A DIFERENÇA ENTRE CIRCUNCISÃO E BATISMO INFANTIL | JP Padilha



Tão simples, tão fácil, tão óbvio! Eu vejo uma diferença fundamental entre os temas “circuncisão” e “batismo de infantes”. Os israelitas deviam ser circuncidados quer fossem crentes ou não, com base apenas em sua realidade étnica. Tanto que seus bebês eram circuncidados e não precisavam mais tarde professar nada para continuarem sendo parte do povo da aliança. De fato, não era exigido que, uma vez crescidos, os meninos judeus fizessem uma “profissão de fé” para continuarem pertencendo a Israel. Tampouco era exigido que os pais deles tivessem fé. Mais uma vez: a única exigência que era feita para que bebês fossem circuncidados era serem judeus. Isso e somente isso era requerido para que passassem pelo rito da remoção da carne do prepúcio e também somente isso era levado em conta para que fossem considerados participantes da aliança. Assim, a exigência tinha um fundamento meramente étnico, hereditário ou nacional.

Isso se difere muito da realidade da Igreja e do batismo. A Igreja é integrada por indivíduos que não precisam ter nenhuma relação de parentesco. O que os une é a fé comum. Esse é o único fator que os coloca em um só e mesmo Corpo. E esse fator é individual, não parental ou familiar. Preenchido esse “requisito”, a pessoa entra para o povo celestial de Deus, não havendo mais como perder essa posição. Note-se que o requisito da fé é exclusivo como fator que leva alguém a fazer parte da Igreja. Laços de sangue jamais podem substituí-lo, nem mesmo provisoriamente. Bebês não podem crer, nem se arrepender. Eles são puros aos olhos de Deus pelo sacrifício de Cristo feito na cruz do calvário. Portanto, não se deve batizar bebês ou crianças que ainda não chegaram ao entendimento do evangelho nem se arrependeram de seus pecados. Eles não preenchem o “requisito” da fé para serem batizados.

Traçando, pois, um paralelo mais nítido, pode-se dizer que os judeus eram circuncidados e considerados israelitas com base em seus laços de sangue e não com base na fé. Já os crentes não são batizados nem são considerados igreja com base nessas coisas. Na verdade, em Cristo as conexões étnicas perdem sua relevância. Nele não há judeu nem gentio, pois o que une os crentes e os torna um só corpo é a fé que atua pelo amor, sendo essa mesma fé que os preserva para sempre como parte inviolável do povo santo – status que ninguém pode perder. A verdade indiscutível é que o coração em que essa fé não habita, não pode ser considerado o coração de um integrante da Igreja, não importa sua idade nem quem são seus pais terrenos.

Em face disso, percebe-se que tentar encaixar a realidade étnica/familiar específica e própria de Israel à Igreja destrói o conceito que o NT elabora para ela, fazendo com que a comunidade eclesiástica deixe de ser integrada somente por aqueles que são “raça eleita, sacerdócio real, nação santa e povo de propriedade exclusiva de Deus”. Martelar a Igreja para dentro da forma parental de Israel faz com que pessoas reconhecidamente incrédulas sejam consideradas parte da comunidade santa, o que desfigura o conceito bíblico de Igreja e corrompe a sua pureza na dimensão da sua existência local.

Essas coisas são tão simples, tão fáceis e tão óbvias que fica difícil entender por que há tanta discordância em torno delas. As pessoas complicam tanto... Constroem castelos de pensamentos tão complexos que a gente começa a duvidar se a Bíblia pode mesmo ser chamada de “Revelação”, tamanha a obscuridade que atribuem aos seus ensinos. Segundo entendo, porém, o problema reside na tentativa de casar o Sr. Revelação com a Sra. Tradição, já que os filhos dessa união são apegados demais à mãe e costumam ouvir muito pouco as palavras do pai.

– JP Padilha
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Você será odiado se não puder ser manipulado | JP Padilha



Você será odiado pelo mundo e também pela maioria dos cristãos professos do nosso século, os quais fazem parte do sistema religioso denominacional. "Se o mundo vos odeia, tenham em mente que antes odiou a mim. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vós não sois do mundo, mas Eu vos escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo vos odeia" (João 15.18-19).

– JP Padilha
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Qual a diferença entre ser cristão e ser evangélico?



Para ser evangélico, necessariamente a pessoa deve participar ou ser membro de uma denominação (igreja evangélica). Para ser cristão, basta crer em Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador (Mt 10.32; At 16.31; Rm 10.9-10).

O QUE É UMA IGREJA EVANGÉLICA?

