DOIS EM UM: Israel não é Igreja | JP Padilha


Marido e Esposa são UM SÓ CORPO (Gn 2.24; Mc 10.8; Ef 5.31) e constituem-se, igualmente, a imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26). Todavia, o papel ordenado por Deus ao homem é um, e à mulher é outro. Homem e mulher são organicamente distintos e suas funções são antagônicas. O mesmo acontece com Israel e Igreja: Trata-se de UM SÓ POVO de Deus, salvo pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo, porém, com papeis completamente diferentes nas dispensações. Quando falamos de Israel e Igreja, estamos nos referindo ao seu uso instrumental por Deus. Ou seja, há coisas que Ele faz somente por meio de Israel e há coisas que Ele faz somente por meio da Igreja, reservando papéis diferentes para eles durante a história.

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Aos cristãos internautas – Uma carta de encorajamento | JP Padilha


No meio religioso, especialmente na tão conhecida “igreja evangélica”, é comum ver os ditos “pastores” e todo o tipo de “ministro” desencorajando os jovens a se dedicarem à pregação do evangelho. Vou melhorar essa frase para que ninguém encontre brechas para distorcê-la: Os religiosos dos nossos tempos, donos das mais variadas organizações evangélicas e afins, não necessariamente desencorajam os jovens a evangelizarem, mas lutam para que eles não digam aquilo que deve ser dito: a VERDADE. Sim, aquelas verdades que suas instituições pútridas não querem que sejam ditas em público, nem em particular. E, com a chegada da internet, os jovens cristãos começaram a desempenhar seus dons ministeriais, sendo muitos deles ministros genuínos do evangelho, que não estão interessados em lucrar com o evangelho, nem em ganhar os aplausos do mundo, nem em encher suas publicações virtuais de “curtidas”, mas só querem uma coisa: Servir a Deus por meio da pregação da Palavra de Deus em Sua total pureza. E é isso que tem feito os “donos de empresas religiosas” (chefes de denominações ou instituições que têm por nome “igreja evangélica” ou coisa parecida) ficarem desesperados, pois até algumas décadas, quando a internet não existia, esses fariseus mantinham o monopólio do “evangelismo” na América (falo da América porque conheço apenas o estado de ruína da Igreja nesta área geográfica; mas sei que no mundo todo isso acontece em algum nível). Todavia, vamos colocar os pingos nos “i”s. Esta mensagem é pra você, jovem cristão, que tem sofrido deboches, injúrias, calúnias, zombarias e até censuras por parte desses manipuladores e “doutores da lei”.

Sabe por que seu "pastor" diz que a internet é "prejudicial"? Porque foi através da internet que o evangelho da cruz se expandiu e expôs a verdadeira face do falso cristianismo que reina na América. Isso prejudica as alianças políticas entre as denominações e diminui seus erários eclesiásticos, pondo em risco cargos pastorais remunerados e fechando instituições mercantilistas que nunca tiveram a intenção genuína de sofrer e morrer pelo evangelho, mas tão somente de manter os bancos de suas sinagogas ocupados no intuito de garantir o sucesso requerido pela diplomacia ecumênica.

Concílios, reuniões e conferências ecumênicas de todos os lados do âmbito denominacionalista têm sido frequentes nos últimos tempos, tanto pelo lado carismático quanto pelo lado “ortodoxo” (a palavra Tradicional cabe melhor aqui), a fim de elaborarem palestras sofísticas sob o pretexto de que os jovens têm se "rebelado" contra Deus ao se oporem aos sistemas de lavagem cerebral criados pelas grandes empresas evangélicas. Inúmeras convenções se desesperam em estabelecer novas regras alienantes com o intento de persuadir as mentes fracas a "voltarem seus olhos para a igreja" e "fugirem do meio virtual" porque - dizem eles - a internet causa divisões entre pessoas ao invés de uni-las como irmãs.

Mas, será que Cristo - o verdadeiro Cristo - sugere que Suas palavras possuem o objetivo de unir o mundo e transformá-lo em uma grande "irmandade"? Será que o Cristo da Bíblia convida os homens a se submeterem às aberrações teológicas de seus líderes sincretistas para que a paz seja mantida em detrimento da Verdade? Será que o Cristo da Escritura, em algum nível ou aspecto, recomendou que permanecêssemos unidos em nome do "amor", mesmo que isso custe a anulação total de Suas severas ordens de separação do pecado e da heresia? Será que o mandamento de Cristo consiste em manter a paz e unidade terrenas em lugar da doutrina pura e imaculada, ainda que isto resulte em uma guerra pela Verdade? Será que o Cristo da Palavra concordaria com os sorrisos largos e batidinhas hipócritas nas costas dos que, se dizendo irmãos, são inimigos inatos da Verdade? Será que o Cristo do evangelho está de acordo com todas essas definições antibíblicas de "amor" quando Suas palavras são lançadas no mar do esquecimento em prol de uma união cujo o emblema é a "paz e harmonia acima da obediência a Deus"?

A resposta para as perguntas acima está no capítulo 9 – A Doutrina da Separação. Para aqueles que estão lendo este livro via internet, segue abaixo os links de dois artigos desse capítulo:

Um Chamado à Separação:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/11/2-corintios-614-18-um-chamado-separacao.html

2 João 1.10-11 – Aparte-se dos falsos mestres:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/11/2-joao-110-11-aparte-se-dos-falsos.html

Antes da internet, as ovelhas eram alimentadas com as mensagens pútridas da mídia católica romana e pentecostal-carismática. Há vinte anos atrás, sem o Facebook, as pessoas não faziam ideia do que se trata "depravação total", "eleição incondicional", "expiação limitada", "graça irresistível" e "perseverança dos santos". Por décadas, o Brasil foi catequizado pelos falsos profetas do Pentecostalismo americano. Assim como na era de Lutero, uma nuvem negra e carregada de heresias papistas, espiritistas e gnósticas cobria os céus do Brasil. Irmãos espalhados pelo continente africano e asiático desconheciam as verdadeiras doutrinas da graça.

Mas o SENHOR tinha um plano: Criar um meio de comunicação independente e de alcance global enquanto a festa sincretista ocorria nos anos 80. Tudo parecia perdido e silencioso, mas a internet estava em processo de aperfeiçoamento e criação de novos programas. Através de um jovem programador e empresário, chamado Mark Elliot Zuckerberg, juntamente com alguns colegas da "Universidade de Harvard", trouxe em 2004 o que conhecemos como Facebook. A respectiva rede social, por meio de seu sistema alternativo de comunicação, expandiu o verdadeiro evangelho, sem laços com denominações religiosas criadas por homens, com uma força e velocidade nunca antes vistas pelos cristãos dos séculos passados.

No ano de 2012, um bilhão de usuários já tinha acesso ao verdadeiro evangelho, desconhecido pela sociedade pós-moderna. A maior rede de comunicação do mundo, em toda a história humana, neste exato momento divide nações e tribos por meio da Escritura Sagrada, sob o manuseio dos santos escolhidos e vocacionados à escrita. Outros fazem vídeos... outros montam blogs... etc.

A sã doutrina dos apóstolos, que teve início no "dia do Pentecostes" em Atos 2, quando o Espírito Santo concedeu aos apóstolos o dom sobrenatural de falar em várias línguas para que todas as nações ouvissem o evangelho de Cristo, agora é continuada pelos dedos que correm sobre as teclas. Ao teclar de um "Enter", a Palavra de Deus, santa e imaculada, atinge os quatro cantos da Terra.

Portanto, cada vez que você, internauta escritor, blogueiro ou editor, for insultado por causa do dom que recebeu de Cristo para a evangelização, alegre-se e regozije-se nisto, pois, jamais, em toda a história da civilização, uma pequena porção de cristãos verdadeiros foi tão privilegiada como a nossa. E tampouco o "dom de línguas" da era apostólica (o qual cessou juntamente com o fim do tempo dos apóstolos) supera o esplendor e eficácia dos que foram vocacionados a usarem os teclados.

