Muitas das
coisas que você encontra nas várias denominações religiosas você não encontrará
na doutrina dos apóstolos – na Igreja que se encontra na Bíblia. Por exemplo,
você não encontrará o dízimo na doutrina dos apóstolos, exceto por alguma
citação fazendo referência ao Antigo Testamento e à Lei. Além de não encontrar
o dízimo na doutrina dos apóstolos, também não encontrará igrejas denominadas
(exceto pela identificação da cidade onde estavam), templos, pastores dirigindo
congregações, mulheres falando nas reuniões da igreja, altares, música
instrumental na adoração, corais, homílias, danças, ensaios, dias santos,
escolas de teologia, um clero distinto dos leigos, roupas ou cadeiras diferentes
para certas pessoas do clero, títulos honoríficos, presidente disso, diretor
daquilo... e muitas outras coisas inventadas pelas denominações criadas pelos
homens.
Na doutrina dos apóstolos os cristãos não constroem templos, nem trazem outro
nome que diferencie os crentes uns dos outros além do nome de Cristo. Na
doutrina dos apóstolos ninguém se faz membro de alguma instituição religiosa e ninguém
assina algum contrato para obter carteirinha.
Na doutrina dos apóstolos você jamais verá crentes prestando juramento a algum
sistema religioso ou a um documento confessional. Na verdade, os crentes da
Igreja de Deus são exortados a reconhecerem que há um só Corpo de Cristo, o
qual inclui TODOS os salvos desde a fundação do mundo. Os cristãos são
ordenados a darem testemunho prático disso quando congregam somente ao nome do
Senhor Jesus para a comunhão e aprendizado da doutrina dos apóstolos, além de
celebrar a ceia do Senhor à mesa do Senhor e dedicarem tempo à oração (Mt
18.20).
Individualmente – e não como igreja – os cristãos são levados a pregarem o
evangelho, mas não são capacitados por alguma escola de teologia e nem enviados
por alguma junta de missões ou liderança. Toda obra é imputada apenas pelo
Espírito Santo, não por denominações (seitas) religiosas. Tais homens, com dons
específicos e sem nenhum interesse no dinheiro, saem para a obra do Senhor e
jamais pedem dinheiro aos irmãos para se dedicarem à obra, visto que a obra é
do Senhor e Ele irá sempre prover as necessidades dos que são destinados ao
ministério; se forem realmente pertencentes ao Senhor. O cristão não pede
dinheiro em troca da pregação do evangelho, nem aos seus irmãos e muito menos
aos incrédulos.
Na doutrina dos apóstolos os cristãos não promovem partidos políticos, nem
apoiam candidatos, mas simplesmente cumprem com a lei porque não são inimigos
do governo enquanto o mesmo não estabelece leis que contrariem a lei de Deus.
Os cristãos são simplesmente cidadãos celestiais que estão momentaneamente
vivendo na Terra, um planeta que não lhes pertence. Eles não se iludem em
transformar este lugar em um "mundo melhor", pois sabem muito bem
qual é o seu destino.
SOLA SCRIPTURA OU SOLA TRADIÇÃO?
Não me venha falar de Confissões e Concílios quando se pretende passar por cima
da Palavra. Não tente me persuadir com as canonizações de seus reformadores
preferidos. Não subestime minha inteligência com suas legitimações papais sobre
documentos eclesiásticos e manuscritos não inspirados. A propósito, quando foi
que Jesus ordenou ou permitiu que a Igreja imitasse os fariseus ao criar suas
próprias tradições (confissões) para poderem passar por cima da Palavra de Deus
por meio delas (cf. Mt 15.3)?
Adoto em minha casa muitos desses documentos os quais me servem apenas como
guias de aconselhamento na direção de um estudo sistemático. A cada erro
encontrado nesses documentos, eu risco e substituo com uma exposição correta do
texto sagrado. Cada nota de rodapé da Bíblia de Estudo que possuo em minha
casa, onde encontro um equívoco ou heresia, por menor que seja, sob a
autoridade do Espírito Santo falando na Escritura eu risco com um marca-texto e
corrijo conforme o suporte da exegese honesta.
Se por "confessional" subentende-se que as Confissões e Concílios são
regras de fé e conduta do cristão (e é exatamente isso que se propõe nas várias
denominações religiosas espalhadas pelo mundo, em especial a Igreja Presbiteriana),
então eu sou anti-confessional declarado. Este é o princípio normativo de Knox
e de todo puritano por herança. Se uma coisa não pode ser justificada pelas
Escrituras, eu não aceito e não permito que seja adotada nas reuniões de culto,
ministério e ceia do Senhor. Sim, eu congrego somente ao nome do Senhor, em
minha própria casa e nos lares de outros irmãos, da forma clara e simples como
Ele ensinou (Mt 18.20). Não sou pastor, nem padre, nem clérigo. Não estou
ligado a nenhuma denominação ou organização religiosa. Congrego somente ao nome
do Senhor Jesus (Mt 18.20), fora do sistema denominacional, sem templos, sem
líderes, sem sacerdotes, sem dízimos e coisas semelhantes.
O meu Jesus Cristo não me ordenou (a menos que se prove) a adotar métodos e
tradições emboloradas para seguir o caminho da retidão. Ele me ordenou
[unicamente] que eu "examine as
Sagradas Escrituras" (Mc 12.24), "prove
os espíritos" (homens, documentos de homens, manuscritos de homens,
pregações de homens etc. – 1Jo 4.1) e que eu não vá além do que está escrito
(1Co 4.6). Se um anjo dos céus vem até mim e diz o que não se conforma, não se
encontra nem testifica com a Palavra de Deus, eu o amaldiçoo (Gl 1.6-10).
