O QUE É A NOVA ALIANÇA PROMETIDA POR DEUS? | JP Padilha



Os teólogos do Pacto (aliancistas, se assim preferir) não veem problema em inferir coisas das Escrituras para fazê-las encaixar em sua interpretação. Chamamos a isso de “fator de correção arbitrária”. Um exemplo disso é a invenção dos termos “Pacto das Obras” e “Pacto da Graça” — dos quais as Escrituras não fazem qualquer menção. Eles também dizem que a “nova aliança” (ou “novo pacto” ou “novo concerto”, dependendo da tradução) foi feita no tempo presente com a Igreja. Todavia, não existe nada nas Escrituras que ensine isso. Cada vez que é mencionada a Nova Aliança ou Pacto, as Escrituras declaram que não é algo que foi feito agora, mas algo que será feito no futuro com Israel. O Senhor diz: “estabelecerei uma nova aliança” e não “estabeleci uma nova aliança”. “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois ‘daqueles dias’*, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.31-33). “Depois daqueles dias” significa “depois da Tribulação” de sete anos que virá sobre a terra.

As Escrituras dizem claramente que essa aliança ou pacto será “com a casa de Israel e com a casa de Judá” — não com a Igreja (Hb 8.8-12). Em contraste, as bênçãos cristãs são, via de regra, vistas como possessão presente dos crentes (Ef 1.3-14 – “... fomos feitos...”), enquanto as bênçãos para Israel na profecia são futuras. O apóstolo Paulo confirma isso declarando que “as alianças” e “as promessas” pertencem aos seus conterrâneos. Ele qualifica com exatidão quem são eles, não deixando qualquer margem para dúvida, ao dizer: “meus parentes segundo a carne, que são israelitas” (Rm 9.3-4). Isso jamais poderia ser interpretado como uma companhia de crentes espirituais dos dias de hoje que tenham sido chamados dentre os gentios, como ensinam os teólogos do Pacto.

Por exemplo, em Hebreus 4 o autor menciona que “resta ainda um repouso para o povo de Deus” (Hb 4.9). Isso se refere a algo que irá ocorrer depois que terminar o tempo do Cristianismo na terra. Tem a ver com um dia futuro quando o Senhor introduzirá o Seu povo em seu descanso final. Além disso, os capítulos 5 ao 7 falam do sacerdócio de Cristo sendo segundo a ordem de “Melquisedeque”. Este é um aspecto futuro e milenial de Seu sacerdócio, quando Ele irá reinar como rei e sacerdote por mil anos na terra, e um remanescente de Israel será abençoado por Ele (Zc 6.13; Sl 110.1-4). No capítulo 8 o autor de Hebreus mostra que a Nova Aliança será estabelecida “com a casa de Israel e com a casa de Judá”. O Senhor insiste que isso ainda não foi feito, mas é algo que irá fazer no futuro (“Estabelecerei...” – Hb 8.8-12).

O capítulo 10 menciona o Novo Pacto ou Aliança mais uma vez, e deixa claro que é algo que Ele ainda fará com Israel no futuro (“Esta é a aliança que farei com eles depois daqueles dias” – Hb 10.16). No capítulo 12 temos a promessa de que o Senhor irá abalar “não só a terra, senão também o céu” (Hb 12.26-29), o que se refere ao tempo quando Seus juízos cairão sobre a terra. Sabemos das Escrituras dos Profetas que essas coisas serão entendidas por Israel quando eles forem restaurados ao Senhor e abençoados em Seu reinado público.

– JP Padilha
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DESMASCARANDO O ESPIRITISMO | JP Padilha


O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias mais hediondas e que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém o triste recorde de maior reduto espiritista do mundo. O seu crescimento se dá, em grande parte, devido ao fascínio que os seus ensinos exercem sobre as mentes de pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento da Palavra de Deus. Elas estão alienadas e totalmente distantes de Deus.

Alheio à Palavra de Deus e divorciado de toda a verdade, o espiritismo tem se constituído de uma espécie de “profundezas de Satanás”, pronto a tragar pessoas incautas que estão a buscar a Deus em todos os lugares e por todos os meios. Pessoas que desconhecem o evangelho não sabem o risco que correm espiritualmente ao buscar a Deus fora das Escrituras Sagradas.

1. RESUMO HISTÓRICO DO ESPIRITISMO

O espiritismo se constitui no mais antigo engano religioso já surgido.
Porém, em sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu ressurgimento se deve a duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox, de Hydeville, Estado de Nova Iorque.

ESTRANHOS FENÔMENOS:

Em dezembro de 1847, Margaret e Kate Fox, respectivamente de doze e dez anos, começaram a ouvir pancadas em diferentes pontos da casa onde moravam. A princípio, julgaram que esses ruídos fossem produzidos por ratos e camundongos que infestavam a casa. Porém, quando os lençóis começaram a ser arrancados das camas por mãos invisíveis, cadeiras e mesas tiradas dos seus lugares e uma mão fria tocou no rosto de uma das meninas, percebeu-se que o que estava acontecendo eram fenômenos sobrenaturais. A partir daí, as meninas criaram um meio de se comunicar com o autor dos ruídos, o qual respondia perguntas com um determinado número de pancadas.

EXPANSÃO DO MOVIMENTO:

Partindo desse acontecimento que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte. Na Inglaterra, porém, a consulta aos mortos já era muito popular entre as camadas sociais mais elevadas. Por conseguinte, os médiuns norte-americanos encontraram ali solo fértil, onde a semente do superticionismo espírita haveria de ser semeada, nascer, crescer, florescer e frutificar. Na época, outros países da Europa também foram visitados com sucesso pelos espíritas norte-americanos. Na França, a figura de Allan Kardec é a principal dos arraiais espiritistas. Léon Hippolyte Rivail (o verdadeiro nome de Allan Kardec), nascido em Lyon, na França, em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônimo de Allan Kardec por acreditar ser este a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Dizia ter recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer em 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou “O Livro dos Espíritos”, que muito contribuiu na propaganda espiritista. Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, estudou toda a literatura afim disponível na Inglaterra e nos Estados unidos e dizia ser guiado por espíritos protetores. Notabilizou-se por introduzir no espiritismo a idéia da reencarnação. De 1861 a 1867, publicou quatro livros: “Livro dos Médiuns”, “O Evangelho segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”.

Sendo um homem dotado de características físicas e mentais de grande resistência, Allan Kardec foi “apóstolo” das novas idéias que haveriam de influir na organização do espiritismo. Fundou a Revista Espírita, periódico mensal editado em vários idiomas. Ele mesmo assentou as bases da “Sociedade Continuadora da Missão de Allan Kardec”. Morreu em 1869.

2. SUBDIVISÕES DO ESPIRITISMO

Embora consideremos o espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os
próprios espíritas preferem admitir haver diferentes formas de espiritismo, assim designadas:

ESPIRITISMO COMUM:

Dentre as muitas práticas dessa classe de espiritismo, destacam-se as seguintes:

a) Quiromancia – Adivinhação pelo exame das linhas das mãos. É o mesmo que “quiroscopia”.
b) Cartomancia – Adivinhação pela decifração de combinações de cartas de jogar.
c) Grafologia – Estudo dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade, feito através da análise da sua escrita.
d) Hidromancia – Adivinhação pela aparência e movimento de um líquido, geralmente por meio da água.
e) Astrologia – Estudo e/ou conhecimento da influência dos astros, especialmente dos signos, no destino e no comportamento dos homens; também conhecida como “uranoscopia”.

BAIXO ESPIRITISMO:

O baixo espiritismo, também conhecido como espiritismo pagão, inculto e sem disfarce, identifica-se pelas seguintes práticas:

a) Vudu – Culto de negros, antilhanos, de origem animista, e que se vale de certos elementos do ritual católico romano. É praticado principalmente no Haiti.
b) Candomblé – Religião dos negros ioruba, na Bahia.
c) Umbanda – Designação dos cultos afro-brasileiros, os quais se confundem com os da macumba e dos candomblés da Bahia, xangô de Pernambuco, pajelança da Amazônia, catimbó e outros cultos sincréticos.
d) Quimbanda – Ritual da macumba que se confunde com os do umbanda.
e) Macumba – Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candomblé, com elementos de várias religiões africanas, de religiões indígenas brasileiras e do catolicismo romano.