Charles Haddon Spurgeon, um conhecido pregador do século XIX, diz o seguinte à respeito dos dons concedidos aos santos para a glória de Deus:

“Quando você lamentar a iniquidade do mundo, não deixe as suas emoções terminarem em lágrimas; mero choro não fará nada sem ação. Fiquem de pé; vós que tendes voz e conhecimento, vão e preguem o evangelho, preguem em cada rua e canto dessa grande cidade. Vós que tendes riquezas, vão e usem-nas com os pobres, doentes, necessitados, com os que estão à beira da morte, os analfabetos e os ignorantes. Vós que tendes poder de oração, vão e orem. Vós que sabeis manusear a caneta, vão e escrevam! Escrevam inclusive as iniquidades cometidas – cada homem no seu posto, cada um com a sua arma nesse dia de batalha; agora por Deus e por sua verdade; por Deus e pelo o que é justo. Que cada um de nós que conhecemos o Senhor possamos lutar usando o Seu estandarte!” (Charles Haddon Spurgeon - Livro: “Lições Do Casamento De Um Pastor: Charles e Susannah Spurgeon" – por Dr. Gerald Bilkes).

Jovem internauta, seu nome agora é "Teólogo de Internet", como costumam te chamar pejorativamente com a intenção de pará-los. Isso é para que você diminua cada vez mais, e Cristo cresça em você. Para que ninguém veja outra face senão a de Jesus Cristo, nosso Senhor.

"Ninguém despreze a tua juventude; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá. Não desprezes o dom que há em ti (...); Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem" (1 Timóteo 4.12-16).

"Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens" (Efésios 4.7,8).

"Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém" (1 Pedro 4.10,11).

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mateus 28:19,20).

Jovem internauta, se o seu dom é com as teclas, vá e escreva nesse dia de batalha! Se tiver que se gloriar, glorie-se no Senhor e nas afrontas suportadas! Não é você quem deve aparecer, mas sim a Palavra.

SE ESTES SE CALAREM, AS PRÓPRIAS PEDRAS CLAMARÃO!

Os assim conhecidos “pastores” e líderes que se gabam por estar em cima de um púlpito e menosprezam o ministério virtual estão a presumir que um templo com 200 pessoas possui mais ouvidos que 2 bilhões de famílias espalhadas na maior rede social do mundo. Amantes de palco que desprezam os que receberam o dom da escrita para proclamar o evangelho a todas as nações por meio da internet estão a desfazer do próprio ministério apostólico, que foi erguido e selado através da escrita e não com microfones e holofotes. Doutores que tentam censurar os servos de Cristo que usam todos os recursos concedidos por Deus para que Sua Sã Doutrina seja espalhada pelo mundo são homens duvidosos e hipócritas que deviam se preocupar mais com o avanço do Reino de Deus do que com a insistência de uma união profana e em desacordo com a Palavra inspirada. Suas sinagogas aumentam em número e diminuem em conversões.

Todo homem com título de “pastor”, de “reverendo” (ou sei lá do que mais tenham inventado como títulos lisonjeiros para intimidarem seus seguidores ineptos), que tenta impedir que as ovelhas de Cristo tenham acesso à variedade de materiais que suprem as dúvidas que outrora estavam debaixo do tapete, com pretexto de que está "protegendo-as", na verdade demonstra insegurança quanto ao que está de fato pregando, e manifesta total desespero com o fato da Sã Doutrina estar sendo apregoada em tempo integral, sem que qualquer método humanista possa impedir.

"Finalmente, irmãos, pedimos que orem por nós. Orem para que a mensagem do Senhor se espalhe rapidamente e seja honrada por onde quer que vá, como aconteceu quando chegou a vocês. Orem também para que sejamos libertos dos perversos e maus, pois nem todos têm fé" (2Ts 3.1-2).

A primeira preocupação de Paulo era esta: Se o evangelho estava sendo espalhado e honrado. Seu pedido de oração consistia [respectivamente] em: 1) “Orem para que a Palavra se espalhe rapidamente e seja honrada por onde quer que vá”. 2) “Orem para que sejamos libertos dos perversos e maus”. Considerando a prioridade do apóstolo no contexto, isto é, que a Palavra alcance o máximo de pessoas o mais rápido possível, poderíamos afirmar, sem falso temor, que dentre os perversos e maus mencionados por Paulo estão aqueles que tentam AMORDAÇAR os que anunciam a verdade sem nenhum interesse próprio.

"E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. (Lucas 19.39,40).

A marca registrada de todo fariseu é e sempre foi a tentativa de censurar os discípulos de Cristo.

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Seus filhos precisam saber | JP Padilha


"Educa a criança no caminho em que deve andar; para que, quando ela envelhecer, não se desvie dele"
 (Provérbios 22.6).

Seus filhos precisam saber quem é o Deus verdadeiro; o Deus das Escrituras; o Deus que predestina um número limitado de homens para a salvação e o restante deles para a perdição (Rm 9.13-24). Enquanto você apresentar um deus emotivo e débil aos seus filhos, cujo o caráter do mesmo constitui-se um conto de fadas onde só existe amor e todos são salvos porque fizeram “boas obras”, seus filhos continuarão caminhando para o inferno. Um deus que ama a todos, que deseja salvar a todos, que implora a aceitação dos homens e não sabe o que será do futuro de suas criaturas por causa do inviolável “livre-arbítrio” do homem NÃO é o Deus das Escrituras. Esse deus que você apresenta aos seus filhos não é o Deus que criou o céu e a terra.

Deus não ama a quem Ele não salva, e Ele não tem por inocente o culpado. Quando Deus olha para a humanidade, o que Ele vê é DEPRAVAÇÃO (Rm 3). Muitas coisas que você põe para o seu filho assistir, Deus odeia. Ele sente repulsa. O Deus das Escrituras é um Deus Santo, de olhos tão puros que não pode sequer contemplar o mal (Hc 1.13), em nenhum nível e em nenhum gênero.

Um número infindável de conteúdo ateísta e entretenimento marxista é impingido na mente das crianças, todos os dias, em todo lugar e em todo o momento; e você prestará contas a Deus por cada segundo que você encharcou a mente de seus filhos com "Xuxa", "Fada Madrinha", "Coelhinho da Páscoa" e "Papai Noel".

Seus filhos precisam saber que Deus é um Deus que se ira todos os dias (Sl 7.11) e odeia a todos que praticam a maldade (Sl 5:5).

Conte aos seus filhos que Deus ama somente aos que O amam (Pv 8.17), e que Cristo nunca sequer rogou pelos que não pertencem ao Senhor (Jo 17.9). Conte a eles que, ao desconhecerem a Bíblia e ficarem enojados com a Palavra aqui exposta, eles estão desconhecendo e se enojando do próprio Deus da Palavra (Mc 12.24). Jesus é a Palavra (1Jo 5.7). Se alguém não tem interesse e não ama a Palavra, esse alguém não se interessa nem ama a Cristo. Esse alguém criou um deus em seu próprio coração e pensa que esse é o verdadeiro deus. E não é por menos, pois sabemos que o coração do homem é enganoso e perverso, mais do que todas as coisas (Jr 17.9).

A primeira coisa que uma criança precisa aprender na vida é a TEMER a Deus, porquanto o verdadeiro conhecimento vem acompanhado de TEMOR a Deus. Se seus filhos dizem amar a Deus, mas não se interessam por Sua Palavra e nem O temem, eles estão no caminho da loucura e da perdição.

"O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução" (Provérbios 1.7).

Se você diz para os seus filhos que o Espírito Santo está presente onde o conhecimento das Escrituras é nulo, você está completamente enganado ou é um mentiroso. Onde a Escritura (em sua interpretação única) não se faz presente, não há resquício da presença do Espírito Santo (1Jo 5.7). Se eu perguntar aos pais que estão lendo este texto quais são os atributos de Deus e suas implicações, 95% deles não saberão responder, e muitos nem mesmo fazem ideia do que significa a palavra "atributo".

"Ouvi agora isto, ó povo insensato, e sem coração, que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvidos e não ouvis" (Jeremias 5.21).

“Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha” (Oséias 8.12).

"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55.6).

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele" (João 14.21).

"Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti" (Salmos 50.16,17).

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Pudor e Modéstia Cristã | JP Padilha


Aqui está mais uma ordem de Deus para as mulheres cristãs, que é se vestir como cristã. A desobediência nesse ponto trata-se de um dos maiores escândalos da Igreja do século XXI: a falta de “pudor e modéstia”. Não estamos tratando da vestimenta interna, mas da externa, pois ela é consequência da primeira. Não adianta usar o velho jargão: “O que importa é o interior e não o exterior”, visto que uma mulher cristã, quando convertida, sabe muito bem que o seu corpo agora pertence a Cristo; e provavelmente Cristo não se agrada de vestimentas que estimulam o pecado. Roupa não leva ninguém para o Céu, mas, certamente, quem é do Céu sabe o que vestir. Lembremo-nos de que a primeira coisa que Deus fez quando o pecado entrou no mundo foi cobrir Adão e Eva (Gn 3.21). Será que Ele fez isso sem nenhuma razão? Deus faria algo em vão, sem nenhum propósito?

