A IGREJA SÓ FOI INAUGURADA EM ATOS 2 | JP Padilha


Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João são judaicos, não cristãos. São cartas históricas com predominância no judaísmo e nos sinais e milagres de Jesus em Sua primeira vinda. Esses registros históricos não fazem parte do Novo Testamento, embora muitos ensinamentos de Cristo nesse contexto estejam inseridos na doutrina dos apóstolos, a qual só começa na epístola de Romanos.

O Novo Testamento só começa com a morte do Testador (Jesus - Hebreus 9.15-17); ou seja, os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João não fazem parte do Novo Testamento. O Novo Testamento começa em Atos e a doutrina dos apóstolos está nas epístolas. Ali sim, na doutrina dos apóstolos, está o nosso compêndio de regras estabelecidas por Jesus Cristo, por meio do Espírito Santo. É de suma importância lembrar-se disso a fim de não misturar o contexto judaico com o contexto cristão. A Igreja foi inaugurada no livro de Atos, no capítulo 2. O livro de Atos é, predominantemente, um livro de experiências que mostra a fase de amadurecimento da Igreja primitiva e de seu contato com o sobrenatural de Deus, visto que Deus fez muitos sinais e milagres durante esta fase de transição e crescimento espiritual. Portanto, não devemos considerar o livro de Atos como um livro de doutrinas, pois o próprio vocábulo já diz tudo - "Atos" dos apóstolos, e não "doutrina" dos apóstolos. Mais uma vez é necessário que se diga: A doutrina dos apóstolos está nas epístolas, começando com Romanos e terminando com a epístola de Judas.

"E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?" (Hebreus 9:15-17).

Muitas pessoas criticam essa realidade dizendo que os evangelhos fazem sim parte do Novo Testamento porque foram escritos após a morte de Cristo na cruz. No entanto, isso não tem a ver com QUANDO foi escrito os evangelhos judaicos, mas sim com a CRONOLOGIA dos fatos, ensinos e práticas judaicas em contraste com os ensinos e práticas CRISTÃS da Igreja de Deus. Não existe IGREJA nos evangelhos. A Igreja ainda era um mistério para os discípulos de Jesus e Jesus prometeu a Pedro que "EDIFICARIA" a Igreja com a descida do Espírito Santo, a qual ocorreu somente em Atos 2 (veja a conjugação do verbo no respectivo texto sagrado – "sobre esta Rocha edificaREI a minha Igreja" – Mt 16.18).

Sempre que Jesus ensina algo nos evangelhos que seja direcionado à Igreja, Ele certamente deixa isso bem claro. Todavia, se a Igreja não for mencionada por Ele, certamente é porque Ele não está falando da Igreja, a qual Ele prometeu que só edificaria futuramente, e essa promessa se cumpriu somente em Atos 2. Por exemplo, quando Jesus vai falar da Tribulação de sete anos na terra, Ele NÃO menciona a Igreja em nenhum momento, mas enfatiza que está falando com os JUDEUS e dos judeus – ISRAEL (faça o teste de ler Mateus 24 e veja a quem Jesus se dirige). Por que Jesus faz isso nos evangelhos? Porque a Igreja não irá passar pela Tribulação. Isso é só um exemplo.

Entenda melhor sobre Mateus 24 neste link:
Mateus 24 está falando da Igreja?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/08/mateus-24-esta-falando-da-igreja-jp.html

– JP Padilha
___________________________________________________
Acesse o blog do livro "O Evangelho Sem Disfarces" e baixe-o gratuitamente clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

Abandonei a denominação e agora me chamam de "desigrejado" | JP Padilha


Uma coisa que acontece muito hoje é que pessoas que já entenderam a simplicidade do modo de congregar somente “ao nome do Senhor” (Mt 18.20) deixam de congregar na denominação onde estavam. Com isso, os membros da denominação ficam o tempo todo cobrando e perguntando a razão dessas pessoas terem "abandonado a Jesus". Isto é, na cabeça delas, o crente que abandonou o sistema religioso denominacional deixou de seguir a Cristo. E é aí que começam os estereótipos, tais como: “Você virou desigrejado” (como se fosse possível desigrejar alguém do Corpo de Cristo)!, “Você agora é um apóstata!”, “Você é rebelde!”, etc. Mas, o que fazer nessa situação? O crente que resolveu congregar sob as bases bíblicas e abandonar o sistema religioso deve responder a essas questões ou deixar que pensem o que quiserem?

A meu ver, penso ser uma boa oportunidade de explicar a essas pobres almas que você não abandonou Jesus. Pelo contrário, adotou uma posição que lhe aproxima ainda mais dEle, sem a religião ou o pastor como intermediário. No princípio era assim que os cristãos viviam, mas hoje a ideia parece até estranha de tão corrompido que ficou o testemunho cristão.

O mundo religioso ficou tão estranho que, hoje, mesmo ao me identificar como sendo cristão, as pessoas perguntam: "Mas de que igreja você é”? No primeiro século, ninguém perguntaria uma coisa assim, pois todos sabiam que um cristão era um seguidor de Cristo, e os cristãos sabiam que eram membros de Um Só Corpo, o Corpo de Cristo, e que esse único Corpo é a Igreja. Eles entendiam que há um só nome dado por Deus para a salvação e para identificar Seus filhos reunidos: o nome de Jesus. Eles também entendiam que o nome de Jesus é o único nome que dá acesso ao Pai em uma oração (1Tm 2.5).

"Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela... porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (At 4.11; Mt 16.18; 18.20).

Curiosamente, hoje, os mesmos ditos cristãos que veriam com horror alguém falar de outro nome para nos salvar não veem qualquer problema em adotar outro nome na hora de congregar. Aqui vemos um abismo entre o Cristianismo e a cristandade professa. De fato, o Cristianismo é a pura neve que desce do Céu, mas a cristandade é a lama em que essa neve se transforma quando em contato com a terra.

