A palavra Igreja advém do termo grego Ecclesia. Etimologicamente, esse termo significa “Chamados para Fora”. Esta palavra é usada para se referir a uma congregação, assembleia, reunião ou grupo de pessoas que se reúnem para seguir, cultuar e adorar a Deus e servir a Cristo. Curiosamente, este vocábulo também é usado para denotar uma assembleia secular. No mundo grego, igreja designava uma assembleia ou reunião. Podia ser um grupo político ou simplesmente um ajuntamento de pessoas (At 19.32,41).
Sendo assim, segue-se que a Igreja é um grupo de pessoas que se reúnem para aprender sobre Deus e adorá-Lo. Nos evangelhos de João, Marcos, Lucas e Mateus o termo Ecclesia é um termo novo que aparece somente em dois versículos (Mt 16.18; 18.17). O apóstolo Lucas usou bastante a palavra Ecclesia no livro de Atos, tornando-o mais comum ao leitor. Em seguida, Paulo escreveu sobre a Ecclesia (igreja) na maioria de suas cartas. Por fim, João aplica o mesmo termo em Apocalipse para se referir às congregações locais dos santos.
Não é preciso ir muito longe para constatar que igreja nada mais significa do que Congregação. No Velho Testamento, por exemplo, Israel era simplesmente "A Congregação". A palavra foi também usada pelos primeiros cristãos da era pós-apostólica, se referindo a si próprios como “Igreja” ou “Congregação” de forma individual. Este é o real significado da palavra "igreja", que se aplica tanto a todos os fiéis no mundo como a qualquer grupo local de crentes em Jesus Cristo. Onde estiver uma reunião de pessoas em que o nome de Deus é adorado em espírito e em verdade, ali está a igreja. O Novo Testamento freqüentemente usa o singular "igreja" mesmo quando muitos grupos de fiéis se reúnem em vários lugares do mundo (At 9.31; 2 Co 1.1). Mas, e as “igrejas”? O termo "igrejas" é raramente encontrado na Bíblia (At 15.41; 16.5), e cada um desses grupos é um lugar onde Deus está presente (Mt 16.18; 18.17).
TERMINOLOGIA CONVENCIONAL VS. TERMINOLOGIA BÍBLICA
Ao longo dos séculos, muitos termos bíblicos que expressam as verdades mais simples das Escrituras foram distorcidos por “teólogos” e líderes religiosos. Hoje, boa parte da confusão existente no testemunho cristão vem dessas terminologias criadas por homens. A teologia moderna é praticamente baseada nisso. Os chamados “doutores em teologia” pegaram muitos termos das Escrituras exatamente para esvaziá-los de seu sentido bíblico, dando depois a esses termos significados inventados pelos homens para fundamentarem seus próprios sistemas teológicos. Isso acontece em maior medida no sistema denominacional, onde a base eclesiástica já começa errada. Como consequência, quando comparamos essas ideias com a Palavra de Deus, vemos que elas estão muito distantes da verdade.
Um dos exemplos mais evidentes de como essas terminologias convencionais deram um novo e distorcido sentido para um termo bíblico é a palavra "igreja". A maioria dos cristãos usa este termo para se referir a um edifício ou templo aonde os cristãos vão quando se congregam para adoração. Essas pessoas dizem "Vamos à igreja" ao se referirem à sua reunião nesse edifício. Todavia, a Bíblia nunca utiliza a palavra "igreja" desta maneira. A Bíblia fala da igreja como um grupo de pessoas redimidas que foram "chamadas para fora" de entre judeus e gentios por meio de sua crença no evangelho da graça. Esse grupo especial de salvos compõe o Corpo de Cristo e um dia será arrebatado nos ares e estará para sempre com o Senhor Jesus Cristo (1 Ts 4.17). Esse povo celestial, chamado Igreja, reinará com o Senhor na terra como Sua noiva, por mil anos, após o período conhecido como “Tribulação” (Ap 20.6).
A Bíblia é muito clara quanto ao significado de Igreja. A Palavra de Deus não deixa dúvidas quanto a isso. Ela mostra claramente que a igreja NÃO é um edifício material, pois está escrito que Cristo amou a igreja e Se entregou à morte por ela (Ef 5.25-26). Obviamente, isso não poderia ser dito a respeito de um edifício construído por mãos humanas. A Palavra de Deus também nos diz que a igreja costumava ser encontrada na casa de algumas pessoas (Rm 16.5; 1 Co 16.19; Cl 4.15; Fl 2). Ela diz que a igreja tinha ouvidos para receber instrução (At 11.22, 26); que tinha poder de discernimento para saber a vontade do Senhor (At 15.22); que podia orar (At 12.5), ser saudada (Rm 16.5) e ser perseguida (At 8.1; 1 Co 15.9).
