QUEM É A MULHER DE APOCALIPSE 12? | JP Padilha


Antes de aprendermos quem é a mulher de Apocalipse 12, vamos deixar bem claro quem NÃO É a mulher de Apocalipse 12, visto que católicos e evangélicos adeptos da Teologia do Pacto costumam fazer uma exegese irresponsável e totalmente fora do contexto deste capítulo.

Em primeiro lugar, a mulher de Apocalipse 12 NÃO É Maria, mãe de Jesus, como ensina o Catolicismo. Não existe qualquer respaldo bíblico para isso. E aproveitando este comentário, deixemos bem claro também que não há, na Palavra de Deus, qualquer menção a Maria como sendo a mãe da Igreja, conforme os católicos afirmam hereticamente. A Igreja é formada pelos salvos por Jesus. Portanto, Maria era, ela própria, um membro do corpo de Cristo, como todos os que se convertem a Cristo.

Em segundo lugar, a mulher de Apocalipse 12 NÃO É a Igreja. Do capítulo 6 ao 18 de Apocalipse, a Igreja não é mencionada. O termo comum no Novo Testamento para “Igreja” é ekklēsia. Esse termo é usado dezenove vezes em Apocalipse 1–3 com relação à igreja histórica do primeiro século. A palavra “Igreja” aparece apenas mais uma vez no epílogo do livro (Apocalipse 22.16). Em parte alguma de Apocalipse 6–18 é mencionada a “Igreja”.

Então, quem é a mulher de Apocalipse 12? A mulher de Apocalipse 12 representa a nação de ISRAEL, que é apontada no Antigo Testamento como sendo esposa de Deus (o livro de Cantares ou Cântico dos Cânticos é um exemplo disso):

“Cante, ó estéril, você que nunca teve um filho; irrompa em canto, grite de alegria, você que nunca esteve em trabalho de parto; porque mais são os filhos da mulher abandonada do que os daquela que tem marido, diz o Senhor. Alargue o lugar de sua tenda, estenda bem as cortinas de sua tenda, não o impeça; estique suas cordas, firme suas estacas. Pois você se estenderá para a direita e para a esquerda; seus descendentes desapossarão nações e se instalarão em suas cidades abandonadas. Não tenha medo; você não sofrerá vergonha. Não tema o constrangimento; você não será humilhada. Você esquecerá a vergonha de sua juventude e não se lembrará mais da humilhação de sua viuvez.Pois o seu Criador é o seu marido, o Senhor dos Exércitos é o seu nome, o Santo de Israel é seu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.O Senhor chamará você de volta como se você fosse uma mulher abandonada e aflita de espírito, uma mulher que se casou nova, apenas para ser rejeitada, diz o seu Deus. Por um breve instante eu a abandonei, mas com profunda compaixão eu a trarei de volta. Num impulso de indignação escondi de você por um instante o meu rosto, mas com bondade eterna terei compaixão de você, diz o Senhor, o seu Redentor” (Isaías 54.1-8 – ênfase minha).

A passagem de Apocalipse 12 mostra Israel, com as doze tribos representadas pelas doze estrelas, como gerando o filho que viria a reger as nações com vara de ferro, isto é, Jesus. Esse filho, porém, foi levado para Deus (a ressurreição de Jesus). Sendo assim, o seu reinado com vara de ferro é ainda futuro, já que, enquanto esteve aqui, Jesus foi manso e humilde – nem um pouco a imagem de um rei severo.

Na ausência do filho, a mulher (Israel) foge para o deserto para ser mantida por Deus por 3 anos e meio. Enquanto isso vemos irromper uma batalha nos céus e o diabo é lançado na terra junto com seus anjos, passando a perseguir o remanescente fiel de Israel. Isso acontecerá durante a grande tribulação, nos próximos 3 anos e meio do período de 7 anos de tribulação sobre a terra. Em nenhum momento a passagem fala da morte de Jesus e tampouco menciona a Igreja. Devemos nos lembrar de que o objeto da profecia é ISRAEL, e nunca a Igreja. Cronologicamente falando, a Igreja deixa de ser mencionada no capítulo 3 de Apocalipse, sendo os primeiros versículos do capítulo 4 uma alusão ao arrebatamento. A partir daí, João, representando os salvos desta dispensação, passa a assistir do céu o que vai acontecer na terra. A Igreja só voltará a ser vista no final do livro de Apocalipse por ocasião das bodas do Cordeiro.

Outra evidência de Israel como sendo a mulher de Apocalipse 12 está no sonho de José, quando sua mãe (juntamente com seu pai) surgem como a origem de Israel (o nome de Jacó foi mudado para Israel). As doze estrelas (onze mais José) são as doze tribos de Israel. Vejamos:

“Depois teve outro sonho e o contou aos seus irmãos: Tive outro sonho, e desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim. Quando o contou ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu e lhe disse: Que sonho foi esse que você teve? Será que eu, sua mãe, e seus irmãos viremos a nos curvar até o chão diante de você?” (Gênesis 37.9-10).

– JP Padilha
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