ESPIRITISMO CIENTÍFICO:

O espiritismo científico é também chamado “alto Espiritismo”, “Espiritismo Ortodoxo”, “Espiritismo Profissional” ou “Espiritualismo”. Ele se manifesta, inclusive, como “sociedade”, como, por exemplo, a LBV (Legião da Boa Vontade), fundada e presidida por muitos anos pelo já falecido Alziro Zarur. Esta classe de espiritismo tem sido conhecida também como:

a) Ecletismo – Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe parece mais próxima da verdade.
b) Esoterismo – Doutrina ou atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da verdade deve reservar-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.
c) Teosofismo – Conjunto de doutrinas religioso-filosóficas que têm por objetivo a união do homem com a divindade mediante a elevação progressiva do espírito até a iluminação. Iniciado por Helena Petrovna Blavatsky, mística norte-americana (1831-1891), fanática adepta do budismo e do Iamaísmo.

ESPIRITISMO KARDECISTA:

O espiritismo Kardecista é a classe de espiritismo comumente praticada no Brasil e tem como principais teses, entre muitas outras, as seguintes:

a) Possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados.
b) Crença da reencarnação.
c) Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos.
d) Crença na pluralidade dos mundos habitados.
e) A caridade é a virtude suprema e que define o ser humano; é aplicada tanto aos vivos como aos mortos.
f) Deus, embora exista, é um ser impessoal, habitando em um mundo longínquo.
g) Mais perto dos homens estão os “espíritos-guia”.
h) Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.

Evidentemente, o diabo é um demagogo muito versátil e maleável, capaz de muitas transformações. Aos psicólogos, ele diz: “Trago-vos uma nova ciência”. Aos ocultistas, ele assevera: “Dou-vos a chave para os últimos segredos da criação”. Aos racionalistas e teólogos modernistas, ele declara: “Não estou aí. Nem mesmo existo”. Assim faz o espiritismo: muda de roupagem, como o camaleão muda de cor, de acordo com o ambiente, ainda que, na essência, continue sempre o mesmo: supersticioso, fraudulento, mau e diabólico.

3. A TEORIA DA REENCARNAÇÃO

A teoria da reencarnação se constitui no cerne de toda a discussão espiritista. Destruída esta teoria, o espiritismo não poderá subsistir. Sobre este assunto, escreveu Allan Kardec:
“A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição… A reencarnação é a volta da alma ou espírito à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele que nada tem de comum com o antigo” (O Evangelho Segundo o Espiritismo).

A BÍBLIA NEGA A REENCARNAÇÃO E REFORÇA A RESSURREIÇÃO

A Bíblia não faz qualquer referência à palavra “Reencarnação” e tampouco a confunde com a palavra “Ressurreição”. Segundo o dicionário Escolar da Língua Portuguesa, da Francisco da Silveira Bueno, “Reencarnação é o ato ou efeito de reencarnar; é uma pluralidade de existências”. É a crença de que, após a morte, a alma e o espírito de um ser humano retorna à vida com outro corpo.

Em contraste com essa ideia, a palavra “Ressurreição”, no grego, é “Anastasis” e “Égersis”, ou seja, levantar, erguer, surgir, sair de um local ou de uma situação para outra, com o mesmo corpo, alma e espírito. No latim, “Ressurreição” é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “Ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos, e, em linguagem mais popular, união da alma e do espírito ao corpo após a morte física.

RESSURREIÇÃO NA BÍBLIA

No decorrer de toda a narrativa bíblica, são mencionados oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida na terra, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno e final – o de Jesus, que já ocorreu, e de seus santos no arrebatamento – que ainda há de ocorrer antes da Tribulação vindoura. A ressurreição de Jesus é diferente porque se trata de ressurreição para nunca mais morrer, assim como ocorrerá com a Igreja dos santos antes da Tribulação (1Ts 4.16-17; Ap 3.10). No caso de Jesus, sua ressurreição não se dá somente pelo fato de Ele ser Deus, mas porque, ao ressurgir, tornou-se Ele o primeiro da ressurreição real (1Co 15.20-23).

Comecemos falando das ressurreições futuras e, no final, falaremos daquelas já ocorridas. Sim, TODOS ressuscitarão, cada um por sua vez e com objetivos e destinos diferentes. Deus sempre faz distinção entre salvos e perdidos, até quando diz dos salvos que “dormem” e dos perdidos que estão mortos. Por isso você não encontrará o mesmo tratamento dado à ressurreição dos perdidos como o que é dado à ressurreição dos salvos em passagens como 1 Coríntios 15, onde tudo ali é muito positivo na forma de linguagem utilizada.

Repare que ele fala da ressurreição DENTRE os mortos, ou seja, dos salvos, enquanto os mortos continuam mortos aguardando pela ressurreição da condenação que ocorrerá no Juízo Final:

“Assim também a ressurreição DENTRE os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” (1Co 15.32-44).

Não podíamos esperar que Deus falasse da ressurreição dos perdidos como uma ressurreição em incorrupção, glória e vigor porque estes privilégios são exclusividade dos salvos. Mas, que os perdidos ressuscitarão é um fato. Mas ai deles quando ressuscitarem, porque do sofrimento atual que experimentam no hades (inferno) enquanto estão apenas em alma e espírito, entrarão numa eternidade de sofrimento no lago de fogo com seus corpos também, como já fora explicado.

A Bíblia fala da ressurreição de todos os mortos. Porém, a mesma Bíblia faz distinção entre os que ressuscitarão para a vida e os que ressuscitarão para a condenação, lembrando sempre que a ressurreição não significa ganhar um novo corpo, mas sim receber de volta o nosso corpo em uma condição que não morre mais. Quando Jesus ressuscitou, o túmulo ficou vazio. Seu corpo não ficou lá.

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente” (Daniel 12.2-3).

“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5.28-29).

Antes que você se apresse em achar que é fazendo o bem que se obtém a vida eterna, o versículo está falando do apanhado geral e final. Os que aí aparecem com a característica de terem feito o bem são aqueles que foram salvos pela graça, mediante a fé (e não por obras), para praticarem o bem que Deus lhes designou fazerem. Isso vai contra tudo o que o espiritismo ensina, pois no espiritismo o que importa é se você faz o “bem” segundo o que você pensa, enquanto na Bíblia é dito que você é salvo pela graça, mediante a fé somente, e não por praticar o “bem” segundo a sua imaginação. Senão, vejamos:

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).

Outro versículo que fala da ressurreição dos que fizeram o bem por terem sido justificados pela fé é Lucas 14.14: “E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos”. Mas não se apresse em achar que a ressurreição é só dos justos, pois Atos 24.15 logo corrige tal pensamento: “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos”.

Jesus ressuscitou de entre os mortos, e os salvos também ressuscitarão de entre os mortos, pois a ressurreição é seletiva. Repare no versículo abaixo a palavra "dentre" ou "de entre". Uma coisa é dizer que todos ressuscitarão, ou falar genericamente da ressurreição "dos mortos"; outra coisa é traçar uma distinção para alguns que ressuscitarão "dentre" ou "de entre" os mortos, enquanto outros continuam mortos, como também já fora mencionado aqui.

“Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição DENTRE os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento” (Lucas 20.35).

Quando Jesus ressuscitou, somente o seu corpo saiu da sepultura naquela condição que os salvos terão, isto é, de um corpo perfeito e incorruptível, não mais sujeito ao tempo e ao espaço. Os corpos dos salvos, quando forem ressuscitados, serão de carne e ossos, assim como é o corpo de Jesus hoje no céu. Todavia, repare que é dito que sua ressurreição foi “dentre” os mortos, pois os outros continuaram em suas sepulturas naquele tempo.