A partir dessas referências fica óbvio que a igreja é um grupo de pessoas salvas pela graça de Deus, e não um edifício de pedras, tijolos e madeira. A igreja não é um templo. A igreja é um organismo vivo, feito de pessoas salvas.
Depois de um tempo me dedicando a respeito da verdade sobre a igreja na Bíblia, fui muito questionado por “crentes” e "Ministros" pertencentes a denominações religiosas (instituições). Essas pessoas sempre me perguntam a razão de eu não mais “ir à igreja”. Minha resposta é direta e concisa: "A única igreja que encontro na Bíblia é aquela que se lançou ao pescoço de Paulo e o beijou!”. Quando digo isso, me refiro a Atos 20.37. E então, sempre que posso, eu aponto para algum desses templos chamados “igrejas” e digo: "Se aquela coisa ali se lançar ao meu pescoço, ela certamente irá me matar!".
Muitos também usam erroneamente este termo (igreja) para descrever uma seita na igreja. Eles falam de alguém ser membro de uma igreja quando o que querem dizer é ser membro de uma seita denominacional (ou não-denominacional) na igreja. Todavia, a verdade é que as Escrituras não falam de sermos membros de qualquer outra coisa que não seja o Corpo de Cristo. Todo crente no Senhor Jesus Cristo é um membro desse corpo (1 Co 12.12, 27).
Também ouvimos pessoas falando de pessoas "se afiliarem à igreja", quando, na prática, estão se referindo a pessoas que se unem a uma seita na igreja. Não obstante, a igreja não é uma associação à qual os homens podem voluntariamente se ligarem ou dela se desligarem conforme a sua vontade, como acontece no caso das seitas. A Bíblia não ensina que devemos "nos fazer membros" de uma igreja. Só existe uma igreja na Bíblia: a ela o Senhor (e não nós) acrescenta pessoas quando elas creem nEle para salvação (At 2.47; 5.14; 11.24; 1 Co 6.17). Uma vez perguntaram a um irmão, o qual entendia muito bem esta verdade, a que igreja ele pertencia. Ele respondeu: "Pertenço à igreja da qual ninguém é capaz de se fazer membro!". Evidentemente a pessoa que fez a pergunta ficou bastante surpresa e indagou: "Então como vocês conseguem os novos membros?". Ele respondeu: "Ah, é o Senhor quem os acrescenta pelo Espírito quando são salvos, mas as pessoas não podem acrescentar-se a si mesmas por sua própria vontade" (1 Co 12.13). A única coisa à qual poderíamos nos "juntar" – e deveríamos buscar fazê-lo – é à comunhão dos santos (At 9.26). Porém, não podemos fazer a nós mesmos membros da Igreja de Deus.
Há quem às vezes pergunte: "Quem é que dirige a sua igreja?". As pessoas pensam que vamos falar o nome de algum "Ministro". Todavia, a Cabeça da igreja, mencionada na Bíblia, está no céu – é o próprio Cristo (Cl 1.18)!
Também costumamos ouvir pessoas dizendo: "Nossa igreja ensina tal e tal coisa...". Todavia, não existe qualquer ideia na Palavra de Deus de que a igreja ensine alguma coisa. Tal ideia é totalmente humana. Isso pode se encaixar bem às várias organizações denominacionais com suas doutrinas e credos formulados segundo o padrão de sua seita. Nesse caso, as pessoas não estão erradas se disserem que aquela organização ensina. Todavia, uma organização de homens não é a igreja! A igreja não é um corpo legislativo que estabelece regras, leis e doutrinas. Ela não ensina, mas é ensinada pela Palavra! E isso é feito por indivíduos com dons que são levantados pelo próprio Cristo, a Cabeça da igreja, que está hoje ressuscitado no céu (At 11.26).
A primeira vez que a Bíblia nos apresenta o termo Igreja é quando Jesus fala sobre o seu fundamento em Mateus 16.18. Neste versículo a palavra abriga o seu real sentido: "Edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela". Ou seja, Jesus está claramente falando da igreja dos santos como um único povo celestial (e não terrenal, como Israel). Já pensou se alguém interrompesse Jesus nesta hora e dissesse: “Mas, mestre, se alguém não está reunido conosco aqui, neste local ou num templo institucionalizado, este não pode ser membro da igreja.”? Todo leitor sincero já deve imaginar qual seria a reação de Jesus diante de tal bestialidade, não é mesmo?
O termo grego Ecclesia (igreja) é repetidamente usado com expressões adicionais, apontando para o fato de que esta igreja a qual Cristo e os apóstolos se referem é a “Igreja de Deus” (1 Co 1.2; 10.32) ou as “igrejas de Cristo” (Rm 16.16). Isso acontece porque o termo, em sua raiz etimológica comum, recebe seu significado distinto em outras religiões e grupos. Deve-se lembrar que o termo surgiu na Grécia e era usado para se referir a qualquer tipo de assembleia, ajuntamento ou comunidade, seja ela secular ou cristã.
