SUMÁRIO: Os Planos Proféticos de Cristo

 Prefácio | John MacArthur


QUADRO ESCATOLÓGICO: O Premilenismo Futurista na Bíblia

INTRODUÇÃO: Por Que Estudar Profecia? | Richard Mayhue

CAPÍTULO 1 (PARTE 1): O que é o Dispensacionalismo? | Michael Vlach

CAPÍTULO 1 (PARTE 2): SEIS CRENÇAS ESSENCIAIS DO DISPENSACIONALISMO | Michael Vlach

CAPÍTULO 2 (PARTE 1): O Que o Dispensacionalismo Não É? | Michael Vlach

CAPÍTULO 2 (PARTE 2): Os MITOS Mais Comuns Sobre o Dispensacionalismo | Michael Vlach

CAPÍTULO 3 (PARTE 1): Por Que Premilenismo Futurista? | Richard Mayhue

CAPÍTULO 3 (PARTE 2): PREMILENISMO FUTURISTA 'VS' ALIANCISMO

CAPÍTULO 3 (PARTE 3): ALIANÇAS INCONDICIONAIS DE DEUS | Richard Mayhue

CAPÍTULO 3 (PARTE 4): AS FIRMES PROMESSAS DE DEUS | Richard Mayhue

CAPÍTULO 3 (PARTE 5): Sequência do Retorno e Reinado de Cristo | Richard Mayhue

CAPÍTULO 4: POR QUE UM ARREBATAMENTO PRETRIBULACIONAL? | Richard Mayhue

CAPÍTULO 5: E QUANTO A ISRAEL? | Michael Vlach

CAPÍTULO 6: E QUANTO A APOCALIPSE 20? | Matthew Waymeyer

CAPÍTULO 7: O CALVINISMO LEVA AO PREMILENISMO FUTURISTA | John MacArthur

CAPÍTULO 8: O Novo Testamento Rejeita o Premilenismo Futurista? | John MacArthur

CAPÍTULO 9: A Igreja Primitiva Acreditava num Reino Milenar Literal | Nathan Busenitz

CAPÍTULO 10: ATÉ QUE PONTO PODEMOS CRER NO PREMILENISMO FUTURISTA | John MacArthur

Capítulo 5 - Diagnóstico Não Cura

 

CAPÍTULO 5

DIAGNÓSTICO NÃO CURA


“De forma especial, não julgue os filhos e filhas da aflição. Não permita incriminações mesquinhas acerca dos aflitos, pobres e desanimados. Não se apresse em dizer que eles devem ser mais valentes e exibir uma fé maior. Não pergunte ‘por que estão tão exasperados e absurdamente temerosos?”. Não... eu lhe imploro, lembre-se de que você não entende o seu semelhante.”

Algumas situações nunca superamos. Nós as atravessamos, as atropelamos, mas nunca as superamos.

Vinte e cinco anos após a brincadeira fatal, quando alguém gritou “fogo!” e muitos morreram, Charles estava prestes a se dirigir a uma grande plateia durante uma série de reuniões da União Batista. Agora ele estava mais velho, um homem de meia-idade, um pastor experiente e conhecido. Todos os assentos estavam ocupados e centenas ainda procuravam entrar. Charles caminhou sobre a plataforma e, “reclinando a cabeça sobre a mão”, se viu “completamente desorientado”. Por quê?

A circunstância o fez lembrar, de uma forma tão vivida, a cena terrível no Surrey Music Hall, que ele se sentiu incapaz de pregar. Contudo, ele pregou. Na verdade, pregou bem, embora não houvesse conseguido se recuperar completamente da inquietação em seu sistema nervoso.

Charles viveu aquilo que hoje talvez chamaríamos de um “flashback”. Um momento na história, perfeitamente inofensivo, que dispara memórias de um momento anterior repleto de danos. Este se parece com aquele e dispara uma resposta traumática em nossos corpos e mentes. Até a habilidade graciosa de pregar bem não se “recuperou completamente da inquietação em seu sistema nervoso”. Vinte e cinco anos haviam se passado e Charles ainda sofria, no presente, o que lhe traumatizara no passado. Vinte e cinco anos...

Diagnosticar nossa depressão circunstancial, biológica e espiritual oferece ajuda, mas não põe fim em nosso desafio.

