.9, quando a Tribulação estiver sobre a terra. Isso também é visto figuradamente em Gênesis 24, onde é procurada uma noiva (uma figura da Igreja) para Isaque (uma figura de Cristo) pelo servo (uma figura do Espírito de Deus). Assim que a noiva foi assegurada pelo servo, ele a levou ao longo de todo o caminho de volta à casa, a Isaque, que estava aguardando por ela. Assim como o servo voltou para casa com a noiva, também o Espírito Santo voltará para o lar para morar no Céu com a Igreja quando o Senhor vier para arrebatá-la.
[5] N. do A.: Muitos cristãos usam Mateus 24.36 para ensinar que ninguém sabe quando o Arrebatamento ocorrerá. No entanto, esse versículo não está falando do Arrebatamento, mas da Aparição de Cristo. É verdade que ninguém sabe quando o Arrebatamento ocorrerá; o versículo correto a ser usado para indicar o Arrebatamento é Mateus 25.13 – que tem a ver com a vinda do Noivo com Sua noiva. (N. do T.: As palavras finais de Mateus 25.13, “... em que o Filho do Homem há de vir”, estão incorretamente acrescentadas nas versões Almeida Corrigida – ARC e Fiel – ARF, pois o termo “Filho do Homem” se refere à Aparição de Cristo quando Ele vem nesse caráter para reinar por mil anos sobre a terra – Segunda Vinda).
– JP Padilha
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