Os homens conseguiram destruir a simplicidade do modo bíblico de se congregar em nome de Jesus Cristo para adoração e ministério, criando diferentes divisões entre o povo de Deus e rotulando cada uma delas com os nomes que mais lhes convinham. Também foi introduzido no testemunho cristão o conceito sacerdotal e clerical copiado do Judaísmo, que colocava a intermediação humana para se chegar a Deus, ao ponto de hoje muitos não apenas dizerem "sou da igreja X" ou "sou da igreja Y", como também "sou da igreja do Pastor Fulano".

Não obstante, a verdade é que na Bíblia não existe mais do que um só Corpo de Cristo, que é a Igreja, embora as congregações locais desta mesma Igreja pudessem estar em diferentes localidades geográficas e identificadas apenas pelos nomes desses lugares ou regiões. Assim, havia a igreja em Roma, a igreja em Éfeso, a igreja em Corinto, etc. Era a mesma Igreja, porém, com congregações em diferentes lugares, como hoje também entendemos existir um só Exército Brasileiro, embora este possa estar representado em qualquer localidade onde exista um quartel.

Essa Igreja que Cristo prometeu que edificaria não é minha, nem sua, nem do "Pastor Fulano". Ela é a "Igreja de Deus", assim chamada em diversas passagens das cartas dos apóstolos e também chamada pelo Senhor Jesus de "minha Igreja" em Mateus 16.18.

– JP Padilha
___________________________________________________
Acesse o blog do livro "O Evangelho Sem Disfarces" e baixe-o gratuitamente clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

SOMENTE A GRAÇA – Mateus 5.44-45 NÃO apoia a teoria da "Graça Comum" | JP Padilha



Observemos a passagem: "Eu, porém, vos digo: 'Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai Que está nos céus; porque faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:44-45).

A maioria dos adeptos da “graça comum”, com sua vasta ignorância e fértil imaginação, tenta justificar o “amor universal" de Deus através de textos como o de Mateus 5:44-45. É o Universalismo em seu grau máximo, pois, se a graça de Deus recai sobre bons e maus, logo todos, bons e maus, teriam de ser salvos, uma vez que a graça vem para salvar. Mas a suposição dos defensores dessa teoria é de que essa graça não é salvífica (o quê?). Eles argumentam que alguns pontos da passagem de Mateus 5:44-45 servem de prova de que Deus ama a todos de forma geral, e, para definir esta premissa sem que falte uma conclusão, inventam termos dualistas que jamais serão encontrados nas Escrituras – Graça Comum e Graça Salvífica. Eles alegam, com base em Mateus 5, que: a) – Jesus está dizendo que devemos amar nossos inimigos (vs. 44); portanto, isso nos diria que Ele ama a todos os homens, sem exceção. b) – Jesus diz que Deus faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos (vs. 45); sendo assim, Deus estaria, de uma forma diferente e não salvífica, amando os ímpios.

Essa objeção é tão infantil que chega a pôr em dúvida se tais oponentes da verdade são de fato conhecedores do evangelho básico. Pois, o fato de Cristo amar e ordenar que nos amemos não prova que Deus ama a cada indivíduo do mundo. Tampouco o fato de Deus sustentar suas criaturas significa o mesmo que amá-las. A provisão que o Senhor proporciona aos ímpios, de forma alguma testifica algum amor por eles. Ao contrário, a Bíblia claramente aponta os reais motivos pelos quais Deus sustenta e provê alimento, sol, chuva, família ou qualquer outra coisa terrena aos ímpios, e esta resposta se encontra na forma mais direta e ríspida que se possa imaginar, em Romanos 9:

“... Deus, querendo mostrar a sua ira, e fazer ficar conhecido o Seu poder, suportou com muita paciência os VASOS DA IRA, preparados para a perdição; para que também fizesse ficar notórias as riquezas da sua glória aos VASOS DE MISERICÓRDIA, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós [eleitos], a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios" (Romanos 9:22).

CONCLUSÃO:

1 - Por que Deus suporta os “vasos de ira”, que já estão predestinados ao inferno?

R: Para mostrar a sua ira e fazer com que conheçam o Seu poder.

A conclusão lógica acima seria bastante satisfatória se não fossem as insistências de falsos calvinistas que adentram a Igreja nos últimos tempos, impingindo nas mentes mais fracas conceitos arminianos e universalistas, afim de promover a confortável “paz” do Ecumenismo Religioso. Porquanto geralmente eles usam um argumento que, à primeira vista, é muito forte a seu favor, alegando que o amor de Deus deve estar, em algum sentido que eles nunca esclarecem biblicamente, sobre todas as Suas criaturas, tanto sobre santos quanto sobre ímpios (mesmo estes tendo sido condenados ao inferno). Estes mesmos inventores de doutrinas estranhas acusam de “radicais” aqueles que tomaram a iniciativa de condenar suas “cambalhotas exegéticas” que, recheadas de sofisma, tem a finalidade de atribuir a Deus uma dualidade inexistente em seus atributos divinos, embora isso conforte os corações dos homens carnais que desejam viver uma vida livre das leis impostas por Cristo (afinal, se Deus os ama, por que iriam se preocupar?). Concederíamos que esse argumento é mais do que suficiente se eles pudessem provar o seu intento – De que Deus ama a todos os homens em geral, por conta de sua suposta graça-comum --. Todavia, se mostrarmos claramente que são eles que, com suas cavilações, nos pressionam a crer que Deus ama pessoas que Ele mesmo predestinou ao inferno, sem contudo apresentar qualquer argumento testamentário, por mais simplória que seja sua justificativa, enfim, o que lhes restará, senão que esse pretexto que fraudulosamente alegam seja levado pelo vento?

ANALISANDO A PASSAGEM

Em Mateus 5:43-46, Jesus Cristo nos dá 4 ordens:

1) - Amai a vossos inimigos,
2) - Bendizei os que vos maldizem,
3) - Fazei bem aos que vos odeiam,
4) - Orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.