 

SUSPEIÇÕES MESQUINHAS AINDA PERSISTEM

Por causa da lentidão ou ausência de cura, os que sofrem de depressão deverão suportar diariamente vozes de condenação. Afinal de contas, “você já não deveria ter superado isso a essa altura?”.

A condenação provém daquilo que Charles chama de “suspeições mesquinhas”, e que muitos nutrem em relação àqueles que estão em depressão. Aos olhos de muitas pessoas, incluindo cristãos, depressão significa covardia, falta de fé, ou simplesmente falta de atitude. Tais pessoas dizem a Deus em oração, e pessoalmente a seus amigos, que o sofredor de depressão provavelmente está fingindo, é fraco ou não é espiritual. Em nossa frente, eles nos instruem a aumentar nossa coragem, nos envergonham ao nos fazer expor nossas mentiras ou citam a Bíblia para chacoalhar a nossa fé. Tentam argumentar conosco por meio da “lógica” para demonstrar e provar quão absurdos são nossos medos.

Ao escolherem essa postura, provam que não compreendem seu semelhante, homem ou mulher. Somente em momentos exasperados alguns deles finalmente admitem isso. Com toda a força, ou mesmo no sussurro de suas próprias lágrimas, gritam: “eu não compreendo você!”; “isto simplesmente não faz sentido algum!”.

A falta de controle leva tais pessoas a recorrerem de forma apressada a essas ferramentas de incriminação, julgamento, condenação ou exortação espiritual mal orientada, na tentativa de reparar a situação. Todavia, essas ferramentas simplesmente não funcionam com esse tipo de dor. Em vez disso, essas pessoas terão de aprender a usar uma ferramenta diferente. Caso contrário, apenas continuarão chutando o forno quebrado, esperando, em vão, suscitar o seu calor. Um pé dolorido e um amigo amassado são tudo o que tal BIRRA produzirá como resultado.

O que, então, precisamos reparar em nosso entendimento? A história de Charles pode ajudar a nossa própria.

 

A DEPRESSÃO É UMA ESPÉCIE DE ARTRITE MENTAL

Conforme Charles pregou a respeito da depressão, muitas pessoas atribuladas começaram a lhe escrever. Ele se sentiu como “um médico que repentinamente lhe tivera confiada uma nova prática”. Compartilhava o que aprendia a partir da experiência como cuidador e de sua própria experiência com a depressão.

De acordo com Charles, ditados desgastados e soluções rápidas não funcionam. A maior parte dos sofredores não pode simplesmente “ser dispensada somente com uma palavra ou uma dose de remédio, mas requer um tempo prolongado em que compartilharão suas lamúrias e no qual receberão conforto”. Um “trabalho superficialmente fácil e uma palavra precipitada” não resolverão. Não importa quanta compaixão ofereçamos, isso não ajuda. Em resumo, a depressão nos lembra que “há um limite para o poder humano (...) somente Deus pode remover o ferro quando ele penetra nossa alma”.

Também temos de reconhecer nossas próprias vulnerabilidades enquanto cuidadores e sofredores. Falando de uma ocasião em que se deparou em um dia com “vários casos lúgubres de depressão”, Charles começou a escorrer pelo ralo mental e emocionalmente. “O que devemos fazer nesses casos?”, indagou ele. “Fugir desses momentos? Em hipótese alguma”. Mas a graça deve assegurar nossa esperança, de outra forma, nós também “em breve vamos sentir que o Sol se foi”. Ambos, o sofredor e aquele que está tentando ajudar podem ficar sobrecarregados com sentimentos de todo infrutíferos e por isso até mesmo sofrer de culpa ou vergonha.

Talvez nada na vida nos lembre mais de que não somos Deus e que esta terra não é o paraíso, do que uma angústia indescritível, que às vezes desafia a própria causalidade e que não tem nenhuma cura imediata ou absoluta. Não há momento mais delicado, ou assento mais difícil para se sentar, do que aquele em que aguardamos o médico, quando este, depois de todos os exames solicitados sobre nossa carne fadigada e picada por agulhas, em revés nos admite: “simplesmente não sabemos”. Quanto maior é nosso infortúnio, então, quando a dor nos alveja de posições imprevistas dentro dos escombros bombardeados de nossa mente?