É uma denominação, uma instituição religiosa com CNPJ, formada por pessoas com interesses comuns. Estas pessoas organizam as diretrizes daquela entidade religiosa. Lá será definido quem é o pastor (ele deverá ter o “diploma de pastor” por meio de um seminário ou curso de Teologia), tesoureiro, secretário, podendo ou não ter 2º, 3º ou vice nestes cargos definidos. Têm salários e benefícios dos líderes, dízimos a serem pagos aos clérigos que são chamados pelos nomes de “pastores”, “bispos”, “reverendos”, entre outros títulos honoríficos que os coloquem numa posição acima dos leigos ouvintes de suas mensagens. Estes clérigos possuem também planos de saúde, automóvel, combustível, aluguel de casa ou compra de casas para a família pastoral e demais dirigentes, tudo pago com o dinheiro dos membros que dizimam (dizem eles) um terço da parte de sua renda mensal à instituição. Esse dinheiro é chamado de Dízimo pela organização.

Os líderes dessas instituições criam um estatuto, definindo a sede desta entidade se é ou não filiada a outras entidades de igual ou semelhante ordem doutrinária que, na realidade, são doutrinas ou leis internas estipuladas por homens. O – assim chamado – pastor dirige as reuniões, as adorações, as orações e ainda estipula as regras para a denominação. Essa igreja terá uma placa – um nome que identifique suas doutrinas pré-concebidas pelo corpo doutrinário. Pode ser Igreja Batista, Igreja Presbiteriana, Igreja Metodista, Igreja Luterana, Igreja Isso, Igreja Aquilo... etc.

O QUE É A IGREJA DE DEUS, CHAMADA EXCLUSIVAMENTE DE CRISTÃ, SEM OUTROS NOMES ASSOCIADOS?

A Igreja de Deus é o conjunto de todos os salvos por Cristo, independente de onde estejam (Mt 18.20). A reunião dos santos é chamada de assembleia. Não há templos, nem dízimos, nem cargos, nem salários, nem diplomas de pastor ou de outra posição clerical, e não há benefícios como plano de saúde, auxílio moradia ou mesmo alimentos. Também não há teorias como as da Teologia do Pacto, nem do Arminianismo, nem do Pentecostalismo, etc. Quando um irmão é movido a contribuir monetariamente com um necessitado da igreja, ele o faz espontaneamente, visando sempre a glória do Senhor Jesus, que é o único que ocupa a primazia na reunião. Essa contribuição não é a lei do Dízimo nem sua substituta. Chamamos essa contribuição de oferta voluntária (2Co 8–9).

A Igreja não existia antes de Atos 2. Foi no dia de Pentecostes que passou a existir como a noiva de Cristo. Nos quatro evangelhos judaicos, Jesus fala aos judeus, o povo terreno de Deus, que Ele veio cumprir a Lei (e cumpriu). A Lei se cumpriu nEle. Pronto. Ao morrer e ressuscitar, Ele formou um novo povo, a Igreja, povo celestial de Deus, a qual jamais foi profetizada antes dos evangelhos judaicos. Nada é dito sobre a Igreja no Velho Testamento.

A Igreja era um mistério oculto em Deus (Ef 3.1-9). O Senhor menciona a Igreja por duas vezes nos evangelhos, apenas como algo futuro a ser formado. Os evangelhos são a expressão terrena do Reino Milenar de Cristo como Rei dos judeus, e a Sua noiva já será sua esposa nesta ocasião, e com Ele reinaremos do Céu. Obviamente, isso ainda não ocorreu, mas ocorrerá no futuro. Por enquanto, a Igreja é peregrina neste mundo e não tem parte em nada nele, até que seja arrebatada (1Ts 4.16-17. Ap 3.10) e, após a Tribulação de sete anos, que virá sobre todos que habitam na terra (Mt 24;
Dn 9.24-27), voltaremos com o Senhor para que Ele implante o Seu Reino Milenar (Jd 1.14; Zc 14.5; Ap 20.2-7).

Na Bíblia encontramos apenas cristãos. Não há nenhuma divisão do Corpo de Cristo, não há instituições religiosas ou igrejas denominadas, mas já começavam a surgir partidarismo e heresias na era apostólica, o que foi motivo de grande preocupação por parte dos apóstolos, principalmente de Paulo. No caso dos evangélicos, hoje cada grupo segue suas leis – um batiza de uma forma, outro batiza de outra, um impõe leis e costumes como o dízimo, outro guarda um pedacinho da lei como essencial, outro não recebe quem vem de outra denominação, etc. É uma bagunça e está cada vez pior.

O QUE FAZER?