Não preciso me esforçar para provar que a confessionalidade papal das
denominações tradicionais, sem as devidas correções que há séculos congelaram
em seus documentos canonizados, desemboca inevitavelmente em um novo Papismo.
As igrejas orientais, a Igreja Copta, a Igreja Católica Romana e o
Anglo-Catolicismo pregam que a interpretação correta das Sagradas Escrituras se
dão por meio das autoridades eclesiásticas (papas, pastores, clérigos,
confissões etc.). Na verdade, não são “igrejas” no sentido original da palavra,
mas, para melhor entendimento do que estou dizendo aqui, usarei este termo como
é entendido pelas massas semi-analfabetas.
Temos também a Igreja Pentecostal, que possui uma teologia empírica. Trata-se
de um movimento pseudo-cristão conjectural, sensorial e pragmático. Sua
hermenêutica se baseia na experiência pessoal, ignorando fatores Bíblicos que
formam um indivíduo genuinamente cristão.
A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma organização papista da planta dos pés
aos últimos fios de cabelo. Sua hermenêutica reformada é determinantemente
adepta à herética teologia do pacto. Tal instituição possui em sua membresia
uma casta de ministros que se situam acima dos demais crentes, diferenciando
clérigos de leigos, além de possuir roupas e poltronas especiais e separadas
para o clero da denominação. De fato, a IPB anda de mãos dadas com o
Catolicismo. Na verdade, tem se mostrado até pior, pois, enquanto o Catolicismo
possui apenas um papa, por outro lado, a Igreja Presbiteriana, com seus
documentos confessionais, possui milhares de pequenos papas que reivindicam a
mesma autoridade sacerdotal antibíblica que temos presenciado há séculos. A
Igreja Pentecostal faz a mesma coisa. Sendo assim, enquanto a Igreja Católica
possui o Concílio de Trento, a Igreja Presbiteriana possui uma porção de
Concílios que se situam acima da autoridade das Escrituras Sagradas. Portanto,
não há diferença entre essas denominações religiosas. Todas elas colocam suas
tradições acima da Bíblia.
Com respeito a toda essa idolatria às tradições legadas pelas várias
denominações religiosas, é necessário que se diga: “Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito:
Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão, porém, me honram, ensinando
doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus,
retendes a tradição dos homens... BEM INVALIDAIS A PALAVRA DE DEUS PARA
GUARDARDES A VOSSA PRÓPRIA TRADIÇÃO... A QUAL VÓS MESMOS ORDENASTES POR CONTA
PRÓPRIA" (Marcos 7.6-13).
A doutrina Sola Scriptura condena toda essa aberração irredutível descrita
aqui. Sobre isso, Martinho Lutero era enfático: "Um simples leigo armado
com as Escrituras é maior que o mais poderoso papa sem elas". É uma pena
que Lutero não tenha tido tempo de entender que sua luta foi basicamente em
vão, uma vez que ele não se libertou do sistema religioso denominacional! Ao
invés disso, tentou, frustradamente, “reformar” a Igreja. Não temos que tentar
reformar o que é errado, mas sim correr em direção ao que é certo. O verdadeiro
cristão não tenta reformar a Igreja, mas corre em direção à Igreja bíblica, a
qual se constitui o Corpo de Cristo, o qual é um só povo celestial.
Não devemos fazer juramentos a documentos confessionais. Isso é pecado e leva à
condenação. Cristo ensinou a jamais fazermos juramentos ou promessas, nem pelo
céu, nem pela terra, nem qualquer outro juramento:
“Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis,
nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a
vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação”
(Tiago 5.12).
Porventura precisamos desses documentos confessionais que tanto nos pressionam
a honrar e seguir nas sinagogas da cristandade atual? A Bíblia diz que não. A
Palavra de Deus nos é suficiente para aprender sobre Deus, seus preceitos e
decretos:
"Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça" (2 Timóteo 3.16).
A base da doutrina SOLA SCRIPTURA é de que as Escrituras são perfeitas, e que
ninguém pode pôr outro fundamento além do que está posto, o qual é Jesus
Cristo, a Palavra (Verbo) de Deus, e que qualquer que pregar outro evangelho,
mesmo sendo um anjo, seja AMALDIÇOADO (Gl 1.6-10).
Os assim chamados “reformados” gostam de falar das doutrinas da graça e de suas
iniciais que formam a palavra “TULIPA”. Com relação a isso, é claro que eu
creio na TULIPA! Cada doutrina representada por essas iniciais está correta e
de acordo com as Escrituras. Todavia, minha tulipa é aberta. Ela não me
acorrenta a cada detalhe das confissões antigas, nem me obriga a adotar velhas
tradições emboloradas. Minha tulipa nasceu no terreno fértil da exegese, não no
piso de granito do escolasticismo protestante. Por isso ela é aberta, acolhendo
todas as conclusões da hermenêutica honesta. Se essas conclusões forem pétalas
que chamam de dispensacionalistas, eu as acolherei, pois agora compreendo as
dispensações das Escrituras. Abandonei o sistema religioso denominacional e me
libertei da herética teologia do pacto. Não sou reformado, embora eu seja
calvinista porque não posso evitá-lo de ser. Meu compromisso é com o texto
inspirado e eu tenho uma Bíblia em casa. Minha Confissão de Fé é a Bíblia. A
Canonização das Confissões e Concílios é um vírus trazido do Catolicismo Romano.
Não me renderei a isso jamais.
"E conhecereis a verdade, e a
verdade vos libertará" (João 8.32).
– JP Padilha
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