Algumas mulheres podem alegar que Deus não faz diferenciação entre vestes cristãs e vestes mundanas, mas a verdade é que Ele faz sim: “E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro com vestes de prostituta, e astúcia de coração” (Provérbios 7.10). Perceba no verso que não somente a veste é pecaminosa, como tudo está relacionado à má intenção de quem está por trás da veste despudorada. Faça uma pergunta a si mesma: Você tem glorificado a Deus através do uso deste decote ou tem dado espaço para Satanás? “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Coríntios 6.19,20).

Portanto, a nível de introdução, já sabemos que a Bíblia ensina que existem vestes de cristãs e vestes de prostitutas, e que o nosso corpo não pertence a nós mesmos, e que devemos glorificar a Deus em nossos corpos ao invés de incitar o próximo a pecar.

É verdade que a primeira vestimenta que se manifesta no genuíno servo de Cristo é interna e espiritual. O verdadeiro cristão já está a arrancar os panos sujos do pecado e retirando os maus pensamentos da sua mente. O servo de Deus está em constante mudança interna, substituindo as velhas roupas sujas do pecado por novas roupas de santidade e entendimento da vontade de Deus (Cl 3.1-16). Ele está procurando, a cada dia, ser mais parecido com o Senhor Jesus Cristo e se esforça para desenvolver as atitudes piedosas que Cristo ensinou e demonstrou (Mt 5.1-12).

Todavia, por mais que muitos afirmem estar praticando essas coisas, essas pessoas não demonstram estar aplicando nada disso quando olhamos para suas vestes externas. Não há pudor; não há modéstia (1Tm 2.9). Temos que ter em mente que qualquer transformação interna sempre irá modificar o comportamento externo. Por exemplo, no caso do ladrão ou do mentiroso, ele não irá mais roubar nem mentir, como as pessoas do mundo (Ef 4.25-29). Todos os aspectos da vida do cristão são colocados sob o controle de Deus. E esse Deus a quem você alega servir é Santo (1Pe 1.13-16).

As pessoas que não se interessam em saber como devem se vestir dizem servi-lO, quando, na verdade, estão servindo a Satanás. Mulheres que mostram seus sutiãs ao vestirem uma “blusinha” dizem servir a Deus, mas não servem. Mulheres que usam calças apertadas nas nádegas pensam servir a Deus, mas não estão servindo a Deus, e sim a Satanás. Mulheres que usam decotes pensam que servem ao Altíssimo, mas não estão servindo ao Altíssimo, e sim a Satanás. Mulheres que mostram as pernas, as costas... e fazem de tudo para que seus corpos sejam vistos ao invés da esplêndida presença de Cristo não servem a Cristo; elas servem ao diabo. Essa é a verdade. Essas mulheres pecam e fazem os homens pecarem, e depois dizem: “Servimos a Deus”.

"O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal"! (Provérbios 30.20).

É assim que as mulheres ditas cristãs de hoje agem. Elas não se importam com o que está acontecendo do outro lado – aos olhos dos homens e de Deus –, mas Deus dá tanta importância para isso que nos deixou mandamentos a serem seguidos em Sua Palavra. De igual modo, o homem é atraído pela lascívia quando a mulher, de forma astuciosa, coloca seu corpo à mostra.

Mas alguém poderá argumentar dizendo que isso apenas se trata de quando a mulher é tocada por um homem. A resposta para isso está na Bíblia, pois o adultério não se trata apenas do toque, mas do olhar provocado pela mulher adúltera: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que OLHAR para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno" (Mt 5.27-29). Portanto, toda vez que você se apresenta em um lugar com vestes que incitam o homem a pecar você está adulterando.

“O preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas a adúltera sai à caça de vidas preciosas” (Provérbios 6.26).

Alguém ainda poderá dizer: “Mas a culpa é do homem que está me olhando, e não minha”. Porém, a Bíblia diz o contrário: “É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos (Lucas 17.1,2). E agora, qual desculpa você dará para se vestir como uma prostituta?

E o que dizer dos clubes de piscina? Seria um ambiente saudável para uma cristã ou cristão? Seria possível imaginar Jesus em um ambiente assim? Qual seria a Sua reação ao ver uma geração de cristãos que ficam seminus em um clube aquático? Qual a diferença entre sutiã, calcinha e biquíni? Certamente esse tipo de ambiente sensual, promíscuo e perverso não agrada a Deus, visto que Ele é Santo e “tão puro de olhos, que não pode contemplar o mal” (Hc 1.13). E se Deus não pode contemplar o mal, de que modo você acha que Ele olha para aqueles que praticam tais abominações?

“Aquele, pois, que cuida estar em pé, tome cuidado para que não caia” (1 Coríntios 10.12).

Uma das características mais marcantes de uma prostituta são as calças marcando as nádegas. Mas a coisa não pára por aí. Vestidos ou saias curtas que impedem de se abaixar ou de levantar os próprios braços, bem como vestidos ou saias que marcam o corpo, levam homens a quererem saber o que vem dentro. Vestidos ou saias que contornam as nádegas são tão pecaminosos quanto um biquíni. A propósito, foi assim que o biquíni veio a ser fabricado. As mulheres da década de 60 se negavam a vesti-lo para fazer a propaganda, e as empresas tiveram que contratar prostitutas profissionais para que o produto viesse a ser vendido.

Para que ninguém ouse dizer que este artigo se trata de mais um machista no mundo, vejamos o comentário de uma mulher cristã, chamada Letícia Fernanda da Silva:

“Muitas mulheres e moças atualmente perderam seu próprio valor e muitas mulheres cristãs não têm se dado conta disso - o que acaba por as levar se vestindo conforme o mundo tem ditado; isto é, a moda. Por que digo isso? Tenho notado o quanto muitas mulheres e moças têm se iludido ao pensarem que é bonito usar vestimentas que mostram todas as suas curvas, tais como: roupas justíssimas delineando seu corpo, shorts e saias curtas e blusas decotadas. Mas, se fosse para ser assim, Deus não teria vestido Adão e Eva como diz na Bíblia: "E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu" (Gênesis 3.21). Na Palavra também está escrito: "Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos preciosos. Mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras" (1 Timóteo 2.9-10).

Noto ainda que muitas mulheres e moças usam roupas indecentes com a intenção de chamar a atenção do público masculino. Então, questiono a vocês, mulheres, moças: Por que se iludem em achar que para conquistar um homem é necessário usar roupas justíssimas delineando seus corpos, shorts, saias curtas e blusas decotadas, ou, então, se alegram e se sentem bem quando os homens as olham e as desejam?

"A mulher graciosa guarda a honra como os violentos guardam as riquezas" (Provérbios 11.16).

O que significa guardar a honra? É se valorizar (mas sem ser sensual), evitar que falem mal de você (suas roupas devem refletir sua postura cristã), guardar seu corpo para seu esposo ou futuro esposo, pois somente ele tem ou terá o direito de te desejar e saber como é seu corpo. Mulheres e moças que fazem os homens terem pensamentos impuros (pecar) devido ao seu modo de se vestir, um dia com certeza serão cobradas pelo Senhor.

“Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem” (Mateus 18.7).

Creio que toda a mulher sonha em ser amada, respeitada e valorizada por um homem. Por isso quero lhes dizer que, para isso acontecer, você deve guardar sua honra, pois no momento que você não a guarda, acaba perdendo o que você mais gostaria de ter por parte de um homem: amor, respeito e valor. Não é se vestindo com trajes vulgares que irá conquistar verdadeiramente um homem; talvez você até o conquiste, mas é por um pequeno tempo - ou seja, até o tempo de seu corpo permanecer bonito, e isso infelizmente será por poucos anos. Se assim você agir, não poderá reclamar se for deixada, pois você o "conquistou" apenas com seu corpo bonito, e não com o seu caráter; afinal, no momento em que a beleza externa deixa de existir, esse tipo de "amor" perece. Todavia, se você conquistá-lo com seu caráter e ele realmente gostar de você por seres uma mulher virtuosa e com temor ao Senhor, então ele te amará até que a morte os separe, pois o caráter prevalece pela vida toda, mas a beleza é apenas por um determinado tempo.

"Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao SENHOR, essa sim será louvada" (Provérbios 31.30).

