Quando se trata da Doutrina da Eleição (ou
Calvinismo), há de se admitir que podemos ser mais positivos em nossas
colocações em conformidade com a Sagrada Escritura. Ao observar a linguagem
direta e extremamente normativa da epístola de Romanos, eu diria que o
Calvinismo veio de Paulo. Porém, Cristo enfatizou a Doutrina da Eleição em toda
a Escritura. Nesse caso, o Calvinismo veio dos profetas e apóstolos. Se
compreendermos que “calvinismo” se trata de um termo técnico para se referir às
doutrinas da graça, não será difícil afirmar o que tenho dito na introdução.
Esta conclusão se deu quando iniciei os estudos concernentes ao Sínodo de Dort. Antes de me aventurar nos estudos, pensava se tratar de Calvino x Armínio, mas, com um pouco mais de meditação no que a Palavra de Deus nos apresenta, comecei a voltar no tempo e vi que anteriormente já havia sido Lutero x Erasmo, e, ainda antes disso, Agostinho x Pelágio. E então percebi que, no fim das contas, começou sendo Paulo x Judaizantes. Sempre houve gente querendo adicionar algo à Graça. E isto pode ser confirmado na Bíblia.
Esta realidade pode ser confirmada em passagens como Atos 15.1;5, onde testificamos a indagação da seita dos fariseus a favor da miserável doutrina da "Salvação por Obras", defendida da mesma forma pelos arminianos (é claro que na teoria eles negam, imputando tal distúrbio aos pelagianos). A crença arminiana consiste na lei do "faça por merecer". Ou seja, a salvação conquistada por Cristo, na cruz do calvário, passa a ser meritória e não obra da graça. A "Salvação por Obras" sempre foi o lema dos judaizantes e não poderia ser diferente com os arminianos.
Com base nessa reflexão, observemos na Bíblia, respectivamente em Romanos 9, o que notoriamente poderíamos denominar, sem falso temor, como um embate entre Calvinistas e arminianos. Nesse capítulo vemos o Apóstolo Paulo antecipando as queixas relacionadas à Soberania de Deus e aos Seus eternos decretos por parte dos judaizantes que não compreendiam a Doutrina da Eleição. Vejamos:
● Direto ao ponto:
- "Deus se compadece de quem Ele quer, e endurece a quem Ele quer" (v. 18).
● Diatribe – Antecipando a oposição dos judaizantes:
- "Dir-me-ás então: ‘Por que Deus se queixa ainda? Porquanto, quem tem resistido à Sua vontade’?” (v. 19). Esta é a lamúria de todo arminiano inato, que não abre mão de ser "livre de Deus para escolher seu próprio destino".
● Como numa clássica discussão entre Calvinistas e arminianos, a Bíblia responde ao opositor imaginário de forma direta:
- "Mas, quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: 'Por que me fizeste assim'? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os VASOS DA IRA, PREPARADOS PARA A PERDIÇÃO; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos VASOS DE MISERICÓRDIA, QUE PARA GLÓRIA JÁ DANTES PREPAROU, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (v. 20-24).
O debate entre Paulo e os "judaizantes" (adoradores do deus pelagiano chamado Livre-arbítrio) foi o início do que hoje conhecemos tecnicamente como CALVINISMO X ARMINIANISMO. O fato das terminologias ainda não existirem na época não anula as teorias e práticas da seita arminiana desde os seus primórdios. A menos que se prove que uma doutrina antagônica aos cinco pontos do Calvinismo possa ser considerada “evangelho”, os Cânones de Dort continuam do lado da verdade e o arminianismo deve ser rejeitado em todas as suas esferas como uma doutrina de demônios.
De fato, Judaizantes e Arminianos podem ser antônimos no quesito "Lei", visto que o primeiro grupo tenta se justificar pela mesma, enquanto o segundo a ignora por completo. Outrossim, Judaizantes e Arminianos são sinônimos no que tange a ser "MALDITO" (Gl 1.6-10), porquanto proclamam um evangelho que permite que os santos venham a decair depois de terem sido chamados, anunciam uma doutrina que admite que os filhos de Deus são queimados no fogo da condenação após serem escolhidos por Cristo, e forjam para si um deus mutável e confuso, que deixa seus filhos à mercê de sua própria escolha e não sabe o que será deles, embora, segundo a mesma seita, Cristo tenha morrido por todos sem exceção. Sem sombra de dúvidas, não há uma seita que tenha feito mais estragos no seio da igreja cristã do que o movimento que hoje conhecemos como Arminianismo. Inexoravelmente, todas as suas vertentes, de dois mil anos para cá, tentaram implantar a doutrina do “eu escolho” na Igreja de Deus.
Para solidificar o que tenho defendido com severidade, Charles Spurgeon, o pregador mais conhecido do século XIX, não hesitava em declarar que não concebia pregação do evangelho que não fosse calvinista:
"Minha opinião pessoal é que não há pregação de Cristo e este crucificado, a menos que se pregue aquilo que atualmente se chama Calvinismo. Calvinismo é só um apelido; ele é o evangelho e nada mais. Não creio que possamos pregar o evangelho, a menos que preguemos a soberania de Deus em sua dispensação da graça; e também a menos que exaltemos o amor eletivo, imutável, eterno, inalterável e conquistador de Jeová; como também não penso que podemos pregar o evangelho, a menos que o alicercemos sobre a redenção especial e particular do seu povo eleito e escolhido, que Cristo realizou na cruz; e também não posso compreender um evangelho [arminiano] que permite que os santos apostatem depois de haverem sido chamados".[1]
Acesse o blog do meu livro "O Evangelho sem Disfarces" clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html
–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– Fonte 3: https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/
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NOTA:
[1] - Charles Haddon Spurgeon / Uma Defesa do Calvinismo.
