A TERRA É REDONDA E O ARREBATAMENTO DA IGREJA OCORRE ANTES DA TRIBULAÇÃO | JP Padilha


Toda "teoria conspiratória" traz elementos intrigantes e sedutores (e de fato, algumas são verdadeiras), porém, em sua maioria, são "obras de arte" em sua maneira de grudar nas mentes mais incautas por meio de falácias. Todavia, se você fizer uma simples pergunta, virá a perceber o quanto essas TEORIAS são vazias de significado prático. Primeiramente, como isso irá mudar a minha vida na segunda-feira de manhã, se a Terra é plana, quadrada ou sei lá o que mais? Teorias conspiratórias (embora algumas sejam comprovadas e nos sirvam de informação) são viciantes e alienadoras quando colocadas acima de uma boa exegese escriturística. Com isso, nos deparamos com o dilema de sempre: Você não pode provar que isso é assim, mas também não pode provar que não é assim (???). Essas coisas satisfazem aquela vontade humana que surgiu no Jardim do Éden, isto é, de apontar o dedo e culpar alguém pela desgraça. Adão culpou Eva; Eva culpou a Serpente. E isso é o que ocorre nos lugares mais obscuros da NASA e dos âmbitos teóricos da Ciência Humanista (sempre com novas teorias). Já viu como é a linguagem deles? "O Fulano apontou que"... "O Cicrano descobriu que"... e nunca "Eu descobri que"... ou "Eu apontei que".

Adeptos de teorias científicas e/ou conspiratórias possuem uma adolescência crônica. Ou, quem sabe, podemos chamar de "Síndrome de Peter Pan". Geralmente se sentem o "Homem Aranha" lutando por uma “causa”. Daí o seu ego, em forma de sofismas e teorias sem nenhum argumento concreto, se eleva de forma a levá-lo a ser como um cão que corre atrás do próprio rabo. A obsessão é viciosa, mas não traz respostas reais. Tudo não passa de um belo conto de fadas sem nenhum embasamento bíblico, embora, em muitos casos, tais “teorias científicas” levem o crente a enxergar na Escritura aquilo que ela nunca afirmou.

Por exemplo, muitos jovens já se aventuraram em usar Apocalipse 1:7 como fuga para sua “fé cega” para tentar fundamentar suas teorias conspiratórias numa sede incontrolável de provar o que ele quer que seja verdade sobre a Terra – isto é, que ela é plana. Essa teoria, como qualquer outra, pode ser facilmente refutada com um pouco de conhecimento bíblico e das profecias que estão nela.

“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém” (Apocalipse 1:7).

Tudo isso é verdade. Mas onde isso prova que a Terra é plana? Se você ler Mateus 25, você verá que isso é o que é chamado de Julgamento das Nações. Todavia, Jesus tratará de forma privativa com Israel (os judeus) primeiro.

Da primeira vez, Cristo veio para os que eram “seus”, e os seus (os JUDEUS) não o receberam (Jo 1:11). Somente depois é que Ele passou a tratar com os “demais” (gentios do mundo inteiro). E assim será, mais uma vez, em Sua segunda vinda, para reinar na Terra com Sua amada Igreja já arrebatada.

A dificuldade com Apocalipse 1:7, texto muito usado por adeptos da Teoria da Terra Plana, está na associação com Mateus 24, que parece falar de uma manifestação gloriosa como aquelas que artistas fazem nas revistas e ‘Testemunhas de jiová’ em seus livretos... etc. Quem cresce com esse tipo de crença geralmente acata para si a ilusão de que a única forma de ver Cristo descendo entre as nuvens com grande poder e glória seria com uma Terra Plana. Essas pessoas (muitas de forma inconsciente), estão acostumadas a olhar para Mateus 24 e logo a correlacionarem com suas imaginações limitadas acerca do ocorrido (isso pra não mencionar aqui a ignorância escatológica de muitos, que associam Mateus 24 ao arrebatamento – tema este que eu trato com riqueza de detalhes no meu blog e página do Facebook).

