MARIA É MÃE DE DEUS? Se não, de onde surgiu a heresia? | JP Padilha
Antes de começar, eu gostaria de salientar o quanto é absurdo ter que explicar por que Deus não tem mãe. Não é uma coisa óbvia? Ele é o Criador do universo, não? Ele não nasceu de ninguém nem foi criado, mas simplesmente é, desde os tempos eternos. Todo ser humano começa a existir no momento da concepção. A origem da vida inicia-se pela união de um óvulo da mãe com um espermatozoide do pai. Isso é provado pela Bíblia, pela Ciência e até pelo senso comum. Todavia, Jesus Cristo, por ser Deus, já existia ANTES do momento de Sua concepção, pelo Espírito Santo, no ventre de Maria.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (João 1.1-3, 14).
Sim, Ele estava na eternidade com o Pai antes que Maria pudesse imaginar que um dia existiria e que conceberia o filho de Deus por meio do Espírito Santo. Sendo assim, como Maria poderia ser mãe de Deus por ter concebido Jesus, se Jesus sempre existiu?
Até mesmo para mim isso é assustador! O meu Deus SEMPRE existiu. Ele é, e ponto. Isso não bastaria para convencer as pessoas de que o Senhor não tem pai nem mãe? É uma questão de apologética, obviamente. Não podemos entender como um DEUS sempre foi... eternamente... sem dar explicações ao homem de como isso funciona. E eu temo e tremo diante do meu Deus por causa disso! Mas, infelizmente, a maioria dos religiosos – e aqui nós vamos enfatizar o catolicismo – crê que Deus tem uma mãe porque Ele usou uma mulher para que Seu filho pudesse vir ao mundo como homem-Deus.
A Bíblia nos diz que todas as coisas vieram a existir através de Jesus Cristo, (inclusive os seres humanos e, aqui, Maria, a mãe de Jesus Cristo, está incluída): “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele”. (Colossenses 1.16). “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. (João 1.3). “Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu”. (João 1.10).
Em conversas esporádicas com católicos, esse é o ponto das Escrituras mais delicado de se tratar com eles: a posição de Maria no plano da redenção. Por que? Porque colocar Maria como co-autora no plano da redenção é um pecado hediondo e difícil de suportar. Trata-se de uma blasfêmia contra Deus, o único e verdadeiro Salvador!
Ao longo da história, a Igreja Católica tem elaborado uma série de doutrinas estranhas sobre a mãe de Jesus. Porém, quando examinamos as Escrituras, percebemos que essas doutrinas não vêm da palavra de Deus.
O uso da expressão "Maria, mãe de Deus" foi oficialmente autorizado no Concílio de Éfeso no século V. O concílio procurou resolver uma diferença entre alguns bispos em referência à divindade e à humanidade de Jesus. A Bíblia apresenta Jesus como Deus que se fez carne (Jo 1.1,14). Várias pessoas, em especial aquelas que se dizem “pastores da igreja”, têm tentado separar esses dois atributos de Jesus Cristo, às vezes sugerindo que sejam duas pessoas distintas – uma espiritual e a outra carnal (???). Não contentes com as afirmações das Escrituras, alguns homens procuram explicar detalhadamente coisas que Deus não revelou (cf. Deuteronômio 12.32). O resultado, freqüentemente, é que um extremo falso provoca uma reação igualmente errada, e novas falsas doutrinas brotam.
O que aconteceu foi o seguinte: Alguns teólogos se reuniram em Éfeso, uma cidade conhecida por sua exaltação de uma deidade feminina (cf. Atos 19.23-41). Eles não se contentaram em estudar o que as Escrituras dizem sobre a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Eles desprezaram a suficiência das Escrituras. Assim, para defender o fato de que Jesus é Deus, eles argumentaram da seguinte forma: “Emanuel realmente é Deus, e a santa Virgem é, portanto, Mãe de Deus” (John A. Hardon, S.J., The Catholic Catechism, 135). Superficialmente, a lógica parece válida, e, assim, foi oficializado o dogma de "Theotokos" (Mãe de Deus), uma doutrina que não se encontra na Bíblia. E eu costumo dizer que essa talvez seja a maior das heresias, pois coloca Maria na posição de mandante de Deus. Ela manda e Ele obedece. Ou, ainda pior, ela esteve na eternidade com Ele também.
Após tudo isso, como consequência, várias outras novas doutrinas sobre Maria surgiram. Ao não acreditarem nas afirmações bíblicas de que Maria perdeu sua virgindade com José logo após conceber Jesus (cf. Marcos 6.3), acrescentaram a doutrina da virgindade perpétua dela. Aí já é demais!!! Tentando defender a “pureza” de Maria (como se fosse pecado ter relações sexuais com o marido) enquanto negavam a inocência e pureza de todas as crianças, inventaram a noção da imaculada conceição, que se tornou dogma no século XIX.
Em 1950, Pio XII tomou mais um passo, segundo a vontade de milhões de católicos, quando decretou como dogma da seita católica a crença da Assunção de Maria ao céu. Opa! Será que já não foram longe demais? Agora, no início do século XXI, o Vaticano está sendo bombardeado com petições para exaltar Maria ainda mais. A ideia de Maria como co-redentora dos salvos já é uma doutrina explícita na crença católica. Todavia, por enquanto, não foi decidido se Roma ordenará que Maria seja vista oficialmente como co-redentora ao lado de Jesus. O fato é que, na prática, isso já acontece. O povo católico a vê como co-redentora. Simples assim.
Com tudo isso que temos visto na Cristandade, devemos aprender algumas lições importantes: Não devemos negar nada que a Bíblia afirma sobre Maria, mas também não devemos criar ou aceitar doutrinas humanas e demoníacas sobre a mãe de Jesus. Quando refutamos doutrinas falsas, precisamos ter cuidado para não inventar outras coisas igualmente erradas. Devemos sempre falar de acordo com as Escrituras, sem nada acrescentar (1Pe 4.11; 1 Co 4.6; 2Jo 9).
– JP Padilha
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