6. DETERMINISMO "SUAVE"


Deixe-me fazer uma observação sobre o termo “determinismo suave”. Esse termo parece ser uma linguagem falsificada e permite que seus aderentes pareçam melhores do que eles realmente deveriam parecer.

Agora, determinismo “suave” é usado em contraste com determinismo “rígido”. Usando esses termos, a posição reformada/calvinista popular, que é o compatibilismo, seria chamada de determinismo “suave”, enquanto minha posição seria chamada de determinismo “rígido”.

A primeira é “mais suave” em qualidade e/ou na quantidade com respeito ao nível e/ou quantidade de controle (determinismo) que Deus exerce sobre sua criação, enquanto que o determinismo “rígido” é absoluto, afirmando que Deus exerce completo (em nível ou qualidade) e abrangente (em montante ou quantidade) controle sobre todas as coisas.

Ora, isso significa que o determinismo “suave” é realmente um determinismo parcial – isto é, não pleno – em qualidade ou em quantidade, ou em ambos. E se o que Deus não determina de uma maneira absoluta ainda pode realmente acontecer, então isso significa que há outro (um ou mais) poder determinante no universo. Quando estamos falando da relação de Deus para com o homem, atribuindo apenas um determinismo parcial a Deus, necessariamente implica atribuir um determinismo parcial ao homem também. Assim, isso se torna uma versão de dualismo.

Em outras palavras, aquele que crê que Deus determina todas as coisas de uma maneira absoluta é um determinista pleno, visto que ele crê que Deus determina plenamente todas as coisas, tanto em qualidade como em quantidade, e em termos tanto de nível (extensão) como de quantidade de controle exercido. Crer em algo menos do que isso não é pleno; portanto, é parcial e inconsistente com as Escrituras.

Também, visto que o determinismo “suave” significa realmente determinismo parcial, isso também necessariamente significa que ele é um indeterminismo parcial (isto é, um não-determinismo parcial). Reconhecidamente, visto que os calvinistas usualmente (reivindicam) afirmam um maior poder determinador a Deus do que ao homem, esse indeterminismo é um indeterminismo muito “suave”, mas ainda assim é um indeterminismo parcial.

Isso se torna apenas uma questão de ênfase com respeito ao termo que alguém deseja usar. Assim, o termo determinismo “suave” é pelo menos um pouco enganador, fazendo seus aderentes parecerem melhores do que eles realmente deveriam parecer. Para alguns, ele tem o efeito de soar “mais suave”, agradável e menos extremo. Mas, se não deixarmos a linguagem nos enganar, veremos que ele é realmente um determinismo parcial, um determinismo fraco, um determinismo incompleto ou um indeterminismo “suave”. E, pelo menos por implicação, um dualismo.

Por outro lado, visto que nós, que afirmamos o determinismo “rígido”, de fato afirmamos apenas o “determinismo”, não há necessidade de qualificá-lo, senão para um contraste ou desafio de uma versão parcial. Eu não preciso dizer constantemente que eu sou um humano pleno a menos que eu esteja numa discussão envolvendo humanos parciais – eu sou apenas humano. E no contexto de um contraste, o que afirmamos é realmente determinismo pleno, não “rígido”. Também, consequentemente, podemos dizer confidentemente que afirmamos o não-indeterminismo (indeterminismo zero) quando diz respeito ao nível ou quantidade de controle que Deus exerce sobre a sua criação.

Certamente, o exposto acima não argumenta diretamente sobre os méritos das suas visões, mas é uma observação sobre a linguagem falsificada frequentemente usada por calvinistas incoerentes e confusos.

– Vincent Cheung

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