Jamais devemos presumir que o fato de nosso Senhor ter nos concedido o dever de amar, bendizer, fazer bem e orar por todos tenha relação com o caráter divino de Deus, como se Ele possuísse a necessidade de obedecer o que Ele ordenou que os homens façam. O papel de Deus na humanidade é um, o do homem é outro, e as ordens concedidas em Mateus 5 não oferecem margens para conjecturas, tais como: “Deus ama e bendiz aos ímpios” (homens que jamais se converterão). Afirmar tal bestialidade é abrir as portas para as heresias do Arminianismo. Em toda a Sagrada Escritura constatamos claramente que Deus, em Seu caráter divino, NÃO cumpre três das práticas por Ele mesmo ordenadas em Mateus 5: “Amar os Seus inimigos”, “bendizer os que O maldizem” e “orar pelos que O perseguem”.

Visto que a passagem de Mateus 5 não nos mostra uma posição nem outra, faz-se necessário consultar outros textos bíblicos que façam jus à hermenêutica irrefutável das Escrituras:

1) – Amar os Seus inimigos:

Em qualquer passagem escriturística, seja vetero-testamentária ou neo-testamentária, cujo o objeto da mensagem é o ímpio, Deus diz que o ODEIA, e nunca que o ama (Sl 5:5; 11:5; Pv 3:32; 8:13-17; Rm 9:13).

2) – Bendizer os que O maldizem:

Ao contrário da falaciosa doutrina da “graça-comum”, a Bíblia nos mostra que em nenhum momento Deus bendiz o ímpio; antes o AMALDIÇOA em todo o tempo (Jr 11:3; 17:5; Dt 27:15; Js 6:18; 1Co 16:22; Gl 1:8,9).

4) – Orar pelos que O maltratam e perseguem:

No ponto 4 nem mesmo é necessário esforço para provar que Deus não ora pelos ímpios. O próprio Cristo, “Sumo Sacerdote” encarnado, NÃO bendisse nem orou pelos ímpios, mas o fez somente pelos Seus escolhidos:

- Disse Jesus em oração: “Eu rogo por eles; NÃO rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são Teus” (João 17:9).

Sendo assim, a única regra imposta por Cristo em Mateus 5 a qual o Altíssimo pratica em Sua soberania, é a número 3 – “Fazer bem aos que O odeiam”. Não obstante, por regra de hermenêutica e também por questão de lógica, o “fazer bem” aqui não tem a mesma conotação de amar, nem o poderia ter. Afinal, o texto não diz mais do que isso: “...faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (vs. 45). Como já foi confirmado neste artigo, sobre o injusto permanece a IRA de Deus e nunca o Seu amor, pois seus atributos não são passíveis de alteração, nem sujeitos a mudanças de nível, posto que Deus ama os seus eleitos em um grau infinito e, da mesma forma, odeia os réprobos em um grau infinito, e tudo isso se mantém em perfeito equilíbrio e imutabilidade. – O fato é que, mesmo tendo destinado uma porção de homens ao inferno, Deus não possui maldade em Seu caráter. Ele decreta o mal e continua sendo eternamente Bom (Isaías 45:7). A harmonia entre Seus eternos decretos e Sua Bondade pode ser constatada tranquilamente por qualquer exegeta. Enfim, o tema “O Autor Do Mal” está disponível no meu blog e pode ser consultado por qualquer internauta. À parte disso, voltemos ao que está sendo refletido. – Os benefícios supracitados no verso 45 de Mateus 5, de acordo com a própria Palavra de Deus, não são de valor espiritual ou eternos, mas apenas para meios de sustento e conforto terrenos – O que necessariamente não significa que isso seja bom (1Tm 6:9), e isto será explicado mais a frente. Contudo, ainda sobre os benefícios terrenos, podemos afirmar que seja a única regra de Mateus 5 a qual o Deus da Palavra prescreve em Seu caráter, como pode ser confirmado em Atos 14:17, que afirma que Deus “fez o bem” às nações pagãs concedendo “chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração”.

Sobre este mesmo tema, Angus Stewart declara em seu artigo:

“Dentre os poucos textos citados como fundamento para a graça-comum com alguma plausibilidade para tanto, Mateus 5:44-45 talvez seja o mais utilizado, ainda que sem uma exegese consistente. Todos concordam que Deus concede boas coisas aos réprobos nesta vida. Mas será que esses versículos ensinam realmente que as boas coisas terrenas concedidas por Deus aos réprobos foram de fato providas aos réprobos por causa do “amor” de Deus para com eles?

A interpretação da graça-comum sobre Mateus 5:44-45 cria, obviamente, diversos problemas sérios, grandemente ignorados pelos defensores de tal teoria. Como o Deus Uno e Indivisível pode amar e odiar as mesmas pessoas ao mesmo tempo? Como o Deus Eterno e Imutável pode ter um amor temporal e passível de mudança pelos réprobos? Lembre-se que esse suposto “amor” de Deus pelos réprobos se inicia com a concepção deles (a não ser que se diga que Deus amou os réprobos na eternidade) e termina com a morte de tais pessoas (a menos que se estabeleça que Deus ame os réprobos enquanto Ele os pune no inferno pelos séculos dos séculos). Várias fugas – como afirmar que existe um “paradoxo” – foram tentadas, mas nenhuma resposta adequada foi dada. Enquanto isso, as igrejas e indivíduos que mantêm essa teoria de que Deus ame a todos (bem como aqueles que também seguem por esse caminho) se distanciam da verdade do Calvinismo (o qual professam guardar) e mergulham mais e mais no arminianismo, e proclamam aos quatro ventos que são Reformados. (RSRS)

Mas, à parte dessas questões mais amplas, nós devemos examinar o texto em si. O tema dele é o tratamento dispensado pelo cristão aos seus “inimigos” que também são chamados de “os que vos maldizem,” “que vos odeiam” e “vos maltratam e vos perseguem” (vs. 44). A nossa motivação para amar, bendizer, fazer o bem e orar pelos nossos inimigos deve ser “para que [nós] sejamos filhos do [nosso] Pai que está nos céus” (vs. 45). Pois existe uma semelhança entre as nossas ações justas e as do nosso Pai, O qual faz que “o Seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”. Em outras palavras, o texto faz uma comparação entre o que os crentes devem fazer (vs. 44) e o que Deus faz (vs. 45), haja vista que quando fazemos essas coisas (v. 44), mostramos que somos Seus filhos (vs. 45). Dessa forma, devemos considerar as afinidades e diferenças entre o que nós devemos fazer pelos nossos inimigos e o que o nosso Pai faz pelos “maus” e “injustos.” O que exatamente está sendo comparado?

