HAVERÁ MAIS DE UMA RESSURREIÇÃO? | Mario Persona



Sim, haverá mais de uma ressurreição, além daquelas que aconteceram nos evangelhos, mas que não eram definitivas. Das que ainda virão, a primeira, em Ap 20:4-6, é a ressurreição da vida (Jo 5:29) e ressurreição do justo (Lc 14:14). É uma ressurreição "de entre os mortos" (Fp 3:11
Cl 1:18 etc. favor ver na Versão Almeida Revisada Fiel), ou seja, mostra que são tirados de entre outros mortos. Isto porque os mortos não ressuscitarão todos ao mesmo tempo, mas uns (os "justos") são tirados de entre os "ímpios".

Mas esta primeira ressurreição vem em 3 partes: Primeiro Cristo, que é "as primícias", ou mostrando como será com os outros. Depois os que são de Cristo na Sua vinda - Arrebatamento (
1 Ts 4:15-181 Co 15:23) e por fim os martirizados durante a tribulação (Ap 14:13).

A segunda ressurreição pode ser chamada de ressurreição para condenação (Jo 5:29) ou dos injustos (
At 24:15), ou seja, dos condenados. Vão ressuscitar após os mil anos do reino de Cristo (Ap 20:7,11-15). TODOS os que ressuscitarem nesta ocasião terão que enfrentar o trono branco e serão julgados. TODOS estes serão condenados (Ap 20:11-15). Não lemos nada de salvação para os que ressuscitam nesta parte. Traduzi um comentário de William MacDonald que pode ajudar:

"A primeira parte do versículo 5 deve ser entendida como um parêntese. Os "outros mortos" refere-se aos incrédulos de todas as eras que serão ressuscitados no final do Milênio para estarem diante do julgamento do Grande Trono Branco.

A frase "esta é a primeira ressurreição" refere-se ao versículo 4. A primeira ressurreição não é um evento único. Ela descreve a ressurreição dos justos em diferentes períodos. Inclui a ressurreição de Cristo (
1 Co 15:23), a ressurreição dos que são de Cristo quando ele arrebatar a igreja (1 Ts 4:13-18), a ressurreição das duas testemunhas cujos corpos ficarão nas ruas (Ap 11:11) e a ressurreição dos santos mortos na tribulação, os quais são descritos aqui nesta passagem (veja também Dn 12:2). Em outras palavras, a primeira ressurreição inclui a ressurreição de Cristo e de todos os verdadeiros crentes, apesar de ressuscitarem em épocas diferentes. 

A primeira ressurreição ocorre em vários estágios. Os que participarem da primeira ressurreição não serão incluídos na segunda morte, quando todos os incrédulos serão lançados no lago de fogo (Ap 20:14)."

– Mario Persona
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JESUS PRECISA DA NOSSA ACEITAÇÃO OU ELE ESCOLHE A QUEM ELE QUER E REJEITA A QUEM ELE QUER?


 
Se alguém encontrar algum versículo na Bíblia onde Jesus diz que temos que aceitá-lo em nosso coração para que Ele possa entrar, eu rasgo a minha Bíblia e viro arminiano. No entanto, existe um versículo muito mal usado por hereges na tentativa de fazer o apelo aos crentes: “Se você não aceitar Jesus, Ele não habitará em você!”. Para tal, eles usam Apocalipse 3.20 fora de contexto e sem considerar a cláusula do próprio versículo para tentar encaixá-lo nessa ideia maluca de que Jesus precisa da nossa aceitação para poder entrar e habitar em nós. O problema é que Apocalipse 3.20 não tem nada a ver com a aceitação humana para que Cristo possa escolher alguém. A fim de explanar esse versículo, gostaria de começar com a antítese bíblica que desfaz a interpretação errônea e espúria que muitos ineptos fazem dele.


Muitas pessoas pensam que Jesus precisa ser aceito pelo Seu escolhido para que Ele possa entrar e fazer morada em seu coração. O problema nesse tipo de fábula é que isso entra em conflito com todas as passagens bíblicas onde Jesus claramente diz que ELE é quem fez tudo para que a salvação fosse possível, incluindo a nossa ida até Ele: "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou" (Romanos 8:29,30). Ou seja, toda a obra da salvação, incluindo a nossa própria vontade de ir em direção a Jesus, pertence a Deus. O homem não tem participação nenhuma nesse processo.

