DOIS DIAS NAS ESCRITURAS | JP Padilha

Com relação ao arrebatamento da Igreja, o Senhor prometeu: "Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-los teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também" (João 14.2-3). Ele também declarou: "Certamente cedo venho" (Apocalipse 22.20). A esperança apropriada ao cristão é aguardar o Senhor vindo a qualquer momento (1Ts 1.9-10). O Senhor não revelou uma data específica de quando Ele voltaria, para que pudesse haver uma esperança sempre presente para a Igreja ao longo de todo o período de sua jornada na Terra. O apóstolo Paulo, em seus dias, incluía-se entre aqueles que esperavam ser arrebatados na vinda do Senhor. Ele dizia: "Nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles" (1 Tessalonicenses 4.17 – Veja também 1 Coríntios 15.51). Embora não devamos fixar uma data para a vinda do Senhor (arrebatamento), precisamos discernir os tempos (Mt 16.3). Portanto, que fique bem claro que aqui estamos tratando do arrebatamento, não da segunda vinda de Cristo para julgar as nações e reinar por mil anos sobre a terra (o que ocorrerá somente após a Tribulação de sete anos sobre a terra). Estamos falando de um evento que ocorre ANTES da Tribulação, isto é, do arrebatamento da Igreja nos ares, o qual ocorrerá no mínimo sete anos antes da segunda vinda de Cristo com sua Igreja. Entre o arrebatamento e a segunda vinda há um intervalo de sete anos de Tribulação e Grande Tribulação sobre toda a terra habitável. Sendo assim, continuemos nossa análise sobre alguns fatores que nos levam a acreditar que Jesus está mais perto de arrebatar sua noiva (Igreja) do que nunca.

Satanás está fazendo tudo o que pode para convencer a Igreja a se acomodar neste mundo. Uma de suas várias maneiras de fazer isso é tirar da Igreja a bendita esperança presente da vinda do Senhor para nos arrebatar. Hoje em dia, devido a um ensino herético proclamado principalmente pela teologia do pacto, muitos cristãos professos deixaram de lado esta esperança e não estão aguardando a vinda do Senhor para qualquer momento. Ao invés disso, estão olhando para os eventos proféticos, esperando que eles se cumpram primeiro. Eles acreditam firmemente que é necessário que se cumpram, por exemplo, os horrores da grande tribulação sobre a Igreja na terra antes que ela possa ser levada por Cristo ao Céu. Porém, isso se trata de um grande erro. A profecia propriamente dita não está se cumprindo hoje e nem irá se cumprir enquanto a Igreja estiver na terra. A profecia não tem a ver com a Igreja, mas sim com Israel e as nações que irão povoar a Terra milenial. Já que Israel tem sido, na presente era, posto de lado por causa de sua rejeição a Cristo, a profecia foi suspensa (Veja as Setenta Semanas de Daniel – Dn 9; Rm 11) até que venha a plenitude dos gentios e a Igreja seja levada para a glória. Não estamos esperando pelo cumprimento da profecia! Estamos esperando pela vinda do Senhor! Existem, porém, certos indícios inequívocos que elevam nosso coração ao Céu em uma sempre nova expectativa pela volta iminente do Senhor, visto que o arrebatamento é um evento iminente – pode acontecer a qualquer momento:

1. A condição da Igreja como Laodicéia

Apocalipse 3.14-22 – Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse vemos sete estágios sucessivos de declínio na condição moral da Igreja, dos dias dos apóstolos até os últimos dias que antecedem a vinda do Senhor para levar o Seu povo para a glória (Ap 4.1). O sétimo e último estágio é o de Laodicéia, no qual a Igreja professa é apresentada em uma condição deplorável de indiferença a Cristo. O apóstolo Paulo também descreveu a condição do testemunho cristão nos últimos dias como sendo do mais terrível estado de ruína no qual o mal moral e doutrinário iriam prevalecer (2Tm 3.1-9; 4.3-4). Tal estado de coisas descreve com precisão o tempo presente no qual vivemos e deveria nos fazer chegar à solene conclusão de que o Senhor está vindo logo.

2. O clamor da meia noite já ocorreu

Mateus 25.1-13 – Nesta passagem das Escrituras temos uma antevisão dispensacional do período da Igreja. Ela mostra que após a Igreja haver recebido a verdade da vinda do Senhor como sendo o Noivo, ela se acomodou neste mundo e caiu no sono (Mt 25.1-5). A esperança da vinda do Senhor foi perdida. Em meio às trevas que predominaram na cristandade por mais de 1.500 anos, Deus começou a despertar a profissão cristã ao sentimento consciente da iminência da vinda do Senhor. Ouviu-se o clamor: "Aí vem o esposo" (Mt 25.6). Este reavivamento da esperança da vinda do Senhor aconteceu há cerca de 150 anos! O fato de já haver passado mais de 150 anos e a Igreja continuar na Terra só nos leva a concluir que "perto está o Senhor" (Fp 4.5).

3. O renascimento da independência nacional dos judeus e as condições políticas no Oriente Médio

Em Mateus 24.32-34, Marcos 13.28-30 e Lucas 21.29-32 o Senhor Jesus ensinou que quando a figueira (símbolo de Israel como nação) se tornasse tenra e suas folhas começassem a brotar, Sua vinda estaria próxima. Oras, Israel, após muitos séculos sem um país, começou a brotar novamente em 1.948. Israel voltou a ser visto novamente como uma nação declarando sua independência. Apenas com as folhas da profissão e sem nenhum fruto para Deus, os judeus estão prontos para receber o falso messias, o Anticristo de que fala a profecia. O Senhor disse: “Olhai para a figueira...”; e continuou dizendo: "...e para todas as árvores" (Lc 21.29), referindo-se às outras nações no Oriente Médio, como Egito e Líbia, que voltaram a ocupar um lugar de proeminência nos últimos anos. As nações árabes também fizeram acordos com a Rússia para o fornecimento de munições, de modo que sabemos que eventualmente possa vir a existir uma aliança dessas nações com a Rússia (Dn 8.24-25). As nações na Europa também estão se unindo no Mercado Comum, o que poderia ser uma preparação para os reinos de dez nações da Besta (Dn 7.7). Todas estas coisas são agora apenas sombras e não o cumprimento destas passagens das Escrituras. Estas coisas terão o seu lugar na Tribulação após a Igreja ter sido levada para a glória. Mas isso deve fazer com que solenemente entendamos que "já está próximo o fim de todas as coisas" (1Pd 4.7).

4. O aumento do conhecimento e o rápido ritmo de vida

Daniel 12.4 – Foi dito a Daniel que os últimos dias seriam marcados pelo rápido ritmo de vida e pelo aumento de conhecimento. Uma simples olhada para a história do homem é suficiente para mostrar que nunca existiu uma época como esta para o conhecimento em todos os campos, seja na medicina, tecnologia, ciência, etc. Isto é certamente um sinal dos tempos em que vivemos e mais uma vez vem a confirmar que "o tempo se abrevia" (1Co 7.29).

5. Indícios de dois dias representando figurativamente 2.000 anos

2Pd 3.8; Sl 90.4 – "Um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia”. Sendo esta linguagem figurada, esta indicação apenas sugere 2.000 anos aproximadamente. Para se enxergar isso com maior clareza é necessário entender algo dos modos dispensacionais de Deus tratar com Israel. Por Israel haver fracassado tão completamente de todas as formas sob a Lei e havendo rejeitado o Senhor Jesus Cristo como seu Messias, este povo foi colocado de lado por algum tempo enquanto Deus estiver enviando o Evangelho da Sua graça ao mundo gentio para tirar dele um povo para o Seu nome (At 15.14; Rm 11.11-27). Após este presente período em que Deus está tratando com os gentios, Ele voltará a tratar com Israel novamente para abençoá-lo em conformidade com as promessas incondicionais feitas a Abraão, Isaque e Jacó. Há várias referências nas Escrituras onde aparecem dois dias sugerindo que este presente período da graça, quando Israel seria posto de lado, seria de aproximadamente 2.000 anos. Embora não ousemos estabelecer datas de quando o Senhor poderá vir, podemos ver de uma maneira geral que a Igreja tem estado na Terra por cerca de 2.000 anos. Nosso calendário mostra agora 2.023 anos desde o nascimento de Cristo, mas é sabido que os anos do calendário foram adulterados e que há quatro ou cinco anos faltando. Na verdade, Cristo nasceu no ano 5 a.C. Já teriam se passado então 2.028 ou 2.029 anos desde então! Se levarmos em consideração que existe ainda um período de Tribulação de pelo menos sete anos, os quais não sabemos se devem ser contados ou não com os dois mil e vinte e três anos, quão próximo estamos do momento em que o Senhor descerá com um clamor para nos chamar! (1Ts 4.15-18). Isto certamente deveria encorajar nosso coração a esperarmos pela vinda do Senhor para qualquer momento, para arrebatar a sua Igreja nos ares!