Será que Cristo faz pelos seus inimigos qualquer dessas quatro coisas (isto é, “amar,” “bendizer,” “fazer o bem” e “orar”) que nós devemos fazer aos nossos inimigos? Cristo certamente “ama,” "bendiz,” “faz o bem” e “ora” pelos Seus inimigos ELEITOS. O resultado dEle fazer essas coisas específicas por nós é a nossa salvação por meio do Sangue da Sua cruz. Mas será que Cristo faz alguma coisa, tudo ou parte dessas coisas pelos Seus inimigos RÉPROBOS? (lembre-se que, por natureza, todos nascem sendo inimigos de Deus – Romanos 3).

Em primeiro lugar, Cristo não diz de modo algum que Ele ora por eles, uma vez que Ele diz em Sua oração como “sumo sacerdote”: "Eu rogo por eles; NÃO rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus" (Jo 17:9). Em segundo lugar, Cristo bendiz os filhos de Israel (Gn 48:16) e os Seus discípulos (Lc 24:50-51), mas não há palavra na Escritura de Cristo bendizendo os réprobos. Em terceiro lugar, todos concordam que Cristo fez o bem aos ímpios. Ele curou dez leprosos, mesmo que nove não tenham retornado para agradecê-Lo (Lc 17:11-19), e Ele alimentou 5.000 pessoas, ainda que muitos deles não tenham acreditado nEle (Jo 6). Por conseguinte, em relação aos réprobos, Cristo não fez duas das quatro coisas que somos ordenados a fazer aos nossos próximos: Ele não orou e nem bendisse os réprobos. De fato, Ele fez uma das quatro coisas que somos ordenados a fazer: Ele “fez o bem” aos réprobos. E quanto à quarta? Ele amou os réprobos? Nós dizemos que Ele não amou, com base na Escritura. Por sua vez, aqueles que acreditam na graça-comum afirmam que Ele amou. O versículo por si mesmo não aponta uma conclusão para nenhuma das duas posições. Portanto, outros textos terão que decidir essa questão.

O que dizer sobre Deus? Será que Ele “ama”, “bendiz”, “faz o bem” e “ora” pelos Seus inimigos réprobos? Em primeiro lugar, Deus não ora pelos réprobos porque Deus não ora!

Segundo, Deus abençoa os Seus eleitos (Ef 1:3), os justos (Sl 5:12), a Sua herança (Sl 28:9) e aqueles que temem a Deus (Sl 115:13). Cada uma das bem-aventuranças começa com “bem-aventurados são...” (Mt 5:3-11), e muitos Salmos contêm a expressão: “Bem-aventurado o varão...” (Sl 1:1) ou “Bem-aventurados os que...” (Sl 84:4). Em cada caso, é o povo de Deus (os mansos, os piedosos etc.) que são abençoados. Deus abençoa o Seu povo eleito com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1:3-4), o qual é supremamente bem-aventurado do Pai (Sl 45:2). A nossa bem-aventurança em Cristo é o cumprimento do pacto de Abraão em Cristo com os Seus eleitos (Gn 12:2-3; Gl 3:8-9, 14, 16, 29). Essa é a bem-aventurança irreversível da Salvação (Nm 23:20), que nos afasta das nossas iniquidades (At 3:26). Então, o que podemos falar sobre os réprobos? Assim como eles amaldiçoam a Cristo e ao Seu povo, Deus os amaldiçoa (Gn 12:3; Nm 24:9).

Provérbios 3:33 declara: "A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos Ele abençoará".

Como devemos decidir qual das duas visões está correta? Primeiro, é possível que se argumente usando-se a analogia entre o que NÓS somos chamados a fazer (vs. 44) e o que DEUS faz (vs. 45). Mas como somos chamados para fazer duas coisas (isto é, amar e abençoar os nossos inimigos) que Cristo não fez pelos Seus inimigos réprobos, não é possível que se prove que Deus ame os Seus inimigos réprobos. Outrossim, temos que olhar com mais atenção o que se descreve que Deus faz no versículo 45: “Ele faz o Seu sol se levantar sobre maus e bons e a chuva descer sobre justos e injustos” Os “maus” e os “injustos” incluem certamente aqueles que são réprobos. Fazer o sol nascer e a chuva cair (em quantidade moderada) sobre os réprobos é fazer o bem a eles (At 14:17), mas isso não prova que Deus “ama” os réprobos.

Para entender isso claramente, devemos olhar para SALMOS 73:3: Deus concede “prosperidade” terrena aos “ímpios” – algo que requer a luz do sol e a chuva – mas isso é “certamente” o Seu plano para colocá-los em “lugares escorregadios” antes de lançá-los “em destruição” (vs. 18). Embora Deus conceda boas coisas a eles pela Sua providência, ainda assim, Ele os “despreza” (vs. 20) como pecadores “corrompidos” (vs. 8). Terceiro, como a passagem sozinha não prova se Deus ama ou não os Seus inimigos réprobos, isso terá de ser confirmado por outros textos bíblicos (estes versículos tem sido colocados no artigo ao decorrer da exposição)”. (Angus Stewart) [ênfase minha]

DEUS NOS MANDA AMAR A TODOS,
MAS ELE NÃO AMA A TODOS


A terminologia grega usada para designar o amor de Deus é "Ágape", que quer dizer "Amor Sacrificial e Incondicional". E esse amor não é transitório, mas eterno. Não tem começo nem fim. O amor de Deus pelos seus filhos não possui sombra de variação, pois Ele os amou e os predestinou na eternidade, elegendo-os para serem conforme a imagem de Seu Filho Unigênito (Efésios 2:1-10). Quanto aos ímpios (predestinados à perdição), a ira de Deus, que também é imutável e eterna, sobre eles permanece (Jo 3:36; Sl 11:5; Pv 3:32; 2Co 2:14,15; 4:3).