Com isto, a igreja cristã é considerada como a Assembleia dos últimos tempos. Ela é a Congregação dos santos de Deus, “chamados para fora” do sistema judaico (Hb 13.13). Ela é a Reunião dos eleitos predestinados a cumprir os propósitos de Deus na terra por meio de seu testemunho diante dos pagãos. O apóstolo Paulo se dirige aos cristãos de Corinto dizendo que eles são aqueles "sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (1 Co 10.11). Isto é, Deus chamou o Seu povo com santa vocação, tanto entre os judeus quanto entre os gentios. Ambos os povos (judeus e gentios) receberam de Deus o poder do Espírito Santo, que é a Palavra revelada, e o próprio Espírito Santo para habitar em seus corpos (e não em templos de tijolos). Esse único povo, composto por judeus e gentios, agora compartilham das “Boas Novas” (Evangelho) do amor absoluto de Deus pelo Seu povo eleito (Ef 2.11-22). Podemos constatar nos evangelhos que Cristo escolheu doze discípulos os quais constituiu apóstolos para serem os fundamentos do evangelho da graça (epístolas dos apóstolos).
Em se tratando da salvação, a igreja de Deus reúne os santos a fim de que não haja distinção entre judeu e grego; nem entre escravo e liberto; nem entre homem e mulher, “porque todos vós sois UM em Cristo Jesus" (Gl 3.28). Isto não significa que esses povos (judeus e gentios) tenham perdido sua identidade como nações, mas sim que, em se tratando da igreja de Cristo para a salvação, não há diferença entre eles. Esta comunidade é chamada "Corpo de Cristo" (Rm 12.5; Ef 1.22-2; 4.12; 1 Co 12.12-13). A igreja é a composição de todos os salvos escolhidos de Deus, os quais estão espalhados pelo mundo (At 9.31; 1 Co 6.4; Ef 1.22; Cl 1.18).
Sendo assim, a realidade histórica e morfológica da palavra Igreja coloca em xeque a falácia de “pastores” e líderes cristãos que tentam subjugar os membros de suas denominações às suas tradições para conduzi-los ao que lhes é de interesse pessoal, profissional, político e religioso. Além do mais, tais doutores, sob o nome de “pastores”, reduzem a Palavra de Deus a nada e jogam na lata do lixo as expressões intencionadas pelos escritores inspirados pelo Espírito Santo na Bíblia. Tudo isso, pensam eles, vale a pena para “honrar a Deus” em detrimento da verdadeira adoração e culto prescritos na Bíblia.
A ORDEM DE DEUS PARA A ADORAÇÃO E MINISTÉRIO NA IGREJA
Percebemos que o padrão de Deus para a reunião de crentes na nova dispensação é muito diferente daquele estabelecido para Israel. Aos judeus era ordenado que adorassem a Deus somente no Templo de Jerusalém, pois lá era o lugar escolhido por Deus para ser cultuado e adorado no Velho Testamento. Os israelitas deviam buscar “o local que o Senhor, o Seu Deus, escolhesse dentre todas as tribos para ali pôr o Seu nome para Sua habitação.” (Dt 12.5). Mas a ordem de Deus para a igreja é diferente. Jesus deixa muito claro o Seu ensino de como a igreja deveria se reunir: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18.20). A partir disso, vemos como seria simples a forma como os cristãos deveriam se congregar para a adoração e ministério. O nome do Senhor Jesus é o único nome ao qual os crentes deveriam se reunir. Nenhum nome de alguma seita ou denominação pode ser o centro dessa congregação, mas tão somente o nome de Jesus. Na casa de Priscila e Áquila, por exemplo, se reuniam os cristãos ao nome do Senhor Jesus somente, para culto e adoração ao Senhor. Aqui nós vemos um novo padrão para a adoração e ministério na dispensação da graça (Rm 16.5, 1 Co 16.19). Muitas passagens nos mostram esta reunião de pessoas que compõem o Corpo de Cristo. Paulo, por exemplo, se refere aos cristãos de Coríntios como sendo igrejas de modo individual: "... quando vos reunis como igreja" (1 Coríntios 11.18). Isso significa que a igreja é o povo de Deus composto por pessoas salvas, especialmente quando se juntam para adoração.
Em textos como Mateus 18.17, Atos 5.11, 1 Coríntios 4.17 e Filipenses 4.15, Igreja se refere a todo e qualquer grupo de cristãos que moram em um lugar qualquer. A Bíblia frequentemente usa a palavra Igreja para se referir à localização específica de uma congregação cristã, como no caso das frases "a igreja em Jerusalém" (Atos 8.1), "em Corinto" (1 Coríntios 1.2) e "em Tessalônica" (1 Tessalonicenses 1.1).