A Palavra de Deus ordena que nos apartemos da iniquidade, e que nos purifiquemos destas heresias e nos separemos dessas seitas, reconhecendo a ruína do testemunho cristão e procurando seguir a “sã doutrina”, junto com aqueles que já se apartaram do sistema religioso e já foram purificados, perseverando na "doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão, e nas orações" (Atos 2.42), em unidade pelo Espírito Santo em um só batismo, e principalmente sendo reunidos somente ao nome do Senhor Jesus (Mt 18.20), sem shows e sem achismos, sem misturar as coisas do Senhor com as deste mundo ou mesmo usurpando promessas que Deus fez a Israel e não à Igreja, sem placas denominacionais que dividem o Corpo de Cristo e sem homens à frente e por trás do suposto culto.

A igreja evangélica busca membros ainda que de outras denominações evangélicas. A Igreja de Deus não faz isso, pois é o Senhor quem acrescenta à Igreja aqueles que são salvos. Em Atos 2.47 diz: “E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que estavam ordenados para a salvação”.

A igreja evangélica "evangeliza" o seu evangelho particular. A Igreja de Deus não é uma entidade jurídica ou denominacional que ensina ou evangeliza. A Igreja não ensina, mas é ensinada. Quem anuncia a salvação na Igreja de Deus, pela graça, são as pessoas já salvas por Cristo. A Igreja não ensina, mas é ensinada por homens dotados do dom da Palavra por Cristo.

CONCLUSÃO

Não são os cristãos que estão metidos em política, shows, marchas para Jesus, passeatas, subindo em montes, fazendo campanhas para construir templos, etc. Os cristãos estão somente aguardando deixar este mundo para estar com o Senhor (1Ts 4.16-17).

Dentro das denominações há alguns cristãos sinceros, mas entre os cristãos não há denominações.

Entenda melhor sobre o assunto nos links abaixo:

Por que não congrego em denominações religiosas?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/08/por-que-nao-congrego-em-denominacoes.html

Bíblia Vs. Tradição dos homens
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/10/biblia-vs-tradicao-dos-homens-jp-padilha.html

É possível ser salvo sem pertencer a uma religião?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2025/05/e-possivel-ser-salvo-sem-pertencer-uma.html

– JP Padilha
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É possível ser salvo sem pertencer a uma religião? | JP Padilha


Muita gente hoje pensa que é preciso pertencer a uma denominação religiosa para ser salva. O fato é que essa ideia surgiu unicamente da imaginação humana e não possui amparo das Escrituras Sagradas – a Bíblia. Não existia nenhuma religião ou denominação quando os primeiros cristãos pregavam o evangelho da graça. As religiões vieram a ser inventadas depois do período apostólico, por volta do século 4º. A salvação é unicamente pela graça, mediante a fé em Cristo (Ef 2.8-10).

É crendo no Senhor Jesus que uma pessoa é salva, e não pela associação a alguma religião. Dizer que é preciso pertencer a uma religião para ser salvo é o mesmo que dizer que a obra de Cristo na Cruz do Calvário não foi completa e suficiente para pagar os pecados de Seus escolhidos, e, assim, precisaria de uma ajudinha das religiões criadas pelos homens, tais como “Igreja Fulana”, “Igreja Beltrana”, “Igreja Cicrana”, etc. Porém, não há salvação em nenhum outro nome além do nome de Jesus.

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu NENHUM OUTRO NOME HÁ, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12).

“Onde estiverem dois ou três reunidos EM MEU NOME, ali estarei Eu no meio deles” (Mateus 18.20).

Saiba mais sobre Igreja segundo a Bíblia nos links abaixo:

O que é a Igreja?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/04/o-que-e-igreja-jp-padilha.html

A Bíblia ensina que os cristãos devem congregar no templo?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/08/a-biblia-ensina-que-os-cristaos-devem.html

Fim dos Templos
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/08/fim-dos-templos-jp-padilha.html

CRISTIANISMO OU JUDAÍSMO? - O Judaísmo não é o padrão para a adoração cristã
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/08/cristianismo-ou-judaismo-o-judaismo-nao.html

Por que não congrego em denominações religiosas?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/08/por-que-nao-congrego-em-denominacoes.html

Bíblia Vs. Tradição dos homens
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/10/biblia-vs-tradicao-dos-homens-jp-padilha.html

A ruína do testemunho cristão e a criação de denominações religiosas
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/09/a-ruina-do-testemunho-cristao-e-criacao.html

Fora do Arraial – O que significa “Arraial” em Hebreus 13.13?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/03/fora-do-arraial-o-que-significa-arraial.html

Onde devo congregar?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/05/onde-devo-congregar-jp-padilha.html

Como congregar ao nome do Senhor?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/05/como-congregar-ao-nome-do-senhor-mario.html

O que fazer agora que entendi ONDE e COMO congregar?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/02/o-que-fazer-agora-que-entendi-onde-e.html

Mateus 18.20 ensina a congregar ou fala de perdão?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/08/mateus-1820-ensina-congregar-ou-fala-de.html