DEUS AMA A QUEM ELE QUER
E ODEIA A QUEM ELE QUER


Caso você venha a perguntar: "Por que Deus nos manda amar o próximo, sendo que Ele ama somente a alguns e odeia o restante"?

A resposta para sua indagação está em Romanos 9:11-24:

"Porque, não tendo eles ainda nascido [Jacó e Esaú], nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por Aquele que chama), foi-lhe dito a ela [a mãe]: ‘O maior servirá ao menor’. Como está escrito: ‘AMEI A JACÓ, E ODIEI A ESAÚ’. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois Ele diz a Moisés: ‘Me compadecerei de quem Eu quiser me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu quiser ter misericórdia’. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: ‘Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra’. Logo, pois, Ele se compadece de quem Ele quer, e endurece a quem Ele quer. Então me perguntas: ‘Por que Deus se queixa ainda? Porquanto, quem tem resistido à Sua vontade?’ Mas, quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: ‘Por que me fizeste assim?’ Ou não tem o Oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e fazer ficar conhecido o Seu poder, suportou com muita paciência os VASOS DA IRA, preparados para a perdição; para que também fizesse ficar notórias as riquezas da sua glória aos VASOS DE MISERICÓRDIA, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós [eleitos], a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (Romanos 9:11-24).

Portanto, mediante a verdade aqui exposta, não devemos jamais ter a presunção de confundir o amor de Deus com o amor dos homens. Deus lhe ordena a amar a todos, mas Ele não ama a todos. Se um homem está prosperando (alimento, sol, chuva, ar), isso significaria que ele seja alvo da Graça de Deus? A Bíblia diz que não.

Porventura esta proposição universalista não é de procedência arminiana? Quando foi que o Calvinismo (Protestantismo Histórico) definiu o amor de Deus como "universal" (ou) "duplo"? Por acaso Deus ama alguém que Ele não salva? A Bíblia, em algum lugar das Escrituras Sagradas, atribui à Graça algum outro sentido que não seja a Salvação? Deus em algum momento amou o “pecador ímpio”? São exatamente perguntas como estas que desconstroem facilmente os estratagemas da doutrina da graça-comum.

Por certo, ainda sobre a prosperidade dos ímpios, fica mais fácil entendê-la quando olhamos diretamente para a Bíblia e não para o que venhamos a pensar por nós mesmos. Para tal, basta um ou dois versículos:

"Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha? Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar. Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim" (Eclesiastes 3:9-11).

“Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda” (Provérbios 29:16)

A GRAÇA É OBRA DA SALVAÇÃO;
JAMAIS DE PERDIÇÃO


A questão é que: Se há GRAÇA, há AMOR. E o amor de Deus é um só. Não existem dois amores no caráter do Altíssimo. Ou Ele ama, ou Ele odeia. E se Deus se dispôs a amar alguém, Ele o amará pela eternidade. A Salvação é um processo eterno e não transitório. É uma sequência de fatos que ocorrem eternamente, sem ter começo ou fim. Isto sempre esteve na mente de DEUS (Rm 8:30). Vemos que o “vaso de honra” (Rm 9) sempre foi salvo, e, de modo decretivo, ele nunca esteve PERDIDO. O grito de guerra dos genuínos cristãos é: "Uma vez salvo, sempre salvo", não? Então, por qual razão isto mudaria com relação aos réprobos, considerando que a mesma passagem de Romanos 9 descreve o “vaso de desonra” como preparado para a perdição? Ou seja, sua condenação é incondicional; portanto, a exegese sensata somada à conclusão lógica e racional é: “Uma vez PERDIDO, sempre perdido!”

Lembro-me da primeira vez que ouvi sobre a expressão "graça comum", proclamada entre os sincretistas como uma espécie de graça não-salvífica. Nesse dia, como bom soldado de Cristo, corri para as Escrituras a fim de achar algum fundamento para essa visão teológica aparentemente honesta. E, já que Deus não possui "dois tipos de amor", o inferno é a maior prova de que aqueles que para lá vão nunca foram amados por Deus. Igualmente, se alguém está debaixo da graça, logo está salvo, porquanto o Senhor não envia nenhum de seus santos ao inferno; eles jamais perecerão e isto é uma promessa irrevogável, pois o Senhor não torna atrás em Sua Palavra. Quando examinei a Bíblia, percebi que tinha algo muito errado e então comecei a estudar a heresia em si, com o intuito de poder combatê-la biblicamente, e, não somente isso, como também fazer disso o meu alvo. Haja vista que, por dever de ofício, devo não somente ir contra aquilo que prostitui a Palavra de Deus, como fazer disso o meu alvo.

A doutrina da graça-comum (com lágrimas nos olhos o digo) tem se espalhado pelos quatro cantos da Igreja, distribuindo erros doutrinários grotescos e enganando as mentes menos afortunadas com pretextos de humildade e comunhão. No entanto, tal aberração dualista, nunca antes defendida pela Igreja Primitiva, se apresenta por meio de um sofisma inescrupuloso e sem precedentes, o qual deve ser rejeitado em todos os seus aspectos e falsos portentos. Porquanto a Palavra de Deus nos alerta que não há outra graça, senão uma, a qual tem a finalidade única de salvar os pecadores que uma vez foram eleitos por Deus, antes da fundação do mundo. Quanto a isso, a Palavra nos instrui e ordena severamente:

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja MALDITO. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja MALDITO” (Gálatas 1:6-9).