Com relação a Apocalipse 3.20, fica fácil compreender seu sentido quando consideramos seu contexto. Leiamos a passagem:

"Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Apocalipse 3:20).

1 – Em primeiro lugar, Jesus não está pedindo para ninguém aceitá-lo. Quem afirma isso a respeito desse verso está inferindo do texto sagrado aquilo que não está lá. Esse versículo é uma repreensão feita àquela igreja em particular – a igreja de Laodicéia (Ap 3:14). Se você acompanhar o contexto, ou seja, se você ler o capítulo inteiro, entenderá que Jesus não está fazendo nenhum apelo pra que o aceitem, mas está dizendo àquela congregação que ela é MORNA em seu proceder e que, portanto, Ele está a ponto de vomitá-la de Sua boca (v. 16).

2 – Em segundo lugar, nesse versículo há um contexto chave para entender que, na verdade, Jesus só entra naquele que Ele escolheu de antemão, e não porque viu algum ato de aceitação por parte daquela igreja. Existe uma cláusula ali: "se alguém ouvir a minha voz" (v. 20). Esse é o contexto. Quem é que ouve a Sua voz? A resposta é simples: Só ouve a Sua voz aquele que foi escolhido por Ele (Jo 10:27-29), e não aquele que o aceitou por causa de algum pedido de Jesus para entrar em seu coração – esse pedido de Jesus não existe na Bíblia. Jesus nunca pede permissão aos Seus escolhidos para entrar em seus corações. Senão, vejamos:

• Quem ouve a voz de Jesus? A Bíblia diz: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem" (João 10:27).

• Quem escolheu quem? A Bíblia diz: "Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós" (João 15:16a).

Outro versículo muito mal usado para dar ensejo à ideia de que Jesus precisa da nossa aceitação para que possa habitar o nosso espírito é João 1.12. Analisemos o verso:

“Mas, a todos quantos o ‘receberam’, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1:12).

A versão bíblica NVT traz uma tradução mais pobre do texto sagrado, onde em lugar de “receberam” está a conjugação “aceitaram”. A tradução que se enquadra à língua original em que os evangelhos foram escritos é "RECEBERAM". Receber a Cristo não é o mesmo que aceitá-lo. A pessoa recebe a Cristo quando é convencida pelo Espírito Santo a fazê-lo. Em segundo lugar, temos a hermenêutica do texto a nosso favor. Independente se o versículo traz a palavra “receberam” ou “aceitaram, o texto não diz nada sobre Jesus pedir a aceitação de alguém, ainda que a palavra original do evangelho de João fosse "aceitaram". Trata-se de um texto NARRATIVO e não normativo, onde é dito que quem recebeu a Cristo recebeu também o poder de ser filho de Deus ao crer em Seu nome. Não há nada no texto que sugira uma petição de Cristo para ser "recebido" ou, numa tradução mais pobre, "aceito".

Outra coisa interessante é que, quando falamos de metafísica, isto é, nos planos governamentais de Deus, não somos nós quem recebemos ou "aceitamos" o SENHOR, mas ELE é quem nos recebe ou "aceita": "Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor;E não toqueis nada imundo, e EU VOS RECEBEREI" (2 Coríntios 6:17).

CONCLUSÃO:

Jesus não pede para entrar no coração de ninguém. Quando Ele faz uma escolha, Ele entra sem perguntar nada ao Seu escolhido. Isso é o que chamamos de "Chamado Eficaz". Cristo puxa Seus amados escolhidos (Suas ovelhas – Seu rebanho) pela orelha, e ninguém pode arrebatá-los de Suas mãos.

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai" (João 10:27-29).

Isso significaria que quem não é escolhido por Jesus, mesmo querendo aceitá-lo e seguir Seus preceitos, será rejeitado por Ele?

Sim. Uma pessoa que não foi escolhida será, indubitavelmente, rejeitada. E isso pode ser confirmado no exemplo que o autor de Hebreus nos dá sobre Esaú, que, mesmo na tentativa de se arrepender, não encontrou lugar de arrependimento. Seu coração continuou endurecido porque Deus não o regenerou.

