9 Argumentos em Defesa da Pregação Feminina | PH Pereira
ARGUMENTO n° 1: "Deus é Soberano!"
REFUTAÇÃO: Lógico! Mas o fato dEle ser Soberano não significa que Ele passará por cima daquilo que Ele já determinou em Sua Palavra. A Escritura expressamente proíbe a mulher ensinar [1Tm 2.12]. Ora, a mulher ao pregar no culto público, ela exercerá autoridade não somente sobre seu marido, mas sobre outros homens.
Logo, qual deve ser a postura do cristão bíblico? Curvar-se diante do Livro, e dizer: "Deus estabeleceu as regras de como devemos portar no culto, logo, obedecemos!"
ARGUMENTO n° 2: "Deus usa quem Ele quer, usou até uma mula!"
REFUTAÇÃO: Verdade! Este argumento é parecido com o primeiro. Porém, tal argumentação não é regra! O fato de Deus ter usado uma mula, significa apenas que não havia ninguém próximo ao ímpio Balaão para adverti-lo; exceto, o animal que ele estava montado. Assim, revela a soberania divina. No caso de uma mulher pregar, é possível Deus usar, mas será uma exceção à regra. A regra bíblica é que homens preguem ou ensinem, e mulheres aprendam [1Co 14.34-35].
ARGUMENTO n° 3: "Jesus disse: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura [Mc 16.15], as mulheres estão isentas da Grande Comissão?"
REFUTAÇÃO: À luz do contexto, Jesus outorga a tarefa da Grande Comissão aos "apóstolos" [v.14]. Bem sabemos quem eram esses apóstolos [Mc 3.16-19]. Note que Jesus já havia aparecido às mulheres [v.9-11], no entanto não as incumbiu da Grande Comissão. Ademais, o "pregar" em Marcos 16.15, não tem nada a ver com a pregação eclesiástica; mas, sim, com a paraeclesiástica. Além disso, o trecho de Mc 16.9-20 é motivo de discussão entre os eruditos. Alguns sustentam que o trecho foi acrescentado, portanto não fazia parte dos melhores e mais antigos manuscritos. O comentarista Mulholland concorda com Cole, quando diz: "Não seria sábio construir qualquer posição teológica com base somente nesses versículos; e isso nenhum grupo cristão responsável fez"¹.
ARGUMENTO n° 4: "Se homens são subordinados à uma mulher-lider no local de trabalho, por que não podem ser também na igreja?"
REFUTAÇÃO: Contextos distintos! Quando Paulo escrevia suas Cartas ele tinha destinatários específicos: "igrejas". Logo, não tem relação nenhuma com o papel da mulher no âmbito profissional. Ora, mulheres pregam no trabalho ou estão ali para exercerem outro tipo de liderança? Estão ali para falar do Evangelho ou delegar funções e tarefas?
ARGUMENTO n° 5: "Débora é o maior exemplo de que mulheres podem liderar!"
REFUTAÇÃO: Interessante destacarmos que Débora serve como "exemplo". Exemplos bíblicos não são norma ou regra, a não ser que algo na passagem evidencie como um Mandamento Universal, hermenêuticamente falando. Há algo no episódio de Débora que pode ser usado como Mandamento? Não. Além disso, o rev. Ageu Magalhães argumenta que Débora foi juíza em Israel por causa da omissão masculina. Todavia, ela não convocou o povo para a batalha, mas encorajou Baraque a fazê-lo [Jz 4.6,10]. Quando Baraque insistiu na presença de Débora, ela o repreendeu para que ele assumisse sua função de cabeça [Jz 4.9]².
ARGUMENTO n° 6: "Segundo Paulo, as mulheres deveriam ficar caladas porque interrompiam o culto com perguntas indecentes".
REFUTAÇÃO: A palavra grega para "falar" em 1Co 14.34 é λαλειν (lalein), que é definida pelos defensores da pregação feminina como "tagarelar" ou "fazer fofocas". Assim, segundo eles, é nesse sentido a proibição paulina para a mulher não falar. De acordo com o comentarista William MacDonald, "laleo" não significa tagarelar. O mesmo verbo é usado para Deus no versículo 21 de 1Co 14, e em Hebreus 1.1. Logo, "laleo" significa "falar com autoridade"³. Ora, creio que nem Paulo em 1Co 14.21, nem o escritor da Carta aos Hebreus 1.1 estão dizendo que Deus está por aí "tagarelando" ou "fazendo fofocas". O conceito de "laleo" é "falar com autoridade", e falar com autoridade é algo reservado para o homem [1Tm 2.11-12].