Não chame de Graça aquilo que não é Graça. Jamais diga que a Graça e o Amor de Deus se distanciam em algum momento, pois um e outro são a mesma coisa. A Bíblia diz que Deus SUPORTA os "vasos da ira" apenas para mostrar o Seu poder, e nada mais. Onde a Bíblia se cala, nós devemos nos calar.

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5:20).

PARA REFLETIR:

Vale ressaltar que toda a terra está AMALDIÇOADA, pois Deus a amaldiçoou para sempre (Gn 3:17). Devemos sempre distinguir o conforto de Cristo em nossas almas dos confortos transitórios deste mundo. – O conforto terreno é denominado pela Bíblia como "vaidade e aflição de espírito" (Ec 1); enquanto a graça nos leva para fora deste mundo. Por esta razão somos chamados de Peregrinos e Forasteiros, sabendo que este mundo está condenado para sempre (1Pe 2). O Senhor amaldiçoou a terra. Não há graça sobre a terra, mas tão somente sobre alguns homens, santos e escolhidos individualmente pelo Criador (1Pe 4:14). Ele os escolheu com um propósito uno – Tirá-los do mundo (Jo 17:16-19; Hb 9:27,28). Por isso somos chamados de "Igreja" (do grego Ecclesia - Chamados para fora – Hb 13:13). Somos exortados a pensar nas coisas do alto e a buscar as coisas do alto (Cl 3:1-4), porquanto tudo que há no mundo terá um fim violento e assombroso (1Jo 2:15-18).

CONCLUSÃO:

Não existe graça alguma sobre os ímpios. Sobre eles permanece (eternamente) o ÓDIO de Deus. Isso não é graça, é MALDIÇÃO (Jo 3:36; Rm 9:22). O termo "graça comum" é uma tentativa de negar um dos vários atributos do Deus da Palavra, isto é, Sua santa e perpétua ira. Tal invencionice foi elaborada para destruir a antítese (Gn 3:15), amenizar a depravação total, comprometer a expiação limitada, pregar um desejo de Deus de salvar o réprobo, silenciar e (então) negar a eleição e reprovação incondicional, recusando condenar o arminianismo e seus mestres, e permitir a comunhão com os arminianos.

Leia também “Providência de Deus ou Graça Comum?” neste link:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2018/11/providencia-de-deus-vs-graca-comum-jp.html

– JP Padilha
___________________________________________________
Acesse o blog do livro "O Evangelho Sem Disfarces" e baixe-o gratuitamente clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

Mateus 18.20 ensina a congregar ou fala de perdão? | JP Padilha


“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18.20).

Na verdade, Mateus 18.20 ensina as duas coisas. Basta ler o contexto (Mateus 18.15-20). A intenção de Jesus aqui é ensinar o modo simples de congregar como igreja, mas Ele começa falando de uma disputa entre irmãos dentro da congregação. De fato, a passagem começa falando de perdão, mas termina falando da IGREJA. Veja que Jesus dá o título de "igreja" aos “dois ou três” reunidos ao nome dEle.

"Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão" (Mt 18.15). Aqui já são dois juntos, mas não indica que isso tenha algo a ver com o que o Senhor irá ensinar na conclusão do contexto.

"Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada" (Mt 18.16). Aqui eles já estão em três ou quatro, mas tudo indica que ainda não tem o mesmo caráter dos "dois ou três" do versículo 20 mais adiante.

"E, se não as escutar, dize-o à IGREJA (perceba que aqui já é uma IGREJA); e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano" (Mt 18.17).

Agora sim Ele está chamando de "IGREJA" os “dois ou três” congregados ao Seu Nome, e não simplesmente se encontrando informalmente para resolver alguma questão. Os "dois ou três" congregados ao Seu Nome têm autoridade na terra para tomar ou suspender decisões ("ligar" ou "desligar") que têm o endosso garantido nos Céus. Não que elas sejam sempre decisões corretas, mas seguem o princípio da autoridade delegada. Um policial pode se enganar ao me multar, mas, mesmo assim, ele tem autoridade para fazê-lo. Mas, do que se trata esse “ligar” ou “desligar” na terra? Este é outro problema na interpretação do verso 18 de muitos cristãos professos de hoje. Ali diz: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”.

Quantas vezes já ouvimos alguém usando esse versículo no meio de uma oração? O entendimento errôneo desta passagem dá a entender que os nossos pedidos feitos aqui na terra serão atendidos no Céu. De fato, há textos bíblicos que realmente falam sobre a realização dos nossos pedidos, mas não é o caso desse texto. De qual “ligação” o texto está falando então? De uma pessoa ao reino de Deus. Ou seja, os discípulos estavam recebendo autoridade para “ligar”, isto é, receber uma pessoa na igreja – para fazer parte da família de Cristo, ou “desligar”, que quer dizer “excluir” ou “excomungar” essa pessoa caso ela não estiver de acordo com as regras de Deus na igreja.

O ensinamento de como congregar entre irmãos vem no verso 20. Preste atenção em todo o contexto da passagem e então você não terá mais dúvidas de que Jesus está causando uma ruptura no modo judaico de adoração e estabelecendo uma nova ordem de reunião aos cristãos da Igreja, a qual viria a ser inaugurada somente em Atos 2. Do versículo 15 ao 20 de Mateus 18 lemos: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada (até aqui, no verso 16, o assunto era o perdão). E, se não as escutar, dize-o à igreja (agora Jesus já está ensinando a exercer o perdão dentro da igreja); e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu (ligar ou desligar aqui tem a ver com receber ou excomungar alguém da igreja). Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. – e agora vem o princípio de como congregar entre irmãos – Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mateus 18.15-20 – grifo meu).

Em Mateus 18 encontramos dois irmãos com problema entre eles. Não conseguem solucionar o problema. Então Jesus aconselha que busquem a ajuda de mais alguém. O problema não é solucionado e repare que aqui já são três. Por que o texto não pára aí? Porque Jesus diz para eles levarem isso à igreja, revelando depois Sua presença nesse caráter de dois ou três”, e não simplesmente no meio dos dois ou três que tinham se encontrado antes tentando resolver a disputa.

