DESERÇÃO E ABANDONO NO CASAMENTO | JP Padilha



"Todavia, aos casados mando, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher (...). Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos (irreconciliáveis), não fica sujeito à servidão nem o irmão (repudiado), nem a irmã (repudiada); Deus vos tem chamado à paz"
 (1Coríntios 7.10,11,15).

Os falsos mestres do nosso século costumam isolar o verso 15 desta passagem para dizer que Paulo dá legitimidade ao divórcio caso um dos cônjuges queira se apartar. Porém, preste bastante atenção no verso: “Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos (irreconciliáveis), não fica sujeito à servidão nem o irmão (repudiado), nem a irmã (repudiada); Deus vos tem chamado à paz” (vs. 15 – ênfase minha). Perceba que o cônjuge que se divorcia é chamado de DESCRENTE. Este cônjuge está em pecado. Paulo não está defendendo o ato do divórcio. Pelo contrário – ele atribui ao divorcista o nome de “descrente”, deixando claro que aquele que quer se apartar é porque não é um genuíno cristão.

O foco de Paulo em 1Coríntios 7 é a relação entre um homem e uma mulher. Todo o capítulo é composto por uma série de mandamentos e conselhos destinados a três grupos diferentes: (1) solteiros ou viúvos, (2) casados e (3) crentes que se casaram com descrentes. O apóstolo fala acerca do celibato, do casamento e dos crentes que haviam se casado com pagãos. Portanto, para que o nosso foco seja mantido neste capítulo, falaremos sobre os deveres predominantes dos solteiros e viúvos em outra ocasião. O que importa agora é desfazer o engano de Satanás e dos falsos mestres a respeito do divórcio e segundo casamento.

Paulo proíbe o divórcio e o faz sob a base de que Jesus o proibiu (Mc 10.9; Lc 16.18; Mt 19.3-9). Não se trata de uma mera opinião do apóstolo, mas da revelação direta de Jesus Cristo a ele, já que nenhum apóstolo escreveu sob qualquer influência que não fosse do Espírito Santo. Paulo diz: "aos casados mando, não eu, mas o Senhor", a fim de asseverar aos crentes de Corinto que Jesus já havia ensinado tudo isso nos evangelhos, e que, portanto, ele não estava dizendo nada novo ali. Ao contemplar a possibilidade de um rompimento forçado, Paulo proíbe expressamente que haja um novo casamento. Pode parecer uma doutrina severa para “cristãos” relativistas e pagãos da nossa era, mas o fato é que em Corinto havia uma lassidão espiritual fora do comum, característica que marcou aquela igreja como sendo a mais resistente à disciplina cristã devido aos costumes de suas antigas crenças em deuses pagãos. Nada pertencente a esta vida deveria tomar a atenção dos crentes de Corinto, e Paulo não deu mole para as ovelhas daquela congregação. Isso explica por que a linguagem de Paulo é tão severa ao se dirigir a uma classe de recém-convertidos que, outrora, praticava orgias em devoção a todo tipo de deuses da antiga Grécia. Portanto, era necessário que qualquer tipo de pensamento impuro fosse evitado entre os Coríntios, especialmente na área sexual. E Paulo não poupou a cinta. Divórcio não! Segundo casamento, exceto em caso de viuvez, também não!

As quatro regras imutáveis para os casados da Igreja de Deus, prescritas em 1Coríntios 7, são:

1. Não se aparte do cônjuge.
2. Se apartar (separação forçada por parte do descrente), fique sem casar.
3. Ou, que se reconcilie com o marido.
4. Que o marido não deixe a mulher.

Se houver traição dentro do matrimônio, o perdão e a oração para que o cônjuge seja transformado(a) em uma nova criatura em Cristo é a opção correta.

A única exceção para novas núpcias está destinada aos viúvos, no final da carta:

"A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor" (1Coríntios 7.39).

Quaisquer que sejam as justificativas dos advogados do divórcio e “re-casamento”, nenhuma passagem da Escritura pode ensinar o contrário do que está enfaticamente ordenado em 1Coríntios 7.39. Esta passagem é a conclusão lógica de todo um pano de fundo que vimos até aqui. Todo o ensinamento de Cristo sobre relação conjugal, separação ou união com terceiros é concluído aqui. A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive (é até que a morte os separe). Um novo casamento só é permitido em caso de óbito (morte física; túmulo).

Em 1Coríntios 7, Paulo tem ciência de que uma possível separação forçada é inevitável. Quando ele escreve aos Coríntios sobre o assunto, ele está considerando em sua mente a possibilidade de um adultério sem arrependimento e de casos como a deserção e a violência doméstica. A fim de deixar claro ao leitor de que o divórcio e o novo casamento de divorciados são ambos condenados por Deus, ele se dirige aos cônjuges que sofreram o rompimento forçado e os alerta sob a base das mesmas palavras do Jesus histórico. Esses indivíduos abandonados no casamento devem se manter no celibato, pois Deus os chamou para a paz e eles não estão fadados a forçarem ninguém a manter laços com eles.

Portanto, Lucas 16.18, Marcos 10.11-12 e Mateus 19.3-11 são as normas que o apóstolo Paulo tem em mente quando vai tratar sobre o assunto com a Igreja de Cristo na dispensação da graça. É por essa razão que ele diz: “... aos casados mando, não eu, mas o Senhor“, fazendo alusão ao que Jesus já havia dito nos evangelhos, mas que precisava ser enfatizado para um povo de difícil compreensão.

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