Por acaso as mulheres de antigamente usavam roupas indecentes como as de hoje? E seus casamentos eram duradouros. Quem antigamente usava roupas curtas, decotadas e justas? Perdoem-me, mas nem preciso dizer quem eram essas mulheres.

Pergunte, portanto, a um homem de Deus, qual mulher ele escolheria para ser sua esposa: aquela que se veste com roupas justíssimas delineando seu corpo, shorts e saias curtas e blusas decotadas ou aquela que guarda seu corpo para seu futuro esposo. Creio que um homem verdadeiramente de Deus escolheria aquela que se valoriza e guarda sua honra.

Algumas perguntas para nossa reflexão:

- Com que intuito tenho me vestido?
- Por que me visto com roupas curtas, decotadas e apertadas?
- O que pretendo com isso?
- Vou glorificar a Deus?
- Serei bem vista com as roupas que estou usando?
- Será que com essa roupa nenhum homem vai me olhar e pecar?

"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1 Coríntios 10.31).” (Comentário por Letícia Fernanda Da Silva – Blog 2Tm 3.16).

Lembremo-nos aqui que esta mensagem não se aplica somente à mulher, mas ao homem. Um homem sem camisa ou de sunga em público é tão depravado quanto uma mulher com decote, short curto ou costas à mostra. Sendo assim, que o leitor esteja atento para o fato de que eu não preciso mencionar o gênero masculino para falar de pudor e modéstia, pois isso está implícito e seria totalmente redundante.

A lascívia no homem funciona um pouco diferente do que na mulher. O homem é mais propenso ao que vê. Quando um homem quer cometer lascívia, a primeira coisa que ele faz é apontar os olhos para o corpo da mulher. Quando uma mulher quer cometer lascívia, a primeira coisa que ela faz é direcionar o seu corpo para os olhos de um homem. A mulher lasciva não olha, mas deseja ser olhada. O homem incontinente usa os olhos. A mulher incontinente usa o corpo. O homem deseja; a mulher quer ser desejada. O homem ímpio é atraído pelo que vê. A mulher ímpia é atraída pelo toque, e, ao desejar ser tocada, ela antes apresenta o produto na vitrine. É claro que tudo isso pode ocorrer de modo inverso, mas a predominância é inegável.

Uma mulher não usa decote atoa, ou, ainda, para levar pessoas a Jesus Cristo. A menos que eu seja convencido pela Escritura de que eu estou errado, a mulher que usa decote o faz para atrair os olhos dos homens e levá-los a desejá-la. Igualmente, um homem não olha para o corpo de uma mulher em vão, mas sim com um objetivo em mente: Tocá-lo.

"Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia (...)" (Gálatas 5.19).

"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências" (Gálatas 5.24).

"Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas" (Colossenses 3.5-7).

O pecado da lascívia tem entrado na vida dos crentes de uma forma muito natural. Isso acontece devido à velha natureza pecaminosa que insiste em sobreviver e, sobretudo, devido à relativização teológica e liberalismo da Igreja. A lascívia apresenta-se nas pessoas que, levadas por sentimentos diversos, pensamentos impróprios e sem uma genuína conversão, deixam-se moldar pelos costumes comuns aos ímpios. Essas pessoas se conformaram com o presente século e não atentaram para a ordem de "não se conformarem com as coisas do mundo, mas antes serem transformadas pela renovação do seu entendimento" (Romanos 12.2). Elas ignoram o fato de que a verdadeira Religião Cristã consiste em "APARTAR-SE DA CORRUPÇÃO DO MUNDO" (Tiago 1.27) e tornam-se adeptas de roupas inadequadas aos servos de Deus. Tornam-se sensuais e incontinentes, reprovadas por Deus.

“Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências (desejos carnais). Estes são os que a si mesmos se separam, sensuais, que não têm o Espírito. Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna” (Judas 1.17-21).

"Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus" (1 Coríntios 10.32).

“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12.2).

"Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito" (Romanos 8.5).

Não é pecado ser bela. A mulher de Deus passa desapercebida aos olhos mundanos. Sua beleza reflete tanto Cristo, que ela desaparece. Você se veste para atrair primeiramente os homens ou a Cristo? Todavia, "como jóia de ouro no focinho de uma PORCA, assim é a mulher formosa que NÃO TEM DISCRIÇÃO" (Provérbios 11.22). Como podemos ver, o pecado não está em "ser bela", mas no querer mostrar seu corpo.Parte superior do formulário

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O USO DO VÉU | JP Padilha


Este é, sem dúvida, um dos mandamentos mais desobedecidos e negligenciados na cristandade professa atual: o uso do véu para as mulheres. Seu uso vai além do culto público. Embora a Palavra de Deus não especifique o momento exato onde a mulher deva usar o véu em sua cabeça, não temos autoridade para afirmar que esta ordem se aplique apenas às reuniões da assembleia. Seu uso é mais amplo. Sua aplicação se estende a qualquer lugar onde a Palavra de Deus esteja sendo estudada ou quando a mulher estiver em oração, seja em reuniões públicas ou em particular.

QUAL A RAZÃO DE SE COBRIR A CABEÇA?

Não são poucas as pessoas que perguntam: "Por que Deus iria querer e ordenar que as mulheres cristãs cobrissem a cabeça? Qual a utilidade disso?". A própria Bíblia responde: "Por causa dos anjos" (1Co 11.10). Deus não apenas nos dá a ordem, como também explica a razão. No verso 10 é dito que a razão é “por causa dos anjos” que as observam. Por não trazerem sobre a cabeça o sinal de poderio, o qual os anjos observam, as mulheres que não cobrem a cabeça quando oram ou tratam das questões de Deus estão desonrando os homens aos quais deveriam estar sujeitas, e fazem isso diante das potestades celestiais que deveriam estar aprendendo por meio da Igreja (Efésios 3.10).

Se fizermos essas mesmas perguntas a um “teólogo”, ele certamente responderá que a passagem foi escrita por causa dos costumes, do lugar, da época, das prostitutas que tinham cabeça rapada, da “aversão de Paulo por mulheres” (essa é até engraçada) e outras explicações espúrias que você certamente já conhece. Mas, se perguntarmos à Palavra de Deus, veremos a resposta no próprio versículo. "Por causa dos anjos". Anjos não seguem a moda, cultura ou costumes; e os anjos não mudaram desde então, embora essas coisas tenham mudado em nossa sociedade.

Deus estabeleceu uma ordem clara ao Seu povo. Homens e mulheres cristãs não podem, de maneira alguma, negligenciar tal mandamento, pois se trata de um mandamento – uma norma claramente estabelecida à Igreja. É muito importante que observemos todo o contexto da passagem que trata da questão do uso do véu, pois assim saberemos por que essa ordem se encontra ali e entenderemos a razão de ser uma norma para toda a era da Igreja:

“Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu” (1 Coríntios 11.3-15).

Dentro da ordem que Deus estabeleceu, o homem que cobre a cabeça quando ora desonra sua cabeça, que é Cristo. A mulher que não cobre sua cabeça quando ora desonra sua cabeça que é o homem (1Co 11.3‑5). O homem é a glória de Deus e a mulher é a glória do homem.

Bruce Anstey explica:

“O ato de descobrir a cabeça por parte dos irmãos e o de cobrir a cabeça por parte das irmãs são demonstrações dos princípios envolvidos na confissão cristã. O Apóstolo mostra no início do capítulo que no cristianismo a cabeça do homem representa Cristo. Paulo diz: "Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo" (1Co 11.3). Em seguida ele mostra que, por esta razão, os irmãos devem descobrir a cabeça quando tratam das coisas divinas. Ao fazerem assim eles reconhecem que toda glória pertence a Cristo. Trata-se de um ato deliberado de testemunho da parte dos irmãos, e reflete nosso desejo de conceder toda glória a Cristo, nossa Cabeça viva no céu. Paulo diz: "O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem" (1Co 11.7). Esta atitude glorifica a Cristo e deve ser feita tendo isto em vista.

Por outro lado, no cristianismo a mulher representa a glória do homem. Ali diz: "O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio [autoridade], por causa dos anjos" (1Co 11.7-10). O cabelo da mulher é um sinal da glória natural do primeiro homem. O cabelo é seu véu permanente de beleza e glória (1Co 11.15). O apóstolo ensina que o cabelo da mulher deve ser coberto quando estiverem sendo tratadas as coisas divinas, por causa do que o cabelo representa. Quando as irmãs usam uma cobertura na cabeça, elas estão proclamando o fato de que não reconhecemos o primeiro homem como tendo qualquer lugar no cristianismo. Trata-se de uma confissão de que o homem e sua glória não têm lugar nas coisas divinas” (Bruce Anstey – “A Ordem de Deus”).