Com esse tipo de realismo, Charles colabora com “os mais sábios” auxiliadores, que não deixam de reconhecer “a dura verdade de que depressões graves não desaparecem da noite para o dia”. A depressão é melhor entendida enquanto “um tipo de artrite mental”. Diferente de outras aflições, ela nos infecta com uma paciência maligna. Frequentemente, nós que a sofremos não temos um resgate pronto ou imediato, próximo à costa de nossa ilha psíquica. Antes, devemos aprender as habilidades da graça necessárias para lá sobreviver e, assim, ajustar nossas vidas para o que significa prosperar dentro de suas condições.

Não obstante, por que o diagnóstico não resolve essa questão? Ele ajuda àqueles que sofrem a conhecerem o que os está assombrando. Esse tipo de designação pode aliviá-los. Isso também ajuda os cuidadores e companheiros a compreenderem que algo real e árduo acontece ao seu amigo. Mas por que com tanta frequência sua designação não transcende para a cura? Talvez uma analogia possa nos ajudar a pensar. Um esposo e uma esposa podem designar sua necessidade de amor, porém todos nós sabemos que designá-la não resolve, apenas rotula a sua carência de tal experiência. Designar a depressão é a mesma coisa. Rotula-se, mas não se resolve. Por que?

 

CAUSAS DESCONHECIDAS
E PALAVRAS SIMPLISTAS

Primeiro de tudo, uma cura não vem facilmente, pois, por conta de todos os nossos diagnósticos, amiúde a verdadeira causa permanece oculta. “Há um tipo de escuridão mental”, observa Charles, “em que você fica perturbado, perplexo, preocupado e incomodado – e talvez não sobre qualquer coisa tangível”.

Assim como o Rei Davi clamou para si mesmo: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim?”, da mesma forma nós também arguimos conosco tentando descobrir a razão pela qual vemos e imaginamos notícias desagradáveis quando nenhuma delas de fato existe. “Você dificilmente pode dizer por que está tão deprimido”, diz ele. “Se pudesse dar uma razão para o seu desânimo, mais facilmente poderia superá-la”.

Em segundo lugar, a incapacidade de encontrar uma linguagem adequada também não ajuda. Em seu livro Perto das Trevas, William Styron observa que uma “aflição (muito) antiga” é frequentemente “indescritível”. O sofredor não consegue encontrar uma linguagem adequada e, congruentemente, o aspirante a auxiliador simplesmente não tem a capacidade de “imaginar uma forma de tormento tão alheia à experiência do dia a dia”. Explicações nesse caso são como segurar um pequeno fósforo aceso, à noite, dentro de um sistema de cavernas subterrâneas. Quanto menor a luz, maior é a escuridão.

Em suma, nossas palavras têm limites. Diagnosticar o câncer nos permite usar a palavra “câncer” e relacioná-la em conformidade com as situações. No entanto, nomear algo não elimina ter de suportá-lo diariamente, nem obriga nossos amigos a terem que se relacionar conosco enquanto o fazemos.

Qualquer um que já tenha realmente estado
doente sabe que o nível de tolerância para a
doença é baixo. Uma vez que as rosas de
melhoras começam a murchar, tudo muda.
Compaixão e cuidado se tornam fardos e a
vulnerabilidade se transforma em fraqueza. Se a
doença é algo tão nebuloso quanto a depressão,
as pessoas começam a tratá-la como uma
falha de caráter: Você é preguiçoso, incapaz,
egoísta, autocentrado.

“Seus amigos lhe dizem que você é nervoso, sem dúvida você é, mas isso não muda o caso”, diz Charles.

Em síntese, tente se lembrar disso: palavras de diagnóstico como “depressão” são bilhetes ou convites, não destinos. Uma vez que as tenha falado, é como se iniciasse a sua viagem com a pessoa, e não que a terminasse.

 

NÃO HÁ “UM TAMANHO ÚNICO”
NOS DIAGNÓSTICOS

Mas por quê? Quando usamos palavras que descrevem a depressão como um destino em vez de um convite, ficamos propensos a “guarnecer vários sofredores com um rótulo que esconde mais do que revela”. Começamos a tratar os sofredores genericamente, ao invés de trata-los como de fato o são em sua individualidade.