Portanto, o texto de Mateus 18.15-20 começa falando de perdão, mas termina falando da reunião como IGREJA para adoração e ministério no verso 20 – Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” – igreja (Veja como Jesus a intitula no verso 17).

– JP Padilha
___________________________________________________
Acesse o blog do livro "O Evangelho Sem Disfarces" e baixe-o gratuitamente clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

A RELIGIÃO NÃO PERMITE CRISTO ENTRAR | JP Padilha


As principais doutrinas e afirmações dos religiosos não estão de acordo com as Escrituras e muitas das vezes aparentam ter mais razão do que Cristo, pois:

O religioso diz: “Vou à igreja para adorar a Deus!”
Cristo diz o contrário: “Nem no templo e nem no monte se adora a Deus” (João 4.21). “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estarei eu no meio deles” (Mateus 18.20).

O religioso diz: “Vou à casa de Deus”.
Cristo diz o oposto: “Vós sois o templo do Deus vivente” (2 Coríntios 6.16). “Não sabeis que vós sois morada de Deus?” (1 Coríntios 6.19). “O Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa me edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso?" (Atos 7.48-49).

O religioso diz: “Meu pastor é um ungido de Deus”.
Cristo disse o contrário: “Não chameis ninguém de pastor, pois EU SOU o único Pastor” (cf. Mateus 23.7-12). O mesmo vale para o título de “Padre”, que vem do latim e significa “Pai”. Cristo proíbe que qualquer homem seja chamado por este nome, “porque um só é o nosso Pai, o qual está nos céus” (cf. Mateus 23.7-12). O religioso também usa o nome "Reverendo" para se dirigir a um clérigo de sua seita. No entanto, a Bíblia, na versão inglesa, diz que "reverend" ("reverendo") é o nome do Senhor! O Salmo 111.9 da versão inglesa King James, traduzido para o português, diz: "Santo e reverendo é o Seu nome".

O religioso diz: “Vou à igreja buscar prosperidade”.
Cristo frustra seus planos dizendo: “Não andeis ansiosos por coisa alguma” (Mateus 6.25-34). “Não ambicioneis as coisas altas, mas acomodai-vos às humildes” (Romanos 12.16).

O religioso diz: “Vou juntar dinheiro no Banco e investir em imóveis, terrenos e propriedades”.
Cristo vem e acaba com seus sonhos terrenos: “Não junteis tesouros na terra” (cf. Mateus 6.19-21)

O religioso diz: “Maria é nossa intercessora”.
Cristo frustra a todos que dizem isso ao afirmar que: “Só há um Intercessor entre Deus e os homens, a saber, Jesus Cristo homem” (1 Timóteo 2.5).

Se você, religioso, questionar aquilo que aprendeu durante toda a sua vida, você verá que toda sua vida foi um engano. Mas não é tarde. Ainda há tempo! Saia para fora desse arraial (Hb 13.13) e se entregue totalmente a Cristo como único Deus, Salvador e Intercessor. Você não precisa de nada e de ninguém além de Cristo nosso Senhor!

Você tem duas opções: (1) Não deixe Cristo entrar, pois Ele mudará tudo o que você aprendeu na religião; (2) ou deixe Ele entrar e jogue no lixo tudo o que te ensinaram.

Entenda melhor sobre o assunto neste link:
Por que não congrego em denominações religiosas?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2023/08/por-que-nao-congrego-em-denominacoes.html

– JP Padilha
___________________________________________________
Acesse o blog do livro "O Evangelho Sem Disfarces" e baixe-o gratuitamente clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página JP Padilha
– Fonte 3: https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

É correto chamar a todos de "irmãos"? | JP Padilha


Existe um costume no âmbito evangélico e entre grande parte dos católicos que é o de chamar qualquer um que se identifique como cristão de "irmão". É também comum encontrarmos debates na TV e nas redes sociais homens (geralmente intitulados “pastores”) que, mesmo depois de terem negado as verdades essenciais da fé cristã, são chamados de “irmãos” pelos oponentes, pelo apresentador e até pelos espectadores. Mas, o que aconteceu com o entendimento dessas pessoas? Pobres bestas! Se um indivíduo se auto-intitula “crente”, “cristão” ou “evangélico” já é o suficiente para ser chamado de irmão, ainda que este esteja escandalizando a Igreja com ideias totalmente antibíblicas. Os dois debatedores terminam o proselitismo, apertam as mãos e dão aquele tapinha nas costas. Já viu isso? Eu já. E eu quero vomitar!

Existem outras formas peculiares de usar o termo “irmão” no mundo. Muitas vezes o termo "irmão" é usado não como forma de dizer que ambos comungam da mesma fé, mas como forma de criar distanciamento. Um exemplo clássico disso é quando as pessoas costumam usar o termo “senhor” ou “senhora” para se dirigirem aos adversários numa briga ou bate-boca. Políticos são especialistas nisso. Basta ver um vídeo de briga entre parlamentares para ver como eles fazem uso do termo "Vossa Excelência", não como um pronome para denotar um elevado grau de respeito (como ensina o dicionário), mas como preâmbulo para as ofensas e palavrões que se seguirão.

O que dizem as Escrituras sobre nossa maneira de tratar aqueles que se dizem irmãos, porém negam a sã doutrina ou são insubordinados às decisões da igreja ou assembleia? Ao revelar os princípios que deveriam reger a autoridade do Senhor na assembleia, Jesus deixou claro que existiria um momento quando um insubordinado dentre os irmãos deixaria de ser tratado como "irmão" para ser tratado como incrédulo ou infiel.

"Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano" (Mateus 18.15-17).