Por meio desse ensino, a Escritura nos mostra que os cristãos são um espetáculo divinamente preparado: Os anjos estão aprendendo a sabedoria de Deus em Seu agir entre os cristãos na terra (1Co 4.9; Ef 3.10).

Essa é a beleza do cristianismo: Temos um "culto racional" (Rm 12.1). Quando entendemos a razão de Deus nos dar uma ordem, nossa obrigação é obedecer a Sua Palavra, e podemos fazer isso de forma inteligente e com um propósito. Isso se contrapõe completamente ao culto que era oferecido pelos judeus sob a Lei; os israelitas não entendiam muito daquilo que faziam em seu culto a Deus.

DOIS ARGUMENTOS USADOS PARA NÃO SE USAR O VÉU

1 – "Cobrir a cabeça era um costume cultural antigo que não deve ser considerado hoje!"

A Bíblia deixa claro que as coisas que Paulo ensinou em relação ao uso do véu pela mulher não foram reveladas exclusivamente aos Coríntios, mas sim para serem praticadas "em todo o lugar" (1Co 1.2). A maioria dos cristãos hoje não segue esse preceito, geralmente alegando questões culturais. O problema de analisarmos o que nos é ordenado nas epístolas dos apóstolos tendo em vista a cultura, época e situação de cada um acaba por levar a Igreja ao pecado em outras questões, sendo algumas delas muito mais graves. Por exemplo, vemos que em nossa época fica cada vez mais comum coisas como a “prostituição” (sexo fora do casamento) e a homossexualidade. Ambas as coisas são pecados, mas entram em nosso meio através do mesmo subterfúgio usado pelos relativistas que alegam que o uso do véu é uma questão de cultura, circunstância e/ou época.

Em 1 Coríntios 11, ao falar do véu ou cobertura da cabeça da mulher quando ela ora ou “profetiza” (fala das coisas de Deus), a Bíblia diz:

"Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos” (1 Coríntios 11,10).

Fica claro que a Bíblia não diz que essa ordem seria somente para a época dos apóstolos. Se essas coisas fossem apenas para aquela época, ficaria difícil para um “teólogo relativista” explicar a razão pela qual a Igreja observou esse mandamento – de cobrir a cabeça – desde o princípio até cerca de 50 anos atrás. São 1900 anos! Será que a Igreja agiu de maneira errada todo esse tempo?

2 – “Mas o cabelo da mulher é o seu véu!"

Esse é outro argumento estúpido por parte daqueles que se rebelam contra a ordem clara do SENHOR a fim de descartar o uso do véu pela mulher. No verso 15 da passagem é dito que “ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu". Com base nesse único versículo, eles alegam que a mulher já estaria cumprindo com o mandamento do uso do véu se ela possuir cabelos longos, pois, conforme a interpretação desses, os seus cabelos já estariam funcionando como um véu em sua cabeça. Grande engano!

Não obstante, isso não tem nada a ver com o que o apóstolo está dizendo na respectiva passagem. Nesse verso são mencionadas duas coberturas, e não somente uma. Paulo propositalmente usa duas palavras diferentes para distinguir as duas coisas. Infelizmente, na maioria das traduções isso não está indicado, e, por essa razão, o leitor acaba concluindo, muitas vezes de forma sincera, que o cabelo é uma cobertura suficiente para a mulher. Mais uma vez teremos que recorrer ao idioma original em que o Novo Testamento foi escrito para entendermos melhor esses detalhes.

DUAS PALAVRAS-CHAVES

No grego koiné, que é a tradução original do Novo Testamento, a palavra "cobrir", nos versículos 4 a 6, é diferente da palavra usada no versículo 15. No versículo 15 a palavra original é “peribolaiou” e indica o cabelo enrolado em torno da cabeça. Na linguagem moderna seria o equivalente a um penteado ou algo semelhante. Portanto, o cabelo da mulher é um véu (ou cobertura) de glória e beleza que a natureza lhe concedeu.

Todavia, a palavra que aparece do verso 4 ao 6 não é “peribolaiou”, e sim “katakalupo”, que indica uma cobertura artificial para o cabelo – algo como um chapéu, lenço etc. É por essa razão que não existe fundamento para a ideia de que a mulher não precisa usar uma cobertura sobre a cabeça quando ora ou trata das questões de Deus, seja em público ou em particular.

Alguns argumentos são levantados por pessoas sinceras e outros são levantados por pessoas que querem fazer a sua própria vontade; e são exatamente esses argumentos (do segundo grupo) que acabam se mostrando ridículos a tal ponto que nem mesmo merecem ser levados a sério. A ideia de que o próprio cabelo da mulher satisfaz a ordem de cobri-lo é um exemplo disso. Se o cabelo é a cobertura a qual a passagem se refere, então os homens também trariam, por natureza, uma cobertura, pois eles têm cabelo tanto quanto as mulheres!

Para dificultar ainda mais a coisa, vale uma pergunta que deixará qualquer “metido à teólogo” de cabelo em pé: Se o cabelo das irmãs já representa, por si mesmo, a cobertura para a cabeça em 1 Coríntios 11, como poderiam os irmãos orarem e profetizarem em obediência à Palavra de Deus se estiverem impedidos de ministrar a Palavra com a cabeça coberta? (1Co 11.4). Será que Paulo desejava que todos os irmãos que ministram a Palavra na reunião tivessem a cabeça raspada? É óbvio que aqueles dentre os opositores do “uso do véu” que forem sinceros dirão que isso não faz qualquer sentido. Mas aqueles que se mostram irredutíveis diante da ordem de Deus irão ranger seus dentes e não darão o braço a torcer, embora não possuam nada para argumentar, senão os velhos xingamentos de sempre. Que tal mais uma pergunta para os embaraçar ainda mais? Se os opositores do “uso do véu” acreditam que o cabelo seja um véu, por que não raspam a cabeça? Eu nunca presenciei sequer um grupo de cristãos que faça isso. Evidentemente, não é de cabelo natural que a passagem está tratando ao falar do véu.

"LEVANDO O SEU VITUPÉRIO"

Ao observarmos na Bíblia o lugar e ministério das irmãs na Igreja, tendo em vista o declínio do testemunho cristão nos últimos dias, fica bastante óbvio que a recusa das mulheres em aceitar o lugar que Deus lhes designou é apenas mais uma evidência do grande abandono da verdade por parte da Igreja. Jesus nunca disse que a Igreja se tornaria uma religião oficial no mundo e que este mundo seria um lugar genuinamente cristianizado. Como já fora tratado no capítulo 1 deste livro, onde falamos sobre a Igreja e a falha em seu testemunho, a história é bem diferente de acordo com a Escritura. O testemunho da Igreja falhou, assim como aconteceu com Israel na antiga dispensação.

O problema disso – e de muitos outros assuntos que tratamos neste livro – é que os cristãos não querem levar o vitupério ou a vergonha que está associada à prática do cristianismo bíblico. Como consequência, eles inventam todo tipo de desculpas para não seguirem as simples ordens da Palavra de Deus, as quais, em sua maioria, não precisam que um “expert” em hebraico ou grego interprete para nós.

Aqueles que atenderem à exortação "saiamos, pois, a Ele fora do arraial" irão levar "Seu vitupério""vergonha", "rejeição" (Hb 13.13). Não há como escapar disso; não há atalhos para seguir a Cristo do modo como está expressamente ordenado na Santa Escritura. O cristianismo normal é assim. Devemos, por temor e tremor diante de Deus, estar preparados para aceitar e nos submetermos aos Seus mandamentos. Se por um lado podemos ser envergonhados por causa do nome do Senhor Jesus, por outro teremos também um senso de Sua aprovação em nossa alma. Isso porque existe um gozo na senda de se fazer a vontade de Deus, gozo este que só é conhecido daqueles que caminham nela: "Deleito-me em fazer a Tua vontade, ó Deus meu" (Sl 40.8; Jr 15.16).

O COSTUME ERA DE NÃO SER CONTENCIOSO OU DE NÃO COBRIR A CABEÇA?

"Se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus" (1 Coríntios 11.16).

Maior parte dos cristãos professos hoje lê os versos sobre a mulher cobrir a cabeça (e o homem descobrir) quando ora ou fala da Palavra de Deus, e não concorda, concluindo erroneamente que as igrejas de Deus da era apostólica não tinham esse costume de as mulheres cobrirem a cabeça (e os homens descobrirem).