As referências que se seguem são algumas das passagens onde aparecem os "dois dias" nas Escrituras.

Oséias 6.1-3

Esta passagem fala dos arrependidos em Israel "Depois de dois dias (o presente período da graça de aproximadamente 2.000 anos) nos dará a vida; e ao terceiro dia (os 1.000 anos futuros do reinado de Cristo, chamado de Milênio) nos ressuscitará, e viveremos diante dEle".

Lucas 10.30-35

Nesta passagem, o homem deixado caído à beira do caminho pelos ladrões é uma figura da horrível condição em que o homem caiu devido às artimanhas de Satanás. Abandonado na vala do pecado, o homem está "meio morto" diante de Deus. Fisicamente ele está vivo, mas espiritualmente está morto. O Sacerdote e o Levita que não podem ajudá-lo mostram que a religião não pode salvar o homem caído. O Samaritano que aparece na cena seguinte para resgatar o homem é uma figura do Senhor Jesus Cristo, o Salvador rejeitado. Ele resgata o homem e o leva, não de volta a Jerusalém para a antiga ordem de coisas do Judaísmo, mas para uma estalagem, que é uma figura da assembleia, onde ele recebe socorro, comida e auxílio em suas necessidades. Após deixar o homem aos cuidados do hospedeiro (o Espírito Santo), ele paga sua estadia na estalagem com dois dinheiros, prometendo voltar. Isto sugere que o tempo que Ele estaria fora seria de dois dias. Embora esta passagem não mencione "dois dias", existe uma referência a isto se aplicarmos o que está em Mateus 20.2 ("um dinheiro por dia". Ou seja, se um dinheiro era o salário de um dia, dois dinheiros seriam para dois dias).

João 1.29–2.11

Em João 1.29-51 encontramos dois dias (os versículos 29 a 35 falam cada um de um dia – repare que no versículo 35 diz "outra vez", o que o liga ao versículo 29). Os detalhes encontrados nestes dois dias compõem aquilo que caracteriza o período da Igreja. É feita referência a Cristo sendo conhecido como o Cordeiro de Deus e Filho de Deus, à descida e ao batismo do Espírito, ao lugar onde Cristo habita (a assembleia) e ao Evangelho sendo pregado para levar outros a Cristo. No terceiro dia (Jo 2.1-11) acontece um casamento que representa a reunião de Israel com o Senhor em um dia ainda porvir. "E naquele dia, diz o Senhor, tu Me chamarás: Meu marido" (Os 2.16; Is 62.4-5). O Senhor dá então o vinho novo do Reino a todos os que se encontram no casamento, o que nos fala do gozo que haverá naquele dia.

João 4.1-54

Este capítulo começa com o Senhor Jesus rejeitado pelos Judeus na Judéia, aqueles que eram os responsáveis pela nação (vs. 1-3). Trata-se de uma figura da nação rejeitando o Senhor e depois o crucificando. Ao ser rejeitado, Ele os deixa e vai para os samaritanos, que é um povo de origem gentia e ali se revela a uma pobre mulher pecadora e ao seu povo (vs. 4-42). Isso ilustra a Igreja sendo tirada de um mundo gentio enquanto Israel é posto de lado (At 15.14; Rm 11.16-20). É a ela que Ele revela a mudança da antiga ordem judaica e a introdução da verdadeira adoração cristã em espírito e em verdade. É digno de se notar também que Ele não fez milagres em Samaria. Ele usou apenas a Sua Palavra para ganhá-los, o que caracteriza o testemunho do Senhor nesta era cristã, a qual não é marcada por sinais e maravilhas. Ele fica "dois dias" (v. 40) com os samaritanos e é conhecido apenas deles como o Salvador. Então, após os "dois dias", Ele parte dos samaritanos e volta ao seu próprio povo, os judeus na Galiléia, o que é uma figura do pobre e desprezado remanescente em Israel recebendo bênçãos do Senhor em um dia vindouro (vs. 43-54). O nobre que vai se encontrar com Ele sugere que os líderes, que levaram Israel a rejeitar a Cristo, irão se arrepender primeiro (Jl 2.12-17). O Senhor ressuscita então o filho do nobre, o que é uma outra figura de uma ressurreição nacional de Israel (Ez 37.10-28; Dn 12.1-2).

João 10.39–11.46

Aqui o Senhor Jesus é visto sendo mais uma vez rejeitado pelos judeus que tentaram apedrejá-lo até à morte. Ele escapa de suas mãos e vai para um lugar além do Jordão, fora da terra de Israel, onde muitos vêm a crer nEle e são abençoados. Mais uma vez, isto é uma figura do Senhor deixando de tratar com Israel por um tempo, por o terem rejeitado, e Se voltando para os gentios. Ele fica ali trabalhando, entre aqueles que crêem nEle, por um período de "dois dias" (Jo 11.6). No capítulo 11 Lázaro é visto morto, o que é uma figura da condição de Israel diante de Deus. Maria e Marta, em sua dor, compõem uma figura do remanescente judeu fiel que futuramente irá rogar ao Senhor que volte (Sl 6.3-4). Então, após "dois dias", o Senhor vai a Lázaro e o ressuscita e, assim, também Israel será ressuscitado na segunda vinda do Senhor (Ez 37.1-28; Dn 12.1-3).

Atos 20.7-12

Nesta passagem temos uma pequena figura da Igreja de Deus como ela deveria ser e era nos primeiros dias do Cristianismo. Eles estavam num "cenáculo" (Lc 22.12, Jo 13.1-17), "reunidos" (Mt 18.20), "partindo o pão" (1Co 11.23-26), no "primeiro dia da semana". Existe aqui uma sugestão de dois dias, o "primeiro dia da semana" e o "dia seguinte". Aquela alegre cena sofre um distúrbio ocasionado pela queda e retomo de Êutico, o que nos fala da história da Igreja caindo no mundo, da posição elevada que antes ocupava e sendo então graciosamente restaurada na forma de um testemunho remanescente. Todavia a reunião não terminou até "à alvorada" do dia seguinte, o que nos fala da vinda do Senhor no arrebatamento para encerrar a presente dispensação.

Êxodo 19.10-11

Aqui o Senhor fica oculto à vista de Israel por dois dias antes de se apresentar a todo o povo para fazer um concerto com eles no terceiro dia. Os dois dias mais uma vez correspondem à presente dispensação durante a qual o Senhor tem estado oculto para Israel e para o mundo que o rejeitou. O terceiro dia corresponde ao tempo da manifestação pública do Senhor em sua segunda vinda ou manifestação (Ap 1.7; Tt 2.13). Embora Israel tenha falhado em guardar a lei que lhe foi dada naquele dia, num dia futuro o Senhor fará com Israel um concerto eterno e este irá guardar sua lei (Hb 8.10; 10.16-17; Ez 36.25-27; 37.26; Rm 11.25-27).

Josué 10.12-15

No nono capítulo, Israel falhou em sua responsabilidade e consequentemente os Gibeonitas, que eram gentios, foram introduzidos na cena. Como resultado de seu fracasso, foram chamados a "salvarem" os Gibeonitas (Js 10.6). Mais uma vez isto nos fala da oportunidade que foi dada ao mundo gentio de ser salvo diante do fracasso de Israel (Rm 11.11-20; At 15.14). Após lutarem todo aquele dia, Josué, vendo que eles não teriam tempo suficiente para consumar a vitória, pediu ao Sol que não se pusesse e este parou sobre Gibeom por mais um dia inteiro. Temos aqui dois dias e uma bela figura deste dia estendido da graça onde o brilho da graça de Deus permaneceu sobre este mundo até que chegasse a plenitude dos gentios (Rm 11.25). "Não houve dia semelhante a este" e certamente não houve um dia semelhante a este atual dia, quando almas em todo o mundo têm sido salvas aos milhares. Após aquele longo dia em Gibeom, Israel voltou a "Gilgal" (v. 15), o lugar do juízo-próprio. Israel, após o dia da graça haver terminado o seu curso, será levado a um juízo próprio e arrependimento diante do Senhor, e então será introduzido na bênção do Reino (Sl 51; Zc 12.9-14).

2 Samuel 1.1-2

Em 1 Samuel, Davi foi rejeitado por seus irmãos e se refugiou em Ziclague, que era um lugar fora da terra de Israel (1Sm 27.4-6). Davi ficou ali por "dois dias" antes de seguir adiante no terceiro dia e tomar publicamente o trono em Hebrom. Davi, em sua rejeição, prefigura Cristo no tempo presente, rejeitado por Israel e pelo mundo. O terceiro dia prefigura o tempo quando o Senhor virá em poder e glória para tomar o trono em Israel a reinar como Rei de direito sobre todos (Zc 14.9; Is 32.1).

