FESTA JUNINA: A ORIGEM DA CELEBRAÇÃO PAGÃ E A ADAPTAÇÃO DA IDOLATRIA CATÓLICA ROMANA | JP Padilha



Muitas festas pagãs das antigas civilizações foram incorporadas pelo Catolicismo Romano para dar origem às festas juninas. Para um brasileiro, pode ser difícil entender como a cultura dos homens e as estações do ano são capazes de influenciar o imaginário e a própria organização da sociedade. A festa junina é uma tradicional festividade popular que acontece durante o mês de junho. Essa comemoração é de origem pagã. Porém, com a incorporação de elementos cristãos feita pelo Catolicismo Romano, se tornou comum em todas as regiões do Brasil, especialmente no Nordeste. A festividade foi trazida para o Brasil por influência dos portugueses no século XVI. Inicialmente, com adaptações do Catolicismo, a festa possuía uma conotação estritamente religiosa e era realizada em homenagem a santos como São João e Santo Antônio.

Os historiadores apontam que as origens da festa junina estão diretamente relacionadas a festividades pagãs realizadas na Europa na passagem da primavera para o verão, momento chamado de solstício de verão. Essas festas eram realizadas como forma de afastar os maus espíritos e qualquer praga que pudesse atingir a colheita. Para melhor entendermos isso, é preciso considerar que o solstício de verão no hemisfério norte acontece exatamente no mês de junho.

As comemorações realizadas por diferentes povos pagãos europeus começaram a ser cristianizadas pelo Catolicismo a partir do momento em que o Cristianismo se consolidou como a principal religião do continente europeu. Assim, a festa originalmente pagã foi incorporada ao calendário festivo do Catolicismo.

Essa foi uma prática comum da Igreja Católica Romana. Para facilitar a “conversão” dos diferentes povos pagãos, fazia-se uma aculturação das festividades, adicionando-as ao calendário católico e acrescentando nelas elementos cristãos. Outra festa na qual essa prática se repetiu, por exemplo, foi a comemoração do Natal, que acontece todo mês de dezembro. Porém, o Natal também se trata de uma festividade puramente pagã e idólatra. Na Bíblia, não vemos ninguém dentre os judeus ou cristãos que haja celebrado o aniversário de Jesus ou celebrado um grande banquete no dia do seu natalício. Somente os pecadores (como Faraó e Herodes) celebravam com grande regozijo, anualmente, o dia em que nasceram neste mundo (Cf. Gn 40.20; Mt 14.6). Essas coisas não estariam registradas “para nossa instrução”? (2Tm 3.16).

A cristianização da festa junina está diretamente relacionada ao estabelecimento de comemorações de importantes figuras do Catolicismo, exatamente na época da passagem para o verão, entre as quais se destacam Santo Antônio (homenageado dia 13 de junho), São João (dia 24) e São Pedro (dia 29). Por fim, muitos elementos típicos das comemorações pagãs ganharam novo significado. É aí que a idolatria católica se inicia. A festa junina nada mais é do que uma adoração ou forma de dar honra e glória aos santos mencionados.

A CHEGADA DA FESTA JUNINA NO BRASIL

O começo da festa junina ao Brasil remonta ao século XVI. As festas juninas eram tradições bastante populares na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e, por isso, foram trazidas para cá pelos portugueses durante a colonização, assim como muitas outras tradições. Quando introduzida no Brasil, a festa era conhecida como festa joanina, em referência a São João, mas, ao longo dos anos, teve o nome alterado para festa junina, em referência ao mês no qual ocorre – junho.

Inicialmente, a festa possuía um forte tom religioso – conotação essa que se perdeu em parte, uma vez que é vista por muitos hoje mais como uma festividade popular do que religiosa. Mas tudo não passa de um engano. Na verdade, a idolatria aos santos católicos reverenciados nesta festividade continua.

FESTA IDÓLATRA DISFARÇADA DE FESTA CAIPIRA

A evolução da festa junina no Brasil fez com que ela se associasse a símbolos típicos das zonas rurais. O crescimento da festividade aconteceu sobretudo no Nordeste, região que atualmente possui as maiores festas. A maior festa junina do país acontece na cidade de Campina Grande, localizada no estado da Paraíba. Em 2017, a estimativa do evento era receber aproximadamente 2,5 milhões de pessoas.