Mario Persona comenta sobre essa confusão interpretativa:

“Essas pessoas olham para 1 Coríntios 11.16 e pensam que a palavra "costume" se refere a cobrir (ou descobrir) a cabeça. Ali diz: "Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus". É fácil perceber a que "costume" Paulo se referia se você trocar a expressão "ser contencioso" por "cuspir no prato". Então ficaria assim: "Se alguém quiser cuspir no prato, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus". De que "costume" então o apóstolo estaria falando? De homens não cobrirem a cabeça e mulheres cobrirem, ou de "ser contencioso"?

O mesmo apóstolo Paulo, chamado de machista por alguns, escreveu:

"Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, MUITO MAIS AGORA NA MINHA AUSÊNCIA, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Fazei tudo sem murmurações NEM CONTENDAS, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente” (Fp 2:12-16).

Nesta passagem é possível ver seu uso da palavra "contendas" associado à não obediência da doutrina que lhe foi dada pelo Espírito Santo. Portanto, não faria sentido ele falar tudo aquilo sobre o homem orar com a cabeça descoberta para chegar no final e dizer que não havia esse costume nas igrejas de Deus. Ah, me desculpe! O assunto era a mulher cobrir a cabeça. Mas aí, se era desse "costume" que Paulo estaria falando não ter, como ficaria o ensino sobre o homem descobrir a cabeça quando ora ou profetiza? Seria isso também um costume que nem ele e nem as igrejas de Deus teriam? Ou será que o "não temos tal costume" estaria associado ao "contender"?

Basta consultar uma professora de português para ela dizer a você que a frase "nós não temos tal costume" está diretamente relacionada ao que o apóstolo disse imediatamente antes, "se alguém quiser ser contencioso" (1Co 11.16). Ou seja, “como cristãos não temos o costume de sermos contenciosos” (Mario Persona – O que Respondi – A mulher que ora sem véu ou sem cobrir a cabeça está salva?”).

Vamos fazer o seguinte para facilitar ainda mais essa questão da frase “não temos tal costume” de 1 Coríntios 11.16. Abaixo eu tecerei vários trechos de passagens bíblicas que deixam isso tão claro que fica impossível um cristão honesto negar o que fora exposto a respeito do assunto:

"Andemos honestamente, como de dia, não em contendas (Rm 13.13)... Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas (Rm 14.1)... me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós (1Co 1.11).... pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (1Co 3.3)... desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas (1Tm 1.6)... É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras (1Tm 6.4)... Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade (1Tm 6.5)... ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam" (2Tm 2.14).

Sendo assim, não faria qualquer sentido a Bíblia nos ensinar tudo o que está do versículo 1 ao 15 de 1 Coríntios 11 só para chegar à conclusão de que não temos o costume de as mulheres cobrirem a cabeça no momento da oração e culto a Deus. A propósito, se a frase "não temos tal costume" tivesse qualquer associação com o que ele discorreu com tantos detalhes anteriormente, teríamos de incluir nisso a ordem estabelecida no versículo 3, ou seja, "Cristo é a cabeça do homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo". Ora, porventura somos ordenados a rejeitar o fato de que Cristo é a cabeça do homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo?

Outra coisa interessante é que a história, mais uma vez, condiz com as Escrituras, pois ficaria sem sentido algum os séculos de "costume" de cristãos do gênero masculino que tiravam o chapéu na hora de orar, expressando respeito à ordem estabelecida por Deus em Sua Palavra. Aliás, ainda podemos ver esse “costume” sendo praticado em muitos lugares, em especial nas ocasiões em que se põe a comida na mesa. Muitos homens (alguns deles nem são cristãos) descobrem a cabeça no momento da refeição, o que vai de encontro com a Ceia do Senhor – com o partir do pão entre os irmãos em uma assembleia. Se para a mulher fosse indiferente orar com a cabeça coberta ou descoberta, então o mesmo deveria valer para o homem. Essa é a conclusão lógica de tudo o que temos aprendido sobre o uso do véu para as mulheres cristãs.

Tenho certeza que a maioria dos ditos cristãos de hoje não darão a mínima importância para o que foi falado aqui. Todavia, o texto sagrado mostra que Deus dá tanta importância ao assunto que Ele não resumiu essas coisas da forma que os opositores da verdade resumem, dizendo que isso é coisa de outra época... de outros povos... para outros fins. Deus poderia simplesmente ter dito: "Todo homem ou mulher que ora ou profetiza, faça do jeito que achar melhor, porque é indiferente cobrir ou não a cabeça". Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, poderia ter escrito simplesmente isso e as árvores teriam agradecido a economia de papel de bilhões de Bíblias com quase trezentas palavras a menos. Mas o que vemos é bem diferente. Deus dá tanta importância a esta ordem que Ele fez questão de nos revelar os detalhes de como colocá-la em prática.

Lembremo-nos de que a salvação é pela graça, mediante a fé em Cristo e no Seu sacrifício consumado no Calvário. Mas não se engane – a verdadeira fé da qual estamos falando resulta em obediência, não em rebeldia e arrogância.

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Exortação às mamães cristãs | JP Padilha


Se seu filho estivesse com câncer terminal, o que você faria? Você provavelmente deixaria o emprego profissional, se colocaria ao lado dele em tempo integral e não perderia sequer um segundo do tempo que lhe resta com ele; e você mesma prepararia o REMÉDIO diário para mantê-lo são e consciente enquanto fosse possível, e certamente daria início a ORAÇÕES ininterruptas para que Deus o salvasse das tormentas daquela dor. Acertei?

Pois bem, o fato é que você negligencia algo infinitamente mais importante do que a saúde física de seu filho. Está a condená-lo a um sofrimento terrivelmente maior do que um simples câncer, e, se você recebeu filhos de Deus para cuidar e um LAR para governar, você não tem o direito de revirar as normas da Escritura de cabeça para baixo no intuito de satisfazer seus desejos profissionais e alcançar interesses próprios. Você não tem o direito de jogar no lixo as leis estabelecidas por Deus à mulher casada e mãe. Você está condenando seu filho ao inferno quando abre mão de sua responsabilidade de dedicar-se à doutrinação bíblica integral de sua prole. Sob pretextos mundanos e com base em suas necessidades financeiras, você lança seu pequenino em uma creche ou nas mãos de parentes como se a soberania de Deus estivesse debaixo das suas necessidades terrenas. Seja lá quem mais for o indivíduo ao qual você confiou "a herança que Deus lhe deu" (Sl 127.3), você prestará contas pela alma de seu filho um dia, o qual lhe foi concedido para ser educado, disciplinado e encaminhado por você e por mais ninguém.

Seu filho não nasceu com câncer. Ele nasceu MORTO (Rm 3). E para ter vida ele necessita de alimento espiritual (Doutrina Bíblica), remédio (Cristo), oração incessante e atenção multiplicada. E esta responsabilidade foi dada aos pais, não às creches, escolas, parentes ou amigos. Seu filho caminha a passos largos para o inferno enquanto você relativiza as Escrituras e diz: "As mães dos tempos bíblicos viveram em outra cultura e em outra época". Não, as mães bíblicas viveram na mesma cultura sórdida que você; porém, não trataram a Palavra de Deus como algo mutável e ultrapassado, mas sim como princípios imutáveis, santos, perfeitos e eternos.

Alguém poderia perguntar: “Mas como sustentaremos nossos filhos se não trabalharmos fora de casa?”. A resposta para isso está em Salmos 127:

“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois é o SENHOR quem dá o sustento aos Seus, ainda que estejam dormindo. Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos que um homem tem na sua juventude. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta” (Salmos 127.1-5).

Você confia de fato nessas palavras? Você é uma cristã? Você crê no que Deus diz acerca do sustento que Ele dá aos que Lhe pertencem? Não espere ouvir essas palavras nas ditas “igrejas” atuais. Talvez alguém tenha a sorte de ouvi-las e acatá-las em uma congregação pequena, onde os anciãos prezem pela pregação pura da Palavra de Deus e conservem suas ovelhas na Sã Doutrina dos Apóstolos. Todavia, eu não contaria com isso nos dias tenebrosos em que vivemos, exceto ao considerar o remanescente da Igreja que já entendeu a ordem de Deus de como congregar ao Seu nome e não em instituições religiosas que se dizem “igrejas” (cf. cap. 1 – artigo: “O que é a Igreja?”). Raramente você ouvirá de um “pastor” moderno que você, ao deixar os filhos aos cuidados do Estado ou de outras pessoas para fazer aquilo que foi destinado aos pais, está em pecado. A maioria dos ditos “pastores” e outros tipos de líderes de hoje não têm consideração para com o abençoado lugar que Deus designou para a maioria das mulheres: o de ESPOSA e MÃE. Mas a Palavra continua viva e mais cortante que uma espada de dois gumes (Hb 4.12).