É disso que Paulo fala em 1 Coríntios 5 ao tratar da excomunhão de um crente que estava contaminado com pecado moral. Ele devia ser excluído da comunhão (excomungado) e da mesa do Senhor e ser tratado como alguém que estava fora. Obviamente o Catolicismo e o Protestantismo acabaram distorcendo essa ação disciplinatória e consideraram a excomunhão como uma exclusão do Corpo de Cristo, o que é impossível ao homem fazer, já que nenhum verdadeiro membro de Cristo pode ser arrancado do Seu Corpo – a Igreja. A excomunhão aqui é apenas no âmbito administrativo e da comunhão prática na terra, não no Céu. O ato de excomungar um membro da comunidade cristã por este estar em pecado não o faz perder a salvação. Pelo contrário – este ato visa expô-lo aos perigos de se estar fora da assembleia e às tramoias de Satanás para que ele seja restaurado por meio do arrependimento. Trata-se de um ato de amor, não de repulsa.

"Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo." (1 Coríntios 5.9-13).

Preste muita atenção ao que Paulo está dizendo aqui. Repare que ele faz uma ressalva no tratamento para com os incrédulos, chamados aqui de "devassos deste mundo", por saber muito bem que seria impossível viver no mundo separado fisicamente deles. Afinal, precisamos estudar, trabalhar e conviver com colegas, chefes e parentes incrédulos e não há como fugir disso. Os sistemas monásticos importados pelo Catolicismo das religiões orientais tentam fazer uma separação física dos incrédulos, isolando seus religiosos em mosteiros inacessíveis. Mas a doutrina dos apóstolos ensina que o tratamento com rigor deve ser reservado aos que, "dizendo-se irmãos, não são" (vs. 11), e vivem em pecado; e desonram o Nome que carregam. Isto é, o afastamento completo deve ser exercido com relação àqueles que se dizem irmãos e não são. É com eles que não devemos nem mesmo nos assentar para comer. Prestemos atenção no verso 11 mais uma vez:

“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais (1 Coríntios 5.11).

Ações assim nunca são por falta de amor (como também não é a disciplina de um filho), mas têm por objetivo fazer com que o transgressor se envergonhe de seu modo de ser e possa se arrepender de seus caminhos e ser restaurado à comunhão com os irmãos. Mas, enquanto isso não acontece, ele não deve de maneira nenhuma ser chamado de "irmão" e todo contato que vá além do absolutamente necessário deve ser evitado. "Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho... E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela" (Hebreus 12.6-11).

Pelo fato de muitos de nós termos vindo de uma tradição católica, somos sempre muito "bonzinhos" na hora de tratar com as pessoas por acreditarmos que "todos somos irmãos" ou que "não devemos julgar". Porém, a Palavra de Deus ensina outra coisa. Devemos sim julgar as más ações das pessoas, suas doutrinas, o que falam, etc., apesar de não podermos julgar o coração, isto é, julgar sem a reta justiça; sem conhecer as pessoas. O Senhor ensinou seus discípulos a tomarem cuidado com o "fermento" ou doutrina dos fariseus, e também a não agirem do modo como eles agiram, o que por si só prefigura fazer um julgamento.

O julgamento pode ser tanto individual quanto da assembleia. Uma vez que tivermos claro diante de nós que estamos lidando com alguém que, "dizendo-se irmão", comporta-se de maneira contrária às Escrituras, devemos nos apartar do tal e deixá-lo de chamar de "irmão". Como o Senhor ensinou, devemos considerá-lo "gentio e publicano", que era a forma de um judeu enxergar um não judeu ou impuro. Essa separação é profilática, isto é, tem por objetivo evitar contaminação e permitir que fiquemos preparados "para toda boa obra" (2Tm 2.21), o que não acontece se estivermos ligados às pessoas erradas. "Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa?" (1 Coríntios 5.6).

Leia mais sobre o ato de julgar as pessoas e seus atos pecaminosos neste link:
Deus nos proíbe de julgar?
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/11/deus-nos-proibe-de-julgar-jp-padilha.html

Evidentemente, somente "o Senhor conhece os que são Seus", porém a parte que me diz respeito é agir de acordo com o que diz a continuação da passagem: "Qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade. Ora, numa grande casa não somente há vasos [pessoas] de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar [separar] destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra" (2 Timóteo 2.19-21).

Vamos imaginar um cenário prático dessa questão de chamar ou não de "irmão" alguém que esteja sendo causa de escândalo para a Igreja na internet, ou por negar doutrinas fundamentais da Bíblia, ou às vezes até por ser legalista como os fariseus e querer colocar as pessoas debaixo de um jugo, ou o contrário disso – por ser liberal e ensinar doutrinas estranhas que vão além do evangelho a fim de atrair um público maior. A partir do momento em que ele faz isso em um debate numa rede social e você continua a chamá-lo de "irmão", no intuito de tentar apaziguar os ânimos ou ser educado, a impressão que dá aos incrédulos que estão acompanhando a conversa é de que você e ele são “farinha do mesmo saco”. Então o incrédulo irá pensar: "É isso que é ser cristão? É isso que é ser 'irmão'? Isso não é muita hipocrisia e falsidade? Muito obrigado! Mas quero ficar bem longe desse evangelho".

Leia mais sobre o que significa a separação dos ímpios nestes links:

Não vos associeis com aquele que diz ser irmão e não é!
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2024/08/nao-vos-associeis-com-aquele-que-diz.html

2 Coríntios 6.14-18 – Um chamado à separação:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2019/11/2-corintios-614-18-um-chamado-separacao.html

– JP Padilha
___________________________________________________
Acesse o blog do livro "O Evangelho Sem Disfarces" e baixe-o gratuitamente clicando aqui:
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/2019/08/sumario-o-evangelho-sem-disfarces.html

– Fonte 1: Facebook JP Padilha
– Fonte 2: Página 
JP Padilha
– Fonte 3: 
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/
– Fonte 4: 
https://jppadilhabiblia2.blogspot.com/

QUEM É O JP PADILHA? QUAL É A SUA PROFISSÃO?

Se você me perguntar o que eu sou, eu lhe responderei: "sou esposo". Se você insistir, lhe responderei: "sou pai"....