Quando
o Antigo e o Novo Testamento foram completados, a revelação divina terminou
(cf. Hb 1.1-2). Por meio de muitos sinais, maravilhas e milagres Deus
autenticou seu Livro. Existe necessidade permanente de que milagres confirmem a
revelação divina? Pode alguém, com fé, reivindicar um “milagre”, como muitos
ensinam? Deus realiza milagres sob demanda? E os fenômenos exaltados hoje como
sinais, maravilhas e curas têm alguma semelhança com os milagres realizados por
Cristo e pelos apóstolos?
A resposta a todas essas perguntas é Não. Nas Escrituras nada indica que os milagres da era apostólica deveriam continuar nos períodos subseqüentes. Tampouco a Bíblia exorta os crentes a buscarem manifestações miraculosas do Espírito Santo. Em todas as epístolas do Novo Testamento, encontram-se apenas cinco mandamentos relacionados ao crente e ao Espírito Santo:
“Andemos... no Espírito” (Gl 5.25).
“Não entristeçais o Espírito de Deus” (Ef 4.30).
“Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
“Não apagueis o Espírito” (1Ts 5.19).
“Orando no Espírito” (Jd 20).
No Novo Testamento não existe uma ordem no sentido de procurarmos milagres.
Os carismáticos acreditam que os dons miraculosos foram dados para a edificação dos crentes. Por acaso a palavra de Deus apoia essa conclusão? Não. De fato, na verdade é o contrário. No que diz respeito às línguas, Paulo escreveu em 1 Coríntios 14.22: “De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos”. As línguas jamais tiveram o desígnio de edificar os crentes, e sim o de convencer os judeus incrédulos da veracidade do evangelho, como aconteceu no Dia de Pentecostes descrito em Atos 2. (Quanto a uma discussão mais ampla sobre este assunto, ver Capítulo 10.)
Línguas, curas e milagres serviram como sinais para autenticar uma época da nova revelação. Logo que acabou essa época, cessaram os sinais. O teólogo B. B. Warfield escreveu:
“Os milagres não aparecem a esmo nas páginas da Escritura, aqui ali, ou em outro lugar, indiferentemente. Eles pertencem aos períodos de revelação e aparecem somente quando Deus falava ao povo por meio de mensageiros reconhecidos, declarando seus propósitos graciosos. A abundante manifestação de milagres na igreja apostólica é a marca da riqueza da era apostólica quanto à revelação. E, quando esse período de revelação terminou, o período de realização de milagres também cessou, como algo natural... E a obra subseqüente de Deus, o Espírito Santo, não é trazer revelações novas e desnecessárias ao mundo, e sim difundir a revelação única e completa em todo o mundo, levando a humanidade a seu conhecimento salvífico.
Como expressou vividamente Abraham Kuyper (Encyclopedia of Sacred Theology. E. T. 1898, p. 368; cf. p. 355, ss): não é próprio do caráter divino comunicar a cada homem um estoque particular de conhecimento divino, a fim de satisfazer-lhe necessidades particulares; ao contrário, ele prepara uma mesa comum para todos e os convida a compartilhar da riqueza de seu grande banquete. Ele deu ao mundo uma revelação completa, adaptada a todos, suficiente para todos, oferecida a todos; e requer que cada pessoa retire dessa revelação completa seu alimento espiritual pleno. Portanto, não podemos esperar que esse agir miraculoso — um sinal do poder revelador de Deus — continue, e de fato não continua, após a revelação, à qual acompanhava, ter sido completada”.(21)
Em Atos 7, quando Estêvão pregava seu famoso sermão, ele citou Moisés, que realizou “prodígios e sinais na terra do Egito, assim como no mar Vermelho e no deserto... recebeu palavras vivas para no-las transmitir” (v. 36-38). Observe que a Palavra de Deus traça paralelos entre os sinais de Moisés e suas “palavras vivas” — revelação direta da parte de Deus. Quer tenha usado Moisés, Elias e Eliseu, Jesus e os apóstolos, Deus sempre comprovou por meio de sinais e maravilhas que seus mensageiros portavam novas revelações.
Hebreus 2.3 e 4 afirma que o principal propósito dos milagres da Bíblia era a confirmação dos profetas: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a Sua vontade”. Outra vez percebemos a Bíblia atestando que sinais, maravilhas, milagres e dons miraculosos eram a confirmação divina da mensagem de Cristo e de seus apóstolos (“os que a ouviram”).