2 Reis 19.35–20.11

Nesta passagem vemos que, após Senaqueribe e seu exército assírio terem sido derrotados pelo Senhor, Ezequias, que estava "mortalmente" enfermo, teve sua saúde restituída e foi levantado no "terceiro dia". Senaqueribe e os assírios formam um bem conhecido tipo dos exércitos russos (Ez 38–39) que descerão sobre Israel nos últimos dias. Ezequias é uma figura da condição de Israel espiritualmente diante de Deus hoje, chegando até a morte. Ezequias ficou assim por dois dias antes de rogar ao Senhor e ser levantado no terceiro dia. Assim acontecerá com Israel quando clamarão o Senhor em sua angústia (Jl 2.15-17) no final da Grande Tribulação. Então Israel será levantado como nação e seus inimigos derrotados.

Jonas 1–3

No capítulo 1 Deus comunica seus pensamentos a Jonas, fazendo dele uma testemunha responsável para os ninivitas. A nação de Israel recebeu privilégio similar, pois os oráculos de Deus lhe foram confiados (Rm 3.2). O povo de Israel foi colocado em um lugar de responsabilidade para que levasse ao mundo o testemunho do verdadeiro conhecimento de Deus (Rm 2.18-20; Is 43.10). Mas Jonas se rebelou e fugiu da presença do Senhor. Israel também se rebelou contra o Senhor e fracassou em todos os sentidos em dar um testemunho apropriado de Jeová ao mundo (Rm 2.23-24). Assim como Jonas foi lançado para fora do navio, Israel foi, nos desígnios de Deus, posto de lado por algum tempo, tendo ficado disperso no mar das nações (Mt 21.21; Ap 17.15; Lv 26.33; Sl 44.11). Após Jonas ter sido jogado no mar, os marinheiros gentios se voltaram para Deus. Mais uma vez, isto é uma figura da salvação chegando aos gentios por Israel ter sido posto de lado (Rm 11.11; At 28.25-28). A aflição que Jonas passa no capítulo 2 é outra figura da terrível perseguição que foi a parte que coube ao judeu durante os longos anos de sua dispersão. No terceiro dia Jonas é visto outra vez e de boa vontade usado como um instrumento de bênção para os ninivitas. Trata-se de uma antevisão da restauração de Israel quando for colocado em um lugar de proeminência durante o Milênio e usado por Deus para a bênção do mundo (Is 60.1-5; 62.1-3).

Levítico 23

Os dois dias são vistos aqui de um modo diferente. Primeiro é necessário ter um simples entendimento do esboço dispensacional do capítulo antes que os dois dias sejam vistos. Há sete festas anuais no capítulo, as quais nos dão uma antevisão dos eventos que vão desde a cruz de Cristo até o seu Reino vindouro. São elas: (1) a Páscoa - a morte de Cristo (1Co 5.7), (2) a Festa dos Pães Ázimos - santidade prática na vida do crente (1Co 5.8), (3) a Festa das Primícias - Cristo ressurreto e ascendido à glória (1Co 15.23), (4) a Festa do Pentecostes - a Igreja sendo formada em um só corpo (At 2.1), (5) a Festa das Trombetas - Israel reunido de entre as nações (Mt 24.31), (6) o Dia da Expiação - Israel se arrependendo (Zc 12.9-14; Sl 51) e (7)  a Festa dos Tabernáculos - a bênção milenial da Terra no Reino de Cristo (Sl 72). As quatro primeiras festas já se cumpriram em tipo. As últimas três ainda estão para se cumprir. Todas as festas, exceto as duas do meio (3 e 4), foram celebradas em dias específicos do calendário judaico e correspondem à ordem judaica de se observar os tempos e as estações (Gl 4.9-10). Mas não existia menção a uma data no calendário para a Festa das Primícias e para a Festa do Pentecostes, que prefiguram a presente dispensação cristã. Eram simplesmente para serem celebradas no primeiro dia da semana. Estes dois dias se diferem claramente dos outros dias de festa e assinalam o presente período de aproximadamente 2.000 anos.

Mateus 15.1-39

Na primeira parte do capítulo o Senhor revelou a apostasia em Israel no tempo da Sua primeira vinda, mostrando estar Israel corrompido e distante de Deus. Após haver pronunciado seus juízos que cairiam sobre o povo, o Senhor partiu para Tiro e Sidom, que são cidades gentias da Síria (At 21.3). Tratava-se de uma atitude simbólica, mostrando que os procedimentos do Senhor para com Israel seriam postergados para que Ele visitasse os gentios no dia presente com o Evangelho da Sua graça (At 15.14). Uma mulher gentia foi abençoada ali sobre o princípio da fé, sendo aquela uma amostra do material de que a Igreja seria formada. Após haver tratado com a mulher Ele voltou às terras dos Judeus tomando um lugar em uma montanha na Galiléia, onde administrou bênçãos a todos como uma antevisão de Seu Reino milenial. Todos foram curados (vs. 29-31), em conformidade com Isaías 35.5-6, e alimentados com pão (vs. 32-39), de acordo com o Salmo 132.15. Mais uma vez, aqui é no terceiro dia (v. 32) que a bênção é dispensada.

Mateus 17.1-9

O relato da transfiguração do Senhor Jesus Cristo no monte é uma antevisão da glória do seu Reino Milenial. Isto aconteceu "seis dias depois", indicando figurativamente que o Reino de Cristo seria estabelecido após terminados 6.000 anos da história do homem sobre a Terra. Cristo veio ao mundo após 4.000 anos ou quatro dias, deixando dois dias ou 2.000 anos para o presente dia da graça.

Talvez exista outra indicação dos dois mil anos sugerida no relato da entrada de Israel na terra de Canaã no tempo de Josué (Js 3-4). É interessante a ordem na qual eles entraram na terra. Primeiro entrou a arca de Deus (figura de Cristo) no rio Jordão (figura da morte). Isto nos fala de Cristo tendo chegado até a morte. Então, 2.000 côvados após a arca, seguiu Israel, que passou entrando na terra (Js 3.3-4). Se os 2.000 côvados puderem ser aplicados ao presente dia de graça, podemos ver que Israel será introduzido em sua terra para bênção 2.000 anos após a morte de Cristo.

Estes indícios encorajadores devem nos levar a uma alegre expectativa da vinda do Senhor para arrebatar sua amada noiva (Igreja) a qualquer momento. "Porque ainda um pouquinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará”. "Amém. Ora vem, Senhor Jesus!" (Hb 10.37; Ap 22.20).

– JP Padilha
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BÍBLIA VS. TRADIÇÃO DOS HOMENS | JP Padilha


Muitas das coisas que você encontra nas várias denominações religiosas você não encontrará na doutrina dos apóstolos – na Igreja que se encontra na Bíblia. Por exemplo, você não encontrará o dízimo na doutrina dos apóstolos, exceto por alguma citação fazendo referência ao Antigo Testamento e à Lei. Além de não encontrar o dízimo na doutrina dos apóstolos, também não encontrará igrejas denominadas (exceto pela identificação da cidade onde estavam), templos, pastores dirigindo congregações, mulheres falando nas reuniões da igreja, altares, música instrumental na adoração, corais, homílias, danças, ensaios, dias santos, escolas de teologia, um clero distinto dos leigos, roupas ou cadeiras diferentes para certas pessoas do clero, títulos honoríficos, presidente disso, diretor daquilo... e muitas outras coisas inventadas pelas denominações criadas pelos homens.

Na doutrina dos apóstolos os cristãos não constroem templos, nem trazem outro nome que diferencie os crentes uns dos outros além do nome de Cristo. Na doutrina dos apóstolos ninguém se faz membro de alguma instituição religiosa e ninguém assina algum contrato para obter carteirinha.

Na doutrina dos apóstolos você jamais verá crentes prestando juramento a algum sistema religioso ou a um documento confessional. Na verdade, os crentes da Igreja de Deus são exortados a reconhecerem que há um só Corpo de Cristo, o qual inclui TODOS os salvos desde a fundação do mundo. Os cristãos são ordenados a darem testemunho prático disso quando congregam somente ao nome do Senhor Jesus para a comunhão e aprendizado da doutrina dos apóstolos, além de celebrar a ceia do Senhor à mesa do Senhor e dedicarem tempo à oração (Mt 18.20).

Individualmente – e não como igreja – os cristãos são levados a pregarem o evangelho, mas não são capacitados por alguma escola de teologia e nem enviados por alguma junta de missões ou liderança. Toda obra é imputada apenas pelo Espírito Santo, não por denominações (seitas) religiosas. Tais homens, com dons específicos e sem nenhum interesse no dinheiro, saem para a obra do Senhor e jamais pedem dinheiro aos irmãos para se dedicarem à obra, visto que a obra é do Senhor e Ele irá sempre prover as necessidades dos que são destinados ao ministério; se forem realmente pertencentes ao Senhor. O cristão não pede dinheiro em troca da pregação do evangelho, nem aos seus irmãos e muito menos aos incrédulos.