Assim como as miríade de pessoas com os nomes Roberto ou Júlia diferem imensamente na personalidade, embora compartilhem os mesmos nomes, da mesma forma cada pessoa que compartilha do mesmo diagnóstico de “depressão” difere no seu tipo específico. Como um floco de neve, embora existam texturas e padrões semelhantes para identificação, não há duas depressões totalmente iguais. “Cada caso é tão diferente quanto o sofrimento de cada pessoa”. O que significa que “a panaceia para uma pessoa é uma armadilha para outra”.

Se os que sofrem de depressão nos encontram vendo-os como uma categoria, não acreditam que os vemos por completo. Mas você não se importa no início. Em um primeiro momento, a designação de categorias dá uma esperança romântica. Eles estão frequentemente desesperados por qualquer tipo de alívio, mesmo que ilusório. Porém logo descobrem que a designação não cura. Algo mais profundo deve ocorrer. Sofredores veteranos não confiam mais em uma mera categoria nosológica como auxiliadora.

De acordo com o Dr. Richard Winter, “sem uma esperança realista, tudo está perdido”. A esperança realista é “a porta de saída das trevas da depressão e do desespero”. Se a nossa esperança está desgastada, aqueles que já sofreram o tempo suficiente para se decepcionar com todas as respostas que as pessoas têm oferecido ao longo do caminho, vão compreender o vazio de esperança que oferecemos a eles.

 

O QUE NÓS APRENDEMOS?

1. Para o sofredor, as causas e curas podem não ser encontradas em um determinado momento. Charles diz claramente: “Você pode estar cercado com todas as comodidades da vida, e ainda assim estar na miséria mais sombria que a morte se o espírito estiver deprimido. Você pode não ter nenhuma causa externa para a aflição, contudo se a mente estiver deprimida, o sol mais brilhante não vai aliviar sua tristeza. Neste momento, você pode estar oprimido por preocupações, assombrado pelo pavor e assustado com coisas que o inquietam”.

2. Para os auxiliadores, a nossa capacidade de ajudar é real, mas também limitada. Às vezes, tentamos focar em uma preocupação somente para descobrir que ela mudou e outra tomou o seu lugar. “Você se sente como Hércules cortando as cabeças de Hidra, que não cessam de se regenerar a cada golpe. Em desespero você desiste de sua tarefa (...) quanto mais você tenta se confortar”, pior as coisas ficam.

Consequentemente, devemos fazer uma pausa e com humildade admitir nossa posição de carentes. Não somos oniscientes. Não podemos saber tudo. Como o apóstolo Paulo nos recorda, somos como aqueles que olham para Deus, uns para os outros e para o mundo como que através de um espelho turvo. Sempre vemos, mas apenas parcial e vagamente (1Co 13.12).

Sobre esse ponto, Charles nos lembra a estabelecer o seguinte objetivo: sempre dar graças a Deus por aquilo que vemos claramente, não importa quão pequeno seja, e assim “reprimir nossa presunção”. Pois “conhecemos apenas em parte”, diz ele. “Amados, os objetivos que focamos estão distantes, e somos míopes”.

Então, uma esperança realista nos ensina a reconhecer, desde o início, que nossa visão também é limitada para tentar explicar a depressão. Não há lugar para o orgulho aqui. A graça de uma história maior, ou de uma visão mais ampla do que este momento específico de escuridão, deve nos orientar.

 

O BORDÃO DE SUA GRAÇA

Se a um homem coxo é oferecido um bordão, ele não precisa saber quem lhe deu e nem por que sua perna precisa de ajuda, antes precisa fazer uso da força do bordão e dar um passeio no jardim florido.

Muitos companheiros sofredores tiveram uma boa vida sem nunca saberem exatamente por que a escuridão os assombrou tanto. Quando descobrimos as razões dos porquês, damos graças. Todavia, quando as razões permanecem escondidas, aprendemos a dar graças também, e mancar inclinados sobre o bordão. De qualquer maneira, a graça nos vê nitidamente além da nossa visão. Ela pode suportar bem o peso que não conseguimos.

Então, como podemos falar do Bordão da Graça de Deus no meio de nossa incapacidade excruciante de encontrar curas, causas ou até mesmo consolo? Esse tipo de teologia barata não aprofunda ainda mais as ideias desgastadas e prejudiciais de uma esperança irrealista?