“E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito DENTRE os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Colossenses 1.18).

“E esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou DENTRE os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Tessalonicenses 1.10).

No fim dos tempos, ressuscitarão apenas os perdidos, os quais receberão de volta seus corpos para poderem receber a sentença da condenação eterna no lago de fogo:

“E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o hades deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” 
(Apocalipse 20.11-15).

Esta passagem, que costuma ser chamada de "Juízo Final", é na realidade o juízo final dos perdidos. Nenhum salvo tem participação nisso, visto que já terão sido salvos em vida e, se morreram, já estarão ressuscitados para a vida. Aqui apenas os mortos aparecem. A passagem que diz “deu o mar os mortos que nele havia, e a morte e o hades deram os mortos que neles havia” nos fala dos corpos, das almas e dos espíritos. Um corpo sepultado no mar é a condição de maior degradação que você possa imaginar, já que na vida marinha, em quase toda a sua esfera, é carnívora e literalmente nada sobra de um corpo sepultado lá. Mesmo assim, Deus saberá recuperar cada partícula dele na ressurreição. O hades nos fala da condição de morte em que se encontram as almas e espíritos dos mortos, separados de seus corpos. O que muitos não sabem é que o hades é o verdadeiro inferno, onde ficam os perdidos em um estado de morte, ao contrário do que muitos pensam, alegando que o inferno é o lugar de sofrimento dos mortos perdidos. Só que lá é apenas um lugar temporário até que eles sejam lançados no verdadeiro lugar de sofrimento eterno – o Lago de Fogo e Enxofre.

É bom lembrar que o assunto aqui é a ressurreição definitiva, aquela da qual ninguém mais voltará a morrer, e não as ressurreições que encontramos nas Escrituras, como a de Lázaro e outros. Ainda falaremos sobre as ressurreições que ocorreram no período testamentário.

A expressão “ressurreição dentre os mortos”, como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica numa ressurreição da qual somente os justos participarão. Os participantes da verdadeira ressurreição não mais morrerão (Lc 20.36). Essa expressão é a tradução correta do original. A palavra “dentre” indica que os mortos perdidos continuarão sepultados quando os santos ressuscitarem no arrebatamento, porquanto a ressurreição dos perdidos ocorre somente no Juízo Final para que eles sejam julgados e lançados no Lago de Fogo (Ap 20.10-15). Há um intervalo de mil e sete anos entre a ressurreição dos salvos e a dos perdidos, visto que Cristo e Sua Igreja (ressuscitada e arrebatada antes da Tribulação) reinarão sobre a terra por mil anos – por isso é chamada de “primeira ressurreição”, pois se trata dos salvos ressuscitando mil e sete anos antes dos perdidos (Ap 20.6). Ou seja, os salvos são ressuscitados para irem para o céu, enquanto os perdidos são ressuscitados para serem condenados e nada mais (Ap 20.10-15).

AS RESSURREIÇÕES OCORRIDAS NO PERÍODO TESTAMENTÁRIO

Há oito casos de ressurreição, sendo sete de restauração da vida, isto é, ressurreição para tornar a morrer, e um de ressurreição no sentido pleno e final – o de Jesus, que já ocorreu. No caso de Jesus é diferente porque Ele já subiu ao céu e, em breve, ressuscitará a sua Igreja para estar com Ele na casa do Pai, e assim a Igreja ficará por um tempo significativo no céu, como prometido por Ele (Jo 14.3; 1Ts 4.17)

Além da ressurreição de Jesus, sete outros casos de ressurreição na Bíblia são mencionados. Podemos constatar isso por ordem cronológica:

1 – O filho da viúva de Sarepta (1Rs 17.19-22);
2 – O filho da sunamita (2Rs 4.32-35);
3 – O defunto que foi lançado na cova de Eliseu (2Rs 13.21);
4 – A filha de Jairo (Mc 5.21-23,35-43);
5 – O filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17);
6 – Lázaro (Jo 11.1-46);
7 – Dorcas (At 9.36-43).

O caso da ressurreição de Jesus, que, como já dissemos, é diferente por Ele já ter subido aos céus, está registrado em Mateus 28.10-10, Marcos 16.1-8, Lucas 24.1-12, João 20.1-10 e em 1 Coríntios 15.4,20-23.

Allan Kardec nega ressurreição da seguinte forma:
“A ressurreição implica na volta da vida ao corpo já morto – o que a ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo foram, depois de muito tempo, dispersos e absorvidos”.

É evidente que esta teoria de Allan Kardec não pode prevalecer, uma vez que se baseia em conceitos de homens e não nas Escrituras, que declaram a possibilidade da ressurreição dos mortos. Não vem ao caso citarmos aqui os casos de mortos que foram ressuscitados antes de serem levados à sepultura. Citaremos abaixo apenas dois casos de mortos que foram levantados dentre os mortos após quatro e três dias de sepultados: Lázaro e Jesus.

LÁZARO:

O testemunho de João no capítulo 11 é que Lázaro:

1 – Estava morto (vs. 14,21,32,37);
2 – Estava sepultado já havia quatro dias (vs. 17,39);
3 – Já cheirava mal (vs. 39);
4 – Foi ressuscitado ainda amortalhado (vs. 44);
5 – Foi ressuscitado com o mesmo corpo e com a mesma aparência que possuía antes de morrer (vs. 44).

JESUS:

O testemunho das Escrituras quanto à morte e ressurreição de Jesus Cristo é que:

1 – Os soldados romanos testemunharam que Cristo estava morto (Jo 19.33).
2 – José de Arimateia e Nicodemos sepultaram-no (Jo 19.38-42).
3 – Ele ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.6).
4 – Mesmo depois de ressuscitado, Ele ainda portava as marcas dos cravos nas mãos a fim de mostrar que seu corpo, agora vivo, era o mesmo no qual sofrera a crucificação, porém, glorificado (Lc 24.39; Jo 20.27).

UMA TEORIA ABSURDA

Procurando dar sentido bíblico à absurda teoria da reencarnação, Allan Kardec lança mão do capítulo 3 de João para dizer que Jesus ensinou sobre a reencarnação. Os tradutores da obra de Allan Kardec, conhecida como “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, usaram a versão bíblica do padre Antônio Pereira de Figueiredo como texto base de sua tradução, grifando o versículo 3 de João 3: “Na verdade te digo que não pode ver o reino de Deus senão aquele que
renascer de novo” (grifo meu), quando o versículo original é escrito da seguinte forma: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (grifo meu).

Oras, “Renascer” já significa nascer de novo, enquanto que “renascer de novo”, como foi acrescentado pelos tradutores do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, se constitui numa intolerável redundância e heresia, mas não sem sentido próprio por parte do espiritismo que por tudo procura provar que a absurda teoria da reencarnação tem fundamento na Bíblia.

JOÃO BATISTA ERA ELIAS REENCARNADO?

Dirigindo-se a Jesus, perguntaram-lhe os seus discípulos: – “Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro? Então Jesus respondeu: – De fato Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram com ele tudo quanto quiseram… Então os discípulos entenderam que lhes falara a respeito de João Batista” (Mateus 17.10-13).

A opinião espiritista destas passagens é aberrativa! Prevalecendo-se do literalismo destes versículos, escreveu Allan Kardec:
“A noção de que João Batista era Elias e de que os profetas podiam reviver na terra, depara-se em muitos passos dos Evangelhos, especialmente nos acima citados. Se tal crença fosse um erro, Jesus não a deixaria de combater, como fez com muitas outras, mas, longe disso, a sancionou com sua autoridade…” “É ele mesmo o Elias, que havia de vir”. Aí não há nem figuras nem alegorias; é uma afirmação positiva” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, págs 25-27).