A religião não permite Cristo entrar
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/08/a-religiao-nao-permite-cristo-entrar-jp.html

Abandonei a denominação e agora me chamam de “desigrejado”
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/08/abandonei-denominacao-e-agora-me-chamam.html

A Casa de Deus em 1 Timóteo 3.15
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/09/a-casa-de-deus-em-1-timoteo-315-jp.html

A Igreja só foi inaugurada em Atos 2
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/08/a-igreja-so-foi-inaugurada-em-atos-2-jp.html

Sete desculpas para não se separar dos sistemas denominacionais
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2020/01/sete-desculpas-para-nao-se-separar-dos.html

Qual a diferença entre ser cristão e ser evangélico?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2025/05/qual-diferenca-entre-ser-cristao-e-ser_19.html

Por que Deus não disse antes para congregarmos ao nome de Jesus?
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– JP Padilha
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QUEM PODE BATIZAR UMA PESSOA? | Mario Persona



Sua dúvida é se apenas um pastor, bispo ou apóstolo pode batizar alguém, ou se isso pode ser feito por qualquer pessoa.

Primeiro vamos esclarecer alguns equívocos, pois acredito que você esteja falando de "pastor", "bispo" e "apóstolo" como geralmente esses títulos são usados dentro das denominações religiosas. Vamos tentar esquecer esses cargos que os homens inventaram e buscar na Palavra de Deus a explicação para esses dons e ofícios.

Apóstolos não existem mais.
Leia aqui: 
"Como saber se um apóstolo é genuíno?"
https://www.respondi.com.br/2007/01/como-saber-se-um-apstolo-genuno.html

Bispos eram os anciãos responsáveis pelos cristãos em uma cidade, não em uma denominação. Eram sempre mais de um.
Leia mais aqui: 
"Quem pode ser chamado bispo?"
https://www.respondi.com.br/2007/01/quem-pode-ser-chamado-de-bispo.html

Pastor é um dom, não um dirigente de congregação ou alguém que fez uma faculdade de teologia.
Leia aqui: 
"Devemos obedecer aos pastores?"
https://www.respondi.com.br/2005/06/devemos-obedecer-aos-pastores.html

Respondendo a sua pergunta, sim, qualquer pessoa pode batizar outra, porque não é quem batiza ou quem é batizado que importa, mas o batismo em si, em nome de quem e com que autoridade isso é feito. O Senhor deu essa ordenança aos doze apóstolos e isso incluiu até mesmo Judas, aquele que era falso.

Em Atos 2 diz "De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas". Se considerarmos que a igreja estava começando e eram nesse tempo apenas 12 apóstolos (Matias estava agora no lugar de Judas), se os apóstolos conseguissem batizar uma pessoa a cada 5 minutos seriam necessárias 21 horas para batizarem todas essas pessoas. O mais provável é que muitos irmãos tenham feito isso.

A ideia de que apenas alguém que ocupe algum "cargo" ou tenha uma determinada formação é que pode batizar não passa de invenção humana, provavelmente para concentrar o poder nas mãos de poucos líderes.

O argumento de que quem batiza precisa ter um certo preparo para o batismo ser válido também cai por terra se considerarmos que boa parte dos escândalos que vemos hoje na cristandade vem justamente de líderes religiosos. Se considerássemos inválidos os batismos praticados por aqueles que caem em contradição ou escândalos, ou que depois se revelam até mesmo incrédulos ou lobos em pele de ovelhas, seria preciso rebatizar os cristãos o tempo todo. Mas a Palavra de Deus ensina que há um só batismo.

Quando uma pessoa batiza usando a fórmula "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", ou "em nome de Jesus" no sentido da autoridade recebida daquele que instituiu o batismo, ela está se valendo de uma autoridade delegada, como ocorre com um embaixador durante a vigência de sua embaixada. Se o embaixador depois morre, encerra seu tempo de serviço ou até mesmo nega sua cidadania, os atos que praticou enquanto estava investido daquela autoridade continuam valendo.

– Mário Persona
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A PRÁTICA HERÉTICA DO BATISMO INFANTIL | JP Padilha


Embora não encontremos o batismo infantil na Bíblia, esta prática herética foi adotada bem cedo pela Igreja pós-apostólica. De fato, já no século 2 há evidências de que os cristãos batizavam seus bebês, uma vez que criam no batismo como uma forma de remissão de pecados, capaz de garantir a salvação das vítimas de morte prematura. Esses cristãos, como podemos ver, não entenderam o que fora dito por Cristo a respeito das crianças que morrem antes da idade da razão: “Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus” (Mateus 19.14). O fato do batismo infantil não ser uma prática bíblica não as coloca em perigo de se perderem, pois Jesus prometeu que a elas pertence o reino dos céus. Jesus pagou o preço de seus pecados na Cruz do Calvário. Não é o batismo que salva, mas o sacrifício vicário de Cristo.

