COMO VENCER UM PECADO? | JP Padilha


"Eis que uma mulher lhe sai ao encontro com vestes de prostituta, e astúcia de coração"
(Provérbios 7.10). O que você faz em uma situação dessas? Se assenta para bater um papo com a vadia? Não. Você foge. Não tente ser forte. Fuja! Não lute contra o pecado. Apenas diga "tchau-tchau"! É isso que a Bíblia ensina.

“E ela [esposa de Potifar] lhe pegou pela sua roupa, dizendo [a José]: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora” (Gênesis 39.12). Veja o verso. José não se sentou para falar sobre a lei de Deus com a vagabunda. Ele FUGIU. Ele nem mesmo parou para pensar em se vestir.

Como vencer um pecado? Fugindo dele, não lutando contra ele. Pecado é como o boneco de piche da história infantil, com o qual o macaco encafifou e partiu para a briga. Um tapa, e a mão grudou. Outro, e a outra ficou grudada. Pontapé, pé grudado. Outro também. Busque pela fábula do macaco e o boneco de piche. É uma bela analogia sobre o que a Bíblia está nos ensinando. A Bíblia ordena a fugir do pecado e não a lutar contra ele, pois, se lutamos contra ele, estamos nos ocupando dele de alguma forma, e a nossa carne é fraca.

Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo” (1Coríntios 6.18).

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1Coríntios 10.14).

“E ela [esposa de Potifar] lhe pegou pela sua roupa, dizendo [a José]: Deita-te comigo. E ele deixou a sua roupa na mão dela, e fugiu, e saiu para fora” (Gênesis 39.12).

Foge também das paixões da juventude; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Timóteo 2.22).

O cristão deve saber que sua carne ainda vive e está ativa, pronta para pecar de novo e de novo. E se ela tiver um pecado preferido, repetirá esse pecado várias vezes. Portanto, o cristão deve mortificar sua carne (considerá-la morta), sabendo que essa é a condição em que ela foi colocada por Cristo ao recebermos a “nova vida” (Rm 6.4). Todavia, se eu insistir em viver lidando com a carne, ainda que seja na tentativa de mantê-la quieta e longe do pecado, isso continuará sendo ocupação com a carne. Era o que faziam os monges que se flagelavam. Oras, enquanto estavam batendo na carne, estavam ocupados com ela, para o bem ou para o mal.

Veja o que a Escritura diz aqui:

“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (Gálatas 5.16-18).

Ou seja, não é combatendo a carne que iremos andar no Espírito, mas sim andando no Espírito que este (o Espírito) combaterá a carne. Nós não temos força contra o pecado, mas o Espírito Santo sim. Outra coisa que essa passagem nos ensina é que somos guiados pelo Espírito e não pela lei. As duas coisas não podem coexistir. Se eu me deixo levar pela lei (não faça isto, não faça aquilo), então não estou sendo guiado pelo Espírito. Se eu me ocupo com o Espírito, é Ele quem irá cuidar do resto.

Quando criança, me lembro de ganhar presentes que há muito tempo desejava, e isso me deixava tão ansioso e eufórico que meus pais precisavam me obrigar a comer e a beber água, visto que eu me esquecia das necessidades básicas da vida, só para ficar com aquele “hominho do Jaspion”. Ficava tão encantado com o Jaspion, que tudo que eu queria era brincar... só brincar. Eu só ia fazer xixi quando a coisa ficava apertada. É assim que funciona com o pecado: Quando estamos entretidos e encantados com alguma coisa, deixamos naturalmente de fazer outras, sejam elas boas ou ruins. Ou seja, é a atração pelas coisas que pertencem a Cristo que nos faz deixar as coisas que não provém dEle. Os judeus tentaram fazer isso pela lei e não conseguiram. Mas nós, a Igreja de Deus, temos o Espírito Santo habitando em nós.

“De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida” (Romanos 6.4).

Em última instância, não perdemos o controle de tomar decisões quanto ao que queremos fazer. Quando pecamos é porque queremos pecar. Na verdade, tudo o que desejamos, o tempo todo, é pecar. “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço” (Romanos 7.19).

Todavia, existe um ditado muito pertinente: “Você não pode evitar que os pássaros voem sobre sua cabeça, mas pode evitar que façam ninho em seus cabelos". Se eu perceber que algo, seja música, vídeo, imagem, ambiente, amizade ou qualquer outra coisa, está me fazendo desviar das coisas de Deus para aquilo que é pecaminoso, certamente devo evitar essas coisas ou situações e não voltar para elas.

José fugiu da mulher de Potifar, correndo para escapar de uma circunstância com a qual ele sabia que não tinha poder para lidar. Davi, no dia em que os reis iam à guerra, ficou em casa, acordou tarde, olhou pela janela e viu Bate-Seba tomando banho (ali não diz se precisou subir na geladeira para isso). Ele mandou buscá-la e deu no que deu. Se ele tivesse feito o que os reis faziam naquela época, não estaria em casa, não acordaria tarde, não olharia pela janela...

"Pois o mandamento é lâmpada, a instrução é luz, e as advertências da disciplina são o caminho que conduz à vida; eles o protegerão da mulher imoral, e dos falsos elogios da mulher leviana. Não cobice em seu coração a sua formosura nem se deixe seduzir por seus olhares, pois o preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas a adúltera sai à caça de vidas preciosas" (Provérbios 6.23-26).

– JP Padilha
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