Durante as festas juninas no Brasil, são realizadas danças típicas, como as quadrilhas. Também há produção de inúmeras comidas à base de milho e amendoim, como canjica, pamonha, pé de moleque, além de bebidas como o quentão. Outra característica muito comum é a de se vestir de caipira de maneira caricata.

FESTA JUNINA – O PODER DESTRUIDOR DA CULTURA

“Assim diz o SENHOR: Não aprendais o caminho dos gentios (…), porque os costumes dos povos são vaidade” (Jeremias 10.2-3).

Todos nós temos nossos pressupostos no que diz respeito a qualquer assunto. É bem verdade que em alguns deles, ficamos meio que em cima do muro. Entretanto, em matéria de fé, isso se torna impossível. Mas, o que isso tem a ver com a festa junina? É que, se de fato, você já nasceu de novo e é uma nova criatura em Cristo Jesus, você precisa avaliar tudo dentro dos pressupostos das Escrituras Sagradas, se posicionar sempre ao lado delas e jamais ficar em cima do muro ou do lado da cultura corrompida pelo pecado. Portanto, estabeleceremos aqui 8 motivos pelos quais um cristão não deve ter participação nas festas juninas:

1. A festa junina NÃO serve ao propósito de glorificar a Deus.

2. Dentro do Catolicismo Romano, o termo “canonização” é o nome dado ao decreto que inclui uma pessoa na categoria dos “santos”, os quais são recomendados à veneração dos fiéis. Mas a Palavra de Deus declara que existe apenas um Mediador e Intercessor entre Deus e os homens: Jesus Cristo (1Tm 2.5-6).

3. A festa junina é uma festa que celebra a idolatria: Idolatria, no grego, significa “adoração de ídolos”. Esta adoração pode se referir a tudo aquilo que porventura ocupe o lugar de Deus no coração do homem. Deus abomina qualquer tipo de idolatria (Sl 115.4-7; 1Co 8.4). Segundo as Escrituras, a idolatria envolve submissão e culto aos demônios, e são abomináveis ao Senhor. A idolatria também envolve sentar à mesa dos demônios, e não à mesa do Senhor. Até o que se come na festa junina deve ser rejeitado, pois é alimento oferecido a demônios e não a Deus (1Co 8.4; 10.21,28). A Bíblia diz que os idólatras não herdarão o reino dos céus (1Co 6.10).

4. A festa junina é uma celebração do “Dia de São João”. Não preciso dizer mais nada.

5. Se temos o conhecimento de que algo é consagrado a ídolos, devemos nos abster (1Jo 5.21; 1Co 10.27-28; 2Co 6.14-17; Ef 5.11).

6. Não podemos agir como ignorantes em matéria de fé – Ingênuos, imprudentes, néscios (Ef 4.27; 5.15; 6.2; 2Co 2.11).

7. Temos a responsabilidade de impedir que nossos filhos participem destas festas (Dt 6.6-9; Pv 22.6).

8. Precisamos fugir de toda a aparência do mal (1Co 10.23-33; Pv. 6.28).

Ainda que hoje a festa junina não tenha mais o caráter de uma festa pagã ou idólatra, como outrora já foi, no sentido de que a festa se tornou uma festa popular ou cultural, precisamos fugir da aparência do mal. A festa pode estar disfarçada de algo bom e supérfluo, mas continua tendo os paramentos da idolatria romana. Pessoas não convertidas não vêem, mas a iniquidade está lá presente. Tal festividade não serve ao propósito de glorificar a Deus. O poder destruidor da cultura dos homens vai nos afastar da presença de Deus. As músicas, as bebidas, o ambiente – tudo ali tem a aparência do mal.

Que Deus nos dê a firmeza dos crentes da Igreja primitiva e que jamais tenhamos receio ou medo de dizer que somos contra ou a favor de determinada festividade quando a Bíblia nos der razões para fazê-lo, lembrando ser ela nossa única regra infalível de fé e prática.

– JP Padilha
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