O batismo infantil trata-se de um chocante desvio do ensino apostólico e é encontrado poucas décadas depois de concluído o Novo Testamento. Alguns documentos do século 2 que o atestam são a “Epístola de Barnabé” (11.1,11) e “O pastor de Hermas” (11.15; 93.2-4). Justino de Roma (Primeira apologia 66.1) e Teófilo de Antioquia (A Autólico 2.16) também estão entre os escritores do século 2 que defendem o batismo como forma de remissão de pecados.

Embora Tertuliano de Cartago (+ c. 220) tenha se insurgido contra essa prática, ele o fez porque entendia que o arrependimento para perdão de “pecados mortais” só poderia ocorrer uma vez depois do batismo. Segundo Tertuliano, esse fato deixava os que eram batizados muito cedo em situação perigosa, sujeitos a perder irremediavelmente e para sempre o favor de Deus na fase adulta. Para ele, esse era o motivo pelo qual o batismo devia ser protelado até que a pessoa se sentisse mais distante do perigo de cometer “pecados mortais” como o adultério, o assassinato ou a apostasia. Como se pode ver, esses escritores dos quais estamos tratando ensinavam a teoria da Salvação por Obras, visto que o ato de crer em Cristo não era suficiente. Tinha que crer em Cristo e também ser batizado para ser salvo, o que vai contra a doutrina da Salvação pela Graça somente (Ef 2.8-10)

Os reformadores do século 16 também foram favoráveis ao batismo infantil, sendo o pastor anabatista Menno Simons uma exceção. Timothy George explica o por quê:

“Em 20 de março de 1531, na cidade de Leeuwarden, capital da província holandesa da Frísia, um alfaiate itinerante de nome Sicke Freerks foi decapitado porque havia sido batizado pela segunda vez. Mais tarde, Menno comentou: “Soou muito estranhamente em meus ouvidos o fato de que alguém falasse sobre um segundo batismo...”. A execução brutal de Freerks deve ter deixado uma impressão marcante em Menno. De qualquer modo, ele começou a investigar o fundamento do batismo infantil. Ele examinou os argumentos de Lutero, Bucer, Zuínglio e Bullinger, mas achou que em todos faltava algo. Ele consultou seu colega sacerdote em Pingjum; leu os pais da igreja. Por fim, Menno pesquisou diligentemente as Escrituras e considerou seriamente a questão, mas não pôde encontrar nada sobre o batismo infantil. Ele chegou à conclusão de que “todos estavam equivocados sobre o batismo infantil”.

Se, por um lado, há ampla evidência histórica em prol do pedobatismo entre os pais da Igreja e os reformadores, por outro, como Menno Simons descobriu, não há nenhum fundamento bíblico que favoreça essa prática. A despeito disso, os expoentes do batismo infantil apresentam basicamente três argumentos em sua defesa.

TRÊS ARGUMENTOS USADOS PELOS TEÓLOGOS DO PACTO
PARA EMBASAREM A TEORIA DO BATISMO INFANTIL


1. O batismo realizado na casa do carcereiro de Filipos (At 16.27-34).

O primeiro desses argumentos (e talvez o mais popular) é construído a partir da história narrada em Atos 16.27-34, referente à conversão do carcereiro de Filipos e seus familiares. Segundo o texto, depois que ouviu a Palavra do Senhor, o carcereiro foi batizado, ele e todos os da sua casa (At 16.33). No entender dos pedobatistas, certamente havia crianças bem pequenas naquela família, sendo todas incluídas no batismo realizado na ocasião.

É difícil, porém, levar esse argumento a sério, posto que se sustenta unicamente sobre o frágil alicerce da imaginação e da criatividade dos seus proponentes. Para desmantelá-lo, basta lembrar o fato óbvio de que nem todas as famílias têm bebês em casa.

A defesa do batismo infantil tem, na verdade, colunas de apoio muito mais sólidas do que o argumento exposto acima. Seus proponentes mais capazes expõem razões que merecem consideração séria e análise melhor elaborada. Portanto, vamos analisar um segundo argumento que, a princípio, se mostra bem convincente aos neófitos, mas não o suficiente para dar ensejo à prática do batismo infantil.

2. O argumento relativo ao Pacto (Gn 17.10-14).

Os pedobatistas entendem que, assim como os bebês dos israelitas eram circuncidados pelo fato de seus pais pertencerem ao pacto entre Deus e a nação judaica (Gn 17.10-14), da mesma forma os bebês dos crentes devem ser batizados, uma vez que seus pais, desde o dia em que se converteram, tornaram-se participantes do mesmo pacto por intermédio da fé em Cristo (Gl 3.7, 29).