OBJEÇÃO BÍBLICA

Um dos conceitos de hermenêutica mais conhecido e que não deve ser ignorado é aquele que diz que a Bíblia interpreta a si mesma. Portanto, como verdadeiros cristãos, somos impedidos de fazer uso de recursos alheios ao espírito bíblico para interpretar o mais simples dos seus ensinos. A Bíblia mesma dá respostas às suas indagações. A prova disso é que quando perguntado a João Batista se ele era Elias encarnado ou não, Ele mesmo responde, dizendo: “Não sou” (João 1.21).

Sobre João Batista, é dito em Lucas 1.17: “E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto”. Isto não quer dizer que João fosse Elias, mas que no seu ministério haveria peculiaridade do ministério de Elias. De fato, a Bíblia não trata de nenhum outro caso de dois homens, cujos ministérios tenham tanta semelhança como João Batista e Elias. Essa situação é semelhante ao jargão que diz “Tal pai, tal filho”. Isto não quer dizer que o filho seja absolutamente igual ao pai, ou que um seja a reencarnação do outro, mas sim que existem hábitos comuns entre ambos.

CINCO PONTOS A CONSIDERAR SOBRE JOÃO BATISTA E ELIAS

Dentre as muitas razões pelas quais devemos crer que João Batista não era Elias reencarnado, temos os seguintes fatos:

• Os judeus criam que João Batista fosse Elias ressuscitado, não reencarnado (Lc 9.7-8).

• Se os judeus realmente acreditassem que João era Elias reencarnado e não ressuscitado, não teriam noutra oportunidade admitido que Cristo fosse Elias ressuscitado. João Batista e Cristo, que viveram simultaneamente por cerca de trinta anos, não podiam ser Elias ressuscitado ou reencarnado ao mesmo tempo (Lc 9.7-9).

• Se reencarnação é o fato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existências com um só espírito, é evidente que um vivo não pode ser a reencarnação de alguém que nunca morreu. Fica claro assim que João Batista não era Elias, já que Elias não morreu, mas foi arrebatado vivo ao céu (2Rs 2.11).

• Se João Batista fosse Elias, seria ele o primeiro a saber disso, e não os judeus ou os espíritas. Quando lhe perguntaram “És tu Elias?”, ele respondeu rispidamente: “Não sou” (João 1.21).

• Se João Batista fosse Elias reencarnado, no momento da transfiguração de Cristo teriam aparecido Moisés e João Batista, e não Moisés e Elias (Mt 17.18).

Fica provado, portanto, que as Escrituras não apoiam a absurda teoria espiritista da reencarnação. Até mesmo os chamados “fatos comprovados” da reencarnação, apresentados pelos advogados do espiritismo, na verdade não comprovam coisa alguma.

4. A INVOCAÇÃO DE MORTOS

Reencarnação e invocação de mortos são as duas principais estacas de sustentação de toda a fraude espiritista. Se ambas puderem ser removidas, o espiritismo cai por terra irremediavelmente. E já caiu.

DEUS CONDENA A INVOCAÇÃO DE MORTOS

Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações. Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador de encantamentos, nem que consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor, e por estas abominações o Senhor teu Deus as lança fora diante dele. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus. Porque nações, que hás de possuir, ouvem os prognasticadores e os adivinhadores; porém a ti o Senhor teu Deus não permitiu tal coisa” (Deuteronômio 18.9-14).

Com base neste mandamento, que veio por meio de Moisés, no seu livro “O Céu e o Inferno”, Allan Kardec diz:
“… Moisés devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de contatos com o inimigo”.

Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus por razões simplesmente políticas, como afirma Allan Kardec, atesta a completa ignorância do espiritismo quanto às Escrituras Sagradas.

A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com os mortos. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. Nas práticas de tais consultas aos mortos, sempre existiram embustes, mistificações, mentiras, farsas e manifestações de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos demoníacos – espíritos enganadores – manifestam-se, identificando-se com pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, os quais terminam sempre em destroços. São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.

O povo de Deus, porém, possui a inigualável revelação de Deus pela qual disciplina a sua vida: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8.19-20).

ESTADO DOS MORTOS

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada que se faz e acontece na Terra (Ec 9.5-6; Sl 88.10-12; Is 38.18-19; Jó 7.9-10).

Nenhum dos textos bíblicos mencionados contradiz a esperança bíblica da ressurreição dos mortos, uns para a vida eterna, outros para vergonha e perdição eterna. Os citados textos mostram, sim, que o homem, após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar à vida de outrora, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos que ainda estão na Terra.

SAUL E A MÉDIUM DE EN-DOR:

Sugiro que o leitor abra a sua Bíblia neste momento e leia o capítulo 28 de 1 Samuel. Leia todo o capítulo e em seguida volte à leitura deste artigo.

Concluída a leitura desta porção das Escrituras, algumas perguntas vêm à mente, tais como: É ou não possível comunicar-se com os espíritos de pessoas falecidas? Foi ou não Samuel quem apareceu na sessão espírita em En-Dor? Muitas respostas poderiam ser dadas aqui, como por exemplo: “A assembléia judaica sempre acreditou que Samuel realmente apareceu naquela ocasião”. Essa também era a opinião de alguns dos mais destacados escritores da Igreja dos primeiros séculos, tais como Justino Mártir e Orígenes. Porém, vemos homens de mais destaque na história da Igreja dizendo o contrário. Tertuliano, Jerônimo, Lutero e Calvino acreditavam – com toda a razão – que um demônio apareceu em forma de pessoa, personificando Samuel. Oras, é muito fácil concordar com estes homens, uma vez que eles não precisaram ir muito longe para perceber, logo no versículo 7, após Saul não obter respostas por parte de Deus (pois Deus não respondia mais às suas orações), o mesmo mandou que seus criados fossem atrás de uma mulher com “espírito de feiticeira”. Seus criados sabiam que em En-Dor havia uma mulher que tinha um “espírito de adivinhação” (vs 7). Era simplesmente uma necromante – uma bruxa. Todos nós sabemos o que Deus pensa de uma necromante. Quem se atentou ao capítulo inteiro de 1 Samuel 28 sabe muito bem que já no versículo 7 não é preciso pensar muito antes de tirar uma conclusão.

Até mesmo uma despretensiosa análise de 1 Samuel 28 mostra com clareza meridiana que um espírito de engano (e não Samuel) foi quem apareceu na sessão espírita de En-Dor. Dentre as muitas provas contra a opinião de que Samuel (já morto) apareceu naquela ocasião, destacam-se as seguintes:

1 – Nem a médium nem o seu espírito de mediunidade exerciam qualquer poder sobre a pessoa de Samuel. Só Deus exercia esse poder; pelo que não iria permitir que seu fiel servo viesse a se tornar parte de uma prática que o próprio Deus condenou (Dt 18.9-14). Deus não iria permitir que uma prática enganosa desse certo porque Ele mesmo disse que se trata de um engano de Satanás. Então, por que Deus permitiria uma aberração dessas?

2 – Quando vivo, Samuel informou a Saul que Deus o tinha rejeitado. Após isso, Samuel nunca mais disse coisa alguma a esse rei. Nem em vida e muito menos em morte.

3 – Se fosse Samuel que tivesse aparecido na ocasião, ele não teria mentido, dizendo que Saul perturbara seu descanso. Oras, Samuel era profeta de Deus. Como ele poderia fazer uma coisa dessas, mesmo em vida? E mais: Samuel não diria que Saul e seus filhos estariam com ele no dia seguinte (vs. 19).

4 – Saul mesmo disse que Deus não lhe respondia nem pelo ministério dos profetas e nem por sonhos (vs. 6,15), pelo que Deus, no último momento, não teria cedido ao desejo de Saul de receber outra revelação, não teria entrado em contradição com sua Palavra que nega a possibilidade de vivos terem contato com os mortos (Jó 7.9-10; Ec 9.5-6; Lc 16.31), não teria criado a impressão de que tentar entrar em contato com os mortos não é um pecado – o mau agindo – como Ele mesmo disse ser (Dt 18.9-14) e não teria afirmado que Saul morreu por causa da consulta feita à médium (1Cr 10.13).