Vejamos a passagem:

“Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais. Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias. E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mateus 24:26-30).

Essa passagem começa falando dos falsos anúncios da volta de Cristo que poderão confundir o REMANESCENTE JUDEU FIEL, que irá se converter na grande tribulação. Nesse capítulo acima, isto é, em Mateus 24, a Igreja não aparece. Nas circunstâncias descritas em Mateus 24, a igreja já terá sido arrebatada aos céus anos antes (no mínimo sete anos antes), e se você não entende o arrebatamento ou as diferentes dispensações, irá precisar aprender isso antes de se aventurar em cavar “teorias terra-planistas” na Bíblia, pois são fatores fundamentais para se entender a profecia bíblica. O foco de Mateus 24 é o Juízo que Cristo traz consigo. O “raio” é visto por todos. A Sua vinda será vista por todos, todavia, não simultaneamente. O “raio” nessa passagem tem sentido de juízo rápido. Quando um raio cai sobre uma árvore, a árvore é dissipada de forma instantânea.

Mas, para saber de onde e como Ele virá, nós precisamos ver como e de onde Ele partiu quando se despediu dos seus discípulos no Monte das Oliveiras:

“E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado” (Atos 1:9-12).

Perceba que eles voltaram de onde estavam, isto é, do Monte das Oliveiras. Se esses versículos de Atos 1 nos falam da subida de nosso Senhor, Zacarias 14:4 fala da descida. Veja que interessante:

“E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul” (Zacarias 14:4).

Nesse momento, o encontro de Jesus com a “Casa de Davi”, ou seja, com ISRAEL – judeus – visto que as outras tribos terão sido *recolhidas pelos anjos*, Ele será visto pelos que o pregaram na cruz. Não as mesmas pessoas, obviamente, mas os descendentes daqueles que há dois mil anos disseram: “O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt 27:25)!

Zacarias 12:10 detalha mais esse encontro:

“Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zacarias 12:10).

Quando digo que as pessoas precisam entender as dispensações, o arrebatamento da igreja e o panorama todo da profecia para compreender essa vinda de Cristo de Mateus 24 para “reinar”, é porque podemos ser enganados por visões reducionistas que geralmente são propagadas por religiões estranhas à Escritura. Muitas dessas religiões nem mesmo conseguem distinguir a diferença entre a “vinda do Senhor para buscar a Sua Igreja” e a “manifestação de Cristo para estabelecer o Seu Reino”, o que irá acontecer no mínimo sete anos mais tarde.

Mesmo essa manifestação de Cristo vindo à Terra, ao Monte das Oliveiras, possui uma sequência que começa com sua aparição em particular aos judeus, levando-os a saírem para a Terra a fim de dar a boa notícia de que Cristo voltou. E é disso que fala até mesmo a passagem de Isaías a qual costumamos usar muitas vezes como base de evangelização, mas que, primariamente, trata-se de uma profecia:

“Portanto o meu povo saberá o meu nome; pois, naquele dia, saberá que sou eu mesmo o que falo: Eis-me aqui. Quão formosos são, sobre os montes, os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina! Eis a voz dos teus atalaias! Eles alçam a voz, juntamente exultam; porque olho a olho verão, quando o Senhor fizer Sião voltar” (Isaías 52:6-8).

Quando os judeus virem que o Senhor retornou, sairão anunciando pelo mundo todo.

Voltando à passagem de Apocalipse 1:7, costumeiramente usada por defensores da “teoria do amilenismo”, vamos entendê-la passo a passo com fatores distintos:

“Eis que vem com as nuvens”: Isso de fato irá acontecer, pois foi assim que os discípulos o viram subir.

“e todo o olho o verá”: Também ocorrerá, mas não necessariamente de forma simultânea, até porque muitos estarão trabalhando, por exemplo, em minas debaixo da Terra. Sendo assim, em casos como esses, algumas pessoas não poderão o ver de imediato, obviamente.