Essa percepção ainda admite expressamente que os filhos de quem participa do pacto também pertencem eles próprios ao pacto, estando aí a razão principal para que se sujeitem ao símbolo desse mesmo pacto. O teólogo reformado Louis Berkhof (1873-1957) diz expressamente: “Os filhos dos crentes são batizados porque estão no pacto, independentemente da questão se já são ou não regenerados”.

Levando esse raciocínio às últimas consequências, muitos de seus expoentes têm insistido, inclusive, no direito que os bebês, filhos de pais crentes, têm de participar até mesmo da ceia (!). Se essas crianças realmente fazem parte da aliança, dizem, sendo por isso batizadas, por que impedi-las de participar da eucaristia que, como o batismo, é também um símbolo pactual?

Retomando a defesa do batismo infantil, os pedobatistas afirmam que no passado o símbolo do pacto foi a circuncisão, mas, como ela foi anulada (Gl 5.2, 6; 6.15), o batismo a substituiu. Assim, de acordo com essa visão, o batismo infantil é o correspondente cristão da circuncisão judaica.

Essa conexão entre circuncisão e batismo é defendida especialmente com base em Colossenses 2.11-12. Nesse texto, dizem, circuncisão e batismo estão ligados, ambos representando o fim da velha vida de pecado, havendo, assim, forte associação entre os dois ritos.

Em seu desdobramento final, toda essa argumentação conclui o seguinte: se Paulo iguala a circuncisão e o batismo e se o primeiro era aplicado aos bebês, nenhum absurdo há em aplicar também o batismo aos recém-nascidos.

3. O argumento relativo ao “selo da justiça da fé” (Rm 4.11).

Este argumento em prol do batismo infantil é baseado em Romanos 4.11. A teoria é construída da seguinte forma: Em Romanos 4.11, Paulo define a circuncisão como “selo da justiça da fé”. Ora, no Antigo Testamento Deus ordenou que esse “selo da justiça da fé” fosse aplicado a bebês que não tinham fé (Lv 12.3). Logo, pensam eles, não é errado gravar com um selo de fé as crianças que ainda não crêem. Condenar essa prática seria reprovar o que o próprio Deus ordenou! Assim, considerando que o batismo também é um selo de fé, nada há de errado em aplicá-lo ao bebê que ainda não crê. Se o próprio Deus mandou que isso fosse feito, quem somos nós, dizem os pedobatistas, para afirmar que é preciso crer antes de receber o selo da fé?

REFUTAÇÃO BÍBLICA CONTRA ESSAS TEORIAS ABSURDAS

Esse conjunto de argumentos, ainda que muito bem elaborado, está sujeito a sérios questionamentos.

1. A relação feita entre batismo e circuncisão judaica.

Primeiro: a noção de que a participação dos pais crentes no Novo Pacto autoriza o batismo de seus filhos, da mesma forma que a participação dos pais israelitas no Velho Pacto impunha-lhes o dever de circuncidar seus bebês, merece grave objeção. Isso porque o bebê israelita não era circuncidado porque seus pais eram israelitas. Ele era circuncidado porque, sendo filho de judeus, “ele próprio” era israelita. A “causa direta” da circuncisão do bebê judeu não estava nos pais, mas no próprio bebê, no fato de ele mesmo ser um judeu.

Ora, não é esse o caso dos filhos dos crentes. Estes não nascem crentes, inexistindo neles próprios qualquer razão para que recebam o batismo. De fato, se o filho do israelita nascia israelita e, por isso, era circuncidado, o filho do cristão, por sua vez, não nasce cristão, não havendo razão nenhuma para ser batizado.

Há também uma grave deficiência no ensino de que o batismo é um substituto da circuncisão. Na verdade, absolutamente nada na Bíblia corrobora essa concepção. Mesmo o texto de Colossenses 2.11-12 está mui longe de confirmá-la. Aliás, uma simples leitura dessa passagem deixará o leitor surpreso, questionando onde é possível encontrar ali qualquer base para o ensino de que o batismo ocupa hoje o lugar da circuncisão.

A eventual surpresa do leitor será fácil de ser compreendida. Isso porque Colossenses 2.11-12 fala claramente da circuncisão do coração e do batismo do crente na morte de Cristo, ou seja, trata de realidades espirituais e não de ritos externos. Ademais, a passagem aponta essas realidades espirituais como fenômenos distintos e não como se o segundo fosse substituto do primeiro.