A Congregação de Cristo (Igreja) não está localizada em um lugar específico somente, mas representa tanto uma congregação local como a igreja de Cristo num todo. Em muitas passagens, tais como em 1 Coríntios 14.19, 28, 35, o apóstolo Paulo se refere à igreja como uma reunião de fiéis que designa uma congregação local. Porém, esta mesma igreja corresponde a todos os fiéis (passados, presentes e futuros) do mundo todo, os quais formam a igreja de Cristo. A igreja é nada menos do que o Corpo de Cristo composto por santos escolhidos antes da fundação do mundo, tanto quando ajuntados em uma congregação local como quando ligados em espírito no mundo todo. Há muitas congregações locais, pertencentes a este único Corpo, citadas no Novo Testamento para as quais os apóstolos escreveram as epístolas (cartas) de exortação, aconselhamento e instrução, revelados diretamente por Cristo para serem obedecidos pela igreja (Rm 16.3-5, 14, 15; 1 Co 1:1; 1 Co 16.19-20; Cl 4.15-16; Fl 1.1-2).
QUAL O LUGAR DE SE ADORAR A DEUS?
Acabamos de ver como a reunião dos santos para a adoração e ministério é simples e diferente do sistema judaico de adoração. Visto que os membros visíveis do Corpo de Cristo, estando uma vez juntos, devem se reunir em algum lugar, qual é o local adequado ou mais correto para se adorar a Deus? No evangelho da graça, nem a oração, nem qualquer outro ato do culto a Deus é restrito a um lugar predeterminado, nem se torna mais aceito por Deus por causa do lugar em que a adoração Lhe é oferecida. Deus deve ser adorado em todo o lugar, em espírito e em verdade – seja em secreto, seja em família ou numa assembleia pública. O que importa para Deus é que a igreja O adore em espírito e em verdade, como nos é ensinado em João 4.21-24: “Crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém (templo) adorareis o Pai... Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”.
Nenhuma das bases testamentárias que falam da adoração cristã limita ela a uma reunião sectária ou as estigmatiza como instituições denominacionais. Nenhuma parte das Escrituras, ao se referir à igreja de Deus, é usada para dizer que ela se trata de uma denominação ou instituição oficial onde o crente deve permanecer trancafiado para que possa ser membro do Corpo de Cristo e adorar a Deus. Nenhuma! Muito pelo contrário, vemos a Bíblia nos ensinando que o crente é livre em Cristo Jesus para adorar e orar ao Pai por meio da fé em Cristo Jesus somente (Jo 5.21; 1 Tm 2.8; Jo 4.23-24; Mt 6.6; Hb 10.25; 13.13; At 2.42).
Esta íntima relação entre Cristo e Sua igreja é apontada por Paulo como análoga à unidade e conexão do “corpo físico” (Rm 12.4-8, 1 Co 12.12-27). Desta forma, todas as funções do corpo têm seu lugar exato. A divisão no Corpo de Cristo (isto é, na igreja) revela que ela está doente. Por diversas vezes o apóstolo Paulo exorta o "Corpo de Cristo" à unidade do Espírito. Todavia, sempre que a Bíblia se refere ao mundo fora desse Corpo, ela inverte a ordem e exorta a igreja a se separar do mundo e de seu sistema religioso. A Igreja é um corpo do qual Cristo é a Cabeça. Deus comprou esta congregação com o sangue de seu Filho (At 20.28) e não com os tijolos usados para construir templos e instituições denominacionais criadas por homens corruptos e avarentos que fazem negócio com o evangelho, tentando unir ímpios e santos numa respectiva instituição mercantilista para fins escusos.
CHAMADOS PARA FORA DO ARRAIAL
“Saiamos, pois, em direção a Ele, para fora do arraial” (Hebreus 13.13). Esta passagem é uma ordem para que saiamos para fora do judaísmo ou de qualquer sistema religioso criado pelos homens. Já vimos no início do artigo que a palavra "Igreja" vem do termo grego Ekklesia, que significa "Chamados para Fora". Em João 10 o curral e o rebanho representam dois princípios de reunião distintos. Ambos mantêm as ovelhas reunidas, mas de maneiras totalmente diferentes. Um curral ou aprisco é uma circunferência sem um centro, enquanto um rebanho é um centro sem uma circunferência. Em um curral as ovelhas são mantidas juntas pela cerca, o que nos fala dos princípios restritivos do sistema legalista da antiga dispensação, a qual mantinha os israelitas juntos. Em um rebanho não há necessidade de uma cerca, pois o Pastor no meio das ovelhas exerce atração sobre elas, que por sua vez são atraídas por Ele. As ovelhas são mantidas juntas, mas sobre um princípio completamente diferente do arraial (judaísmo). Este é o princípio de reunião no Cristianismo (Mt 18.20). Os cristãos se reúnem para adoração e ministério, não por serem forçados a isso, mas por desejarem estar onde Cristo está no meio.