Isto é uma ORDEM e não uma sugestão:

"Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer; porque já algumas se desviaram, seguindo à Satanás. Se algum crente ou alguma crente tem viúvas, socorra-as, e não se sobrecarregue a igreja, para que se possam sustentar as que deveras são viúvas" (1 Timóteo 5.14-16).

“Assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus maridos, a fim de que a Palavra de Deus não seja blasfemada (Tito 2.4-5).

As passagens acima nos ensinam que quando uma esposa, seja ela mãe ou estéril, desobedece a tais mandamentos, ela se torna blasfema e contrária à Palavra de Deus. Ela faz tropeçar milhares de jovens que a observam. E isso é algo que a maioria dos cristãos professos da atualidade jamais irá entender.

Sei que palavras como essas se encontram na contramão do Sistema. Ora, se estivesse de acordo com os pensamentos e filosofias do mundo, não seria o Evangelho. Todavia, o futuro de nossos filhos dirá quem está com a razão. Não tenho medo de afirmar que vale muito mais um filho equilibrado e crente diante das dificuldades financeiras (ainda que passemos fome) do que uma vida farta com o filho desequilibrado e longe do Senhor.

Um pregador certa vez disse: "Se por um lado essa geração tem sofrido com homens omissos, que deixaram de ser machos em virtude da lobotomia sofrida pelo marxismo cultural, por outro, encontramos a masculinização das mulheres, que em nome de uma pseudo-liberdade abandonaram a doçura e a feminilidade, tão necessárias à educação dos filhos". É exatamente essa a nossa realidade.

A mulher profissional é completamente incompatível com a mulher que faz profissão de esposa e mãe. A mulher solteira pode (e deve) trabalhar pelo seu sustento e buscar sua autonomia profissional e outras necessidades que, para uma casada e mãe, são tarefas secundárias que não devem tomar sequer um segundo de seu ministério - o de ESPOSA e MÃE.

A ESPOSA e MÃE de um Lar tem como principal papel a árdua tarefa de formar cidadãos espirituais – verdadeiramente servos do Altíssimo – e inaugurar o Reino de DEUS em seu lar; tarefa esta que, sob a lei da criação, tem um valor infinitamente superior ao do profissionalismo terreno. O marido é o líder e provedor do lar. A esposa é a governanta desse lar. O marido trabalha para prover alimento e vestes decentes à esposa e filhos. A mulher trabalha para manter a ordem e educação dos filhos quando o marido está fora ou à trabalho. Esta é a ordem natural de DEUS para a Família. Os bons frutos de um lar que assim procede são nítidos e claros como o meio-dia. O resultado desse procedimento santo é a estupenda presença do Espírito de Deus e a formação impecável do caráter dos filhos, levando-os a uma conduta irrepreensível diante dos pagãos.

Seu filho(a) nasceu morto(a) em delitos e pecados (Rm 3). A pergunta é: O que você fará a respeito disso? Você serve a Deus ou a si mesma? A resposta para esta pergunta estará na sua reação ao ler este texto.

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Um chamado de Deus às esposas e mães | JP Padilha


Eu quero iniciar esta pequena exortação com um trecho do livro "A Mulher Puritana", de David Lipsy. O autor descreve os puritanos do século XVII da seguinte forma:

“Talvez alguém possa responder que algumas esposas e mães são também, ao mesmo tempo, mulheres com profissão de tempo integral. A puritana típica (cristã), com uma mistura de grave preocupação e suave espanto, perguntaria em resposta: ‘Como seria possível que cristãos, de todos os povos, ousassem revirar a ordenança da própria criação de Deus e Seus planos para as mulheres de cabeça para baixo, pedindo-lhes que sacrifiquem um tempo precioso e energia de seus chamados primários dados por Deus e desviá-las para fazer aquilo que Deus dá normalmente para os homens?”.

Depois de ensinar como mulheres não casadas deviam trabalhar para seu próprio sustento, John James comenta que “no casamento... o marido deve ganhar com o suor de seu rosto, não apenas seu próprio pão, mas o de sua família”. Na sociedade puritana era bem-estabelecido que um dos deveres fundamentais do homem no casamento era prover sua esposa e família com roupas e alimento adequados. Para ele, pedir que sua esposa faça isso, exceto em circunstâncias que o privem de assim o fazer, era considerado paganismo. A justiça até mesmo reconhecia este sustento como parte essencial de dívida à mulher como virtude do casamento.

É possível, amigos, que nós realmente precisemos considerar se de fato estamos prestando atenção suficiente, tanto em casa como nos círculos da igreja como um todo, ao tipo e quantidade de preparação que nossas moças recebem para aquele chamado que a maioria delas um dia ocuparão: aquele de esposa e mãe? Nossas escolas estão fazendo isso? Elas fazem isso o bastante? Como pais, nós estamos impingindo em nossas moças e senhoras uma alta consideração para com o abençoado lugar que Deus designou para a maioria das mulheres: o de esposa e mãe?” (A Mulher Puritana – David Lipsy).

O principal motivo pelo qual as mulheres casadas e mães não podem optar por terceirizar seu ministério familiar é a Lei da Criação. A lei da criação não pode ser rejeitada como limitada culturalmente. Isso seria um enorme relativismo teológico e uma genuína blasfêmia contra Deus e Suas ordens para a Igreja.

Para provar este ponto, lembremo-nos de como o Novo Testamento faz referências à ordem criada quando lidando com muitos outros aspectos além deste. Por exemplo, a homossexualidade não está em harmonia com a vontade de Deus porque é “contrária à natureza humana” (Rm 1.26); ou seja, esta prática viola o que Deus pretendia quando fez seres humanos macho e fêmea – homem e mulher (Gn 1.26-27). Semelhantemente, Cristo ensina que o divórcio e o adultério do novo matrimônio com terceiros não são de procedência divina desde que, na criação, Deus tenha feito um homem e uma mulher para que “ambos sejam uma só carne até que a morte os separe”, significando que o divórcio e o segundo casamento de divorciados são expressamente proibidos por Deus com base na lei da criação (Gn 2.24; Rm 7.2,3; Mt 19.3-12 – Confira o cap. 5). Um terceiro exemplo é que toda comida deve ser recebida com ação de graças desde que o mesmo seja um dom da mão criadora de Deus (1Tm 4.3-5).

Tudo isso concorda com o que descobrimos sobre casamento e/ou família no Novo Testamento. Os esposos possuem a responsabilidade inicial da liderança e as esposas são chamadas a submeterem-se à liderança de seus esposos (Ef 5.22-33; Cl 3.18-19; 1Pe 3.1-7). O chamado à submissão para a esposa não está fundamentado em meras normas culturais, pois ela é chamada a submeter-se a seu esposo assim como a Igreja é chamada a submeter-se a Cristo (Ef 5.22-24). Paulo designa o casamento como um “mistério” (Ef 5.32), e este mistério é que o casamento reflete o relacionamento de Cristo com a Igreja, não deixando qualquer espaço para os que relativizam o evangelho a fim de argumentar que o ministério da mulher seja algo cultural e transitório.

É crucial observar que um papel diferente para as mulheres não significa a inferioridade delas. Homens e mulheres foram igualmente criados à imagem de Deus (Gn 1.26-27). Eles têm igual acesso à salvação em Cristo (Gl 3.28) e, juntos, são herdeiros da grandiosa salvação que é nossa em Jesus Cristo (1Pe 3.7). Os escritores bíblicos não lançam calúnias sobre a dignidade, inteligência e personalidade das mulheres. Vemos isso ainda mais claramente quando reconhecemos que, assim como Cristo submete-se ao Pai (1Co 15.28), as esposas devem em tudo submeter-se aos seus esposos (Ef 5.24), educarem seus filhos segundo a sã doutrina de Cristo (Dt 6.6,7; Pv 22.6; Ef 6.4; 2Co 12.14b) e dedicarem tempo integral ao seu lar, a fim de que a Palavra de Deus não seja blasfemada (Tt 2.5).

