A PREGAÇÃO, O ESPINHO E O ALVO | JP Padilha

Nós, que recebemos a vocação do ministério, somos chamados a pregar o que a Bíblia nos ordena a pregar, e não elaborar métodos que ela mesma não tenha prescrito para tal. Quando a Palavra de Deus trata de preceitos para a igreja, ela não estabelece nenhuma linha de raciocínio acerca da metafísica -- isto é, quem é eleito ou quem não é, quem está condenado ou não --. Ela simplesmente ordena que condenemos o pecado e apontemos o dedo para o pecador de forma reta e ousada (Jo 7.24; 2Co 3.12), exortando-o com a verdade. E a verdade é que ele [ainda] não é um cristão.

A igreja perdeu sua essência; abandonou a pregação ousada dos puritanos por conta de tudo isso... por não mais apontar o dedo para o pecado e dizer ao pecador quem ele realmente é.

Quanto às calúnias que sofremos por amor ao evangelho, todas baseadas em nosso passado, ora, eu sei bem o que é isso e nisto me regozijo. Quando eu era do mundo e olhava para as cartas paulinas, ficava imaginando como ele se sentia ao ser maldosamente afrontado por doutores "engravatados" por ter sido um monstro em seu passado. Calúnias, injúrias, invenções de males, perseguições e angústias provocadas pela própria igreja que o cercava (2Co 12.7).

Certamente que Paulo sentia dores indizíveis na alma ao ser "esbofeteado" por doutores e mestres influentes das igrejas, causando-lhe grandes danos no espírito. Mas Paulo não recuou. Antes estabeleceu um alvo, olhou para Cristo, Seu advogado e também testemunha nos céus, e cumpriu sua carreira.

"Não que eu já... seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus (...). Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.12-14).

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JP Padilha
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#SolaScriptura | Non nobis, domine, sed nomini Tuo da gloriam

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