Bruce Anstey explica Hebreus 13.13 da seguinte forma:
"Hebreus 13.13 nos fala que o lugar escolhido pelo Senhor -- onde Ele está no meio -- é “fora do arraial”. O “arraial” é uma palavra que o Espírito de Deus usa para indicar o judaísmo e todos os princípios e práticas judaicas. Os cristãos costumam perder este ponto de vista e acabam adotando em seus lugares de adoração muitas coisas que estão conectadas à adoração judaica. Eles ignoram o claro ensino das Escrituras que indica que o tabernáculo é uma figura do verdadeiro santuário, ao qual agora temos acesso pelo Espírito (Hb 9:8-9, 23-24). No entanto, acabaram usando o judaísmo como um padrão para suas organizações eclesiásticas. Erigiram grandes templos e catedrais “feitos por mãos de homens” (At 17:24-25), emprestando assim muitas coisas do Antigo Testamento em seu sentido literal como um padrão para sua adoração. Eles perderam completamente de vista o fato de que o verdadeiro terreno de reunião e adoração cristã é uma maneira totalmente nova de se aproximar de Deus “em espírito e em verdade” (Jo 4:23-24; Hb 10:19-20). Tal terreno encontra-se totalmente fora dos princípios e práticas judaizantes. Qualquer pessoa que estivesse procurando pelo lugar da escolha do Senhor teria de procurar fora de todos esses lugares da cristandade -- da basílica de São Pedro, em Roma, à menor capela evangélica -- pois todos esses lugares trazem, em maior ou menor escala, os paramentos do judaísmo mesclados na estrutura de seus cultos de adoração". - Bruce Anstey
Quando a igreja apostólica se iniciou em Jerusalém em Atos 2 (após a morte e ressurreição de Cristo), os fiéis deram início às reuniões nos lares. A reunião da igreja nos lares consiste na comunhão e adoração. Em Atos 2.42-47 constatamos que os primeiros cristãos se reuniam nos lares para ouvir os ensinamentos de Cristo através dos apóstolos e para celebrar a Comunhão ("o partir do pão") entre os irmãos. Os encontros da igreja nos lares consistem em (1) compartilhar refeições (2 Pe 2.13; Jd 1.12), (2) recitar as Escrituras (Ef 5.18-20, Cl 3.16-17), cantar hinos e salmos a Deus e alegremente louvar ao Senhor (Ef 5.18-20, Cl 3.16-17), (3) oração (At 12.12) e (4) leitura da Palavra de Deus e meditação no evangelho da graça (At 15.30, Cl 4.16).
A CONGREGAÇÃO É MAIS IMPORTANTE DO QUE A SUFICIÊNCIA DE CRISTO?
Paulo era um homem extremamente solitário. Na maior parte de sua vida ele teve de encarar suas maiores provações sozinho. Contudo, Jesus Cristo estava com ele e era suficiente para ele. Sempre que estabeleço exemplos como o de Paulo, muitos me questionam: “Mas eu não sou Paulo”. E é aqui que reside o problema. Enquanto você tiver esse tipo de pensamento e postura você jamais será qualquer coisa parecida com Paulo. Você não é Paulo (e eu de fato não afirmei isso), mas você está convicto de que confia no mesmo Cristo no qual Paulo confiou, e esse Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre. Sendo assim, não existe nenhuma diferença entre um verdadeiro cristão e Paulo. Logo, jamais devemos sacrificar a suficiência de Cristo no intuito de preservar a importância da comunhão na igreja. Se você é incapaz de passar o dia sem depender de outro homem para sustentá-lo espiritualmente, não infecte aos outros com sua fraqueza, incredulidade e idolatria.
Supostos líderes e pregadores que negam a suficiência de Cristo na vida do indivíduo a fim de preservar a importância da comunidade cristã deveriam ser repelidos pela igreja. A congregação local é, de fato, um plano de Deus para o Seu povo, mas não um fator de sobrevivência espiritual. A comunhão da igreja é um meio de auxílio, não de salvação. Somos salvos por crermos em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador e não porque estamos congregando. A congregação não é uma vacina contra o pecado. Cristo é suficiente para a sobrevivência do cristão. Ele é a única fonte de graça, conhecimento, santidade e perseverança para cada indivíduo à parte da congregação. Isto é inegociável.