– Zack Eswine / A Depressão de Spurgeon: Esperança realista em meio à angústia – PARTE 2 – Cap. 5 – Pág. 81-92

SUMÁRIO DA SÉRIE "A DEPRESSÃO DE SPURGEON: Esperança Realista em meio à Angústia"

COMO REAGIR ÀS VISITAS DOS “TESTEMUNHAS DE JEOVÁ” | JP Padilha


 
O correto é repreendê-los e não recebê-los em casa, nem dar as boas vindas; nem mesmo cumprimentá-los (2Jo 1.10-11). Sendo assim, após detectá-los como falsos mestres, aplica-se Tito 3.10-11 e, por fim, 2Jo 1.10-11 naqueles indivíduos, pois são irrepreensíveis.

“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, 
sabendo que esse tal está pervertido, e vive em pecado, estando já em si mesmo condenado” (Tito 3.10,11).

“Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis. Porque quem o saúda tem parte nas suas más obras”
(2 João 1.10,11).

Não é correto se submeter ao proselitismo deles ou tentar convencê-los por nós mesmos. Cristo ORDENOU que não déssemos as coisas santas aos cães após sabermos que são cães (Mt 7.6). Visto que isso é um mandamento, pecamos ao desobedecê-lo.

– JP Padilha
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JESUS DESCEU AO “INFERNO” E PREGOU AOS MORTOS? | JP Padilha


 
Antes de respondermos a essa pergunta, devemos ter em mente que a palavra “Inferno” vem do grego “Hades”, que significa “Sepultura”. Este lugar está reservado aos espíritos daqueles que morreram sem Cristo e agora se encontram em um estado de morte espiritual até a sua ressurreição para serem julgados e condenados no Grande Trono Branco. Não é para o inferno que os réprobos vão depois de serem condenados; é para o “Lago de Fogo e Enxofre” (Ap 20.10). Esse lugar (Lago de Fogo e Enxofre) está vazio até que o fim dos tempos venha. Não há ninguém lá. Portanto, só esse fator já prova que Jesus não esteve no lugar que costumamos chamar de “Inferno” para pregar a pessoas já condenadas. A propósito, Ele não pregaria a pessoas já predestinadas à perdição. Dito tudo isso, vamos examinar algumas passagens sobre Jesus ter descido ao Inferno e pregado aos mortos.


"Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água" (1 Pedro 3.18-20).

"Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito" (1 Pedro 4.6).

Em primeiro lugar, devemos saber que todo ensino que defende uma segunda chance após a morte é herético e deve ser rejeitado. A Bíblia Sagrada claramente ensina que após a morte só resta ao homem o juízo:

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo" (Hebreus 9.27).

A interpretação correta de 1 Pedro 3.18-20; 4.6 é que o Espírito de Cristo, através da vida de Noé e de outros profetas, pregou aos mortos enquanto estes ainda estavam vivos. Por meio do ministério dos profetas, Deus anunciou aos homens a justiça e o arrependimento. No entanto, muitos deles rejeitaram a revelação de Deus através de sua Palavra. A suposta descida de Jesus ao "inferno" é pura imaginação do homem. Trata-se de uma das muitas interpretações estapafúrdias desse versículo que não coadunam com o contexto da passagem.

Biblicamente não há nada que prove que Jesus desceu ao "inferno". A Bíblia apresenta uma estrutura perfeita. Por isso, um texto bíblico jamais deve ser interpretado fora de seu contexto ou de forma isolada e incoerente com o restante das Escrituras.

Portanto, das várias interpretações a respeito de 1 Pedro 3.18-20; 4.6, a correta é aquela que diz que Cristo pregou aos mortos quando estes ainda estavam vivos na terra. É fácil perceber isso em 1 Pedro 1. O apóstolo afirma categoricamente que o Espírito de Cristo é quem conduzia os profetas em suas pregações no Antigo Testamento:

"Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir" (1 Pedro 1.10,11).

Aplicando esse texto ao capítulo 3.18-20 da mesma epístola, podemos entender sem dificuldade que Cristo, através de Noé, pregou às pessoas que desobedeceram naquele tempo e que agora são “espíritos em prisão”, ou seja, essas pessoas estão condenadas ao juízo eterno. Essas pessoas ouviram a pregação e a rejeitaram, ainda em vida. Como resultado, agora elas estão em condenação eterna.

Sobre o texto de 1 Pedro 4.6, o mesmo princípio é válido. Isso significa que o Evangelho foi pregado também aos mortos quando eles ainda estavam vivos.

