Natal, Tamuz e Mitra – Como tudo começou | JP Padilha


Para entender a relação entre o Natal, sinal da cruz, o famoso "santíssimo sacrário" em forma de sol e sua relação com Tamuz e Mitra, é de suma importância que façamos uma viagem no tempo e na história das religiões e costumes que deram início a essas práticas. Esses costumes são seguidos fielmente por ditos cristãos em todo o sistema religioso denominacional e também fora das denominações. Se na Bíblia não encontramos tais práticas como sendo ensinamentos de Cristo, de onde, então, elas surgiram?

O Natal possui uma variedade de origens. Porém, antes mesmo que a “Igreja de Roma” viesse a introduzir esta festa pagã na cristandade, a Bíblia já nos mostrava o precursor de toda essa mitologia, e seu nome era Ninrode. Muito antes do sistema romano criar o Natal, este personagem bíblico já havia dado início ao que hoje é celebrado como “nascimento do menino Jesus”. Na Bíblia vemos uma breve descrição relativa a Ninrode e ao significado do seu nome: “Rebelde”.

Ninrode foi um rei reprovado por Deus por causa de sua maldade, rebeldia e soberba. Tratava-se de um rei “caçador e matador”, em contraste com a idéia de um “rei-pastor”. Um caçador se deleita em satisfazer sua própria vontade às custas de suas vítimas. Mas um pastor preocupa-se em proteger seus animais e cuidar deles. A declaração de que Ninrode foi “poderoso caçador diante do Senhor” (Gn 10.9) tem um sentido pejorativo. Para Deus, coisa alguma era e continua sendo a glorificação da “força bruta” por parte dos homens; e nada é mais comum, por parte da humanidade, do que dar pouca importância ao sofrimento humano. Ninrode acreditava ser mais poderoso do que Deus, e, no dia em que ele disse ser o dono do Sol, a paciência de Deus para com Ninrode se esgotou – O SENHOR ordenou a sua morte.

Ninrode não tinha escrúpulos, e uma das provas disso é que ele tomou sua mãe como mulher (esposa). Após sua morte, sua mãe Semíramis*, que acreditava ser mãe de um deus, se impôs como deusa. Semíramis (ou Samiramez) se deitou com vários homens (se prostituiu) até se engravidar de seu segundo filho, Tamuz. É aqui que o “Menino Jesus” nasce na história.

Nota*:
Segundo a mitologia, Semíramis foi uma rainha que, de acordo com as lendas gregas e persas, reinou sobre Pérsia, Assíria, Armênia, Arábia, Egito e sobre toda a Ásia por mais de 42 anos. Ela foi a fundadora da Babilônia e de seus jardins suspensos. Finalmente, subiu ao céu transformada em pomba após entregar a coroa ao seu filho Tamuz.

Mas, será que temos algum registro bíblico sobre Tamuz, o filho de Semíramis? Sim, nós temos. No livro de Ezequiel, Deus abomina Tamuz e Mitra, e todos os que os adoram:

"Então me disse: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens? Pois dizem: O Senhor não nos vê; o Senhor abandonou a terra. E disse-me: Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes fazem. E levou-me à entrada da porta da casa do Senhor, que está do lado norte, e eis que estavam ali mulheres assentadas chorando a Tamuz. E disse-me: Vês isto, filho do homem? Ainda tornarás a ver abominações maiores do que estas. E levou-me para o átrio interior da casa do Senhor, e eis que estavam à entrada do templo do Senhor, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte e cinco homens, de costas para o templo do Senhor, e com os rostos para o oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol. Então me disse: Vês isto, filho do homem? Há porventura coisa mais leviana para a casa de Judá, do que tais abominações, que fazem aqui? Havendo enchido a terra de violência, tornam a irritar-me; e ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Por isso também eu os tratarei com furor; o meu olho não poupará, nem terei piedade; ainda que me gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei” (Ezequiel 8.12-18).

1. Quem é Tamuz?
2. Quem é o Sol adorado pelos judeus no texto?
3. Por que Deus se irou contra os que adoravam esses deuses?

Para compreender esta passagem da Bíblia, é necessário que verifiquemos a história da mitologia grega e romana a fim de entender melhor a origem desses deuses e como eles influenciam a cristandade até hoje, usando o nome de Deus e da Igreja Cristã para enganar e fraudar o Evangelho de Cristo com evocações a tais deuses.