Na doutrina dos apóstolos os cristãos não promovem partidos políticos, nem apoiam candidatos, mas simplesmente cumprem com a lei porque não são inimigos do governo enquanto o mesmo não estabelece leis que contrariem a lei de Deus. Os cristãos são simplesmente cidadãos celestiais que estão momentaneamente vivendo na Terra, um planeta que não lhes pertence. Eles não se iludem em transformar este lugar em um "mundo melhor", pois sabem muito bem qual é o seu destino.

SOLA SCRIPTURA OU SOLA TRADIÇÃO?

Não me venha falar de Confissões e Concílios quando se pretende passar por cima da Palavra. Não tente me persuadir com as canonizações de seus reformadores preferidos. Não subestime minha inteligência com suas legitimações papais sobre documentos eclesiásticos e manuscritos não inspirados. A propósito, quando foi que Jesus ordenou ou permitiu que a Igreja imitasse os fariseus ao criar suas próprias tradições (confissões) para poderem passar por cima da Palavra de Deus por meio delas (cf. Mt 15.3)?

Adoto em minha casa muitos desses documentos os quais me servem apenas como guias de aconselhamento na direção de um estudo sistemático. A cada erro encontrado nesses documentos, eu risco e substituo com uma exposição correta do texto sagrado. Cada nota de rodapé da Bíblia de Estudo que possuo em minha casa, onde encontro um equívoco ou heresia, por menor que seja, sob a autoridade do Espírito Santo falando na Escritura eu risco com um marca-texto e corrijo conforme o suporte da exegese honesta.

Se por "confessional" subentende-se que as Confissões e Concílios são regras de fé e conduta do cristão (e é exatamente isso que se propõe nas várias denominações religiosas espalhadas pelo mundo, em especial a Igreja Presbiteriana), então eu sou anti-confessional declarado. Este é o princípio normativo de Knox e de todo puritano por herança. Se uma coisa não pode ser justificada pelas Escrituras, eu não aceito e não permito que seja adotada nas reuniões de culto, ministério e ceia do Senhor. Sim, eu congrego somente ao nome do Senhor, em minha própria casa e nos lares de outros irmãos, da forma clara e simples como Ele ensinou (Mt 18.20). Não sou pastor, nem padre, nem clérigo. Não estou ligado a nenhuma denominação ou organização religiosa. Congrego somente ao nome do Senhor Jesus (Mt 18.20), fora do sistema denominacional, sem templos, sem líderes, sem sacerdotes, sem dízimos e coisas semelhantes.

O meu Jesus Cristo não me ordenou (a menos que se prove) a adotar métodos e tradições emboloradas para seguir o caminho da retidão. Ele me ordenou [unicamente] que eu "examine as Sagradas Escrituras" (Mc 12.24), "prove os espíritos" (homens, documentos de homens, manuscritos de homens, pregações de homens etc. – 1Jo 4.1) e que eu não vá além do que está escrito (1Co 4.6). Se um anjo dos céus vem até mim e diz o que não se conforma, não se encontra nem testifica com a Palavra de Deus, eu o amaldiçoo (Gl 1.6-10).

Não preciso me esforçar para provar que a confessionalidade papal das denominações tradicionais, sem as devidas correções que há séculos congelaram em seus documentos canonizados, desemboca inevitavelmente em um novo Papismo. As igrejas orientais, a Igreja Copta, a Igreja Católica Romana e o Anglo-Catolicismo pregam que a interpretação correta das Sagradas Escrituras se dão por meio das autoridades eclesiásticas (papas, pastores, clérigos, confissões etc.). Na verdade, não são “igrejas” no sentido original da palavra, mas, para melhor entendimento do que estou dizendo aqui, usarei este termo como é entendido pelas massas semi-analfabetas.

Temos também a Igreja Pentecostal, que possui uma teologia empírica. Trata-se de um movimento pseudo-cristão conjectural, sensorial e pragmático. Sua hermenêutica se baseia na experiência pessoal, ignorando fatores Bíblicos que formam um indivíduo genuinamente cristão.

A Igreja Presbiteriana do Brasil é uma organização papista da planta dos pés aos últimos fios de cabelo. Sua hermenêutica reformada é determinantemente adepta à herética teologia do pacto. Tal instituição possui em sua membresia uma casta de ministros que se situam acima dos demais crentes, diferenciando clérigos de leigos, além de possuir roupas e poltronas especiais e separadas para o clero da denominação. De fato, a IPB anda de mãos dadas com o Catolicismo. Na verdade, tem se mostrado até pior, pois, enquanto o Catolicismo possui apenas um papa, por outro lado, a Igreja Presbiteriana, com seus documentos confessionais, possui milhares de pequenos papas que reivindicam a mesma autoridade sacerdotal antibíblica que temos presenciado há séculos. A Igreja Pentecostal faz a mesma coisa. Sendo assim, enquanto a Igreja Católica possui o Concílio de Trento, a Igreja Presbiteriana possui uma porção de Concílios que se situam acima da autoridade das Escrituras Sagradas. Portanto, não há diferença entre essas denominações religiosas. Todas elas colocam suas tradições acima da Bíblia.

Com respeito a toda essa idolatria às tradições legadas pelas várias denominações religiosas, é necessário que se diga: “Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim; em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens... BEM INVALIDAIS A PALAVRA DE DEUS PARA GUARDARDES A VOSSA PRÓPRIA TRADIÇÃO... A QUAL VÓS MESMOS ORDENASTES POR CONTA PRÓPRIA" (Marcos 7.6-13).

A doutrina Sola Scriptura condena toda essa aberração irredutível descrita aqui. Sobre isso, Martinho Lutero era enfático: "Um simples leigo armado com as Escrituras é maior que o mais poderoso papa sem elas". É uma pena que Lutero não tenha tido tempo de entender que sua luta foi basicamente em vão, uma vez que ele não se libertou do sistema religioso denominacional! Ao invés disso, tentou, frustradamente, “reformar” a Igreja. Não temos que tentar reformar o que é errado, mas sim correr em direção ao que é certo. O verdadeiro cristão não tenta reformar a Igreja, mas corre em direção à Igreja bíblica, a qual se constitui o Corpo de Cristo, o qual é um só povo celestial.

Não devemos fazer juramentos a documentos confessionais. Isso é pecado e leva à condenação. Cristo ensinou a jamais fazermos juramentos ou promessas, nem pelo céu, nem pela terra, nem qualquer outro juramento:

“Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação” (Tiago 5.12).

Porventura precisamos desses documentos confessionais que tanto nos pressionam a honrar e seguir nas sinagogas da cristandade atual? A Bíblia diz que não. A Palavra de Deus nos é suficiente para aprender sobre Deus, seus preceitos e decretos:

"Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça" (2 Timóteo 3.16).

A base da doutrina SOLA SCRIPTURA é de que as Escrituras são perfeitas, e que ninguém pode pôr outro fundamento além do que está posto, o qual é Jesus Cristo, a Palavra (Verbo) de Deus, e que qualquer que pregar outro evangelho, mesmo sendo um anjo, seja AMALDIÇOADO (Gl 1.6-10).

Os assim chamados “reformados” gostam de falar das doutrinas da graça e de suas iniciais que formam a palavra “TULIPA”. Com relação a isso, é claro que eu creio na TULIPA! Cada doutrina representada por essas iniciais está correta e de acordo com as Escrituras. Todavia, minha tulipa é aberta. Ela não me acorrenta a cada detalhe das confissões antigas, nem me obriga a adotar velhas tradições emboloradas. Minha tulipa nasceu no terreno fértil da exegese, não no piso de granito do escolasticismo protestante. Por isso ela é aberta, acolhendo todas as conclusões da hermenêutica honesta. Se essas conclusões forem pétalas que chamam de dispensacionalistas, eu as acolherei, pois agora compreendo as dispensações das Escrituras. Abandonei o sistema religioso denominacional e me libertei da herética teologia do pacto. Não sou reformado, embora eu seja calvinista porque não posso evitá-lo de ser. Meu compromisso é com o texto inspirado e eu tenho uma Bíblia em casa. Minha Confissão de Fé é a Bíblia. A Canonização das Confissões e Concílios é um vírus trazido do Catolicismo Romano. Não me renderei a isso jamais.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.32).

– JP Padilha
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A PAZ SE POSSÍVEL; A VERDADE A QUALQUER CUSTO | JP Padilha

Segundo o senso comum do mundo, você não pode repreender alguém por seus pecados. Isso seria sinônimo de ódio ou intolerância. Mas, o que a Bíblia diz? Ela diz o contrário: "Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto. Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos" (Provérbios 27.5,6). “Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo. Porque qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é o riso do tolo; também isto é vaidade” (Eclesiastes 7.5,6). "Não odiarás a teu irmão no teu coração; não deixarás de repreender o teu próximo, e por causa dele não sofrerás pecado" (Levítico 19.17).