Há um grupo de pessoas (esse grupo compõe a maioria – Mt 7.13) que são rejeitadas na eternidade e, por isso, não são levadas ao arrependimento. Isso é o resultado da rejeição de Deus em regenerá-las, como foi no caso de Esaú. "E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, FOI REJEITADO, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou" (Hebreus 12:16,17). Quando a Bíblia diz que Esaú não encontrou lugar de arrependimento, a interpretação histórico-gramatical exige que consideremos o caso de Esaú como um estado eterno de perdição. Ele simplesmente não estava predestinado a ser salvo. Se ele fosse um salvo, certamente Deus o teria regenerado, mas não é isso o que aconteceu. Esaú pecou e não se arrependeu, ainda que “com lágrimas” tivesse tentado se arrepender. Esse é o resultado da não-eleição de Esaú nos planos governamentais de Deus.

Deus predestinou apenas alguns à salvação, mas rejeitou o restante da humanidade, antes mesmo que o mundo fosse criado. Veja o versículo acima (Hb 12.16,17). Preste bastante atenção no contexto da passagem. Se você ler a passagem inteira, irá entender que Esaú NÃO teve escolha alguma e, por isso, não conseguiu se arrepender de seus pecados.

A Bíblia é clara ao dizer, em Romanos 9, que “Deus se compadece de quem Ele quer e endurece a quem Ele quer” (Romanos 9:18). Logo após esse versículo, vem a pergunta: “Por que Deus ainda nos responsabiliza? Pois, quem pode resistir à sua vontade?” (Romanos 9:19). E então temos a resposta nos próximos versículos, e essa resposta é direta, concisa e determinativa: “Mas, ó homem, quem és tu, para discutires com Deus? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?” (Romanos 9:20,21).

Sendo assim, as Escrituras deixam claro que, quando se trata de salvar ou rejeitar alguém, Deus não deve explicações ao homem e faz o que bem entender de suas criaturas. Se Ele não quis salvar alguém, esse alguém certamente agirá como Esaú e nunca encontrará, de fato, um lugar de arrependimento. Esse alguém continuará tentando se livrar do próprio carma por meio da sua religião, indo a denominações religiosas aos domingos e fazendo obras de caridade para, de alguma forma, comprar sua salvação. Mas tudo isso é em vão se ele não for convertido verdadeiramente. Aliás, só o fato de ele tentar comprar sua salvação por meio das obras já diz que ele não é um salvo, visto que a salvação é de graça e foi conquistada por Cristo na cruz do calvário. Ele, Cristo, quitou a dívida de Seu povo. Ninguém pode alcançar a salvação por meio de obras, “porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8,9).

O Deus das Escrituras é "grande e terrível" (Deuteronômio 7:21). Portanto, sejamos obedientes e não sejamos como Esaú. É isso que a passagem de Hebreus 12.16,17 está nos dizendo. Entretanto, não adianta bater o pé e tentar uma conversão forçada (ou superficial), “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2:13).

D
isse Jesus: "Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6:37). Quem são esses que vêm até Jesus? O mesmo capítulo responde: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer" (João 6:44a).

Viu? Não existe um "jesus" pedindo a aceitação do homem para entrar em seu coração. Existe um DEUS que leva homens salvos até Jesus sem perguntar se eles aceitam ou não.

Duro é esse sermão e muitos reclamam, dizendo: “Mas, Padilha, o fato de Deus escolher alguns e rejeitar outros sem considerar suas obras antes mesmo de terem nascido é algo inconcebível! Parece algo injusto e cruel. Esse não parece ser um Deus pra mim”. A minha resposta a tal indagação é simples:
Esse pode não ser o deus que o mundo quer, mas é o Deus das Escrituras.

A maioria incontestável de cristãos professos pensa que a salvação é para todos os seres humanos da Terra. E isso é um terrível engano – um engano que promove não somente uma falsa doutrina, como também desencoraja os perdidos a se voltarem para Deus o quanto antes. Se a salvação fosse para todos, Deus teria salvado a todos. Ele não é um Deus impotente. Cristo pagou eficazmente pelos pecados dos eleitos. Nenhuma gota do precioso sangue de Cristo foi em vão, e Seu sacrifício não pode ser anulado.