Milhares de santos, tanto no período testamentário como na história da igreja, tiveram que se submeter à solidão e ao desprezo por estarem longe de congregações locais, não porque eles desprezavam a comunhão dos santos, mas porque foram condicionados por Deus a viverem desta forma. A reunião com os irmãos é um plano de Deus para o fortalecimento e edificação de um corpo, mas nunca se tratou de uma norma bíblica para a permanência do indivíduo na presença de Deus e sob os cuidados dEle. Se a congregação fosse necessária para a salvação dos santos, o próprio Cristo teria pecado por violar tal regra institucionalista que jamais fora requerida por Deus.
Apesar das reviravoltas para se tentar justificar a idolatria no testemunho cristão, com toda essa dependência de se construir templos denominacionais para seguir a Cristo, a Palavra de Deus não muda. O termo grego Ecclesia – “Tirados Para Fora” – continua tendo o seu legítimo significado: Congregação ou assembleia. Como já vimos, esta congregação pode estar reunida em qualquer lugar, contanto que o único nome ao qual esteja congregada seja o nome do Senhor Jesus Cristo.
Todavia, doutores e mestres sincretistas tem colocado palavras na boca de Deus e instituído regras e elementos nunca antes estabelecidos por Deus em Sua santa Palavra. Quanto a eles, é preciso que se diga:
"O profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em Meu nome, que Eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá". (Deuteronômio 18.20). "Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste Livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do Livro desta profecia, Deus ‘tirará a sua parte do livro da vida’, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro" (Apocalipse 22.18,19). "Tudo o que eu te ordeno, observarás para fazer; nada lhe acrescentarás nem diminuirás". (Deuteronômio 12.32).
Líderes religiosos que tentam colocar Deus dentro de uma caixinha devem ser rejeitados pelo povo de Deus e repelidos pela igreja. Esses lobos vestidos de cordeiro estipulam regras baseadas em seus próprios caprichos, remendando um versículo aqui e outro ali, escolhendo uma porção de textos fora de contexto na Bíblia para fundamentarem suas sinagogas cheias de adornos judaicos. Eles se baseiam na era patriarcal (ou lei de Moisés) a fim de manter os crentes da nova dispensação acorrentados dentro de quatro paredes. Faz-se necessário refutar esses falsos mestres dizendo: Assim diz o Senhor: "O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Porventura não fez a minha mão todas estas coisas? Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais". (Atos 7.48-51).
“NÃO DEIXANDO A NOSSA CONGREGAÇÃO”
Muitos são os membros das mega-denominações religiosas que negligenciam as passagens supracitadas com base no texto de Hebreus 10.25, que diz o seguinte: “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hebreus 10.25). Essa objeção mostra-se inválida pelo simples fato de que o autor inspirado não diz nada mais do que simplesmente isto – que a congregação dos santos não deve ser abandonada. Porém, nós, que aprendemos a verdade sobre o modo correto de congregar como “um só corpo”, não negamos que a congregação seja importante na vida do crente. Todavia, não se pode ir além do que está escrito, isto é, que abandonar a congregação quando esta lhe é disponível constitui-se um perigo para a unidade cristã, e não para a sobrevivência espiritual e segurança da salvação. O texto de Hb 10 nos fala da qualidade de vida que teremos durante nossa peregrinação neste mundo se observarmos a comunhão entre irmãos. Somente isso. O apóstolo da graça adverte: “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito” (1 Coríntios 4:6).
Jamais devemos ir além do que está revelado nas Escrituras por causa de um versículo isolado de seu contexto. Devemos sempre analisar cada texto de acordo com o que vem antes e depois do mesmo. Quem acha que é possível entender a Bíblia com tudo junto e misturado cai em erros assim. Pelo fato da Bíblia dizer que a comunhão do “um só corpo” é importante e que a mesma não deve ser abandonada, significaria que todo homem que é colocado numa condição de solidão está fora do Corpo de Cristo. Isso é uma grande heresia. É inferir no texto um significado que não é encontrado na mensagem e que entrará em total desacordo com todos os versículos que foram citados neste artigo.
A SALVAÇÃO SE DÁ POR MEIO DE CRISTO OU DA IGREJA?
Muitas pessoas pensam que é a Igreja que salva e que não há salvação fora da Igreja. Esse erro é muito conhecido na seita Católica Romana e é também cometido pelas denominações evangélicas ou protestantes. Assim, confunde-se Igreja com Cristo. Mas o que diz a Escritura? Como a Bíblia responde a essa importante questão?
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1.12). O que a Escritura diz a respeito de nos tornarmos filhos de Deus? Tornamo-nos filhos de Deus ao receber a Jesus Cristo como nosso Salvador. A propósito, ninguém pode “aceitar a Jesus”, como muitos pensam, como se Jesus necessitasse da aceitação humana para habitar em alguém. Na verdade a Bíblia diz que Cristo habita em nós quando O recebemos, e não quando O aceitamos. Independente de aceitarmos ou não a Ele, Ele operará a Sua vontade nos Seus escolhidos (Fp 2.13). A Escritura não cita nada aqui sobre a Igreja.
