FIM DOS TEMPLOS | JP Padilha


Fazemos muitas coisas sem perguntar nada a Deus. É por essa razão que existe tanta confusão no testemunho cristão. Geralmente não olhamos para as Escrituras com a intenção sincera de saber o que Deus realmente quer de nós, cristãos, e não dos judeus no Velho Testamento ou nos evangelhos judaicos. Um caso clássico deste problema é o dos templos e santuários que cristãos constroem como se fossem lugares físicos de adoração. Muitas vezes esses cristãos são “bem intencionados”, mas sua boa intenção não os livra de tal pecado. Todavia, fica a pergunta: “Será que Deus ordenou que os cristãos construíssem templos e adotassem o modelo judaico de adoração na Sua Igreja?”.

Sabemos que Deus deu instruções detalhadas à Israel a respeito  do local onde Ele queria ser adorado. Não era permitido que os judeus imitassem os pagãos em sua forma de adoração, pois os pagãos adoravam a seus deuses onde e como bem entendiam. Por esta razão, Deus ordenou aos israelitas a buscarem “o local que o Senhor, o Seu Deus, escolhesse dentre todas as tribos para ali pôr o Seu nome para Sua habitação” (Deuteronômio 12.5). A partir dali, não haveria outro nome e não haveria outro lugar onde Deus pudesse ser adorado. Deus ainda os alertou: “Tenham o cuidado de não sacrificar os seus holocaustos (dízimos) em qualquer lugar que lhes agrade. Ofereçam-nos somente no local que o Senhor escolher” (Deuteronômio 12.13-14). Esse lugar seria o Templo construído em Jerusalém por direção divina. Somente ali o povo de Israel podia e deveria adorar.

Jesus, quando esteve na terra, profetizou a respeito de uma mudança radical que estava para ocorrer por direção de Deus. Diante da afirmação da mulher samaritana de que os “judeus dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”, ele declarou: “Está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém (Templo)... mas está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade... Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.20-23). O cumprimento desta profecia veio bem rápido, no ano 70 d.C, quando Deus permitiu a destruição total do Templo de Jerusalém, pondo fim ao modelo judaico de adoração. A epístola aos Hebreus é uma comprovação de tudo isso.

Hoje nós não temos um templo onde adorar, nem estamos separados da presença de Deus por um véu, como os judeus estavam, porque “temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo” (Hb 10.19-20). Para nós, cristãos, não existe um lugar físico de adoração, como no caso de Israel. E por mais que os líderes religiosos do nosso século insistam em negar, o princípio de que é o nome do Senhor que valida o lugar da adoração cristã permanece: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20). A ordem dirigida a nós, Igreja, é muito clara nesse sentido: “Saiamos, pois, a Ele [Jesus] para fora do arraial” (Hb 13.13). O arraial aqui é o sistema judaico de adoração ou qualquer coisa semelhante a isso, como aprendemos no capítulo 1 deste livro. Mas alguém pode perguntar: “Aonde iremos?”. O melhor a se fazer é perguntarmos ao próprio Senhor Jesus, como os apóstolos fizeram: “Onde queres que a preparemos?” (Lc 22.9).

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SUMÁRIO - O EVANGELHO sem Disfarces

–– JP Padilha
–– Fonte 1: Página 
JP Padilha
–– Fonte 2: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/

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