Portanto, mulher, se você foi chamada para ser Esposa e Mãe, não se rebaixe a ponto de ser rainha em qualquer lugar do mundo. Se as mulheres do mundo vituperam sua missão e debocham de sua divina carreira, lembre-se que este é o sinal de que o Criador dos céus e da terra está com você e não com as mulheres do mundo, porque do mundo são (1Jo 4.5); e você não é do mundo, assim como Cristo também não é (João 17.16).

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Pena de Morte e Legítima Defesa segundo a Bíblia | JP Padilha


Na Teocracia de Israel, a Lei ordenava a pena de morte para vários atos: Assassinato (Ex 21.12), sequestro (Ex 21.16), sexo com animais (Ex 22.19), adultério (Lv 20.10), homossexualidade (Lv 20:13), ser um falso profeta (Dt 13.5), prostituição e estupro (Deuteronômio 22.4), e para diversos outros crimes.

Esse era um padrão governamental muito superior a todos os que já conhecemos até hoje, visto que foi o próprio Deus quem o instituiu para o Seu povo. Assim, muitas coisas abomináveis aos Seus olhos eram consideradas crime e punidas com a morte ou por meio de outras punições estabelecidas pelo governo teocrático de Israel. Todo cristão deveria desejar um governo teocrático, tal como era no período mosaico (sob a lei de Moisés), pois ele não precisa temer as autoridades, visto que não está em pecado, mas segue uma vida reta diante do SENHOR (Rm 13.3-4).

No entanto, embora existissem severas punições para tais crimes (pecados), Deus frequentemente demonstrava misericórdia quando a pena de morte era imputada. Davi, por exemplo, cometeu adultério e homicídio, e mesmo assim Deus não exigiu que sua vida fosse tirada (2 Sm 11.1-5, 14-17; 2 Sm 12.13).

Todavia, segundo a justiça divina de Deus, todo e qualquer pecado que nós cometemos deveria resultar na pena de morte (Rm 6.23). Felizmente, Deus demonstra o Seu amor por nós não nos condenando, mas dando-nos a vida eterna, isto é, aos Seus escolhidos, perdoando-os todos os Seus pecados sem a punição que era requerida na era patriarcal, sob a teocracia de Israel (Rm 5.8).

“NÃO MATARÁS” – O SEXTO MANDAMENTO

Encontramos no Antigo Testamento o sexto mandamento "não matarás". Todavia, essa não é a tradução correta que a maioria das Bíblias nos apresenta. A palavra hebraica usada no sexto mandamento é "Rasah", que significa “assassinar”, "matar sem motivo” ou “matar fora da lei", e não “Harag”, que significa “matar alguém”. Ou seja, uma melhor tradução do texto sagrado seria: “Não assassinarás” (hebraico “Rasah”). Esse é o sentido original que o hebraico nos apresenta nesse mandamento. Sendo assim, o sexto mandamento do SENHOR em Ex 20.13 é “Não assassinarás”, que indica um crime e também um pecado. Portanto, esta lei não significa a proibição de toda morte, como por exemplo na sentença penal.

O próprio Senhor Jesus usou o termo “Rasah” em Mateus 5.17, 21,22, quando disse:

”Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir... Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás (Rasah – assassinarás); e: quem matar (assassinar) será réu de juízo (pena de morte segundo a lei – Ex 20.13, Dt 5.17). Eu porém, vos digo que todo aquele que, ‘sem motivo’, se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento (pena de morte)”. [ênfase minha]

“Rasah” é o tipo de crime ao qual a Lei está enfatizando em Mateus 5.21,22. De acordo com esse versículo, podemos concluir que outra interpretação da Lei seria: “Não matarás sem motivo!” (v. 22).

Sendo assim, a proibição do sexto mandamento é contra o assassinato ou a vingança pessoal, e não uma proibição da execução penal de um criminoso pelo governo instituído por Deus.

Quando os fariseus trouxeram a Jesus uma mulher que havia sido pega em adultério e perguntaram a Ele se ela deveria ser apedrejada, Jesus respondeu: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra” (João 8.7). Esse versículo não deve ser usado para indicar que Jesus rejeitava a pena de morte daquela adúltera, nem em qualquer outra situação. Jesus estava simplesmente expondo a hipocrisia dos fariseus. Os fariseus queriam fazer com que Jesus violasse a lei civil do Antigo Testamento. Eles realmente não se importavam com o fato de a mulher ser apedrejada, pois a lei exigia que o adúltero devia estar junto com a adúltera para serem ambos punidos pelo crime (onde estava o homem que adulterou com ela?).

LEGÍTIMA DEFESA

“Se alguém derramar o sangue do homem (assassinato), pelo homem se derramará o seu (legítima defesa e pena capital); porque Deus fez o homem segundo a Sua imagem” (Gênesis 9.6).

"Se alguém matar à espada, esse alguém deve ser morto à espada (pena de morte). Aqui está a paciência e a fé dos santos" (Apocalipse 13.10). [Grifo meu].

Matar em legítima defesa não é pecado; é cumprir a vontade de Deus. Homicida ou assassino é aquele que intenciona tirar a vida de alguém para obter lucro ou vantagem indevida sobre o inocente. Aquele que obsta tais iníquos age como magistrado contra o mal. Alguém que, podendo defender a si, aos seus, ou outrem contra o mal, não o fazendo, é cúmplice desse mal. Sua covardia em não agir em defesa do bem o iguala ao criminoso. Somente alguém sem nenhuma dignidade deixa de proteger o inocente para preservar o criminoso iníquo. É isso que a Bíblia está nos ensinando.

QUEM INSTITUIU A PENA DE MORTE?

Foi Deus quem instituiu a pena de morte: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a Sua imagem” (Gênesis 9.6). Jesus concorda com a pena de morte em Apocalipse 13.9-10. Ele também demonstrou estar sujeito à lei e de acordo com a Pena de Morte quando a mesma foi imputada a alguém (João 8.1-11).

O apóstolo Paulo definitivamente reconheceu o poder do governo para instituir a pena de morte onde fosse apropriado (Rm 13.1-5).

Não devemos nos esquecer de que o Deus que disse “não assassinarás” é o mesmo Deus que disse “Mate!” a Moisés, Saul, Josué e a outros de Seus servos no Antigo Testamento.

Sim, Deus permite a pena de morte, porquanto Ele mesmo a instituiu. Mas, ao mesmo tempo, Deus nem sempre exige a pena de morte quando ela é aplicável.

Qual deveria ser a visão de um cristão acerca da pena de morte?

Primeiro, devemos nos lembrar de que Deus instituiu a pena de morte na Sua Palavra. Portanto, seria presunçoso da nossa parte pensar que nós podemos instituir um padrão mais alto que o Dele ou que nós podemos ser mais bondosos do que Ele. Deus tem um padrão mais alto do que o de qualquer outro ser, visto que Ele é Deus; Ele é Perfeito. Esse padrão se aplica não apenas a nós, mas a Ele mesmo. Portanto, Ele ama em um grau infinito, tem misericórdia em um grau infinito e tem ira em um grau infinito, e tudo isto se mantém em perfeito equilíbrio.

Segundo, nós devemos reconhecer que Deus deu ao governo humano a autoridade de determinar a pena de morte quando ela tiver que ser aplicada (Gn 9.6; Rm 13.1-7). Não é bíblico afirmar que Deus se opõe à pena de morte. Nós não temos o direito de nos rebelar contra o governo quando este tiver de executar os autores dos seus crimes, pois estaríamos lutando contra o próprio Deus que o instituiu, além de estarmos desobedecendo uma autoridade posta por Deus para o nosso bem, não para o nosso mal. É claro que, em contrapartida, os cristãos jamais devem comemorar quando a pena de morte é empregada. O fato é que não é bíblico ir contra a pena de morte.

● Textos básicos: Romanos 13.3-4 e Apocalipse 13.9-10

"Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal". (Romanos 13:3-4)

"Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos". (Apocalipse 13:9-10).

Gordon Clark resume:

“A pena de morte é especificada tanto no Antigo Testamento (Gênesis 9.6 ª) como no Novo Testamento (Romanos 13.4). Ela é implicada em Gênesis 4.14 e aprovada em Atos 25.11. A pena capital é, portanto, uma parte integral da ética cristã. Esforços contemporâneos para abolir a pena de morte procedem de uma visão não-cristã do homem, uma teoria secular da lei criminal e uma baixa estima do valor da vida” (Gordon Haddon Clark - Essays on ethics and Politics P.10,11).

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Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....