“Para que todo o que nEle crê tenha a vida eterna” (João 3.15). Como se obtém a vida eterna? Pertencendo à Igreja? Não. Mas sim depositando a fé integralmente no Senhor Jesus Cristo.
“Deus amou ao ‘mundo’ (Kosmos aqui se refere aos escolhidos, não a cada indivíduo do mundo – vide contexto) de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Novamente, nem uma palavra da Escritura sobre a Igreja. Mais uma vez, o que temos aqui é apenas Cristo. Todo aquele que nEle crê e confia tem a vida eterna.
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; todavia, aquele que se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus [eternamente]” (João 3.36). Nossa salvação repousa inteiramente sobre o nosso relacionamento com Cristo e não com a Igreja, pois é Cristo quem nos salva. A Igreja não é mencionada quando se trata da salvação dos escolhidos.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Foi Jesus quem afirmou isso. Perceba que Ele não disse “a Igreja é o caminho!” ou “ninguém vem ao Pai senão pela Igreja”. Não. Ele apenas disse: “Eu sou o caminho”. Jesus Cristo é o único caminho que pode nos levar até Deus.
“Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.12). Mais uma vez Jesus nos diz, por meio do apóstolo João, que não é a Igreja, mas Ele mesmo, o Cristo, que salva. Ele diz: “Aquele que tem o Filho”, não “aquele que tem a igreja”.
“Não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12). Agora o testemunho e a palavra de autoridade vem por meio do próprio Pedro – aquele que a Igreja Católica costuma dizer erroneamente que é o fundamento da Igreja –. O que Pedro diz? Ele diz que a salvação está em Cristo e em nenhum outro nome. “Nenhum outro nome”, diz ele, seja do protestantismo ou do catolicismo romano; seja padre, papa, pastor, Maria ou qualquer outro santo. “Nenhum outro... debaixo do céu”, insiste Pedro, qualquer que seja a denominação (seita) em que alguém esteja inserido. Pedro declara que a salvação se dá por meio de Cristo e só de Cristo. Então, por que não nos voltarmos para Cristo, já que a própria Bíblia diz que Ele é quem salva e não a Igreja?
UM CHAMADO À SEPARAÇÃO
De Gênesis à Apocalipse vemos que a ordem clara sempre foi "Sair do meio herético", mesmo que isto acarrete em solidão e desprezo. Este ensino bíblico tem sido rejeitado e violado através dos tempos para se manter a unidade terrena e o jugo desigual. Por outro lado, quando alguém, sob o pretexto de humildade, permanece em um ambiente poluído e comunga com a heresia e a blasfêmia em nome da união eclesiástica, ele está sendo rebelde contra Deus em favor da necessidade de outro homem para sustentá-lo espiritualmente (idolatria), negando a suficiência de Cristo e lutando por interesses próprios. Este alguém pensa estar honrando a Cristo, mas está honrando a si mesmo e aos seus próprios mestres.
Somos poucos, mas continuamos com o mesmo objetivo e não abrimos mão da nossa ortodoxia e visão bíblica a respeito da igreja dos santos. Enquanto respirarmos, nenhuma denominação humana nos acorrentará em suas sinagogas heréticas, ecumênicas e sincretistas. Enquanto estivermos vivos, a igreja do SENHOR estará firme sob a autoridade máxima das Escrituras e em combate contra qualquer sistema religioso corrupto que tente nos amarrar e amordaçar com discursos sofísticos que visam o lucro pessoal, denominacional e político.
Os religiosos do sistema denominacional nos acusam de sermos "separatistas" e "contenciosos" por sermos contra o denominacionalismo na Igreja de Deus. Ora, se querem nos acusar disso, por que eles vivem se separando, inclusive por nomes que possam diferenciá-los uns dos outros, tais como "presbiterianos", "batistas", "assembleianos", etc., como se a Bíblia tivesse ensinado que existem vários tipos de "evangelhos", cada qual com seu próprio sistema doutrinário? Se querem que nos reunamos com aqueles que professam doutrinas estranhas ao evangelho dos apóstolos, por que não fazem eles isso? Por que eles não praticam o erro que tanto nos pressionam a praticar?
Na prática, alguém que se une a uma determinada denominação em detrimento das outras, já não tem autoridade para criticar aqueles que querem se separar das denominações, pois foi exatamente o que fez! Ao limitar-se a uma denominação, acabou deixando de lado todas as outras, pois ninguém pode ser Batista e Presbiteriano ao mesmo tempo. Portanto, ao unir-se à denominação de sua escolha, sua atitude o excluiu de todas as outras, deixando assim de guardar a unidade do Espírito. Quem quiser argumentar sobre este ponto precisará primeiro praticar por si mesmo a unidade que espera que os outros pratiquem.