Alguns me perguntam se sou salvo. E eu sempre respondo que sim. Mas a pergunta geralmente vem acompanhada de outra pergunta tendenciosa a fim de tentar pôr à prova a doutrina que aqui apresento. Essa pergunta geralmente se apresenta assim: “Mas, Padilha, o que te garante que você é salvo? Quem te disse?”. Mais uma vez precisamos consultar as Escrituras para lidar com essa objeção. A Palavra de Deus ordena: "... procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis" (2 Pedro 1:10). O que Pedro quer dizer com "fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição"? A palavra "Vocação" está relacionada ao chamado imediato do crente, quando ele recebe a Cristo e é convertido. Pedro exorta os crentes a se empenharem na busca pela certeza do chamado de Deus. A palavra "Eleição" se refere ao ato de Deus ter escolhido a pessoa antes da fundação do mundo. Pedro exorta os crentes a terem certeza de que são eleitos. A eleição está relacionada ao modo de Deus agir na eternidade. Tem a ver com metafísica e não propriamente com o chamado que uma pessoa recebe no tempo determinado por Deus na história. No mais, todo aquele que é eleito será chamado em algum ponto de sua vida, cedo ou tarde. O que Jesus disse sobre alguém ser dEle ou não? A Bíblia responde: "Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore" (Mateus 12:33). Quais são os seus frutos?

Quando o diabo tenta colocar dúvidas sobre a minha salvação na minha mente, costumo sentir minhas pernas tremerem e minha mente se perturbar, pois sinto muito medo. Isso me leva a meditar em dois versículos que tratam muito bem desse ponto:

1 – "O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução" (Provérbios 1:7). Portanto, tudo começa com TEMOR e a busca pelo CONHECIMENTO de Deus. Esses são, sem dúvida, os dois primeiros frutos de um salvo.

2 – "E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim" (Jeremias 32:40). Embora a palavra "aliança" esteja relacionada à nova aliança que Deus fará com Israel, o princípio do TEMOR que Deus coloca em nossos corações para que Ele mesmo nos faça bem e para que nós não nos apartemos dEle continua o mesmo.

O livre arbítrio é um conto de fadas que não se encontra em nenhum lugar das Escrituras. Mas, muitos indagam com tom de rebeldia: “Então isso significa que somos meros robôs nas mãos de Deus? Não podemos fazer escolhas?”. Ora, a própria pergunta já começa de maneira errada, pois fazer escolhas é uma coisa, ter livre arbítrio é outra. Nós temos o arbítrio, mas esse arbítrio não é livre. Em termos mais diretos, Deus nos concede o direito de fazer escolhas, mas essas escolhas nunca são livres; elas sempre são feitas a partir de uma influência, seja ela interna ou externa.

Isso significa que Deus predetermina tanto o bem como o mal. Não interessa se isso não está de acordo com o que você quer ouvir. O que interessa é o que as Escrituras dizem: “Os dados são lançados na mesa, mas do Senhor procede toda a determinação" (Provérbios 16:33). Isso significa que se você lançar um simples dado sobre uma mesa e o resultado for o número 5, aquele simples acontecimento foi PREDETERMINADO por Deus por algum propósito, por mais que não compreendamos qual seja esse propósito. Não há uma só partícula de poeira que se mova sem o comando de Deus. É isso que esse versículo está dizendo. Deus pensou na coisa mais aleatória possível, como um dado, para deixar claro ao leitor da Bíblia que ELE faz tudo acontecer por um propósito e nada é em vão. Se o carrinho do supermercado que você conduzia se desviou para a esquerda, foi porque Deus assim o determinou na eternidade, e isso tem um propósito. Se seu dedinho do pé bateu na quina do sofá, aquilo foi predeterminado por Deus na eternidade e tem um propósito.

Quanto a ser robô nas mãos de Deus, eu não vejo problema nisso. Nenhum verdadeiro cristão vê problema nisso. Ao contrário: é bênção. É melhor ser escravo de Cristo do que do pecado, pois só existem duas condições humanas: Ou você é escravo do pecado, ou é escravo de Cristo. Você nunca estará livre. Você pode fazer escolhas, mas essas escolhas partirão de alguma influência, seja interna, seja externa.

O ser humano toma decisões, mas essas decisões não partem de seu suposto “livre arbítrio”, e sim de alguma influência. Você nem ao menos pediu para nascer, pediu? E você está aqui agora, neste mundo. Talvez esteja lendo o que mais odeia ler: sobre a Doutrina da Eleição e a Soberania Exaustiva de Deus.

Veja o "livre arbítrio" de Paulo, que beleza que foi:

"Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado" (Romanos 7:15-25).

Tente achar o livre arbítrio aí. Achou? Não? E nem vai achar.