A expressão “foi... confirmada” está no passado e reflete com exatidão o texto grego. Temos aqui uma afirmação bíblica inequívoca de que milagres, maravilhas e sinais foram concedidos exclusivamente à primeira geração dos apóstolos para corroborar-lhes a condição de mensageiros de novas revelações.
–– John MacArthur | O Caos Carismático
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
A resposta a todas essas perguntas é Não. Nas Escrituras nada indica que os milagres da era apostólica deveriam continuar nos períodos subseqüentes. Tampouco a Bíblia exorta os crentes a buscarem manifestações miraculosas do Espírito Santo. Em todas as epístolas do Novo Testamento, encontram-se apenas cinco mandamentos relacionados ao crente e ao Espírito Santo:
“Andemos... no Espírito” (Gl 5.25).
“Não entristeçais o Espírito de Deus” (Ef 4.30).
“Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18).
“Não apagueis o Espírito” (1Ts 5.19).
“Orando no Espírito” (Jd 20).
No Novo Testamento não existe uma ordem no sentido de procurarmos milagres.
Os carismáticos acreditam que os dons miraculosos foram dados para a edificação dos crentes. Por acaso a palavra de Deus apoia essa conclusão? Não. De fato, na verdade é o contrário. No que diz respeito às línguas, Paulo escreveu em 1 Coríntios 14.22: “De sorte que as línguas constituem um sinal não para os crentes, mas para os incrédulos”. As línguas jamais tiveram o desígnio de edificar os crentes, e sim o de convencer os judeus incrédulos da veracidade do evangelho, como aconteceu no Dia de Pentecostes descrito em Atos 2. (Quanto a uma discussão mais ampla sobre este assunto, ver Capítulo 10.)
Línguas, curas e milagres serviram como sinais para autenticar uma época da nova revelação. Logo que acabou essa época, cessaram os sinais. O teólogo B. B. Warfield escreveu:
“Os milagres não aparecem a esmo nas páginas da Escritura, aqui ali, ou em outro lugar, indiferentemente. Eles pertencem aos períodos de revelação e aparecem somente quando Deus falava ao povo por meio de mensageiros reconhecidos, declarando seus propósitos graciosos. A abundante manifestação de milagres na igreja apostólica é a marca da riqueza da era apostólica quanto à revelação. E, quando esse período de revelação terminou, o período de realização de milagres também cessou, como algo natural... E a obra subseqüente de Deus, o Espírito Santo, não é trazer revelações novas e desnecessárias ao mundo, e sim difundir a revelação única e completa em todo o mundo, levando a humanidade a seu conhecimento salvífico.
Como expressou vividamente Abraham Kuyper (Encyclopedia of Sacred Theology. E. T. 1898, p. 368; cf. p. 355, ss): não é próprio do caráter divino comunicar a cada homem um estoque particular de conhecimento divino, a fim de satisfazer-lhe necessidades particulares; ao contrário, ele prepara uma mesa comum para todos e os convida a compartilhar da riqueza de seu grande banquete. Ele deu ao mundo uma revelação completa, adaptada a todos, suficiente para todos, oferecida a todos; e requer que cada pessoa retire dessa revelação completa seu alimento espiritual pleno. Portanto, não podemos esperar que esse agir miraculoso — um sinal do poder revelador de Deus — continue, e de fato não continua, após a revelação, à qual acompanhava, ter sido completada”.(21)
Em Atos 7, quando Estêvão pregava seu famoso sermão, ele citou Moisés, que realizou “prodígios e sinais na terra do Egito, assim como no mar Vermelho e no deserto... recebeu palavras vivas para no-las transmitir” (v. 36-38). Observe que a Palavra de Deus traça paralelos entre os sinais de Moisés e suas “palavras vivas” — revelação direta da parte de Deus. Quer tenha usado Moisés, Elias e Eliseu, Jesus e os apóstolos, Deus sempre comprovou por meio de sinais e maravilhas que seus mensageiros portavam novas revelações.
Hebreus 2.3 e 4 afirma que o principal propósito dos milagres da Bíblia era a confirmação dos profetas: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a Sua vontade”. Outra vez percebemos a Bíblia atestando que sinais, maravilhas, milagres e dons miraculosos eram a confirmação divina da mensagem de Cristo e de seus apóstolos (“os que a ouviram”).
A expressão “foi... confirmada” está no passado e reflete com exatidão o texto grego. Temos aqui uma afirmação bíblica inequívoca de que milagres, maravilhas e sinais foram concedidos exclusivamente à primeira geração dos apóstolos para corroborar-lhes a condição de mensageiros de novas revelações.
–– John MacArthur | O Caos Carismático
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
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