5 – Saul disse à médium a quem ela deveria chamar. É óbvio que ela não tinha conhecimento da aparência de Samuel quando ele estava vivo. Mas as Escrituras não nos deixam sem resposta quanto a isso. Se você abrir a Bíblia em 2 Coríntios 11.14, verá que Satanás pode se disfarçar de qualquer criatura. Ele se transfigura até mesmo em anjo de luz (2Co 11.14).

6 – A médium temeu porque: (a) em seu transe ela reconheceu Saul (vs. 12), que era conhecido como inimigo das práticas espiritistas, como Deus sempre o ensinou. (b) Ela viu um espírito pairando em torno da aparição que, com “prodígios de mentira”, se fazia passar por Samuel.

7 – Saul mesmo não viu Samuel. Ele simplesmente supôs que era Samuel de acordo com a descrição da médium.

8 – Quanto à profecia abordada durante a sessão em En-Dor, temos as seguintes possibilidades:

• A mulher percebeu o medo de Saul de que o seu fim era iminente, e isso ela predisse.

• A mulher tomou conhecimento da profecia feita antes por Samuel (1Sm 15.15,18), que vinha perseguindo Saul (1Sm 16.2; 20.31, etc.) pelo que lhe disse que ele esperava ouvir.

• Se um demônio se fazia passar por Samuel e falou por meio da médium, então a mulher teria sido lembrada da profecia de Samuel, fazendo uso dela.

9 – Não era necessário que alguém fosse perito ou estrategista em guerras para prever a derrota de Saul e de Israel diante dos filisteus. A Bíblia nos ensina que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23), e isso é válido para toda a era do povo de Deus. No capítulo 15 de 1 Samuel, a questão dessa guerra já havia sido levantada bem antes de Saul consultar a médium.

10 – A parte final do vaticínio da médium não foi verdadeira no seu cumprimento, pois, nem Saul morreu no dia seguinte, nem morreram nesse dia todos os seus filhos. Pelo contrário, o SENHOR o puniu tempos depois, justamente por ele ter consultado a médium, traindo a LEI MORAL de Deus.

“Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar” (1 Crônicas 10.13).

PROFUNDEZAS DE SATANÁS

A melhor maneira de se definir o espiritismo é chamá-lo de “Profundezas de Satanás” (Ap 2.24). Assim devemos ter sempre em mente os fatos que mostram que Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44), sabe imitar a realidade com os seus embustes (Ex 7.22; 8.7), se transforma em anjo de luz (2Co 11.14) e tem o poder de operar milagres (2Ts 2.9).

Aqueles que se envolvem com o espiritismo estão sob as malhas da rede de Satanás, correndo o risco de jamais se libertarem dela.

5. PODEM OS MORTOS AJUDAR OS VIVOS?

Para saber se os mortos podem ajudar ou não os vivos, leia a parábola do rico e Lázaro, contada por Jesus em Lucas 16.19-31. Precisamente os versículos 22 e 23 dizem: “E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio”.

Veja que contraste: Lázaro morre e é levado ao Paraíso de Deus, enquanto que o rico, ao morrer, é lançado no inferno de horror, de onde, em agonia, clama: “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (vs. 24).

Naquele instante de extrema dor e sofrimento, um pequenino favor de Lázaro seria suficiente para amenizar o sofrimento daquele infeliz. Porém, o pai Abraão respondeu: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá parar para cá” (vs. 25-26). Esta parábola seria suficiente para um crente genuíno sair correndo do espiritismo, pois a mensagem predominante de Cristo ao contar esta estória é: É IMPOSSÍVEL, POR DECRETO DE DEUS, QUE UM MORTO VENHA PARA O MUNDO DOS VIVOS, OU QUE TENHA QUALQUER CONTATO COM O MUNDO NOVAMENTE. Em contrapartida, podemos consultar passagens onde a ordem é direta: “... Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo” (
Hebreus 9.27).

Feita uma análise desta passagem, as conclusões a que chegamos são:

a) A vida no porvir será uma conseqüência natural da vida que viveu aqui na terra. Lázaro, que era piedoso e temente a Deus aqui, ao morrer foi levado para o Paraíso, enquanto que o homem rico, vaidoso e indiferente às necessidades dos outros, morreu e foi levado para o inferno de trevas e sofrimento.

b) O lugar para onde serão lançados os perdidos será um lugar de sofrimento eterno (Mt 25.46), e não um lugar de purificação e aperfeiçoamento dos espíritos.

c) Se o homem aqui, vivendo ímpia e perversamente, possui uma “porta de escape” após a morte, como admite o espiritismo, o evangelho de Cristo deixa de ser o que é. O sacrifício de Cristo torna-se a coisa mais absurda sobre a qual já se teve notícia. Seu sacrifício vicário não teria sentido algum.

d) Se um falecido pudesse, de alguma forma, ajudar os seus entes queridos vivos, o rico não teria rogado a Abraão que enviasse Lázaro à casa dos seus irmãos a fim de adverti-los do perigo de cair no inferno. Se um morto pudesse ajudar um vivo, ele mesmo teria feito isso.

e) Se fosse possível que o espírito de um falecido pudesse ajudar os vivos, Deus teria permitido que Lázaro, um dos mortos, ou o próprio homem rico exercesse influência junto aos parentes deste.

f) Tudo quanto o homem precisava conhecer concernente à salvação e à vida eterna se encontra claramente nos escritos de Moisés, dos profetas, dos evangelistas e dos apóstolos do nosso Senhor Jesus Cristo.

Toda revelação divina escrita encerra-se nas seguintes palavras de Jesus Cristo: “Eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22.18,19)

Assim, os chamados “bons ensinamentos” dos espíritos dos mortos, defendidos pelo espiritismo, nada mais são do que ensinamentos de demônios, pois se apresenta como nova fonte de revelação, em detrimento da verdadeira revelação de Deus – a Bíblia Sagrada.

Quanto a isso, a Palavra de Deus não poderia ser mais clara do que em Gálatas 1.6-10: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja AMALDIÇOADO. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja MALDITO. Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo” (Gálatas 1.6-10 – ênfase minha).

6. DE DEUS NÃO SE ZOMBA

As pessoas correm um grande perigo quando se enveredam a essas tristes aventuras e experiências de sessões espiritistas. Para ilustrar isso, usaremos a história do bispo episcopal James A. Pike, envolvendo a morte do seu filho Jim e o relacionamento de ambos com o espiritismo. Esta história foi publicada no Anuário Espírita de 1971. A intenção ao nos reportarmos a ela é oferecer subsídios ao leitor no combate ao erro espiritista e advertir aqueles que estão se deixando iludir por esses ensinos e experiências de demônios.

A TRÁGICA MORTE DE JIM

Pike tinha um único filho, Jim, um belo e culto jovem. Em 1966, pai e filho se encontravam na Inglaterra, em Cambridge. Jim decidiu voltar aos Estados Unidos. Voou para Nova York e, ali, no seu quarto de hotel, se matou com um tiro. Jim tinha dificuldades em se relacionar com as pessoas e estava distante em relação ao pai. Por ironia, somente após a morte, através de médiuns americanos e Ingleses, ele teria conseguido, segundo o relato, comunicar-se com seu pai, Pike. Jim tinha 22 anos. Sua morte deixou seu pai arrasado! A coisa ficou ainda mais dramática porque, por incrível que pareça, Pike não acreditava na vida após a morte. Era seminarista católico e se desiludiu com o catolicismo. Mesmo como bispo episcopal, sua situação era embaraçosa: sem admitir os dogmas da religião, via-se constantemente atacado e não poucas vezes taxado de herege (Pudera).

COISAS ESTRANHAS COMEÇAM A ACONTECER

Após os funerais do filho, nos Estados Unidos, Pike voltou com seus problemas para Cambridge. No quarto do hotel onde antes estivera com o filho, coisas estranhas começaram a acontecer. Roupas eram atiradas dos armários, livros moviam-se das estantes, etc.

