A melhor forma de calar os pentecostais em poucos segundos | JP Padilha


A melhor forma de calar os pentecostais/continuístas é mostrando a eles que a Bíblia começa a se calar com respeito aos dons de sinais logo após a carta aos Coríntios. De fato, quem leu a Bíblia irá perceber que já na era apostólica, após os acontecimentos de Atos e 1 Coríntios, os dons de sinais já estavam desaparecendo. Em Gálatas 4.13, Paulo está falando de uma “enfermidade física” que lhe acometeu e, ainda assim, Deus não o curou, mas o ensinou a depender dEle naquela dificuldade. Timóteo tinha "freqüentes enfermidades", mas Paulo não o curou, nem lhe indicou alguém que o curasse, mas o aconselhou que utilizasse um remédio para sua enfermidade (1Tm 5.23). Em 2 Timóteo 4.20, Paulo deixou Trófimo doente em Mileto, embora tivesse curado tantas pessoas durante seu ministério apostólico (At 19.11,12; 28.8,9).

O dom de línguas era um dom miraculoso de revelação inédita, e, como já observamos repetidas vezes, a era dos milagres e da revelação chegou ao fim com os apóstolos. Os últimos milagres registrados no Novo Testamento ocorreram por volta do ano 58 d.C., nas curas realizadas na ilha de Malta (Atos 28.7-10). Do ano 58 ao 96, momento em que João escreveu o livro de Apocalipse, nenhum milagre foi registrado. Os sinais milagrosos como o de línguas e curas são mencionados em 1 Coríntios, uma das primeiras epístolas a serem escritas. Embora duas epístolas posteriores tratem cabalmente sobre os dons do Espírito, as mesmas não fazem qualquer referência aos sinais milagrosos do dom de línguas e curas instantâneas. Muito pelo contrário, as cartas de Efésios e Romanos descrevem os dons miraculosos como sinais obsoletos e desnecessários para a edificação da Igreja. Em ambas as epístolas os dons extraordinários de línguas e curas já eram considerados sinais pertencentes ao passado (Hb 2.3,4). Com isto, a autoridade e a mensagem dos apóstolos não necessitavam mais de confirmação por meio de sinais. Antes do fim do século I, todo o Novo Testamento já havia sido escrito e circulava pelas igrejas de Cristo. Sendo assim, os dons de revelação acompanhados de sinais milagrosos haviam cumprido seu propósito e cessaram. Ao fim da era apostólica, com a morte de João, os sinais que identificavam os apóstolos como mensageiros da revelação divina já haviam se tornado questionáveis (2Co 12.12).

Quanto ao dom de línguas, as próprias epístolas registram que esse dom cessou. Outra vez é significativo perceber que as manifestações das “línguas” são mencionadas apenas nas primeiras cartas do Novo Testamento. Depois de 1 Coríntios, Paulo escreveu pelo menos doze epístolas em que não mais menciona as “línguas”. Pedro, Tiago, João e Judas jamais as mencionaram. O dom de línguas durou por um breve período de tempo (mencionado em Atos e 1 Coríntios) e desapareceu na medida com que a mensagem do evangelho foi disseminada.

Com efeito, logo que a Igreja de Deus foi estabelecida, o dom de línguas desapareceu. As epístolas posteriores não o mencionam. Tampouco se vê a Igreja pós-apostólica falando sobre isso. Os assim conhecidos “pais da Igreja” jamais mencionaram nada a respeito de “línguas”.

Jamais devemos ir além da Palavra de Deus (Gl 1.6-10; 1 Co 4.6; Sl 62.5; Nm 23.19). Aqueles que buscam por dons de sinais nos dias de hoje estão indo além da Palavra de Deus e praticando heresias. Por conta dessa busca frenética por “poderes milagrosos”, muitos se encontram vulneráveis a "todo vento de doutrina" e ao poder de Satanás (Sl 17.4,5; 2Tm 2.24-26). Falsos profetas farão sinais e maravilhas no futuro (Mt 24.24), mas serão sinais feitos pelo poder de Satanás.

Todas as passagens das Escrituras que tratam dos últimos dias da história nunca falam de sinais e milagres, mas sim da fraqueza dos crentes e do abandono de Deus em suas vidas. Veja, por si mesmo, o que Paulo diz a respeito da Igreja em seus últimos dias em 2 Timóteo 3. Veja, por si mesmo, o que João diz sobre os últimos dias da Igreja em Laodicéia (Ap 3.14-20). Veja, por si mesmo, o que Pedro diz em 2 Pedro 3.3,4 a respeito dos últimos dias da Igreja.

O Espírito Santo foi dado no dia do Pentecostes, e agora, como uma Pessoa divina, Ele habita nos corpos dos crentes (1Co 6.19) e Se encontra também na casa professa da cristandade (Ef 2.22). O Senhor Jesus falou disso (Jo 14.16,17), dizendo aos discípulos, antes do dia de Pentecostes, que esperassem por Sua vinda em cujo tempo eles seriam "do alto revestidos de poder" (Lc 24.49). Em Corinto, não foi dito aos crentes que esperassem que viesse "poder" sobre eles, mas que deveriam usar os dons do Espírito, os quais Deus lhes havia dado, inteligentemente, dirigidos por Sua Palavra e em uma santa liberdade, conforme fossem guiados pelo Espírito (1Co 12.4-11). O Espírito e a Palavra não podem ser separados sem que se caia no misticismo e na perdição. Por outro lado, o mesmo acontece no racionalismo quando separamos o Espírito da Palavra.

Além de inútil, é perigoso aguardar por um segundo derramamento adicional do Espírito Santo em nós, além daquele que temos. Somos habitados pelo Espírito de Deus e a Palavra diz que isso nos basta.

O movimento carismático leva as pessoas a buscarem por demonstrações de poder que não estão em conformidade com a Palavra de Deus, e, portanto, não são pelo Espírito de Deus. Mesmo nos dias de hoje a demonstração desse poder e as ditas "línguas" estão com freqüência associadas à má doutrina acerca da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, como também ligadas a outras práticas macabras e heréticas, pois Satanás se transfigura em "anjo de luz" (2Co 11.13-15); ele é como um "leão que brama ao nosso derredor, buscando a quem possa devorar" (1Pe 5.8,9). Seu grande alvo sempre foi atacar a gloriosa Pessoa e a obra consumada de nosso bendito Senhor e Salvador Jesus Cristo, e o movimento carismático é uma de suas maiores armas hoje.

A prova de que os dons de sinais cessaram se encontra em um conjunto de versículos que, quando analisados, corrobora o cessacionismo. De fato, já na era apostólica os dons de sinais começaram a sumir e os - assim chamados - "pais da igreja" não mencionam esses dons em seus escritos. Pelo contrário, esses sinais já eram considerados como práticas heréticas pelos primeiros cristãos da era pós-apostólica.

– JP Padilha – Trechos extraídos do livro "O Evangelho Sem Disfarces – Volume 6 – Sinais e milagres à luz da Bíblia”
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