A DEVOÇÃO AO "MENINO JESUS" (TAMUZ)

O bíblico Tamuz era um deus dos sumérios conhecido como Dumuzi e pelos egípcios como Osíris. Tamuz tinha como “companheira” Asterote, a “rainha do céu” (isso te lembra algo?) – Ishtar para os acádios, Ísis para os egípcios e “Inanna” para os sumérios. O relacionamento entre Osíris e Ísis correspondem notavelmente ao relacionamento e às características dos “babilônios” Tamuz e Ishtar. Assim, é consenso entre os peritos que eles são os mesmos. O eterno apaixonado da deusa “Inanna”, ou seja, Tamuz, trata-se de um humano que acabou por se tornar um deus assim que morreu, estando associado à vegetação e à agricultura, "porquanto é um deus que morreu jovem, e ressuscitou no ano seguinte (e assim se sucede também à vegetação, que todos os anos renasce)". Neste contexto podemos compreender a origem do aclamado "MENINO JESUS", feito de gesso, com os braços estendidos e as mãos posicionadas de forma a fazer o sinal da cruz. Este é Tamuz, adorado e venerado pelos católicos romanos desde que Constantino entrou no comando de Roma. Esse deus foi muito cultuado, mais tarde, em “Babilônia”, sob o mesmo nome, Tamuz, como se vê em Ezequiel 8.14. É quase certeza que sua lenda esteja por de trás de outros cultos antigos, como o de “Baal” nas terras de Canaã e o de Adónis na Grécia Clássica.

O SINAL DA CRUZ

O sinal da cruz é um movimento ritualístico executado com as mãos pela maioria das pessoas inseridas nos mais variados ramos do “Cristianismo”. Este sinal é realizado desenhando-se no ar uma cruz sobre si mesmo, sobre outras pessoas ou sobre “objetos”. Todavia, a sua origem se dá numa épica e complexa conspiração religiosa para contaminar a Igreja Cristã.

O deus Tamuz era representado pela primeira letra de seu nome, que é o antigo Tau, uma cruz. Ou seja, o "sinal da cruz" era o símbolo religioso de Tamuz. O Expository Dictionary of New Testament Words (Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento) é específico, afirmando que a cruz “teve sua origem na antiga Caldéia, e era usada como o símbolo do deus Tamuz (tendo o formato da mística Tau, a letra inicial do nome dele)”.

Você certamente já deve ter visto muitos católicos romanos com este "T" pendurado no pescoço. Os clérigos e padres da dita “Igreja Católica” usam muito esse “T” preso a uma corrente ou corda em seus pescoços.

É significativo o seguinte comentário no livro "The Cross in Ritual, Architecture, and Art" (A Cruz no Ritual, na Arquitetura e na Arte): “É estranho, porém, inquestionavelmente um fato, que em eras muito anteriores ao nascimento de Cristo, e desde então em terras não tocadas pelo ensino da Igreja, a Cruz tenha sido usada como símbolo sagrado. O grego Baco, o tírio Tamuz, o caldeu Bel e o nórdico Odin, para seus devotos eram simbolizados por uma figura cruciforme".

O NATAL É UMA CELEBRAÇÃO AO DEUS SOL MITRA

Mitra é o deus pagão do Sol na mitologia persa. No início deste artigo nós falamos sobre ele a partir de Ezequiel 8, quando Deus falou a respeito da abominação da adoração a Tamuz e ao Sol. Essa divindade é adorada pelos pagãos desde a fundação do Catolicismo Romano pelo imperador Constantino (306 d.C).

O símbolo solar se encontra nos quatro cantos do vaticano, especialmente onde se guarda a chamada "Hóstia". Vemos ali o sol feito com materiais dourados, dando alusão à Mitra. Ao longo dos séculos, foi incorporada a vasta e sincretista Mitologia hindu; e posteriormente a Mitologia romana. Na Índia e Pérsia representava a luz; significando literalmente em persa Divindade solar.

As várias misturas ritualistas resultantes dessa divindade são assombrosas. Após a vitória de Alexandre, o Grande, sobre os persas, o culto a Mitra se propagou por todo o Mundo Helenístico. Nos séculos III e IV da era cristã, as religiões romanas, identificando-se com o caráter viril e luminoso do deus Mitra, transformaram o culto a Mitra no Mitraísmo. Segundo Heródoto, Mitra era a deusa Afrodite Urânia, trazida pelos assírios com o nome Mylitta e pelos árabes com o nome Alitta.

Finalmente, o culto de Mitra chegou à Europa através desses povos, ganhando na Grécia antiga uma efêmera analogia à deusa Hemera; pouco antes do nascimento de Alexandre Magno. Com a adoção da religião grega pelos romanos em 146 a.C, Mitra foi literalmente adotado como equivalente à Hemera, onde se manteve até o século III.

Em Roma, foi culto de alguns imperadores, ao lado do "Sol Invictus"; ambos eram os Protetores do Império (como o é até hoje, porém, com nomes alterados intencionalmente, fazendo uma analogia ao verdadeiro Deus, o Deus de Israel e dos cristãos). Algumas peculiaridades do Mitraísmo foram agregadas a outras religiões, principalmente ao Cristianismo.