Com efeito, em Colossenses 2.11-12, Paulo explica que o crente foi circuncidado por Cristo (Rm 2.28-29). Isso significa, conforme o próprio v. 11 esclarece, que sua natureza pecaminosa foi despojada e enfraquecida (Rm 6.6). Em seguida, o apóstolo afirma que esse milagre aconteceu quando o crente foi batizado na morte de Cristo (v. 12), isto é, quando, pela fé, ele se uniu ao Salvador, morrendo para o pecado e ressuscitando para uma vida nova (Rm 6.3-4).

Assim, Paulo trata nessa passagem de duas realidades ligadas, porém bastante diferentes: a participação do crente na morte de Cristo (o que é chamado de batismo) e o amortecimento de sua natureza pecaminosa (a circuncisão do coração) decorrente daquela maravilhosa participação. Esse e somente esse é o ensino claro da passagem, estando mui longe de servir de base para a noção de que o batismo é a versão cristã da circuncisão judaica. Consequentemente, batizar bebês sob tal pretexto é prática carente de fundamento sólido.

Outro argumento contrário ao ensino da conexão entre batismo e circuncisão pode ser construído a partir da exposição que Pedro fez, no Concílio de Jerusalém, acerca de seu ministério junto aos gentios (At 15.6-11).

O relato de Atos mostra como Pedro foi chamado para pregar o evangelho aos gentios na casa de Cornélio (At 10.1-22) e como todos ali se converteram a Cristo, sendo, em seguida, batizados (At 10.44-48).

Ocorreu, porém, que, mais tarde, após a Primeira Viagem Missionária de Paulo, alguns indivíduos procedentes da Judeia começaram a ensinar que os gentios convertidos deviam ser circuncidados (At 15.1). Isso deu ensejo a que os apóstolos e presbíteros de Jerusalém, além de Paulo, Barnabé e outros irmãos de Antioquia, se reunissem para tratar da questão (At 15.2-6). De um lado, Pedro, Paulo e Barnabé defendiam a desnecessidade da circuncisão (At 15.2,10). De outro, os que pertenciam à seita dos fariseus exigiam que os gentios convertidos fossem submetidos ao rito judaico (At 15.5).

No fim, o parecer de Tiago foi decisivo e a igreja entendeu que os crentes gentios não precisavam se submeter à lei de Moisés, especialmente no tocante à circuncisão (At 15.13-29).

O que chama a atenção no curso dos debates em Jerusalém é a preleção de Pedro contra a necessidade da circuncisão (At 15.6-11). Ele havia batizado todos aqueles gentios que tinham se convertido na casa de Cornélio (At 10.47-48). Ora, se para ele o batismo correspondesse à circuncisão exigida pelos seus oponentes, por que não fez essa alegação em seu discurso? Por que Pedro não disse: “Meus irmãos, os gentios foram circuncidados sim, mas pelo novo método que é o batismo!”. Nenhum outro momento da história bíblica seria mais apropriado para enunciar esse ensino e calar de vez a boca dos cristãos judaizantes.

No entanto, Pedro sequer menciona ter batizado os gentios! Paulo também silencia sobre isso em seu discurso (At 15.12), levando a crer que a ideia de que o batismo é um substituto da circuncisão jamais passou pela mente dos apóstolos, sendo apenas fruto da criatividade de teólogos de séculos posteriores.

2. A teoria de que a Igreja vive hoje o Novo Pacto prometido a Israel.

Outro erro grosseiro (e até mesmo maligno) é a ideia de que a Igreja vive o Novo Pacto (ou Nova Aliança; ou Novo Concerto) prometido por Deus a Israel. Os teólogos e seguidores da Teologia do Pacto dizem que este Novo Pacto foi feito agora com a Igreja. Todavia, não há nada disso nas Escrituras Sagradas.

Os teólogos do Pacto (aliancistas, se assim preferir) não veem problema em inferir coisas das Escrituras para fazê-las encaixar em sua interpretação. Chamamos a isso de “fator de correção arbitrária”. Um exemplo disso é a invenção dos termos “Pacto das Obras” e “Pacto da Graça” – dos quais as Escrituras não fazem qualquer menção.

Da mesma forma, eles também dizem que a Nova Aliança (ou “Novo Pacto” ou “Novo Concerto”, dependendo da tradução) foi feita no tempo presente com a Igreja. Todavia, não existe nada nas Escrituras que ensine isso. Cada vez que é mencionada a Nova Aliança ou Pacto, as Escrituras declaram que não é algo que foi feito agora, mas algo que será feito no futuro com Israel. O Senhor diz: “... estabelecerei uma nova aliança”, e não “estabeleci uma nova aliança”. “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois ‘daqueles dias’*, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31-33). “Depois daqueles dias” significa “depois da Tribulação” de sete anos que virá sobre a terra (Mt 24; Dn 9.24-27).