“OUTRA SEITA”?
Talvez alguém venha a dizer: "Se fizermos tudo o que você diz, e começarmos a nos reunir com aqueles que congregam sobre as bases bíblicas, será que não estaríamos apenas nos filiando a outra divisão ou seita da igreja?". A resposta simples para esta pergunta é que a obediência à Palavra de Deus nunca é uma dissidência. É isto que os cristãos deveriam estar fazendo há muito tempo. Se os cristãos se reunirem em obediência à Palavra de Deus, em conformidade com a verdade do "um só corpo", eles jamais poderão ser considerados uma seita, mesmo que existissem apenas dois ou três se colocando nesse terreno. Se eles estiverem congregados pelo Espírito em torno do Senhor Jesus não estarão no terreno do sectarismo: eles estarão no divino centro, pois Cristo é o centro divino para o Seu povo (Gn 49:10; Sl 50:5; Mt 18:20; 1 Co 5:4).
BÍBLIA VS. PSICO-AFIRMACIONISMO
A mera negação da verdade não constitui uma refutação contra ela. Muitos doutores e mestres das várias seitas e denominações que se contrapõem a mim jamais me encaram à nível doutrinário. Eles estabelecem julgamentos hipócritas, xingamentos e calúnias contra minha vida pessoal, mas nunca são capazes de falarem segundo a Escritura. Nestas circunstâncias, o que eu faço é deixar que tais opositores da verdade se afundem na lama do "psico-afirmacionismo" (ou PA), onde “psico” significa maluco e “afirmacionismo” refere-se à prática de afirmar suas visões repetidamente sem fornecer argumentos para suportá-las. Visto que esse método, adotado pela maioria das pessoas, é o de afirmar sua visão repetidamente, torna-se para mim [algumas vezes] tedioso responder e refutar os mesmos comentários linha por linha.
Enquanto muitos se perdem em um círculo vicioso de queixas repetidas e desgastadas, o que posso fazer é juntá-las em uma lista e reforçar as mesmas respostas aos que de fato possuem “ouvidos para ouvir”.
Um exemplo de como a desonestidade e canalhice desses hereges podem atingir um nível de iniquidade é o termo “Desigrejado”. Eles se referem aos santos congregados ao nome do Senhor como “desigrejados” pelo fato de não fazerem parte das várias divisões denominacionais que se encontram na cristandade. A definição de "Desigrejado" atribuída aos santos que congregam fora do sistema denominacional está errada. Este termo nem mesmo existe. Todavia, num ato de histeria coletiva eles repetem como papagaios: "mas você é um desigrejado... você é um desigrejado!", sem contudo apresentarem uma premissa plausível que sirva de base para suas convicções e nos torne de fato aquilo de que somos acusados.
"Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras" (Provérbios 23.9).
O termo "Desigrejado" é tendencioso, falacioso e totalmente desconexo. Ele carrega uma conotação pejorativa e está destinado àquelas pessoas que não fazem mais parte da confusão das denominações (empresas) religiosas porque descobriram que essas instituições não possuem nenhum amparo das Escrituras, e que elas são simplesmente uma ordem inventada pelo homem.
Portanto, que todo leitor esteja apto para ouvir as palavras deste artigo, as quais, sob a base das Escrituras, mostram de forma cristalina que se você e sua família creem em Jesus Cristo vocês fazem parte do Corpo de Cristo e não podem ser retirados jamais desse Corpo. Se nos reunimos para o culto a Deus em casa, somos a igreja de Cristo congregando entre irmãos.
Não somente as denominações evangélicas têm enganado a muitos com a ideia insana de que seus templos são a igreja, a fim de trancafiarem os fieis dentro de seus templos institucionalistas. Na história constatamos que esse movimento papista surgiu há muito tempo. A igreja católica romana, por exemplo, usou dos mesmos estratagemas para estigmatizar a pessoa de Lutero e dar continuidade à manipulação religiosa. Lutero foi considerado pelo Papa Leão X como um “desigrejado”. A falácia consistia na mesma premissa de hoje – a de que se você não pertence à denominação considerada oficial pelos “sacerdotes”, “doutores” e “mestres”, e de acordo com suas tradições superficiais, você automaticamente não faz parte da igreja de Cristo. Meu desejo é que Deus, segundo o beneplácito da Sua vontade, venha a falar aos corações de Seus escolhidos por meio deste artigo para que pessoas voltem a observar a simplicidade do evangelho da graça de Deus.
Entenda mais sobre os “Templos” aqui: A Bíblia ensina que os cristãos devem congregar no Templo? | JP Padilha
–– JP Padilha
–– Fonte 1: Página JP Padilha
–– Fonte 2: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/