EM QUAL IDADE COMEÇA A DISCIPLINA?


A leitora pergunta:
Acabei de ser abençoada com uma menina linda. Desde o começo da gravidez venho estudado sobre criação de filhos segundo coração de Deus. E surgiu uma grande duvida entre eu e meu marido :qual a idade que devo começar a confrontar o pecado de minha filha? tem idade ou depende de criança pra criança? Não quero que a aparente inocência dela faça com que percamos as oportunidades de confrontá-la em amor e ajudå-la a crescer no caminho de Deus. – A.P.

Mulheres Piedosas responde:
Gostei de ver seu questionamento exposto de uma maneira tão consciente quanto ao papel dos pais na orientação dos filhos, sobretudo na questão da disciplina. Como você tem estudado e se preparado para a chegada de sua pequena, você deve ter visto que nascemos pecadores, e isso justifica sua preocupação com a alma dela. Muitos podem pensar que é cedo para começar, mas não é! Veja o que o salmista diz em relação a nossa natureza:

“Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já desencaminham, proferindo mentiras”, (Sl 58:3).

Então o quanto mais cedo começarmos a inculcar as palavras que o Senhor nos ordenou no coração de nossos filhos melhor. Mas como podemos fazer isso com uma criança tão pequena? A resposta podemos encontrar nesses preciosos versículos:

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” (Dt 6:6-7).

Podemos entender que o primeiro passo para encaminhar sua filha em direção ao Senhor Jesus é ensinar-lhe sobre quem Ele é, e quem nós somos. O Evangelho deve ser algo constante na vida de sua filha. Mesmo sendo um pequeno bebê, vocês devem falar e cantar sobre o que Deus fez. Ensine sua menina em todas as ocasiões, use os momentos cotidianos como o momento da amamentação, do banho e troca de fralda para falar do amor de Deus por nós, pecadores. Fale sobre a sua formação; o salmo 139 nos apresenta a forma maravilhosa como Deus nos criou - use essa passagem para maravilhar-se em Deus e com ela. Mostre-lhe como Ele é sábio e faz tudo perfeito. Encha sua filha com a Palavra de Deus, nunca pense que ela não entende e por isso não vale a pena falar. Lembre-se de falar de uma maneira mais coloquial e objetiva. Com frases curtas e diretas.

Antes de abordarmos a disciplina, vamos definir as etapas de desenvolvimento. Isso vai tornar mais fácil o entendimento sobre cada fase:

- Recém-nascidas – do nascimento até um mês de idade;

- Bebê – entre o segundo mês e o décimo oitavo mês;

- Criança – de 18 meses até 12 anos de idade.

Agora chegamos à disciplina.
Primeiro temos que esclarecer que a disciplina é o meio ordenado por Deus para trazer sabedoria às crianças:

“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela.” (Pv 22:15).

Segundo, ela é uma expressão de amor:

“O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga.” (Pv 13:24).

E em terceiro, não devemos ter medo de aplicar a disciplina:

“Não retires da criança a disciplina; pois, se a fustigares com a vara, ela não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno”. (Pv 23:13-14).

Conforme sua pequena for crescendo, você perceberá a necessidade da disciplina física. E isso acontece, muitas vezes, mais cedo do que se imagina. Eu disciplinei um dos meus filhos com seis meses, por causa da resistência durante a troca de fraldas. Não é fácil disciplinar um filho, principalmente quando pequeninos, e como você sabiamente colocou, eles aparentam uma inocência. De fato, cada criança se desenvolve em um ritmo diferente, e para o momento da aplicação da disciplina física não é diferente. Mas, para isso, é importantíssimo lembrar que a disciplina física exige toda uma preparação para ser aplicada. Devemos ter cuidado para não confundir um cansaço de nossa parte ou alguma necessidade básica do pequeno, com a resistência em se submeter à autoridade.
O mais difícil nessa fase é reconhecer o pecado que habita no coração deles e que está sendo exposto através do comportamento. Outra dificuldade encontrada nos bebês é com relação à capacidade intelectual (se eles estão entendendo o que se pede). Observados esses dois pontos, e tendo em vista que seu bebê já recebeu orientação bíblica (que ele deve obedecer ao papai e a mamãe, porque Deus exige isso dos filhos), vamos definir em quais motivos devemos disciplinar um bebê:

– A criança deve ser disciplinada quando desobedece, deliberadamente, a uma ordem dada pelos pais;

– Quando demonstra resistência a submissão aos pais.

Na prática…
O bebê nunca esboçou nenhum tipo de reação avessa à troca de fraldas. Durante os primeiros meses era comum trocar-lhe as fraldas sem choros, gritos ou pernas agitadas no ar. De repente, em uma bela manhã, ao ser colocado no trocador o bebê demonstra resistência em ficar deitado. E a mamãe avisa – querido, mamãe está cuidando de você. Preciso trocar sua fralda, fique quieto! Mas o bebê resiste e chora, e esperneia; e a mãe repete o que está fazendo com ele. E avisa – você tem que ficar deitadinho para que eu troque sua fralda, quando eu acabar você vai levantar. Caso o bebê não obedeça ele deve ser disciplinado.