O que a Bíblia está nos ensinando aqui? Que o verdadeiro amor repreende, não que o amor omite a repreensão. O ódio sim encoberta a verdade para agradar os ouvidos do próximo. Quando omitimos a verdade nua e crua para não ofender o pecador, estamos o odiando, não o amando. Se amamos, condenamos suas práticas pecaminosas e, se for necessário, nos afastamos do tal para que ele se envergonhe (2Ts 3.14).

Paulo repreendeu Pedro face a face, na presença de todos os que estavam reunidos na Ceia do Senhor, porquanto este se afastou dos gentios convertidos quando viu que se aproximavam os cristãos judeus. Pedro se juntou a Barnabé e ambos começaram a debochar dos cristãos gentios por não praticarem certas ordenanças judaicas que ainda estavam arraigadas em seus corações. Por esta causa Paulo o repreendeu severamente na presença de todos que ali se encontravam. Isso nos mostra que o verdadeiro amor não se cala, mas admoesta e repreende, de forma nua e crua, ainda que a amizade se perca por parte de quem está ouvindo a verdade.

A repreensão de Paulo contra Pedro:

"E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?" (Gálatas 2.11-14).

Paulo fez o que um verdadeiro irmão deve fazer: Repreender e dizer a verdade nua e crua na cara de Pedro! Ele não usou sequer eufemismos para isso. Foi duro, conciso e intrépido. O resultado? Se você acompanhar todo o contexto, verá que Pedro se arrependeu de seu comportamento hipócrita!

– JP Padilha
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Todo o Israel será salvo no fim dos tempos? | JP Padilha



Romanos 11.26 diz claramente: “Todo o Israel será salvo”. A questão que se coloca é: “O que significa Israel?” O futuro “Israel” é literal ou figurativo (ou seja, referindo-se aos judeus étnicos ou referindo-se à Igreja)? Aqueles que adotam uma abordagem literal das promessas do Antigo Testamento acreditam que os descendentes físicos de Abraão, Isaque e Jacó serão restaurados a um relacionamento correto com Deus e receberão o cumprimento das alianças. Aqueles que defendem a teologia da substituição (ou teologia do pacto) basicamente afirmam que a Igreja substituiu Israel completamente e herdará as promessas de Deus a Israel. As alianças, então, serão cumpridas apenas no sentido espiritual. Em outras palavras, a teologia da substituição ensina que Israel não herdará a verdadeira terra da Palestina; a Igreja é o “novo Israel” e o Israel étnico está para sempre excluído das promessas - os judeus não herdarão a Terra Prometida como judeus per se. A teologia do pacto chega a dizer que agora a Igreja é o “Israel Espiritual” (termo que nem sequer existe na Bíblia).

Usamos a abordagem literal. As passagens que falam do futuro Israel são difíceis de ver como figurativas para a Igreja. O texto clássico (Romanos 11.16-24) descreve Israel como distinto da Igreja: os “ramos naturais” são os judeus e os “ramos selvagens” são os gentios. A “oliveira” é o povo coletivo de Deus. Os “ramos naturais” (judeus) são “cortados” da árvore pela descrença, e os “ramos selvagens” (gentios crentes) são enxertados. Isso tem o efeito de deixar os judeus “com ciúmes” e, em seguida, atraí-los à fé em Cristo, para que sejam “enxertados” novamente e recebam a herança prometida. Os "ramos naturais" ainda são distintos dos "ramos selvagens", de modo que a aliança de Deus com Seu povo seja literalmente cumprida. Romanos 11.26–29, citando Isaías 59.20–21; 27.9 e Jeremias 31.33-34, diz:

“… e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades; e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados. Quanto ao evangelho, eles na verdade, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais. Porque os dons e a vocação de Deus são irretratáveis”.

Aqui, Paulo enfatiza a natureza “irretratável” do chamado de Israel como nação (cf. Rm 11.12). Isaías predisse que um “remanescente” de Israel seria um dia “Povo santo, remidos do Senhor” (Isaías 62.12). Independentemente do atual estado de descrença de Israel, um futuro remanescente irá de fato se arrepender e cumprir seu chamado para estabelecer a justiça pela fé (Rm 10.1-8; 11.5). Esta conversão coincidirá com o cumprimento da previsão de Moisés da restauração permanente de Israel à terra (Dt 30.1-10).

Quando Paulo diz que Israel será “salvo” em Romanos 11.26, ele se refere à libertação do pecado (Rm 11.27) ao aceitarem o Salvador, seu Messias, no fim dos tempos. Moisés disse: “Também o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, a fim de que ames ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para que vivas” (Deuteronômio 30.6). A herança física de Israel da terra prometida a Abraão será parte integrante do plano final de Deus (Dt 30.3-5).

Então, como “todo o Israel será salvo”? Os detalhes desta libertação são preenchidos em passagens como Zacarias 8-14 e Apocalipse 7-19, que falam do fim dos tempos de Israel na volta de Cristo. O versículo-chave que descreve a vinda à fé do futuro remanescente de Israel é Zacarias 12.10: “Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito”. Isso ocorre no final da tribulação profetizada em Daniel 9.24-27. O apóstolo João faz referência a esse evento em Apocalipse 1.7. O fiel remanescente de Israel é resumido em Apocalipse 7.1–8. O Senhor salvará esses fiéis e os trará de volta a Jerusalém “em verdade e em justiça” (Zacarias 8.7–8).

Depois que Israel for restaurado espiritualmente, Cristo estabelecerá Seu reino milenar na terra. Israel será reunido desde os confins da terra (Is 11.12; 62.10). Os simbólicos "ossos secos" da visão de Ezequiel serão reunidos, cobertos com carne e milagrosamente ressuscitados (Ez 37.1-14). Como Deus prometeu, a salvação de Israel envolverá um despertar espiritual e um lar geográfico: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o Senhor, o falei e o cumpri, diz o Senhor” (Ezequiel 37.14).

No Dia do Senhor, Deus irá “estender a sua mão para adquirir outra vez e resto do seu povo” (Isaías 11.11). Jesus Cristo retornará e destruirá os exércitos reunidos contra Ele em rebelião (Ap 19). Os pecadores serão julgados e o remanescente fiel de Israel será separado para sempre como o povo santo de Deus (Zc 13.8—14.21). Isaías 12 é o seu cântico de libertação; Sião governará sobre todas as nações sob a bandeira do Messias, o Rei.

UMA PEQUENA MINORIA SERÁ SALVA

Não podemos nos esquecer de que uma pequena minoria de pessoas será salva (Mt 7.14). Quanto a Israel isso não é diferente. Apenas um pequeno remanescente de judeus foi escolhido para pregar o evangelho do reino às nações, ser martirizado na grande Tribulação e herdar a terra prometida (Ap 7.4 – os 144.000). Também não podemos nos esquecer de que esse remanescente de Israel só se converterá durante a grande tribulação e será martirizado por causa do "evangelho do reino" que será pregado por ele. Os 144.000 assinalados de apocalipse 7.4 são judeus israelitas, não gentios. Repare que a Bíblia identifica cada uma de suas tribos:

“E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel. Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rúben, doze mil assinalados; da tribo de Gade, doze mil assinalados...” (Apocalipse 7.4).

Além dos judeus convertidos, há uma multidão (Ap 7.9-17) de gentios convertidos que passarão pela tribulação (Ap 7.14).

ORDEM CRONOLÓGICA DOS ACONTECIMENTOS PROFÉTICOS

A ordem dos acontecimentos é mais ou menos a seguinte: Primeiro acontece o arrebatamento da Igreja (1Ts 4.17), que inclui todos os salvos por Cristo. Ficarão na terra os que ouviram o evangelho e não creram e os que não ouviram o evangelho e não tiveram, portanto, a oportunidade de subirem no arrebatamento entre os salvos da Igreja. Os que ouviram e não creram não terão outra chance, pois Deus os fará crer na mentira do Anticristo que se levantará após o arrebatamento da Igreja (1Ts 2.7 12).

Porém, os que não ouviram, judeus e gentios, poderão ainda se converter na Tribulação, e é desses que trata a passagem em Apocalipse 4.9-17. No final da Tribulação, voltaremos com Cristo para julgar as nações (Segunda vinda) e terá início o Milênio, o Reino de Cristo sobre a terra. Não participaremos do Reino como súditos na terra, mas reinaremos com Cristo sobre a terra (2Tm 2.12). Entrarão no Milênio os judeus e gentios convertidos durante a Tribulação. Esse "evangelho do reino" é aquele que anuncia o retorno do Rei de Israel. Não se trata do evangelho da graça pregado hoje.

ISRAEL E IGREJA SÃO DOIS POVOS DISTINTOS

Sem mais delongas, vamos aos fatos: Israel e Igreja são dois povos diferentes, e isso é claramente explicado em Romanos 11. Israel está no presente momento em estado de torpor e cegueira enquanto Deus trata com a Igreja. Todavia, isso irá mudar. No fim, um remanescente judeu fiel irá se converter a Deus, e Deus terá os dois povos: Israel, escolhido desde a fundação do mundo (Mt 25.34), e a Igreja, escolhida antes da fundação do mundo (Ef 1.4).