Desde a antiguidade, o nascimento de Mitra era celebrado em 25 DE DEZEMBRO. Os cristãos nominais acreditam estar festejando o aniversário de Cristo, quando, na prática, estão celebrando o nascimento de Mitra. Todavia, o Mitraísmo entrou em decadência a partir da adoção do Cristianismo como “religião oficial” do Império Romano. Segundo a tradição romana, o Mitraísmo entrou em decadência frente ao Cristianismo por não ser tão inclusivo quanto a religião cristã. Mas tudo isso não passava de interesses políticos e não de uma atração devota ao evangelho de Cristo. Na prática, o culto a Mitra continuou como antes, usando, porém, os nomes relacionados a Deus.

O culto a Mitra era permitido apenas aos homens, e, ainda assim, aos homens iniciados em um ritual que acontecia somente em algumas épocas do ano. O ritual de iniciação na religião mitraica consistia em levar o neófito (iniciante no Cristianismo) até o altar de Mitra, amarrado e vendado, onde o sacerdote oferecia a ele a “Coroa do Mundo”, colocando-a sobre sua cabeça. A pessoa que estava sendo introduzida no falso Cristianismo deveria recusar a coroa e responder: "Mitra é minha única coroa".

Como se pode notar, o culto a Mitra passou por diversas transformações, difundindo-se gradualmente até alcançar um lugar proeminente na Pérsia e representar o principal oponente do Cristianismo no mundo Romano, nas primeiras etapas de sua expansão. Entretanto, com a adoção do Cristianismo como “religião oficial” do Império Romano, o Mitraísmo foi embutido no Cristianismo de forma subliminar. Por de trás dessa farsa, os cristãos recebiam riquezas e terras em troca da aceitação por parte do sagaz imperador romano, sendo Mitra o “Messias Romano”, uma alusão a Jesus Cristo.

CONCLUSÃO

Se você não sabia do que se tratava os nomes Tamuz e Sol (Mitra) em Ezequiel 8.12-18, agora você sabe. Sempre que o dia 25 de dezembro chegar, você se lembrará desses fatos e da Palavra do Senhor ao amaldiçoar a todos os que adoram a esses deuses, consciente ou inconscientemente.

"O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também EU te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos" (Oséias 4.6).

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–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
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Um comentário:

  1. O FATO É QUE OS ADÂMICOS EXPULSOS DO JARDIM ENTRARAM NO REINO DO BEM E DO MAL QUE É REINO DA MORTE E DO TEMPO E PRECISARIAM DE UMA SALVAÇÃO PARA RETORNAR AO JARDIM DOS VIVOS.O GUIA MANIFESTOU-SE DESDE ENTÃO.O NATAL É NO INVERNO OU SEJA DENTRO DA PUNIÇÃO AOS ADÂMICOS O SOL OU ARVORE DA VIDA ELE SE ENTREGA PARA SALVAR A HUMANIDADE DAS TREVAS E DO FRIO, NESTE REINO DO ABANDONO.APÓS O DILUVIO AS CONDIÇÕES SÓ PIORARAM NA NATUREZA MORTAL.NOÉ TEVE 3 FILHOS E SE TORNARAM POVOS: SEMITAS, CAINITAS E JAFENITAS.O EPISODIO DA TORRE DE BABEL MOSTRA ISSO, A TENTATIVA DE RETOMAR O EIXO DA REALIDADE PERDIDA DO JARDIM EDENICO ALI ENTRE O TIGRE E O EUFRATES.O POVO SE PERDE POR FALTA DE CONHECIMENTO.ESSAS TENTATIVAS DE ACERTAR COM O CAMINHO DE VOLTA AO PARAISO PERDIDO DOS VIVOS É FÉRTIL E VARIADA...TANTO QUANTOS OS POVOS SURGIDOS NESSES 7 MIL ANOS.O ANTIGO TESTAMENTO ELE SE EXPLICA NO APOCALIPSE, MAS SÓ DEPOIS DO EVANGELHO SER ELE DEVIDAMENTE ASSIMILADO.ELE É INTERIOR RESSURGE COM O FILHO DO HOMEM EXPULSO DO JARDIM DOS VIVOS ADÃO-EVA - JESUS-MARIA, E CONSUMADO, APÓS ISTO O LIVRO DA REVELAÇÃO ELE SE ABRIRÁ.OS REIS MAGOS PROVAVELMENTE DA PÉRSIA E A ESTRELA DE BELÉM SÃO METÁFORAS INTERIORES NO CAMINHO DA RESSURREIÇÃO.E PELOS FRUTOS VEMOS QUEM ESTÁ NO CAMINHO, PORQUE A LETRA ELA MATA E O ESPÍRITO VIVIFICA, PORQUE NEM TODOS QUE DIZEM SENHOR, ENTRARÃO NO REINO.IDOLATRAR É TOMAR A LETRA DA PARÁBOLA PELA IDEIA NA PARÁBOLA E COM ISSO A LETRA ELA MATARÁ A SEMENTE DE MOSTARDA SEMEADA.

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