Como qualquer pessoa que se envolve com o espiritismo, Pike resolveu dar um passo desastroso na vida. Em lugar de normalizar a sua situação com Deus, saiu à procura de alguém que pudesse explicar tais fenômenos. Foi assim que, com a ajuda de amigos, entrou em contato com uma médium inglesa chamada Ena Twigg. Uma sessão foi marcada e Pike teve o primeiro contato com aquele que julgou ser o espírito do seu filho Jim. O suposto espírito dizia: “Tenho sido tão infeliz!” Quando solicitado pelo pai, respondeu que não acreditava em Deus como uma “pessoa”, mas que, agora, acreditava na eternidade (???).

Além disso, o rapaz o exortou a prosseguir em suas pesquisas e “predisse” que o pai abandonaria sua “igreja”. Pike se mostrou constrangido, mas Jim insistiu: “Você o fará”. Isto ocorrerá no dia 1º de agosto.

PIKE DEIXA A IGREJA

Logo após voltar à América, Pike entrou em contato com o médium americano Arthur Ford, com o qual participou de um programa de televisão. No citado programa, Ford ficou em transe, transmitiu mensagens que ele acreditava ser de Jim a Pike. O programa produziu tão grande escândalo, que deixou a imprensa americana e inglesa num verdadeiro reboliço. A igreja Episcopal protestou e Pike resolveu deixá-la.

Não muito depois da morte de Jim, após ingerir forte dose de barbitúricos, morre a senhora Marem Bergrud, secretária de confiança de Pike. Ela sofria de câncer. Alguns dias atrás, estando ela melhor de saúde, os espíritos cochicharam ao seu ouvido que, se ela pusesse fim a sua vida, ela poderia perpetuar aquele estado de melhora. Foi o que ela fez.

Com a morte do filho e agora da secretária, Pike ficou ainda mais devastado. Mesmo assim, continuou buscando fenômenos relacionados com o além-do-túmulo.

O OUTRO LADO

Pike juntou todo o material das sessões espíritas das quais havia participado e escreveu o livro “O OUTRO LADO”. Pike foi uma presa fácil, caindo sob a armadilha do espiritismo sem nenhuma resistência. Ao abandonar a Igreja Episcopal, Pike decidiu fundar uma entidade para estudos psíquicos em um dos seus diálogos com o suposto espírito de seu filho. Jim indagou se ele ouvia falar de Jesus no espiritismo, ao que Pike respondeu: “Meus mentores dizem: ‘Você ainda não está em condições de compreender. Eu não encontrei nada, mas todos falam a respeito de Jesus como um místico – um vidente. Eles não o mencionam como o salvador, mas como um exemplo (Mais uma vez, como de costume de qualquer seita, Cristo é apresentado não como o Salvador de seus escolhidos, mas como um “exemplo de homem moral”). Você compreendeu? O que eu tenho a dizer é que Jesus é ‘triunfante’. Você não pode me pedir que lhe diga o que ainda não compreendo. Ele não é o salvador, mas um exemplo a ser seguido”. Na folhinha de revelações ainda é acrescentado: “… e agora Pike julga-se um ‘cristão autêntico’”.

A LEI DA SEMEADURA E DA COLHEITA

Pike partiu para a Palestina a fim de fazer uma pesquisa a respeito de Jesus Cristo, nos próprios lugares por onde Jesus andou, e exerceu o seu ministério espiritista. A Bíblia já não valia mais nada para ele. Jesus, o Cristo – o Filho de Deus, não passava de um místico, um vidente, e nada mais que isso. Ali aconteceu o que certamente ele não previa: no dia 7 de setembro de 1969 o seu corpo foi encontrado sem vida, quase que completamente encoberto pela areia dos desertos próximos do mar Morto.

Vale a pena lembrar o que a Palavra de Deus diz quanto a isso: “Não vos enganeis; Deus não se deixa ser zombado; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gálatas 6.7-8).

7. VOCABULÁRIO ESPIRITISTA

Assim como a pessoa é conhecida pelo vocabulário que usa, de igual modo o espiritismo é mais bem identificado por seu vocabulário, usado para comunicar os seus enganos. É evidente que muitas das palavras seguintes, usadas no linguajar espiritista, podem ter diferentes sentidos. Na lista a seguir, vamos dar o significado de cada termo usado pela seita, de acordo com a interpretação dada pelo próprio espiritismo.

PALAVRAS DE ENGANO

Do grande universo de vocábulos usados pelo espiritismo, destacam-se os seguintes:

• MÉDIUM – Pessoa a quem se atribui o poder de se comunicar com os espíritos de pessoas mortas.

• MEDIUNIDADE – É o fenômeno em que uma pessoa recebe um outro espírito, supostamente de uma pessoa falecida, sendo que esse espírito recebido passa a dominar a mente do médium. Nisso, o espírito passa a falar por meio desse médium, usando o seu corpo para tal.

• CLARIVIDÊNCIA E CLARIUNDIÊNCIA – Fenômenos segundo os quais uma pessoa pode sentir, observar e ver os espíritos que a rodeiam, servindo de elo de ligação e comunicação entre o mundo visível e invisível.

• LEVITAÇÃO – Força psíquica por uma ou mais mentes na imposição de mãos, onde o objeto ou uma pessoa pode se elevar do solo. É muito praticada na parapsicologia, que é uma falsa ciência. Resumindo: Uma farsa tão escancarada que somente as mentes mais incautas, desprovidas de intelecto ou do próprio senso comum, chega a acreditar.

• TELEPATIA – Comunicação por via sensorial entre duas mentes à distância; transmissão de pensamento.

• CRIPTESTESIA – É o fenômeno da sensação do oculto, ou seja, o conhecimento de um fato transmitido por um morto, sem conhecimento de nenhum vivo.

• PREMONIÇÃO – Sensação ou pressentimento do que vai acontecer.

• METAGNOMIA – É a resolução de problemas matemáticos – obras artísticas que se produzem e línguas desconhecidas que se decifram. É muito parecido com aquelas línguas desconexas que os evangélicos pentecostais pronunciam, achando que estão a exercer o “dom de línguas” da era apostólica. Um grande engano de satanás.

• TELECINÉSIA – Movimentos de objetos, toque de instrumentos musicais e alterações de balanços sem o toque de mãos.

• IDIOPLASTIA – É a alteração do corpo físico em virtude do pensamento.

CARACTERÍSTICAS DESSES FENÔMENOS

Cássio Colombo, em um “Estudo sobre o Espiritismo”, chama a nossa atenção para o fato de que esses “fenômenos”:

1 – Não são fatos comuns da vida; antes, impressionam pela sua anormalidade.

2 – Ocorrem apenas com determinadas pessoas que também recebem o nome de “clarividentes” ou “médiuns”.

3 – Todos são, pelo menos na aparência, fatos inteligentes.

4 – São fenômenos que ninguém tem a consciência das causas. Daí a atribuí-los cada qual a outrem, ou seja, não há entidade responsável pelos trabalhos.

5 – Os fenômenos meta-psíquicos independem de espaço e de tempo. Há conhecimentos diretos e imediatos.

6 – Há condições necessárias para as manifestações meta-psíquicas: concentração, penumbra, etc. O medo, a desconfiança e o sarcasmo perturbam essas manifestações.

7 – Há quase sempre o que se tem chamado de projeção, isto é, os fenômenos são objetivos e não subjetivos. Não há alucinações.

8 – As mensagens mediúnicas são muitas vezes apresentadas de modo simbólico. Exemplo: para simbolizar uma morte, surge uma despedida.

9 – Os fenômenos referidos várias vezes ocorrem na hora da morte. Suponha-se que, neste caso, os fenômenos surjam por causa da tensão emotiva e das condições vitais que, fugindo à regra, permitem a manifestação das forças latentes do suposto espírito.

