Qual o significado da Besta e do 666 em Apocalipse? | JP Padilha


A palavra "besta" é empregada na Bíblia de forma simbólica e significa a “ignorância do homem” (Salmos 73.22). O sentido da palavra é assim usado para mostrar o homem agindo como uma criatura irracional, isto é,, sem consciência diante de Deus. No texto original, essa palavra é a mesma que aparece traduzida de forma diferente em Salmos 94.8 e em Jeremias 10.8,14,21; 51.17.

Na Bíblia, esta palavra é também usada para se referir a grandes poderes seculares. Sendo assim, ela tem diferentes características, dependendo da criatura simbólica que é descrita. Em geral, o termo “Besta” representa a ausência de qualquer conexão moral com Deus. Por exemplo, o termo “Besta” foi usado desta mesma forma por Daniel ao se referir aos quatro grandes reinos (Dn 7.3‑23). Outro caso em que a palavra foi usada assim é em Apocalipse, quando João se refere ao Anticristo e ao Império Romano restabelecido como a “Besta” (Ap 13.1; 20.10).

O NÚMERO 666 EM APOCALIPSE

Em geral, os números contidos em Apocalipse são literais. Dos vários números descritos em Apocalipse, somente dois são usados de forma simbólica: “sete espíritos” em Apocalipse 1.4 e “666” em Apocalipse 13.18. A respeito do número 666, muitos já tentaram decifrá‑lo, fazendo contas mirabolantes e chegando a identificar os papas católicos como sendo a besta. Todavia, isso é dizer o que a Bíblia nunca disse e, portanto, trata-se de uma forma irreverente e perigosa de se interpretar a Bíblia. De fato, a Bíblia nos mostra que a besta tem poder eclesiástico. Porém, em Apocalipse 17.16 vemos que não somente Roma, como também a grande meretriz, a Babilônia, que é a cristandade professa num todo, será desolada pelos dez chifres da besta.

Em geral, a cristandade professa inclui todo o “sistema cristão” criado por homens, o qual estará, naquele tempo, unificado sob a influência de Roma. Todavia, os verdadeiros crentes, até mesmo aqueles que neste momento pertencem a tais sistemas, serão arrebatados por Cristo antes da revelação da besta, pois mesmo na ignorância eclesiástica e debaixo de tanta confusão eles creem no verdadeiro evangelho e não se conformam com muita coisa que acontece no sistema religioso.

Naquele tempo – que não está longe de acontecer – ficarão aqui na terra apenas as organizações chamadas “cristãs”, com seus membros que não tiverem sido renascidos, os quais continuarão a celebrar seus cultos e ofícios religiosos, se unindo cada vez mais em uma grande e fraterna irmandade ecumênica, até darem as boas-vindas à besta.

O número 666 significa número de homem. Na Bíblia, o número 7 significa algo espiritualmente completo e costuma estar relacionado ao bem e à perfeição. (Nm 8.2, Lv 4.6,17; 8.11; Ap 1.4). Todavia, o número 6 significa imperfeição ou algo incompleto, pois não chega a ser sete. O número 3 é algo completo em seu testemunho, assim como Deus é completo sendo uma Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – mesmo sendo um só Deus.

Sendo assim, o número 6 repetido três vezes pode ser identificado como a completa imperfeição. A Bíblia nos mostra que Satanás irá querer imitar a Trindade divina por meio de sua própria atuação, da besta e do falso profeta.

Com isso, podemos concluir que 666 representa a imperfeição elevada ao seu grau máximo. Pode até ser que o número em si tenha um significado mais particular, identificando um determinado homem. No entanto, todas essas coisas são apenas suposições e nós não devemos nos esquecer do fato de que o número 666 em Apocalipse não são três números “6”, como se significasse “seis, seis, seis” ou “meia, meia, meia”, como muitos pensam. Na Bíblia, esse número é inteiro: “Seiscentos e sessenta e seis”.

Todavia, para nós cristãos, todo esse trabalho em ficar tentando desvendar o significado do “666” de Apocalipse é inútil, pois o iníquo só será revelado após o arrebatamento da Igreja. Ou seja, é infrutífero ficar tentando associar o número 666 a algum homem.

Do mesmo modo que teria sido impossível para um israelita do Antigo Testamento discernir a Igreja, a qual só seria revelada a Paulo em seu ministério e, em seguida, aos outros apóstolos e profetas do NT (Ef 3.5), é impossível para nós, a Igreja, ficar tentando desvendar algo que não diz respeito a nós. A Igreja não foi discernida por ninguém dentre os santos de Deus antes de sua formação no dia de Pentecostes. Portanto, tentar discernir algo que só irá interessar o remanescente judeu fiel após o arrebatamento – durante a Tribulação de sete anos – não é exatamente o que Deus deseja por parte daqueles que hoje fazem parte do Corpo de Cristo – a Igreja. O remanescente judeu, o qual irá se converter durante a Tribulação após o arrebatamento da Igreja, terá subsídios suficientes para discernir a identidade do homem ao qual o número 666 está relacionado.

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