A Igreja não é Israel. Eu não sou o “Israel de Deus”. Sou um cristão. Para ser Israel eu teria que me tornar israelita ou, no mínimo, me tornar um prosélito, passando a ter minhas práticas e costumes pautados nas ordenanças judaicas. Além disso, para ser um israelita, eu teria que buscar em Jerusalém o meu lugar de adoração (o Templo de Jerusalém), como fora ordenado aos judeus no Antigo Testamento.

Romanos 11 fala muito disso e nós deveríamos dar mais atenção ao que está explícito nesta passagem.

Mario Persona explica:

“Romanos 11 usa como exemplo a oliveira, a árvore de onde provém o azeite que é tantas vezes usado nas Escrituras como figura do Espírito Santo, pois o azeite é o combustível da luz que ilumina. O assunto do capítulo não é a salvação ou o testemunho individual, mas o testemunho coletivo de Deus na terra, ora nas mãos de seu povo Israel, ora nas mãos da Igreja, em diferentes épocas sob influência e direção do Espírito Santo.

Israel, os ramos naturais, foram quebrados, e a Igreja, os ramos de oliveira brava, enxertados. Considerando que uns e outros são meros ramos, podemos deduzir que a árvore continua existindo independente deles, porque a árvore é o testemunho de Deus em sua totalidade. Os ramos são aquelas coisas que partem do tronco e expandem seu alcance, o que vem bem de encontro à ideia de um testemunho crescente e abrangente.

Em Gênesis 12 Deus prometeu a Abraão que ele seria o pai de uma grande nação, e obviamente sabemos tratar-se de Israel. Abraão foi pai de Isaque e avô de Jacó, que teve seu nome mudado para Israel. A promessa incluía que todas as nações da terra seriam abençoadas por meio de Israel, ao qual Deus chamou de sua "menina dos olhos".”

Agora note a seriedade de tudo isso:

“Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus” (João 4.22).

“Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito” (Gálatas 3.14).

Essas passagens não estão dizendo que os gentios (nós) se tornariam judeus ou Israel para serem abençoados. A mensagem está dizendo que nós, gentios, desfrutaríamos da bênção que, por intermédio de Abraão e de Israel, chegaria até nós na Pessoa de Jesus Cristo e de seu sacrifício consumado. Portanto, hoje somos salvos independente de nos tornarmos judeus ou parte da nação de Israel. O fato de nós, cristãos, existirmos, independente de Israel, não significa que Israel tenha deixado de ser a “menina dos olhos” de Deus, a nação terrenal de Deus, e muito menos significa que esta nação tenha perdido as bênçãos das promessas que Deus lhe deu.

Se antes Deus olhava para o mundo e enxergava apenas dois povos, Israel e gentios, hoje Deus enxerga três: Israel, gentios e Igreja. Veja:

“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos [gentios], nem à igreja de Deus” (1 Coríntios 10.32).

Ora, se o Espírito Santo de Deus faz essa distinção nas Escrituras, quem somos nós para dizer que Israel e Igreja são a mesma coisa? Quem nos persuadiu a crer em uma aberração dessas? Ora, Paulo não faria tal distinção entre esses três povos se a Igreja fosse apenas uma continuidade de Israel, e nem falaria de um futuro ainda a ser realizado para Israel em Romanos 11 e em várias outras passagens de suas epístolas.

“Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Romanos 11.1).

Nessa passagem Paulo está falando do povo de Israel. Basta ler o contexto. Paulo deixa claro que Deus não rejeitou Seu povo terrenal, Israel, citando ele próprio como exemplo inato de um israelita. O apóstolo se apresenta aqui como um judeu de nascença e apresenta as credenciais que o identificam como um judeu, embora ele seja membro do Corpo de Cristo (Igreja) agora.

DEUS NÃO É UM MENTIROSO

Sendo assim, embora Israel tenha falhado em seu testemunho, sua identidade como povo e as promessas ainda não cumpridas a esta nação não deixaram de existir. Por que? Porque Deus não é um mentiroso. Portanto, Suas promessas para Israel são verdadeiras e certamente ainda serão cumpridas (2Co 1.20). As pessoas que se perderam nas heresias da Teologia do Pacto necessitam reajustar sua eclesiologia e escatologia para se conformarem com a verdade das Escrituras e com a verdadeira natureza de Deus, o qual não mente. E dizer que Israel não tem um futuro a ser cumprido por Deus é chamá-lo de mentiroso. Não seria isso uma blasfêmia? Essa é a lógica de tudo isso.

É realmente difícil compreender como os ditos “teólogos” e “pregadores” da Teologia do Pacto podem aplicar à Igreja promessas da Escritura que, em seu sentido normal de interpretação, aplicam-se claramente ao povo de Israel e à Palestina. E essas promessas ainda devem ser cumpridas no futuro. Os livros proféticos estão cheios de ensinamentos que, se forem interpretados normalmente, sem alegorizações infundadas, seriam inspiradores. O aprendizado resultante da compreensão dessas profecias seria uma magnífica segurança de um futuro grande e glorioso. A partir do instante em que essas profecias são espiritualizadas em sua interpretação, elas se tornam ridículas – Quando aplicadas à igreja, elas são uma comédia.

Como já fora dito, o Israel de Deus tornará a ser o centro da atenção neste mundo e Deus tornará a tratar com ele, não importa quanto tempo demore. Se não fosse assim, não teríamos mais que nos preocupar com Israel, e até seria um favor se tal nação desaparecesse da face da terra para deixar o caminho livre para a Igreja. Era assim que pensavam os católicos medievais, era assim que pensava Lutero e outros protestantes, e é assim que muitos ainda pensam.

O apóstolo Paulo, apesar de admitir o fracasso de Israel e falar da Igreja sendo introduzida por Deus como Seu testemunho na presente dispensação, deixa claro que ainda há uma dispensação à frente, chamada de “dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1.10), prevista para Israel no fim de toda a história humana, confirmando assim a identidade e singularidade desse povo que ainda irá ver cumpridas as promessas feitas por Deus no Antigo Testamento:

“Digo, pois: Porventura [os israelitas] tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” (Romanos 11.11-12).

O TESTEMUNHO DE ISRAEL E O TESTEMUNHO DA IGREJA

Abaixo veremos alguns versículos onde Paulo mostra diretamente à Igreja o perigo de seu testemunho também ser cortado, como foi o caso de Israel por sua incredulidade. E é exatamente o que tem ocorrido. Israel falhou em seu testemunho e, agora, a Igreja também mostra que falhou. Todavia, deixaremos para falar sobre a falha no testemunho cristão em outro artigo. Nas epístolas que se seguem o apóstolo fala de dois povos distintos. Se a Igreja fosse a continuidade natural de Israel, não haveriam essas comparações na Bíblia. O versículo 23 de Romanos 11, por exemplo, deixa bem claro que Israel continua apenas em "stand by" (ou em suspensão), mostrando assim a possibilidade de sua readmissão ao testemunho de Deus na terra. E é exatamente o que ainda irá ocorrer no chamado Milênio (os mil anos de reinado de Cristo na terra).

“E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar” (Romanos 11.23).

Finalmente, a Bíblia mostra que é apenas uma questão de tempo para que isso aconteça: "até que a plenitude dos gentios haja entrado". Veja:

“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. E esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Romanos 11.25-27).

A expressão "quando eu tirar os seus pecados" denota que a Igreja não é a continuidade de Israel, mas uma entidade distinta, pois Deus ainda irá tratar com Israel num futuro próximo, que é o tempo também citado no versículo 31:

“Assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem [no futuro] misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada” (Rom 11.31).

A HISTÓRIA SOMADA ÀS PROFECIAS

É importante e muito motivador notar que a história se encaixa com todas essas profecias que temos visto, especialmente com relação a Israel. Em 1967, soldados judeus entraram em Jerusalém, largaram suas armas e correram para o Muro das Lamentações, chorando profundamente. Isso mostra que atualmente Israel tem mostrado, com mais clareza do que nunca, que seu atual estado está em perfeita harmonia com o que Deus prometeu que faria a esta nação. É impressionante ver teólogos do pacto negarem a significância disso no corredor da história em conformidade com as Escrituras. Ora, no ano 70 d.C, até 1967, cerca de 2.000 anos até aqui, Jerusalém tem estado sob o domínio e controle dos gentios, e agora os judeus reconquistaram a cidade de Jerusalém. Jesus profetizou sobre isso. Ele disse que Jerusalém seria pisada sob os pés dos gentios até que a medida destes fosse completada (Rm 11.25-27). Isso é assombrosamente maravilhoso para quem aceita o que é dito pelas Escrituras sagradas, mas é estarrecedor para quem ainda acredita que Israel é uma nação esquecida por Deus e que a Igreja tomou o seu lugar de alguma forma espiritual.

