Muitos já me perguntaram como um homem como eu, com todos os problemas mentais, emocionais, circunstanciais, físicos... que perduram há tanto tempo... que me limitaram profissionalmente e me tiraram do campo de trabalho, ainda consegue ESCREVER sobre o evangelho de Jesus Cristo com tanta frequência, com tanta fadiga, debaixo de tanto stress, calúnias, difamações.
E então, me lembro de palavras como as de Paulo:
"E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar" (2 Coríntios 12:7). "Porque, mesmo quando chegamos à macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro" (2 Coríntios 7:5).
Me lembro também de como foi com Elias:
"Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro" (1 Reis 19:4,5).
Me lembro do desgosto de Jó em continuar vivendo:
"Então, me espantas com sonhos e com visões me assombras; pelo que a minha alma escolheria, antes, a estrangulação; e, antes, a morte do que estes meus ossos. A minha vida abomino, pois não viverei para sempre; retira-te de mim, pois vaidade são os meus dias" (Jó 7.14).
Jó foi afrontado de forma covarde pela própria esposa, quando essa lhe sugeriu que tirasse a própria vida pelo seu estado mental e físico:
"E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza. Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios" (Jó 2.8-10).
A mulher de Jó insistia para que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (obviamente pelas próprias mãos), mas ele deixou claro que aceitava de Deus o mal que lhe afligia, tanto quanto o bem dos tempos de bonança.
Me lembro da vontade de Jeremias de nunca ter sequer nascido:
"Maldito o dia em que nasci; o dia em que minha mãe me deu à luz não seja bendito. Maldito o homem que deu as novas a meu pai, dizendo: Nasceu-te um filho; alegrando-o com isso grandemente. E seja esse homem como as cidades que o SENHOR destruiu sem que se arrependesse; e ouça ele clamor pela manhã e, ao tempo do meio-dia, um alarido. Por que não me matou desde a madre? Ou minha mãe não foi minha sepultura? Ou não ficou grávida perpetuamente? Por que saí da madre para ver trabalho e tristeza e para que se consumam os meus dias na confusão?" (Jeremias 20.14-18).
E assim, me lembro do fato de que nosso Senhor Jesus não viveu para si mesmo, e não morreu para si mesmo. Por isso temos as bênçãos que temos e a salvação. Este é o legado que ele nos deixa como exemplo, de dar a sua vida por amor de outros. Deus tem um propósito na vida e na morte dos Seus, portanto não cabe a nós decidir.
Nossa vista é muito míope para enxergar o que Ele está fazendo através de nós e de nossos sofrimentos. Nem Paulo, nem Elias, nem Jó ou Jeremias em seus dias devem ter enxergado o quanto suas vidas e sofrimentos iriam ajudar milhões de pessoas.
Eu continuarei escrevendo... ainda que eu não consiga mais me levantar da cama.
– JP Padilha
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