ARGUMENTO n° 7: "Uma mulher escreveu Hebreus".
REFUTAÇÃO: Essa teoria está ganhando notoriedade. A Bíblia diz que os apóstolos e os profetas lançaram os fundamentos da igreja [Ef 2.20]. Por fundamento, entendemos tratar-se das Doutrinas Fundamentais da Fé Cristã. Ora, se uma mulher escreveu Hebreus, logo ela teve um papel de ensinadora; o que iria contraditar o ensino geral da Escritura de que homens exerçam autoridade doutrinária. Além disso, teríamos de crer que a autoria da Carta aos Hebreus era de uma "apóstola". Bom, não duvido que alguém possa defender isso! Na verdade, havia o entendimento na igreja primitiva que quem escreveu Hebreus foi Paulo ou um companheiro dele; por isso ela foi incluída depois das Cartas de Paulo⁴.
ARGUMENTO n° 8: "Júnias era 'apóstola', não?"
REFUTAÇÃO: A personagem misteriosa chamada Júnias de Rm 16.7, é sugerida como "apóstola". O problema é que nomes gregos com terminações "as", indicam nomes masculinos, pondere: ανδρεας (Andreas, Mt 10.2), ηλιας (Elias, Mt 11.14), ζαχαριας (Zakharias, Lc 1.5). O Dr. Augustus Nicodemus informa-nos que, nos escritos gregos existentes desde a época de Homero (sec. 9aC.) até o século 5 d.C. foram achadas apenas três ocorrências do nome Júnias, além de Rm 16.7. Plutarco cita uma irmã de Brutus, chamada Júnias; Epifânio, o bispo de Salamina em Chipre, menciona Júnias em Rm 16.7 como sendo um homem que veio a ocupar o bispado de Apaméia da Síria; e João Crisóstomo se refere a Júnias de Rm 16.7 como sendo uma irmã notável até mesmo aos olhos dos apóstolos⁵. Por isso, é mais seguro dizer que o nome Júnias era tanto masculino quanto feminino. Se Júnias era uma mulher, ela não era "apóstolo" no sentido dos "doze", mas no sentido de que era alguém enviada pela igreja, assim como Barnabé, Silas e Timóteo [At 14.14; 1Ts 1.1; 2Co 1.1].
ARGUMENTO n° 9: "Paulo diz que 'em Cristo somos um', logo as mulheres tem liberdade para pregar".
REFUTAÇÃO: Os proponentes do Igualitarismo⁶ utilizam a passagem de Galátas 3.28 para fundamentar suas ideias, mas o que ela tem a ver com pregação feminina? Que salada exegética! O apóstolo está enfatizando a "unidade" da igreja em Cristo, e, não, a igualdade de papéis. Assim, Paulo argumenta que o Sacrifício Vicário de Cristo foi suficiente para salvar todos sem distinção: judeu, grego, escravo, livre, macho e fêmea. Paulo diz no verso seguinte [29], que somos herdeiros da promessa. Que promessa? A promessa de que em Abraão o plano salvífico alcançaria todas as nações da Terra.
~ PH Pereira
Fonte: Teologizando - PH Pereira
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Nota¹: MULHOLLAND D.M, Marcos - Introdução e Comentário, p.238.
Nota²: https://www.ipsantoamaro.com.br/Artigos/30-razoes-por-que-mulheres-nao-devem-pregar-em-cultos-publicos.
Nota³: MACDONALD, W, Comentário Popular Novo Testamento, p. 524.
Nota⁴: PLUMMER, R.L, 40 Questões para se Interpretar a Bíblia, p.37.
Nota⁵: LOPES, A.N, Ordenação de Mulheres - Que diz o Novo Testamento?, p.13.
Nota⁶: O Igualitarismo acredita e sustenta que homens e mulheres podem e devem servir em funções iguais no lar e na igreja.
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