Todavia, o que parece estarrecedor e confuso para os teólogos do pacto está perfeitamente de acordo com as Escrituras. A sobrevivência dos judeus é exatamente o que deveríamos esperar ao aplicarmos consistentemente a hermenêutica literal à profecia bíblica e se entendermos que a eleição soberana de Deus sobre a nação de Israel é incondicional e distinta da Igreja. Ele fez promessas à Israel no Antigo Testamento que ainda não foram cumpridas, mas serão no futuro. Uma futura geração de israelitas étnicos na salvação e no restabelecimento do reino messiânico terreno está por vir, juntamente com o cumprimento total de todas as promessas feitas à Israel.

A ideia da Igreja substituir Israel ou ser sua continuação não deve ser tratada como uma mera questão secundária ou “opinião teológica”, como muitos têm afirmado. Esse pensamento a respeito de Israel e Igreja é uma heresia e ponto final. A propósito, eu a considero até mesmo maligna por desprezar todas as promessas feitas por Deus especificamente a esse povo e tentar usurpá-las para a Igreja. Até meados do século 19 Israel era visto pela cristandade em geral com indiferença e desprezo. Agora pense comigo, caro leitor: a "menina dos olhos" de Deus vista com desprezo pelos que se dizem seguidores de Cristo, um judeu! Consegue imaginar como isso é visto por Deus?

Desde o século 19 temos visto como muitos entenderam as verdades dispensacionais da Bíblia. Porém, infelizmente a atual Teologia da Prosperidade, filha caçula da Teologia do Pacto, volta a tentar aplicar à Igreja as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento, causando um retrocesso dos cristãos aos tempos do catolicismo medieval.

RESUMINDO:

A conversão do remanescente judeu fiel ocorrerá somente durante a Grande Tribulação, após a Igreja ter sido arrebatada aos céus. Esse remanescente judeu fiel ainda terá suas promessas cumpridas no futuro. Essas promessas NÃO foram cumpridas. Elas ainda continuam sem resquício de cumprimento. As promessas feitas a Israel são promessas de bênçãos TERRENAS. Eles ainda habitarão na terra prometida, num reino de justiça, juízo e paz. O MILÊNIO NÃO OCORREU, NEM ESTÁ OCORRENDO. O Milênio ainda está por vir, somente após a tribulação de sete anos.

DOIS POVOS, DOIS EVANGELHOS E DOIS DESTINOS

“O evangelho da graça de Deus”
 (At 20.24) que é pregado hoje e “o evangelho do reino” (Mt 4.23; 24:14) que será pregado durante a Tribulação são inteiramente diferentes. São dois evangelhos distintos pregados para dois propósitos distintos. O evangelho da graça de Deus chama pessoas para o céu; o evangelho do reino chama pessoas para as bênçãos sobre a Terra. O evangelho pregado hoje anuncia uma esperança, um chamado e um destino celestiais para aqueles que creem (Cl 1.5; 1Pe 1.4; Fp 3.20; 2Co 5.1-2; Hb 3.1). O evangelho do reino, que será pregado na Tribulação, anuncia uma bênção terrenal sob o reinado de Cristo no Milênio (Mt 24.14; Sl 96). O evangelho do reino anuncia as boas novas do reino prometido no Velho Testamento (2Sm 7.16; Dn 2.44-45,7.9-27), o qual está para ser estabelecido no advento do Messias em sua segunda vinda, e aqueles que receberem o Rei em fé irão ter parte nas suas bênçãos terrenais. Esse evangelho do reino foi primeiro pregado por João Batista na primeira vinda de Cristo (Mt 3.1-2). O Senhor e Seus discípulos também o pregaram (Mt 4.23,10.7). A pregação deles consistia em chamar as nações a se arrependerem e assim ficariam num estado apropriado para receberem o Rei. Se o tivessem recebido, Ele teria estabelecido o seu reino na sua primeira vinda, como prometido pelos profetas do Velho Testamento. Porém, infelizmente, Israel rejeitou seu Rei e assim perdeu a oportunidade de ter o reino estabelecido em todo o seu poder e manifestação. Quando Israel rejeitou seu Rei, o evangelho do reino parou de ser anunciado porque o reino não estava mais sendo oferecido a eles. Ao invés disso, Deus enviou o evangelho de Sua graça ao mundo gentio para chamar dentre eles um povo para o Seu Nome (Atos 13.44-48; 15.14; Rm 11.11). Este evangelho ainda está sendo pregado hoje.

O evangelho do reino voltará a ser pregado futuramente pelo remanescente judeu fiel após a Igreja ser chamada ao céu no arrebatamento. Nesse tempo, Deus tornará a tratar com Israel de onde parou há quase 2.000 anos. Israel será salvo no dia vindouro (isto é, um remanescente entre eles – Rm 9.6-8; 11.26-27) e o reino será introduzido em poder (Ap 11.15).

O ponto que precisamos aprender é este: Não há menção do evangelho da graça de Deus sendo pregado na Tribulação – apenas o evangelho do reino (Mt 24.14). A razão óbvia é que o evangelho da graça chama crentes para serem parte da Igreja e, como a Igreja não estará na Terra durante a Tribulação, o evangelho da graça não será pregado.

Deus não enviará dois diferentes evangelhos ao mesmo tempo. Isto traria uma total confusão e iria confundir a chamada celestial da Igreja com a chamada terrenal de Israel com suas respectivas esperanças e destinos. Entender esse ponto nos revela que é impossível ter a Igreja e o remanescente judeu crente no período da Tribulação ao mesmo tempo. Se, durante a Tribulação, o evangelho da graça de Deus fosse pregado e chamasse os crentes dentre os judeus e gentios e os colocasse na Igreja, cada vez que um judeu cresse no evangelho da graça ele seria tirado de sua posição judaica e seria feito parte da Igreja, o que tiraria o “Israel de Deus” de cena (Rm 11.5; Gl 6.16 – Leia sobre “o Israel de Deus”). Assim, nunca haveria um remanescente judeu crente! Uma consideração cuidadosa dessa questão prova que a Igreja e o remanescente judeu não podem estar na Terra ao mesmo tempo durante a Tribulação.

Ou seja, o fato de que o evangelho da graça de Deus não será pregado na Tribulação mostra que o arrebatamento já terá ocorrido.

Uma nova aliança será feita com Israel no Milênio, após a Tribulação (Jr 31.31-33), não com a Igreja. A Igreja não teve uma velha aliança e nem terá uma nova, visto que ela só veio a ser inaugurada em Atos 2. Não existe Igreja no Velho Testamento, e isso inclui os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Quando falamos da nova aliança, estamos nos referindo a Israel, o povo terrenal de Deus. O remanescente de judeus que virá a sofrer na Tribulação dará testemunho durante os sete anos de Tribulação, levando o evangelho do Reino a toda criatura. Sim, a ordem do “ide” foi dada claramente aos apóstolos em circunstâncias judaicas, falando do evangelho do reino, aquele que anuncia o retorno do Rei de Israel após a Tribulação (Mt 28.19). Esse não é o evangelho da graça, o qual pregamos hoje.

O evangelho da graça diz: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Atos 16.31). O evangelho do Reino, que foi pregado por João Batista aos judeus de sua época e que ainda voltará a ser pregado pelo remanescente judeu no futuro, diz: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 3.2). Um é o evangelho da graça; o outro é o evangelho do Reino.

– JP Padilha
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A Teologia do Pacto contradiz a Bíblia | JP Padilha



A teologia do pacto (também conhecida como teologia da substituição) essencialmente ensina que a Igreja substituiu Israel no plano de Deus. Os aderentes à teologia do pacto acreditam que os judeus não sejam mais o povo escolhido de Deus e que Deus não tem planos futuros específicos para a nação de Israel. Todas as opiniões diferentes do relacionamento entre a Igreja e Israel podem ser divididas em duas áreas: ou a Igreja é a continuação de Israel (Teologia da Substituição / Teologia do Pacto), ou a Igreja é completamente diferente e distinta de Israel (Dispensacionalismo / Pré-milenismo / Pré-tribulacionismo).

A teologia do pacto ensina que a Igreja é a substituição de Israel e que muitas promessas feitas a Israel na Bíblia são cumpridas na Igreja, não em Israel. Ela chega a inventar um termo que nem sequer existe na Bíblia, denominando a Igreja como sendo o “Israel Espiritual”. De qual Bíblia tiraram essa terminologia estapafúrdia? Não há resposta! A teologia do pacto também ensina, hereticamente, que os cristãos agora são os verdadeiros “israelitas”. Mas como, se nós, cristãos gentios, nem mesmo temos sangue judeu?

