O ESTADO ETERNO – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA | JP Padilha
Antes de falar sobre o estado eterno dos salvos, vamos considerar a ordem cronológica dos eventos proféticos de forma resumida: Primeiro vem o arrebatamento da Igreja (1Ts 4.16-17), a Tribulação de sete anos sobre a terra (Mt 24; Dn 9.24-27), a Segunda Vinda de Cristo para julgar as nações (Mt 25), o Reino Milenar de Cristo sobre a terra (Ap 20.2-7) e o Juízo Final – o Grande Trono Branco, onde somente os perdidos são julgados (Ap 20.9-15).
Após esses acontecimentos, o Senhor criará novos céus* e uma nova terra onde habitará a justiça. Na era cristã, isto é, na dispensação da graça, enquanto o Senhor encontra-Se ausente, a justiça sofre. No Reino Milenar de Cristo a justiça reinará, mas no estado eterno a justiça habitará. Será um estado permanente nas coisas entre Deus e o homem. Os céus e a terra estarão, então, convivendo na mais perfeita harmonia (2Pe 3.12-13; Ap 21.1-8 ).
Nota: *Os novos céus que serão formados não são o Céu dos céus. Não se trata do terceiro Céu – a habitação de Deus. O Céu dos céus não passará por mudança, pois trata-se de um lugar que é, era, e sempre será perfeito. Estes novos céus que serão inaugurados tratam-se dos céus como o vemos acima de nós. Todavia, tudo será novo.
Não haverá reinado no estado eterno, pois não haverá necessidade de governo (Ap 22.5).
Os santos justos da terra do período do Milênio serão trasladados da terra Milenial para essa nova terra sem que vejam a morte. Estes são os que verdadeiramente se converterão no Reino Milenar de Cristo e, portanto, passarão para o estado eterno sem experimentarem a morte.
Todas as diferenças de tempo, distinções nacionais, fronteiras geográficas e limitações que hoje existem desaparecerão. Será uma ordem de vida totalmente nova para o homem sobre a terra.
Não haverá nem macho nem fêmea. Não haverá mais casamentos, pois todos serão irmãos (Lc 20.34-36).
Nenhum inimigo ou mal jamais invadirá essa cena de bem-aventurança.
Esse é o Estado Eterno. É também chamado de "O Dia de Deus", "Séculos dos Séculos" e "O Dia da Eternidade" (Ap 21.1-8; 2Pe 3.12; 1Co 15.28; Ef 3.21 – Bíblia de Jerusalém –; 2Pe 3.18).
Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor (1Co 15.26; Ap 21.4).
A Nova Jerusalém descerá do Céu à terra. Ela será a cidade dos santos (Ap 21.2-3).
Deus será tudo em todos (1Co 15.28).
Em TUDO Cristo terá a preeminência (Compare Provérbios 27.20 com Lucas 14.23 e Colossenses 1.18). Isso não significa que a maioria das pessoas será salva. Pelo contrário, a maioria está condenada justamente porque Jesus predeterminou que seja assim (Mt 7.13-14; 22.14). Por essa razão Ele em tudo tem a preeminência.
Embora o número de salvos seja bem menor que o número de não-salvos (Mt 7.13-14; 22.14), não existe qualquer dificuldade em compreender que todas as crianças que morrem antes da compreensão do pecado vão para o Céu quando consideramos que Jesus disse que aos pequeninos pertence o Reino dos Céus. Ele pagou o preço de seus pecados na cruz do calvário (Mt 19.14). Há muitas milhares de crianças que morreram na sua infância. Isso aconteceu durante o dilúvio no dia de Noé e acontece nos nossos tempos, quando crianças morrem ainda em seu estado inocente ou antes de terem nascido (Mt 18.10-11; 19.14; 2Sm 12.23).
Porém, ainda assim, o número de salvos é bem pequeno em comparação ao número de condenados, segundo o que o próprio Jesus disse. Isso não significa que Jesus perderá a Sua preeminência, como muitos têm argumentado para defender erroneamente a ideia de que o número de salvos é maior do que o número de condenados.
É comum argumentar que o número dos salvos será certamente muito maior do que o número de não-salvos porque Deus certamente agarrará a “vitória” no final; isto é, Ele nunca “perderá” para satanás na batalha entre o bem e o mal, e sobre as almas humanas. Alguns dos mais proeminentes teólogos reformados do passado e do presente têm argumentado dessa forma. Mas esse argumento é inválido porque implica na ideia de que satanás tem poder para contender com Deus em algum nível ou aspecto.
Esse argumento é tolo — é arbitrário e auto-destrutivo. É arbitrário porque ele assume que “vitória” nesta situação é determinada por número, mas eles falham em produzir evidência bíblica ou qualquer tipo de suporte racional usando essa premissa ou padrão. Então, o argumento é auto-destrutivo, pois, se formos determinar “vitória” por números absolutos, então, se uma pessoa acaba no inferno, isso necessariamente significaria que Deus fracassou em obter uma vitória total sobre satanás e o mal. Todavia, muitas pessoas já estão no inferno! E é para lá que a maioria vai!
– JP Padilha
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