10 – Há comportamentos nas manifestações meta-psíquicas que parecem expressar existência de personalidades dos que tomam parte da sessão. É o caso da fraude e da fantasia comuns no espiritismo.

8. O ESPIRITSMO E AS SUAS CRENÇAS

Já fora dito que as duas principais estacas de sustentação do Espiritismo são o dogma da reencarnação e a alegada possibilidade de os vivos se comunicarem com os espíritos dos mortos. Mas a doutrina espiritista é muito mais que isso, como é mostrado a seguir:

COMPLEXO DOUTRINÁRIO:

O conjunto de doutrinas do espiritismo é grande e complexo. Na verdade, se constitui em um esquema de negação de toda a Doutrina Bíblica Cristã. Veja, por exemplo, o que crê o espiritismo acerca dos seguintes temas da doutrina cristã:

A PREPOTÊNCIA E AS BLASFÊMIAS DO ESPIRITISMO CONTRA A BÍBLIA

DEUS:

“Ab-rogamos a idéia de um Deus pessoal” (The Physical Phenomena In Spiritualism Revealed).

“Deve-se entender que existem tantos deuses quantos as mentes que necessitam de um deus para adorar; não apenas um, dois, ou três, mas muitos” (The Banner of. Light, 03/02/1866).

CRISTO:

“Qual o sentido da palavra Cristo? Não é, como se supõe geralmente, o Filho do Criador de todas as coisas? Qualquer ser justo e perfeito é Cristo” (Spiritual Telegraph, n. º 37).

“Cristo foi um “homem bom”, e não poderia ter sido divino, exceto no sentido de que todos somos divinos” (Mensagem por um “espírito”, citado por Raupert em Spiritist Phenomena and Their Interpretation).

A EXPIAÇÃO (Sacrifício):

“A doutrina ortodoxa da Expiação é um remanescente dos maiores absurdos dos tempos primitivos, e é imoral desde o âmago. A razão dessa doutrina (bíblica) é que o homem nasce neste mundo como pecador perdido, arruinado, merecedor do inferno. Que mentira ultrajante! Porventura o sangue não ferve de indignação ante tal doutrina?” (Médium and Daybreak).

A QUEDA:

“Nunca houve qualquer evidência de uma queda do homem” (A. Conan Doyle).

“Precisamos rejeitar o conceito de criaturas caídas. Pela queda deve-se entender a descida do espírito à matéria” (The True Light).

O DIABO:


Quanto à existência de Satanás e seus anjos (demônios), Allan Kardec diz:
“Satanás e seus anjos são tão somente espíritos atrasados, impuros, mas que um dia chegarão à perfeição, tornando-se ‘anjos de luz’”. No Livro dos Espíritos, questão 131, assim diz Kardec com referência a Satanás: “É evidente que se trata de personificação do mal sob a forma alegórica”.

O INFERNO - HADES (Aqui eles confundem o inferno com o lago de fogo).

“Posso dizer que o inferno é eliminado totalmente, como há muito tem sido eliminado do pensamento de todo o homem sensato. Essa idéia odiante e blasfema em relação ao Criador originou-se do exagero de frases orientais, e talvez tenha tido sua utilidade numa era brutal, quando os homens eram assustados com as chamas, como as feras são espantadas pelos viajantes” (A. Conan Doyle, em Outlines of. Spiritualism).

A IGREJA:

“Passo a passo avançou a Igreja Cristã, e ao fazê-lo passo a passo, a tocha do espiritismo foi retrocedendo, até que quase não se podia mais perceber uma fagulha brilhante em meio às trevas espessas… Por mais de mil e oitocentos anos a chamada Igreja Cristã se tem imposto entre os mortais e os espíritos, barrando toda oportunidade de progresso e desenvolvimento. Atualmente, ela se ergue como completa barreira ao progresso humano, como já fazia há mil e oitocentos anos” (Mind and Matter, 08/-5/1880).

“Se o cristianismo sobreviver, o espiritismo deve morrer; e se o espiritismo tiver de sobreviver, o cristianismo deve desaparecer. São as antíteses um do outro…” (Mind and Matter, junho de 1880).

A BÍBLIA:

“Asseverar que ela [a Bíblia] é um livro santo e divino, e que Deus inspirou os seus escritores para tornar conhecida a vontade divina, é um grosseiro ultraje e um logro para o público” (Outline of. Spiritualism).

“Gostamos pouco de discutir baseados na Bíblia porque, além de a conhecermos mal, encontramos nela, misturados com os mais santos e sábios ensinamentos, os mais descabidos e inaceitáveis absurdos” (Carlos Imbassaby), (O Espiritismo Analisado).

REFUTAÇÃO BÍBLICA CONTRA ESSAS AFIRMAÇÕES PROFANAS

A Bíblia Sagrada, a espada do Espírito Santo, lança a doutrina espiritista por terra e declara em alto e bom som que:

DEUS PAI:

a) É um Ser Pessoal (Jo 17.3; Sl 116.1-2; Gn 6.6; Ap 3.19);
b) É um Ser Único e, ao mesmo tempo, Triúno (Ex 3.14; Lm 3.37-38; Dt 6.4; 32.39; 43.13; 45.7; Pv 16.4; Ef 1.3-14; Fp 2.13; 1Tm 1.17; Jd 1.25).

JESUS CRISTO:

a) É superior aos homens (Hb 7.26);
b) Ele é Deus encarnado e visível, filho do Altíssimo, Profeta, Sacerdote e Rei, e não um médium (Jo 1.1,14; 8.23,24,28; 10.30; 14.8,9; 1Jo 1.1; 5.20; At 3.19-24; Tt 2.13; Hb 7:26-27; Fp 2.9-11).

A EXPIAÇÃO:

a) Foi um ato voluntário de Cristo (Tt 2.14);
b) Foi um ato de sacrifício de Jesus para que, somente pela graça, mediante a fé dada por Deus aos escolhidos, eles alcancem a salvação. Por causa do sacrifício de Jesus, tudo que o cristão precisa para ser salvo é crer nEle. Essa fé não é alcançada por esforço próprio, mas é um dom gratuito de Deus (At 10.43; Ef 2.8-10);
c) É adquirida pelo sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça (Ef 1.7).

A QUEDA:

a) Sobreveio como conseqüência da desobediência do homem (Rm 5.12,15,19);
b) Decorreu da tentação do Diabo (Gn 3.1-5; 1Tm 2.14).

O DIABO:

O Novo Testamento deixa bem claro que Satanás – que é descrito como “o deus deste século” (2Co 4.4) e “o príncipe deste mundo” (Jo 12.31; 14.30; 16.11; cf. 1Jo 4.4) – é extremamente ativo na terra durante a era atual. Ele não somente “anda em derredor, como leão que ruge, buscando a quem possa devorar” (1Pe 5.8), mas também está envolvido em uma série de outras atividades: ele conta mentiras (Jo 8.44); ele tenta crentes a pecar (1Co 7.5; Ef 4.27); ele se disfarça como um anjo de luz (2Co 11.13-15); ele procura enganar os filhos de Deus (2Co 11.3); ele arrebata o evangelho dos corações incrédulos (Mt 13.19; Mc 4.15; Lc 8.12; cf 1Ts 3.5); ele leva “vantagens” sobre crentes (2Co 2.11); ele influencia as pessoas a mentir (At 5.3); ele mantém os incrédulos sob seu poder (At 26.18; Ef 2.2; 1Jo 5.19); ele “esbofeteia” os servos de Deus (2Co 12.7); ele impede o progresso do ministério (1Ts 2.18); ele procura destruir a fé dos crentes (Lc 22.31); ele promove guerra contra a igreja (Ef 6.11-17); ele ilude e engana as pessoas, mantendo-as cativas para fazerem sua vontade (2Tm 2.26).

