13. A DOUTRINA DO INFERNO



Abaixo está um sumário da minha posição com respeito à doutrina do inferno. Alguns dos pontos (ou os detalhes específicos dentro daqueles pontos) são impopulares e controversos. Eu estou ciente das objeções; eu já as estudei e considerei cuidadosamente, e possuo respostas biblicamente e racionalmente definidas contra elas. Já forneci algumas dessas em meus livros e artigos, e pretendo tratar das restantes em escritos futuros. Assim, até que argumentos bíblicos inegáveis sejam oferecidos para refutar qualquer um dos pontos que se seguem, ou qualquer um dos detalhes dos mesmos, devo considerar todos eles como bíblicos e coerentes, e, dessa forma, necessários e inegociáveis.

Eu tenho fortemente declarado minha insistência sobre estes pontos, pois estou ciente de que algumas das minhas crenças sobre o assunto são apaixonadamente confrontadas por muitas pessoas, incluindo cristãos reformados. Contudo, a verdade é que, se removermos todas as suposições antibíblicas, desnecessárias e injustificadas que eles afirmam, tornar-se-á claro que os seguintes pontos representam a única posição bíblica e coerente.

Dito isso, apresento a você os seguintes 10 pontos:

1. O inferno[1] é um lugar criado para os espíritos réprobos, tanto dos anjos como dos homens.

2. O inferno é um lugar cujos habitantes foram soberanamente e incondicionalmente criados por Deus para condenação.[2]

3. O inferno é um lugar no qual Deus exige castigos não-redentivos, mas vindicativos, dos seus habitantes.

4. O inferno é um lugar no qual Deus ativamente causa tormento eterno, consciente e extremo nos seus habitantes.

5. O inferno é um lugar no qual Deus demonstra Sua justiça, retidão, ira e poder, e é um lugar através do qual Ele glorifica a Si mesmo.

6. O inferno é um lugar que Deus soberanamente criou, e tudo o que Deus faz é certo e bom por definição. Portanto, é certo e bom que Deus tenha criado o inferno.[3]

7. O inferno é um lugar que Deus soberanamente criou, e é um lugar através do qual Ele glorifica a Si mesmo. Sendo assim, é pecaminoso desaprovar ou ter repulsa por sua existência ou propósito, de qualquer jeito.[4]

8. O inferno é um lugar que Deus soberanamente criou, e é um lugar através do qual Ele glorifica a Si mesmo. Portanto, é certo e bom oferecer reverente e exuberante louvor e ação de graças a Deus por Sua criação, existência e propósito.

9. O inferno é um lugar sobre o qual Deus adverte na Escritura, e sobre o qual Cristo pregou em Seu ministério na terra. Portanto, é certo e bom para os crentes pregar sobre o inferno e pregar sobre a única forma de evitá-lo, que é a fé em Jesus Cristo, soberanamente concedida por Deus àqueles a quem Ele escolheu para salvação.

10. O inferno é um lugar que Deus predestinou para os réprobos. Portanto, embora seja certo e bom pregar indiscriminadamente o evangelho a todos os homens para chamar os eleitos e endurecer os réprobos, é errado e pecaminoso pregar como se Deus desejasse sinceramente a salvação dos réprobos, ou como se fosse possível para os réprobos receberem a fé e serem salvos.[5]

– Vincent Cheung
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NOTAS:
1 – O inferno aqui é confundido por Vincent Cheung com o lago de fogo e enxofre. Essa confusão ocorre até mesmo na mente da maioria dos teólogos mais proeminentes do nosso século. O lago de fogo e enxofre, confundido por muitos com o "inferno", foi preparado para o diabo e seus anjos, que é para onde vão também os perdidos. Mas este lugar, por enquanto, está vazio. Ninguém nunca esteve lá, como pensam muitos. Os mortos em seus pecados (sem salvação) estão no hades (grego – “Inferno”, que significa “Sepultura”), que é uma condição de morte enquanto aguardam a ressurreição de seus corpos para serem lançados no “lago de fogo” (Mt 25.41; Ap 20.10-15). Trata-se de um lugar temporário, no qual os mortos perdidos aguardam o Juízo Final para a condenação deles (Pv 15.24; Mt 23.33; 2Pe 2.4-17). Essa condenação é eterna, pois assim o Senhor a chama: "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mateus 25.46). Se duvidarmos que a condenação é eterna, teremos de duvidar também que a vida seja eterna. O Senhor avisou de forma clara que o fogo "nunca" se apaga: “Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.44). Da mesma forma, Ele consolou os Seus escolhidos dizendo que "nunca" pereceriam nem seriam arrebatados de Sua mão: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).

O destino dos perdidos é serem ressuscitados somente após o Reino Milenar para serem julgados no Grande Trono Branco. O lago de fogo será a habitação final e eterna dos perversos, preordenados para este mesmo fim, mediante os decretos de Deus (Sl 9.7; Mt 25.41; Jd 1.4). No fim, o lago de fogo será inaugurado quando a besta e o falso profeta forem lançados lá (Ap 20.10-15), juntamente com os perdidos. Os salvos não fazem parte dessa lista, pois já estão com Cristo e jamais serão tirados de Sua presença (Jo 5.24). (Comentário de JP Padilha em O Evangelho Sem Disfarces, Volume 2 – Fim dos Tempos).


2 – Qualquer condição que pareça correlacionar com a reprovação de Deus de um indivíduo foi, em primeiro lugar, soberanamente decretada por Deus para ser parte deste indivíduo. Uma pessoa é escolhida para o inferno não por (ou sobre qualquer condição determinada por) seu próprio “livre”-arbítrio (que não existe de forma alguma), mas pela vontade soberana de Deus, que também soberanamente decretou e ativamente forneceu todas as condições que o próprio Deus considera apropriadas e necessárias, tais como o pecado e a incredulidade.

3 – Encontramos uma analogia na existência/criação do mal. Embora o mal seja mal (o mal não é bom), visto que o mal existe somente porque Deus ativamente e soberanamente o decretou (não passivamente ou permissivamente), portanto, é bom que exista o mal. Em outras palavras, o mal é mal (o mal não é bom), mas o decreto de Deus é bom –– isto é, Seu decreto de que o mal deveria existir por Sua vontade e poder ativo. Colocando isso de uma forma simples: o mal é mal, e não bom, mas Deus não errou em decretar o mal. Ele fez uma coisa certa e boa em decretar o mal. Da mesma forma, Deus fez uma coisa certa e boa ao criar o inferno e ao soberanamente, ativamente e incondicionalmente predeterminar a condenação dos réprobos.

4 – É certo e apropriado considerar e discutir o assunto com temor e tremor, conhecendo a severidade e o poder de Deus, mas é errado e pecaminoso considerar e discutir o assunto de uma forma que, mesmo remotamente, implique numa desaprovação ou repulsa para com o inferno, como que dizendo que Deus fez algo errado ao criá-lo. Desaprovar ou ter repulsa pelo inferno não é um sinal de compaixão bíblica, mas um sinal de rebelião pecaminosa, que deseja o bem-estar e o conforto humano à parte da fé e da santidade; à parte da dependência da graça de Deus.

5 – Eu tenho em mente a assim chamada “oferta sincera” do evangelho (a prática herética de pregar dizendo que Deus ama a todos os indivídos do mundo).

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