Outro exemplo (geralmente bebês na fase em que estão engatinhando, por volta do sexto mês): O bebê está engatinhando pela sala e eis que um par de sapatos do papai atrás da porta chama sua atenção. Ele se dirige rapidamente e põe o sapato na boca. A mãe coloca no lugar e adverte: João, não pegue o sapato do papai! Ele olha desconfiado e engatinha novamente em direção ao sapato. Olha para a mamãe, para o sapato e o pega novamente. Neste caso, o bebê deve ser disciplinado.

Mas, como?
Sendo um bebê – até 18 meses, de forma simples lhe diga, que ele desobedeceu a mamãe e por isso será disciplinado. Dê-lhe um tapinha no bumbum ou na coxa. Essa é a disciplina para um bebê! Conforme esse bebê for crescendo, vá acrescentando, após a disciplina, o porquê ele deve-lhe obediência. Expresse amor e não raiva quando precisar disciplinar seu filho.

No livro de Tedd Tripp, “Pastoreando o coração da Criança”, ele faz um resumo sobre como aplicar a vara. Observe algumas recomendações:

1- Leve seu filho a um lugar reservado, onde possa falar-lhe com privacidade. Nunca discipline na frente de outras crianças.

2- Diga-lhe especificamente o que ele fez ou deixou de fazer. Não discipline por “razões genéricas” ou porque “você está saturado”.

3- Assegure-se da compreensão da criança quanto ao que ela fez. (certifique-se que ela entendeu a ordem dada, ênfase minha).

4- Lembre ao seu filho que a função da vara não é expressar sua frustração ou sua ira, mas restaurá-lo ao lugar onde Deus promete bênção.

5- Diga-lhe quantas varadas receberá. (Isso é um sinal importante de que você está sob controle).

6- Se a roupa for grossa, remova-a, afim de que a surra não se perca em meio à proteção das roupas.

7- Depois de ter aplicado a disciplina, ponha a criança no colo e abrace-a, dizendo-lhe o quanto a ama, e o quanto lhe causa tristeza bater-lhe.

8- Ore com ele.


Feito esse ciclo da disciplina (o ciclo completo para crianças), fale sobre o quanto Deus o ama e que só Cristo foi capaz de obedecer plenamente. Ensine-o sobre a dependência de Cristo e sobre a necessidade de “nascer de novo”. Seja sincera com seu filho e mostre que você também comete pecados, mas que hoje, com a graça de Deus, você reconhece seus pecados e O busca para que também te faça obediente a Ele.

Espero ter respondido todas as suas dúvidas. Esse é um assunto extremamente importante e que necessitamos constantemente do auxílio do Senhor para entender e praticar. Meu último conselho é: busque o Senhor em oração, para que Ele te capacite a direcionar os filhos que são Dele.

Que Deus continue a abençoar e te direcionar.

Indico três livros que me ajudam muito na criação dos meus filhos. Os dois primeiros são bons para a parte prática da disciplina. Já este último, que foi minha última leitura sobre o assunto, é excelente para nos lembrar sobre nossa dependência constante de Deus.

1- Pastoreando o coração da criança, de Tedd Tripp

2 – Não me faça contar até 3!!!, de Ginger Plowman

3 – Pais fracos, Deus forte, de Elyse Fitzpatrick e Jessica Thompson

Você também pode ler os excelentes artigos do blog sobre esse assunto.

- Yone Dantas
Esposa do diácono Wilson França e mãe dos valorosos Wynnie Samara (14), Willyan Gabriel (11), Yzie Gabriela (6). É jornalista. É membro da Igreja Presbiteriana de Aracaju, onde é professora das mães do berçário e é uma das responsáveis do projeto “Esposas Excelentes”.

O Natal é Escriturístico? As Sagradas Escrituras e as Confissões de Fé dizem que Não


INTRODUÇÃO
Eu quero agradecer ao Comitê sobre Educação Cristã por permanecer fiel à tradição da Igreja Presbiteriana Ortodoxa de respeitar as opiniões da minoria que estão firmemente enraizados na história Presbiteriana e Reformada. Eu, portanto, alegremente aproveito-me do privilégio de me expressar sobre o assunto do Natal.

É raramente entendido hoje que houve um tempo quando tais dias como Natal eram geralmente considerados como desprovidos de qualquer autorização das Escrituras. Mas, ouça a cuidadosa declaração de Idzerd Van Dellen e Martin Monsma em The Church Order Commentary (Zondervan, 1941). Sob o título de “A Posição Original das Igrejas Reformadas com relação aos Dias Especiais”, eles dizem na página 273 o seguinte:

“Durante os dias primitivos da Reforma, algumas localidades Reformadas observavam somente o Domingo. Todos os dias especiais sancionados e reverenciados por Roma foram postos de lado. Tanto Zuínglio como Calvino encorajaram a rejeição de todos dias festivos eclesiásticos. Em Genebra, todos os dias especiais foram descontinuados tão longo a Reforma tomou um firme lugar nessa cidade. Já antes da chegada de Calvino em Genebra, isto tinha sido realizado sob a liderança de Farel e Viret. Mas Calvino concordou de todo coração. E Knox, o Reformador da Escócia, compartilhava das mesmas convicções, ele mesmo sendo um discípulo de Calvino em Genebra. Conseqüentemente, as Igrejas Escocesas também baniram os dias sagrados Romanos”.