As Escrituras dizem claramente que essa aliança ou pacto será “com a casa de Israel e com a casa de Judá” — não com a Igreja (Hb 8.8-12). Em contraste, as bênçãos cristãs são, via de regra, vistas como possessão presente dos crentes (Ef 1.3-14 – “... fomos feitos...”), enquanto as bênçãos para Israel na profecia são futuras. O apóstolo Paulo confirma isso declarando que “as alianças” e “as promessas” pertencem aos seus conterrâneos. Ele qualifica com exatidão quem são eles, não deixando qualquer margem para dúvida, ao dizer: “meus parentes segundo a carne, que são israelitas” (Rm 9.3-4). Isso jamais poderia ser interpretado como uma companhia de crentes espirituais dos dias de hoje que tenham sido chamados dentre os gentios, como ensinam os teólogos do Pacto.

Por exemplo, em Hebreus 4 o autor menciona que “resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9). Isso se refere a algo que irá ocorrer depois que terminar o tempo do Cristianismo na terra. Tem a ver com um dia futuro quando o Senhor introduzirá o Seu povo em seu descanso final. Além disso, os capítulos 5 ao 7 falam do sacerdócio de Cristo sendo segundo a ordem de “Melquisedeque”. Este é um aspecto futuro e milenial de Seu sacerdócio, quando Ele irá reinar como rei e sacerdote por mil anos na terra, e um remanescente de Israel será abençoado por Ele (Zc 6.13; Sl 110.1-4). No capítulo 8 o autor de Hebreus mostra que a Nova Aliança será estabelecida “com a casa de Israel e com a casa de Judá”. O Senhor insiste que isso ainda não foi feito, mas é algo que irá fazer no futuro (“Estabelecerei...” – Hb 8.8-12).

O capítulo 10 menciona o Novo Pacto ou Aliança mais uma vez, e deixa claro que é algo que Ele ainda fará com Israel no futuro (“Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias” – Hb 10.16). No capítulo 12 temos a promessa de que o Senhor irá abalar “não só a terra, senão também o céu” (Hb 12.26-29), o que se refere ao tempo quando Seus juízos cairão sobre a terra. Sabemos das Escrituras dos Profetas que essas coisas serão entendidas por Israel quando eles forem restaurados ao Senhor e abençoados em Seu reinado público.

3. A teoria de que Romanos 4.11 corrobora o batismo infantil.

Quanto ao argumento construído sobre Romanos 4.11, em que a circuncisão é chamada de “selo da justiça da fé”, este também é facilmente desfeito. Conforme visto, seus proponentes afirmam que a circuncisão judaica, um selo da justiça da fé, devia ser aplicada a bebês sem fé, de modo que, segundo eles, nada pode haver de errado em fazer o mesmo com o batismo, outro selo da justiça da fé.

Essa linha de raciocínio, contudo, está equivocada, pois, ao chamar a circuncisão de selo da justiça da fé, Paulo se refere à circuncisão específica de “Abraão”. Tanto isso é verdade que, se o texto em análise for lido com atenção, fatalmente saltará aos olhos que a circuncisão ali mencionada é vista como um selo da justiça procedente da fé “que Abraão teve” quando ainda incircunciso.

A circuncisão isoladamente considerada, portanto, não era um selo de fé, mas apenas uma marca distintiva no corpo dos que participavam da Antiga Aliança. Para receber um selo de fé, é preciso ter fé. Foi por isso que, quando o eunuco etíope perguntou a Filipe se podia ser batizado, o evangelista respondeu: “É lícito, se crês de todo o coração” (At 8.37).

CONCLUSÃO

Desse modo, batizar bebês permanece uma prática sem qualquer base nas Escrituras. Na verdade, apenas crianças que já compreenderam o evangelho e aceitaram sua mensagem podem ser batizadas. Isso porque antes de ser batizada a pessoa deve se arrepender e crer em Cristo (At 2.38, 41-42; 8.37). O batismo só pode ser realizado com a confissão pública de fé em Cristo Jesus. Bebês não podem crer; nem precisam, pois já estão salvos aqueles que morrem antes da idade da razão (Mt 19.14).

“Todo aquele que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 10.32).

"Se com a tua boca confessares o Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” (Romanos 10.9-10)

O batismo é um gesto “proclamativo”, “identificador”, “simbólico” e “dramatizador”. Desta forma, só estão aptos a se sujeitar a ele quem sinceramente proclama ter uma boa consciência para com Deus, quem se identifica com a comunidade de discípulos de Jesus, quem pode afirmar simbolicamente que foi lavado pelo Espírito Santo e quem de fato morreu para o pecado e ressuscitou para uma nova vida, de maneira que tem o direito e o dever de encenar essas realidades por meio do rito batismal.

– JP Padilha
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