Esta conclusão se deu quando iniciei os estudos concernentes ao Sínodo de Dort. Antes de me aventurar nos estudos, pensava se tratar de Calvino x Armínio, mas, com um pouco mais de meditação no que a Palavra de Deus nos apresenta, comecei a voltar no tempo e vi que anteriormente já havia sido Lutero x Erasmo, e, ainda antes disso, Agostinho x Pelágio. E então percebi que, no fim das contas, começou sendo Paulo x Judaizantes. Sempre houve gente querendo adicionar algo à Graça. E isto pode ser confirmado na Bíblia.
Esta realidade pode ser confirmada em passagens como Atos 15.1;5, onde testificamos a indagação da seita dos fariseus a favor da miserável doutrina da "Salvação por Obras", defendida da mesma forma pelos arminianos (é claro que na teoria eles negam, imputando tal distúrbio aos pelagianos). A crença arminiana consiste na lei do "faça por merecer". Ou seja, a salvação conquistada por Cristo, na cruz do calvário, passa a ser meritória e não obra da graça. A "Salvação por Obras" sempre foi o lema dos judaizantes e não poderia ser diferente com os arminianos.
Com base nessa reflexão, observemos na Bíblia, respectivamente em Romanos 9, o que notoriamente poderíamos denominar, sem falso temor, como um embate entre Calvinistas e arminianos. Nesse capítulo vemos o Apóstolo Paulo antecipando as queixas relacionadas à Soberania de Deus e aos Seus eternos decretos por parte dos judaizantes que não compreendiam a Doutrina da Eleição. Vejamos:
● Direto ao ponto:
- "Deus se compadece de quem Ele quer, e endurece a quem Ele quer" (v. 18).
● Diatribe – Antecipando a oposição dos judaizantes:
- "Dir-me-ás então: ‘Por que Deus se queixa ainda? Porquanto, quem tem resistido à Sua vontade’?” (v. 19). Esta é a lamúria de todo arminiano inato, que não abre mão de ser "livre de Deus para escolher seu próprio destino".
● Como numa clássica discussão entre Calvinistas e arminianos, a Bíblia responde ao opositor imaginário de forma direta:
- "Mas, quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: 'Por que me fizeste assim'? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os VASOS DA IRA, PREPARADOS PARA A PERDIÇÃO; para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos VASOS DE MISERICÓRDIA, QUE PARA GLÓRIA JÁ DANTES PREPAROU, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (v. 20-24).
O debate entre Paulo e os "judaizantes" (adoradores do deus pelagiano chamado Livre-arbítrio) foi o início do que hoje conhecemos tecnicamente como CALVINISMO X ARMINIANISMO. O fato das terminologias ainda não existirem na época não anula as teorias e práticas da seita arminiana desde os seus primórdios. A menos que se prove que uma doutrina antagônica aos cinco pontos do Calvinismo possa ser considerada “evangelho”, os Cânones de Dort continuam do lado da verdade e o arminianismo deve ser rejeitado em todas as suas esferas como uma doutrina de demônios.
De fato, Judaizantes e Arminianos podem ser antônimos no quesito "Lei", visto que o primeiro grupo tenta se justificar pela mesma, enquanto o segundo a ignora por completo. Outrossim, Judaizantes e Arminianos são sinônimos no que tange a ser "MALDITO" (Gl 1.6-10), porquanto proclamam um evangelho que permite que os santos venham a decair depois de terem sido chamados, anunciam uma doutrina que admite que os filhos de Deus são queimados no fogo da condenação após serem escolhidos por Cristo, e forjam para si um deus mutável e confuso, que deixa seus filhos à mercê de sua própria escolha e não sabe o que será deles, embora, segundo a mesma seita, Cristo tenha morrido por todos sem exceção. Sem sombra de dúvidas, não há uma seita que tenha feito mais estragos no seio da igreja cristã do que o movimento que hoje conhecemos como Arminianismo. Inexoravelmente, todas as suas vertentes, de dois mil anos para cá, tentaram implantar a doutrina do “eu escolho” na Igreja de Deus.
Para solidificar o que tenho defendido com severidade, Charles Spurgeon, o pregador mais conhecido do século XIX, não hesitava em declarar que não concebia pregação do evangelho que não fosse calvinista:
"Minha opinião pessoal é que não há pregação de Cristo e este crucificado, a menos que se pregue aquilo que atualmente se chama Calvinismo. Calvinismo é só um apelido; ele é o evangelho e nada mais. Não creio que possamos pregar o evangelho, a menos que preguemos a soberania de Deus em sua dispensação da graça; e também a menos que exaltemos o amor eletivo, imutável, eterno, inalterável e conquistador de Jeová; como também não penso que podemos pregar o evangelho, a menos que o alicercemos sobre a redenção especial e particular do seu povo eleito e escolhido, que Cristo realizou na cruz; e também não posso compreender um evangelho [arminiano] que permite que os santos apostatem depois de haverem sido chamados".[1]
Acesse o blog do meu livro "O Evangelho sem Disfarces" clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html
–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
–– Fonte 3: https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/
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NOTA:
[1] - Charles Haddon Spurgeon / Uma Defesa do Calvinismo.