Agora, se nem Provérbios 16.33 e Romanos 7.15-25 te convencem, como você escapará desse falso evangelho do livre arbítrio? Veja outra coisa que Deus diz: "O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal" (Provérbios 16:4). Perceba que até os pecados dos ímpios são predeterminados por Deus. Isso se trata de metafísica, não de preceitos de Deus. É Deus assentado no Seu trono, com o cetro em Suas mãos. A história já está consumada para Deus. Para Ele, tudo já aconteceu.


– JP Padilha
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BÍBLIA VS. AUTOCONFIANÇA | JP Padilha


 
Você já deve ter percebido como o mundo em que vivemos nos pressiona a sermos auto-suficientes, bem sucedidos em nossos desejos carnais e em tudo que sonhamos fazer para satisfazer nossas vaidades terrenas. Um coach sempre irá dizer pra você: "Confie no seu coração"; "Não espere nada de ninguém"; "vá e faça, porque você é forte e capaz"; "você pode fazer tudo o que almeja na vida", etc. Todavia, você já se perguntou se a Bíblia está em harmonia com esse padrão de pensamento e modo de agir? Que tal se nos voltarmos para as Escrituras para saber o que Deus tem a nos dizer sobre isso?


"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9). Essa é a verdade que se contrapõe a todo tipo de autoconfiança. A autoconfiança faz do homem um ser presunçoso que pensa que só precisa de seus próprios músculos para se mover e fazer acontecer.

Contrariando totalmente a noção de autoconfiança e os clichês da geração coaching, tais como: "Não espere que Deus faça por você; vá e faça você a sua parte, pois você é forte", etc., Cristo nos ensina a depender somente do Senhor, confiando somente em Seus cuidados e tendo em vista a nossa fragilidade humana, nossa total falta de controle sobre a história de nossas vidas e nossa total dependência de Seus desígnios:

"Eia agora vós, que dizeis: 'Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos'; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: 'Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo'. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é MALIGNA" (Tiago 4:13-16).

"Assim diz o Senhor: 'Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor'!" (Jeremias 17:5).

Não estou querendo dizer que devemos parar a nossa vida e esperar que tudo caia do céu, mas sim que devemos agir conforme os limites concedidos pelo Senhor ao invés de tentar uma "queda de braço" com Ele. "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa vem dos lábios do Senhor" (Provérbios 16:1). Então não adianta confiar nas próprias forças e sair por aí dizendo aos quatro ventos que você pode e irá ser e fazer sem que isso implique em total presunção e falta de temor a Deus.

Bendita a fraqueza que nos faz depender de Deus e que nos tira toda a esperança em nós mesmos ou na humanidade!

– JP Padilha
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A IGREJA NA TRIBULAÇÃO? NÃO ESTÁ NA BÍBLIA | JP Padilha



Sempre que o assunto é Tribulação, a Bíblia não menciona a Igreja. Em que ponto a Tribulação começará na Terra? Em Apocalipse 6:1, encontramos o Senhor Jesus Cristo abrindo o primeiro selo, que sinaliza o início da Tribulação. É interessante notar que, do capítulo 6 ao 18 de Apocalipse, onde o assunto é a Tribulação sobre a Terra, a Igreja não é mencionada. O termo comum no Novo Testamento para “Igreja” é *ekklēsia*. Esse termo é usado dezenove vezes em Apocalipse 1–3 com relação à igreja histórica do primeiro século. A palavra “Igreja” aparece apenas mais uma vez no epílogo do livro (Apocalipse 22.16). Em parte alguma de Apocalipse 6–18 é mencionada a “Igreja.” Isso é tão significativo que fica difícil imaginar como alguém é capaz de não se perguntar por que isso acontece durante esses capítulos de Apocalipse. É improvável que o apóstolo João passasse de instruções detalhadas para a Igreja em Apocalipse 1–3 para um **absoluto silêncio** sobre a Igreja por treze capítulos se a Igreja estivesse na Tribulação. Se a Igreja fosse experimentar a Tribulação, certamente teríamos em mãos o mais detalhado estudo de eventos da tribulação com a Igreja incluída nesse período. Mas o fato é que João não inclui a Igreja nesse contexto. A total ausência da “Igreja” na terra durante os eventos de Apocalipse 6–18 explica perfeitamente o porquê de um arrebatamento.


– JP Padilha | O Evangelho Sem Disfarces – cap. 2 Fim dos Tempos (Pequeno Trecho de "A Diferença entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda)
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QUEM É O JP PADILHA? QUAL É A SUA PROFISSÃO?

Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....