De acordo com a visão da teologia do pacto, as profecias nas Escrituras sobre bênção e restauração de Israel à Terra Prometida são "espiritualizadas" ou “alegorizadas” em promessas de bênçãos de Deus para a Igreja. Todavia, há grandes problemas com essa visão, tais como a existência contínua do povo judeu durante os séculos e especialmente com a revivificação do estado moderno de Israel. Se Israel tem sido condenada por Deus, e se não há nenhum futuro para a nação judaica, como podemos explicar a sobrevivência sobrenatural do povo judeu durante os últimos 2.000 anos, apesar de muitas tentativas de destruir essa nação? Como podemos explicar o porquê e como Israel reapareceu como uma nação no século XX depois de não existir por 1.900 anos? Outras perguntas que ficam à deriva no mar são: E quanto às maldições que cairão sobre Israel? E quanto aos horrores que Israel passará na Grande Tribulação? E quanto ao dia da indignação do Senhor? Essas promessas não foram igualmente transferidas para a Igreja? Certamente os teólogos do pacto terão que dar mais algumas cambalhotas exegéticas para lidar com isso.

A HISTÓRIA SOMADA ÀS PROFECIAS

É importante e muito motivador notar que a história se encaixa com todas essas profecias que temos visto, especialmente com relação a Israel. Em 1967, soldados judeus entraram em Jerusalém, largaram suas armas e correram para o Muro das Lamentações, chorando profundamente. Isso mostra que atualmente Israel tem mostrado, com mais clareza do que nunca, que seu atual estado está em perfeita harmonia com o que Deus prometeu que faria a esta nação. É impressionante ver teólogos do pacto negarem a significância disso no corredor da história em conformidade com as Escrituras. Ora, no ano 70 d.C, até 1967, cerca de 2.000 anos até aqui, Jerusalém tem estado sob o domínio e controle dos gentios, e agora os judeus reconquistaram a cidade de Jerusalém. Jesus profetizou sobre isso. Ele disse que Jerusalém seria pisada sob os pés dos gentios até que a medida destes fosse completada (Rm 11.25-27). Isso é assombrosamente maravilhoso para quem aceita o que é dito pelas Escrituras sagradas, mas é estarrecedor para quem ainda acredita que Israel é uma nação esquecida por Deus e que a Igreja tomou o seu lugar de alguma forma espiritual.

Todavia, o que parece estarrecedor e confuso para os teólogos do pacto está perfeitamente de acordo com as Escrituras. A sobrevivência dos judeus é exatamente o que deveríamos esperar ao aplicarmos consistentemente a hermenêutica literal à profecia bíblica e se entendermos que a eleição soberana de Deus sobre a nação de Israel é incondicional e distinta da Igreja. Ele fez promessas à Israel no Antigo Testamento que ainda não foram cumpridas, mas serão no futuro. Uma futura geração de israelitas étnicos na salvação e no restabelecimento do reino messiânico terreno está por vir, juntamente com o cumprimento total de todas as promessas feitas à Israel.

A ideia da Igreja substituir Israel ou ser sua continuação não deve ser tratada como uma mera questão secundária ou “opinião teológica”, como muitos têm afirmado. Esse pensamento a respeito de Israel e Igreja é uma heresia e ponto final. A propósito, eu a considero até mesmo maligna por desprezar todas as promessas feitas por Deus especificamente a esse povo e tentar usurpá-las para a Igreja. Até meados do século 19 Israel era visto pela cristandade em geral com indiferença e desprezo. Agora pense comigo, caro leitor: a "menina dos olhos" de Deus vista com desprezo pelos que se dizem seguidores de Cristo, um judeu! Consegue imaginar como isso é visto por Deus?

Desde o século 19 temos visto como muitos entenderam as verdades dispensacionais da Bíblia. Porém, infelizmente a atual Teologia da Prosperidade, filha caçula da Teologia do Pacto, volta a tentar aplicar à Igreja as promessas feitas a Israel no Antigo Testamento, causando um retrocesso dos cristãos aos tempos do catolicismo medieval.

DEUS NÃO É UM MENTIROSO

Embora Israel tenha falhado em seu testemunho, sua identidade como povo e as promessas ainda não cumpridas a esta nação não deixaram de existir. Por que? Porque Deus não é um mentiroso. Portanto, Suas promessas para Israel são verdadeiras e certamente ainda serão cumpridas (2Co 1.20). As pessoas que se perderam nas heresias da Teologia do Pacto necessitam reajustar sua eclesiologia e escatologia para se conformarem com a verdade das Escrituras e com a verdadeira natureza de Deus, o qual não mente. E dizer que Israel não tem um futuro a ser cumprido por Deus é chamá-lo de mentiroso. Não seria isso uma blasfêmia? Essa é a lógica de tudo isso.

É realmente difícil compreender como os ditos “teólogos” e “pregadores” da Teologia do Pacto podem aplicar à Igreja promessas da Escritura que, em seu sentido normal de interpretação, aplicam-se claramente ao povo de Israel e à Palestina. E essas promessas ainda devem ser cumpridas no futuro. Os livros proféticos estão cheios de ensinamentos que, se forem interpretados normalmente, sem alegorizações infundadas, seriam inspiradores. O aprendizado resultante da compreensão dessas profecias seria uma magnífica segurança de um futuro grande e glorioso. A partir do instante em que essas profecias são espiritualizadas em sua interpretação, elas se tornam ridículas – Quando aplicadas à igreja, elas são uma comédia.

Como já fora dito em vários de meus artigos sobre o tema, o Israel de Deus tornará a ser o centro da atenção neste mundo e Deus tornará a tratar com ele, não importa quanto tempo demore. Se não fosse assim, não teríamos mais que nos preocupar com Israel, e até seria um favor se tal nação desaparecesse da face da terra para deixar o caminho livre para a Igreja. Era assim que pensavam os católicos medievais, era assim que pensava Lutero e outros protestantes, e é assim que muitos ainda pensam.

O apóstolo Paulo, apesar de admitir o fracasso de Israel e falar da Igreja sendo introduzida por Deus como Seu testemunho na presente dispensação, deixa claro que ainda há uma dispensação à frente, chamada de “dispensação da plenitude dos tempos” (Ef 1.10), prevista para Israel no fim de toda a história humana, confirmando assim a identidade e singularidade desse povo que ainda irá ver cumpridas as promessas feitas por Deus no Antigo Testamento:

Digo, pois: Porventura [os israelitas] tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” (Romanos 11.11-12).

CONCLUSÃO

A visão de que Israel e Igreja são povos totalmente distintos entre si é ensinada claramente no Novo Testamento. Biblicamente falando, a Igreja é completamente diferente e distinta de Israel e estes dois povos nunca devem ser confundidos ou mencionados como se fossem a mesma coisa. As Escrituras nos ensinam que a Igreja é uma criação completamente nova que passou a existir no Dia de Pentecostes (At 2) e continuará na terra até ser levada ao céu no arrebatamento (Ef 1.9-11; 1Ts 4.13-17). A Igreja não tem nenhum relacionamento com as maldições e bênçãos para Israel. A propósito, é interessante notar como os gurus da teologia do pacto alegorizam somente as bênçãos prometidas a Israel, mas nunca trazem para a Igreja as maldições que igualmente são profetizadas contra ela no Antigo Testamento. As alianças, promessas e advertências são válidas apenas para Israel. Israel tem sido temporariamente colocada de lado no programa de Deus durante esses últimos 2.000 anos de dispersão.

Após o arrebatamento da Igreja (1Ts 4.13-18), Deus irá restaurar Israel como o foco principal do Seu plano. O primeiro evento durante esse tempo será a Grande Tribulação (Ap 6-19). O mundo será julgado por rejeitar a Cristo, enquanto Israel será preparada através das provações da Grande Tribulação para a Segunda Vinda do Messias. Portanto, quando Cristo retornar à terra no final da Tribulação, Israel estará pronta para recebê-lo. O restante de Israel que sobreviver à Tribulação será salvo e o Senhor estabelecerá o Seu reino na terra com Jerusalém como a sua capital. Com Cristo reinando como Rei, Israel será a nação principal, e representantes de todas as nações irão a Jerusalém honrar e louvar o Rei – Jesus Cristo. A Igreja retornará com Cristo e reinará com Ele por um período literal de 1.000 anos (Ap 20.1-5).

O Antigo e o Novo Testamento sustentam uma compreensão pré-milenar e dispensacionalista do plano de Deus para Israel. Mesmo assim, o suporte mais forte para o pré-milenismo é encontrado no ensino de Apocalipse 20.1-7, onde diz, seis vezes, que o reino de Cristo irá durar 1.000 anos. Depois da Tribulação, o Senhor retornará para estabelecer o Seu reino em Israel, de onde governará todo o mundo com vara de ferro (Ap 2.27). Cristo reinará sobre toda a terra e Israel será o líder das nações. A Igreja reinará com Ele por 1.000 anos. A Igreja não substituiu Israel no plano de Deus. Embora Deus esteja focalizando a Sua atenção na Igreja nessa dispensação da graça, Ele não se esqueceu de Israel (sua “menina dos olhos” – Dt 32.10) e um dia restaurará Israel ao Seu papel como a Sua nação escolhida (Rm 11).

– JP Padilha
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