CRISTO SOBRE O NATAL
É minha convicção de que somente esta visão é totalmente consistente com a Escritura e as Confissões Reformadas. E digo isto pelas seguintes razões:

1. Quando Jesus enviou seus apostólos, Ele ordenou-lhes que ensinassem os convertidos a observar todas as coisas que Eu vos tenho ordenado (Mateus 28:20). Ele não lhes autorizou a adicionar algo – ou retirar – ao que Ele tinha ordenado. E eu creio que eles fizeram fielmente o que Jesus disse para eles fazerem.

2. É totalmente evidente, à partir dos escritos apostólicos, que não havia tal dia como o Natal nas igrejas apostólicas. Eles não o tinham pelo simples fato de que esta não era uma das coisas que Jesus tinha ordenado.

3. A questão, portanto, é esta: os ensinamentos e as práticas dos apóstolos eram suficientes para estabelecer as práticas que o próprio Cristo autorizou para Suas igrejas? A igreja moderna obviamente, e de uma forma absoluta, dirá: não! Mas homens tais como Zuínglio, Knox e Calvino diriam: sim! Eu creio que estes homens estavam certos.

OS DETRIMENTOS DO NATAL
É minha convicção também que o alastrado retorno das igrejas Reformadas para o que é, no final das contas, uma invenção e tradição Romana, não é de forma alguma um benefício verdadeiro para a igreja. As pessoas pensam que sim. Mas não o é de forma alguma. E aqui eu só quero mencionar uma consideração importante. O material de Escola Dominical – mesmo aqueles produzidos pela nossa própria “Publicações da Grande Comissão” – sofre sob o domínio daquilo que é comumente chamado “o calendário da igreja”. Isto significa que todo ano, no ciclo de materiais, uma quantidade exagerada de tempo é gasta repetindo a história do nascimento de Cristo. Eu espero que nenhum leitor pense por um momento que eu reduzo a importância do nascimento virginal de Cristo. Não, de forma alguma. Eu certamente quero que os relatos escriturísticos em Mateus e Lucas recebam a devida ênfase. Mas não é uma ênfase devida quando uma pequena porção da história da salvação é magnificada fora da proporção da ênfase que ela recebe na própria Bíblia. Todavia, isto é o que tem acontecido. É minha esperança, embora eu provavelmente não viva para ver, que o Senhor mandará uma nova e até maior Reforma do que a que Ele enviou no século XVI. Quando isto acontecer, creio eu, a igreja novamente se libertará do que é, no final das contas, nada mais do que uma tradição feita por homens.

CELEBRAÇÕES PRIVADAS
E agora, deixe-me adicionar uma importante advertência. Eu não penso que os Reformadores jamais questionaram o direito de um indivíduo celebrar o nascimento de Cristo em algum período – e de uma maneira piedosa – de sua própria escolha. Eu certamente não questiono este direito. Se você quer trocar presentes, ou ler Lucas 2, ou cantar “Noite Feliz” em 25 de Dezembro, então, eu não tenho nenhuma querela com você, de forma alguma. O que eu peço, em reação à isso, é que você não tenha nenhuma querela comigo, quando eu permanecer ao lado dos grandes Reformadores mencionados acima. O que eu questiono não é seu direito pessoal de liberdade cristã, mas o direito da igreja em sua capacidade corporativa — se num nível denominacional ou congregacional — de designar uma data anual para comemorar o nascimento de Cristo.

Visto que ninguém conhece o dia do ano no qual Cristo nasceu, e Deus deliberadamente não nos contou tal dia, ninguém tem o direito de inventar um dia para substituir o que Deus não nos deu. Os papas de Roma, certamente, têm reivindicado esta autoridade – foi assim que o dia 25 de Dezembro foi estabelecido. Mas, quanto a mim e minha casa, não podemos em boa consciência nos submeter a tais imposições feitas por homens.

Mr. Williamson - um pastor Presbiteriano Ortodoxo, semi-aposentado e membro do Comitê de Educação Cristão.

Como Pregar Biblicamente | Martyn Lloyd Jones


O Silêncio Diante da Heresia e Corrupção | JP Padilha


Não Devemos Seguir Igrejas; Devemos Seguir Jesus | Paul Washer


Quem é Você para defender o Pecado? | JP Padilha


Você Ama a Deus acima de Tudo? | JP Padilha


ANDAR COM JESUS CRISTO É ANDAR CONTRA O SISTEMA | JP Padilha


QUEM É O JP PADILHA? QUAL É A SUA PROFISSÃO?

Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....