O LAGO DE FOGO:

O lago de fogo, confundido por muitos com o "inferno", foi preparado para o diabo e seus anjos, que é para onde vão também os perdidos. Mas este lugar, por enquanto, está vazio. Ninguém nunca esteve lá, como pensam muitos. Os mortos em seus pecados (sem salvação) estão no hades (grego – “Inferno”, que significa “Sepultura”), que é uma condição de morte enquanto aguardam a ressurreição de seus corpos para serem lançados no “lago de fogo” (Mt 25.41; Ap 20:10-15). Trata-se de um lugar temporário, no qual os mortos perdidos aguardam o Juízo Final para a condenação deles (Pv 15.24; Mt 23.33; 2Pe 2.4-17). Essa condenação é eterna, pois assim o Senhor a chama: "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mateus 25.46). Se duvidarmos que a condenação é eterna, teremos de duvidar também que a vida seja eterna. O Senhor avisou de forma clara que o fogo "nunca" se apaga: “Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga” (Marcos 9.44). Da mesma forma, Ele consolou os Seus escolhidos dizendo que "nunca" pereceriam nem seriam arrebatados de Sua mão: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28).

O destino dos perdidos, incluindo dos espíritas, é serem ressuscitados somente após o Milênio para serem julgados no Grande Trono Branco. O lago de fogo será a habitação final e eterna dos perversos, preordenados para este mesmo fim, mediante os decretos de Deus (Sl 9.7; Mt 25.41; Jd 1.4). No fim, o lago de fogo será inaugurado quando a besta e o falso profeta forem lançados lá (Ap 20:10-15), juntamente com os perdidos. Os salvos não fazem parte dessa lista, pois já estão com Cristo e jamais serão tirados de Sua presença
(Jo 5.24).

A IGREJA:

a) Foi fundada por Jesus Cristo (Mt 16.18);
b) Jamais será vencida (Mt 16.18);
c) É guardada pelo Senhor e será arrebatada ao céu, sendo livrada da Tribulação que virá sobre a terra (Ap 3.10).

A BÍBLIA:

a) É a Palavra de Deus (2Sm 22.31; Sl 12.6; Jr 1.12);
b) Foi escrita sob inspiração divina (1Co 2.4);
c) É absolutamente digna de confiança (Hb 4.12);
d) É descrita como pura (Sl 19.8); espiritual (Rm 7.14); santa, justa e boa (Rm 7.12); amplíssima (Sl 119.96); perfeita (Sl 19.7; Rm 12.2); verdadeira (Sl 119.142); não pesada (1Jo 5.3).

A passagem em Efésios 2.8-10 é a estaca que finca no coração dos espíritas, pois ali está o resumo bíblico de que “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.8-10).

Um certo poeta alemão, chamado Henrique Heine, disse uma vez:

“Depois de haver passado tantos e tantos longos anos de minha vida e correra a taberna da filosofia, depois de me haver entregado a todas as politiquices do espírito e ter participado de todos os sistemas possíveis, sem neles encontrar satisfação, ajoelho-me diante da Bíblia”.

– JP Padilha
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DOIS POVOS, DOIS EVANGELHOS E DOIS DESTINOS | JP Padilha


“O evangelho da graça de Deus” (At 20.24) que é pregado hoje e “o evangelho do reino” (Mt 4.23; 24:14) que será pregado durante a Tribulação são inteiramente diferentes. São dois evangelhos distintos pregados para dois propósitos distintos. O evangelho da graça de Deus chama pessoas para o céu; o evangelho do reino chama pessoas para as bênçãos sobre a Terra. O evangelho pregado hoje anuncia uma esperança, um chamado e um destino celestiais para aqueles que creem (Cl 1.5; 1Pe 1.4; Fp 3.20; 2Co 5.1-2; Hb 3.1). O evangelho do reino, que será pregado na Tribulação, anuncia uma bênção terrenal sob o reinado de Cristo no Milênio (Mt 24.14; Sl 96). O evangelho do reino anuncia as boas novas do reino prometido no Velho Testamento (2Sm 7.16; Dn 2.44-45,7.9-27), o qual está para ser estabelecido no advento do Messias em sua segunda vinda, e aqueles que receberem o Rei em fé irão ter parte nas suas bênçãos terrenais. Esse evangelho do reino foi primeiro pregado por João Batista na primeira vinda de Cristo (Mt 3.1-2). O Senhor e Seus discípulos também o pregaram (Mt 4.23,10.7). A pregação deles consistia em chamar as nações a se arrependerem e assim ficariam num estado apropriado para receberem o Rei. Se o tivessem recebido, Ele teria estabelecido o seu reino na sua primeira vinda, como prometido pelos profetas do Velho Testamento. Porém, infelizmente, Israel rejeitou seu Rei e assim perdeu a oportunidade de ter o reino estabelecido em todo o seu poder e manifestação. Quando Israel rejeitou seu Rei, o evangelho do reino parou de ser anunciado porque o reino não estava mais sendo oferecido a eles. Ao invés disso, Deus enviou o evangelho de Sua graça ao mundo gentio para chamar dentre eles um povo para o Seu Nome (Atos 13.44-48; 15.14; Rm 11.11). Este evangelho ainda está sendo pregado hoje.

O evangelho do reino voltará a ser pregado futuramente pelo remanescente judeu fiel após a Igreja ser chamada ao céu no arrebatamento. Nesse tempo, Deus tornará a tratar com Israel de onde parou há quase 2.000 anos. Israel será salvo no dia vindouro (isto é, um remanescente entre eles – Rm 9.6-8; 11.26-27) e o reino será introduzido em poder (Ap 11.15).

O ponto que precisamos aprender é este: Não há menção do evangelho da graça de Deus sendo pregado na Tribulação – apenas o evangelho do reino (Mt 24.14). A razão óbvia é que o evangelho da graça chama crentes para serem parte da Igreja e, como a Igreja não estará na Terra durante a Tribulação, o evangelho da graça não será pregado.

Deus não enviará dois diferentes evangelhos ao mesmo tempo. Isto traria uma total confusão e iria confundir a chamada celestial da Igreja com a chamada terrenal de Israel com suas respectivas esperanças e destinos. Entender esse ponto nos revela que é impossível ter a Igreja e o remanescente judeu crente no período da Tribulação ao mesmo tempo. Se, durante a Tribulação, o evangelho da graça de Deus fosse pregado e chamasse os crentes dentre os judeus e gentios e os colocasse na Igreja, cada vez que um judeu cresse no evangelho da graça ele seria tirado de sua posição judaica e seria feito parte da Igreja, o que tiraria o “Israel de Deus” de cena (Rm 11.5; Gl 6.16 – Leia sobre “o Israel de Deus”). Assim, nunca haveria um remanescente judeu crente! Uma consideração cuidadosa dessa questão prova que a Igreja e o remanescente judeu não podem estar na Terra ao mesmo tempo durante a Tribulação.

Ou seja, o fato de que o evangelho da graça de Deus não será pregado na Tribulação mostra que o arrebatamento já terá ocorrido.

Uma nova aliança será feita com Israel no Milênio, após a Tribulação (Jr 31.31-33), não com a Igreja. A Igreja não teve uma velha aliança e nem terá uma nova, visto que ela só veio a ser inaugurada em Atos 2. Não existe Igreja no Velho Testamento, e isso inclui os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Quando falamos da nova aliança, estamos nos referindo a Israel, o povo terrenal de Deus. O remanescente de judeus que virá a sofrer na Tribulação dará testemunho durante os sete anos de Tribulação, levando o evangelho do Reino a toda criatura. Sim, a ordem do “ide” foi dada claramente aos apóstolos em circunstâncias judaicas, falando do evangelho do reino, aquele que anuncia o retorno do Rei de Israel após a Tribulação (Mt 28.19). Esse não é o evangelho da graça, o qual pregamos hoje.

O evangelho da graça diz: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Atos 16.31). O evangelho do Reino, que foi pregado por João Batista aos judeus de sua época e que ainda voltará a ser pregado pelo remanescente judeu no futuro, diz: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 3.2). Um é o evangelho da graça; o outro é o evangelho do Reino.

– JP Padilha
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Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....