“até os mesmos que o traspassaram”: Quem são esses indivíduos? São os judeus que herdaram a culpa de seus antepassados.

“e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele”: Cada uma por sua vez. Um exemplo notório disso está no modo como ele tratará as ovelhas e os bodes, os pequeninos irmãos no Senhor (por terem vindo de Judá).

Quanto às várias outras passagens usadas para a defesa da “Teoria da Terra Plana”, enunciadas por militantes neuróticos na tentativa de embasar suas idéias e conceitos infundados, faz-se necessário entender um pouquinho de hebraico (o básico) a fim de extrairmos o que de fato as passagens estão afirmando. Isso não significa que é preciso ser “expert” em hebraico para tirar conclusões óbvias do texto inspirado. O fato é que a palavra hebraica usada para “CÍRCULO”, claramente exposta no texto bíblico, é a mesma usada para “ESFERA”.

Com isto, a confusão criada pelos militantes da “Teoria da Terra-Plana” se dá por meio de espantalhos, já que a Palavra de Deus diz de forma cristalina:

“Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos; é Ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar; o que reduz a nada os príncipes, e torna em coisa vã os juízes da terra” (Isaías 40:22,23).

A palavra traduzida como “CÍRCULO”, em hebraico, é “chuwg”, que também pode significar “circuito” ou “bússola” (dependendo do contexto em que o termo está inserido). Isto é, essa terminologia indica claramente algo esférico, arredondado e arqueado – não algo que é plano ou quadrado. Daí surge a pergunta que nunca é respondida: O que fazer com a Palavra inspirada pelo Espírito Santo? Tanto em português como no hebraico a palavra descreve a Terra como uma ESFERA, porém, a seita terraplanista insiste em querer ser chamada de “cristianismo”. Ou seja, os adeptos ‘cristãos’ da teoria da Terra Plana terão que rasgar a passagem mais direta quanto ao tema, uma vez que todos os argumentos com base em outras narrativas não passam de especulações com base na suposição.

Assim sendo, a arruaça sempre começa quando os seguidores da teoria da “Terra Plana” querem convencer o mundo de que este “CÍRCULO”, descrito na passagem, seria uma “pizza” – uma Terra plana, chata e circular. Para outras passagens, como aquelas que dizem “Confins da Terra”, “Cantos da Terra”, “Centro da Terra”, “Colunas do Céu” e etc, vemos que a dificuldade dos “teoristas” da “Terra Plana” ocorre por terem tirado nota baixa em Redação e Interpretação de texto desde o Jardim de infância até à vida adulta, ou, no mínimo, porque não sabem diferenciar linguagem poética, analogias e figurações. Ou, ainda, são incapazes de compreender o texto bíblico por perderem de vista o fato de que muitas passagens na Bíblia descrevem coisas do ponto de vista “antropomórfico”, isto é, do ponto de vista humano ou do autor que escreveu, como o próprio livro de Eclesiastes repete várias vezes. É por esta mesma razão que aqui, na Terra, nós dizemos que o sol está subindo e descendo no horizonte. Não é assim? É a forma de nos expressarmos de acordo com o que estamos vendo, quando na verdade é a Terra que está girando e nós sabemos muito bem disso.

Contudo, adeptos fanáticos da “teoria da Terra Plana” não param de surgir e insistem que “a Terra é plana e não gira”... “é o sol que fica dando voltas e mais voltas”... como se fosse uma mosca prestes a pousar em uma “pizza”. Neste caso, não tenho muito o que dizer, mas, um psiquiatra pode ajudar.

–– JP Padilha

Um comentário:

  1. Fala, fala, fala e não mostra UM texto claro sobre arrebatamento antes, isso é heresia! Engraçado, logo você que se julga o certo em todas as doutrinas, crê numa coisa dessas que não tem base alguma, TODO OLHO O VERÁ! É só saber ler!

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