Alguns "teólogos" também usam Atos 2.31 para defender que Jesus desceu ao "inferno". Esse texto registra a pregação do apóstolo Pedro no Pentecostes. Em sua pregação, o apóstolo diz que a alma de Jesus “não foi deixada no inferno, nem seu corpo viu corrupção”. Todavia, a tradução da palavra “inferno” nesse versículo vem do grego Hades, que nesse contexto, originalmente, se refere à sepultura. Em outras palavras, o apóstolo fala que Jesus não foi deixado no “estado de sepultado”.

Vale saber também que nesse texto o apóstolo Pedro está citando o Salmo 16.8-11. Pedro interpreta a profecia de Davi acerca da ressurreição do Messias. Ao fazer isso, ele aponta para o contraste entre o túmulo de Davi em Jerusalém e o túmulo de Cristo, que está vazio, pois Deus o ressuscitou dos mortos.

Quanto ao texto de Efésios 4.9, usá-lo para defender uma descida literal de Jesus ao “inferno” é forçar muito a estrutura do próprio texto. Uma interpretação assim desconsidera totalmente o contexto e o objetivo da mensagem transmitida pelo apóstolo Paulo. No texto, o apóstolo se refere ao ministério de Cristo na terra, ao plano de salvação e à unidade e organização da igreja como corpo de Cristo.

Também não existe uma possibilidade biblicamente aceitável de que Jesus desceu ao “inferno” para pregar o Evangelho para quem viveu nos tempos do Antigo Testamento para que eles tivessem uma chance de crer. Afirmar isto é a mesma coisa de considerar inúteis todos os profetas levantados por Deus no Antigo Testamento. Do próprio Noé, por exemplo, o Novo Testamento testifica que ele foi o “pregoeiro da justiça” (2 Pedro 2.5). Assim, a melhor alternativa é concordar com Pedro e afirmar que Cristo pregou através do ministério dos profetas.

E mais uma vez, estejamos alertas quanto ao que é o inferno e o Lago de Fogo e Enxofre. O inferno é o Hades (sepultura), onde se encontram os mortos em seus delitos e pecados, enquanto o Lago de Fogo e Enxofre é para onde eles vão após o juízo final – Ap 20.10 (muitas pessoas chamam esse lugar de “inferno”). O Lago de Fogo e Enxofre, chamado por muitos erroneamente de "inferno", está vazio. Ninguém nunca esteve lá, como pensam muitos. Os mortos em seus pecados (sem salvação) estão no hades, que é uma condição de morte enquanto aguardam a ressurreição de seus corpos para serem lançados no lago de fogo. Esse é o destino deles: Serem ressuscitados somente após o Milênio para serem julgados no Grande Trono Branco.

– JP Padilha
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HIPOCRISIA OU BURRICE? - JP Padilha


 
Os religiosos do sistema denominacional nos acusam de sermos "separatistas" e "contenciosos" por sermos contra o denominacionalismo na Igreja de Deus. Ora, se querem nos acusar disso, por que eles vivem se separando, inclusive por nomes que possam diferenciá-los uns dos outros, tais como "presbiterianos", "batistas", "assembleianos", etc., como se a Bíblia tivesse ensinado que existem vários tipos de "evangelhos", cada qual com seu próprio sistema doutrinário? Se querem que nos reunamos com aqueles que professam doutrinas estranhas ao evangelho dos apóstolos, por que não fazem eles isso? Por que eles não praticam o erro que tanto nos pressionam a praticar?


Na prática, alguém que se une a uma determinada denominação em detrimento das outras, já não tem autoridade para criticar aqueles que querem se separar das denominações, pois foi exatamente o que fez! Ao limitar-se a uma denominação, acabou deixando de lado todas as outras, pois ninguém pode ser Batista e Presbiteriano ao mesmo tempo. Portanto, ao unir-se à denominação de sua escolha, sua atitude o excluiu de todas as outras, deixando assim de guardar a unidade do Espírito. Quem quiser argumentar sobre este ponto precisará primeiro praticar por si mesmo a unidade que espera que os outros pratiquem.

– JP Padilha | O Evangelho Sem Disfarces – cap. 1 – Igreja ou Israel? - Trecho do artigo: "O que é a Igreja?"
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QUEM É O JP PADILHA? QUAL É A SUA PROFISSÃO?

Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....