SOMENTE A GRAÇA – Mateus 5.44-45 NÃO apoia a teoria da "Graça Comum" | JP Padilha



Observemos a passagem: "Eu, porém, vos digo: 'Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai Que está nos céus; porque faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:44-45).

A maioria dos adeptos da “graça comum”, com sua vasta ignorância e fértil imaginação, tenta justificar o “amor universal" de Deus através de textos como o de Mateus 5:44-45. É o Universalismo em seu grau máximo, pois, se a graça de Deus recai sobre bons e maus, logo todos, bons e maus, teriam de ser salvos, uma vez que a graça vem para salvar. Mas a suposição dos defensores dessa teoria é de que essa graça não é salvífica (o quê?). Eles argumentam que alguns pontos da passagem de Mateus 5:44-45 servem de prova de que Deus ama a todos de forma geral, e, para definir esta premissa sem que falte uma conclusão, inventam termos dualistas que jamais serão encontrados nas Escrituras – Graça Comum e Graça Salvífica. Eles alegam, com base em Mateus 5, que: a) – Jesus está dizendo que devemos amar nossos inimigos (vs. 44); portanto, isso nos diria que Ele ama a todos os homens, sem exceção. b) – Jesus diz que Deus faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos (vs. 45); sendo assim, Deus estaria, de uma forma diferente e não salvífica, amando os ímpios.

Essa objeção é tão infantil que chega a pôr em dúvida se tais oponentes da verdade são de fato conhecedores do evangelho básico. Pois, o fato de Cristo amar e ordenar que nos amemos não prova que Deus ama a cada indivíduo do mundo. Tampouco o fato de Deus sustentar suas criaturas significa o mesmo que amá-las. A provisão que o Senhor proporciona aos ímpios, de forma alguma testifica algum amor por eles. Ao contrário, a Bíblia claramente aponta os reais motivos pelos quais Deus sustenta e provê alimento, sol, chuva, família ou qualquer outra coisa terrena aos ímpios, e esta resposta se encontra na forma mais direta e ríspida que se possa imaginar, em Romanos 9:

“... Deus, querendo mostrar a sua ira, e fazer ficar conhecido o Seu poder, suportou com muita paciência os VASOS DA IRA, preparados para a perdição; para que também fizesse ficar notórias as riquezas da sua glória aos VASOS DE MISERICÓRDIA, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós [eleitos], a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios" (Romanos 9:22).

CONCLUSÃO:

1 - Por que Deus suporta os “vasos de ira”, que já estão predestinados ao inferno?

R: Para mostrar a sua ira e fazer com que conheçam o Seu poder.

A conclusão lógica acima seria bastante satisfatória se não fossem as insistências de falsos calvinistas que adentram a Igreja nos últimos tempos, impingindo nas mentes mais fracas conceitos arminianos e universalistas, afim de promover a confortável “paz” do Ecumenismo Religioso. Porquanto geralmente eles usam um argumento que, à primeira vista, é muito forte a seu favor, alegando que o amor de Deus deve estar, em algum sentido que eles nunca esclarecem biblicamente, sobre todas as Suas criaturas, tanto sobre santos quanto sobre ímpios (mesmo estes tendo sido condenados ao inferno). Estes mesmos inventores de doutrinas estranhas acusam de “radicais” aqueles que tomaram a iniciativa de condenar suas “cambalhotas exegéticas” que, recheadas de sofisma, tem a finalidade de atribuir a Deus uma dualidade inexistente em seus atributos divinos, embora isso conforte os corações dos homens carnais que desejam viver uma vida livre das leis impostas por Cristo (afinal, se Deus os ama, por que iriam se preocupar?). Concederíamos que esse argumento é mais do que suficiente se eles pudessem provar o seu intento – De que Deus ama a todos os homens em geral, por conta de sua suposta graça-comum --. Todavia, se mostrarmos claramente que são eles que, com suas cavilações, nos pressionam a crer que Deus ama pessoas que Ele mesmo predestinou ao inferno, sem contudo apresentar qualquer argumento testamentário, por mais simplória que seja sua justificativa, enfim, o que lhes restará, senão que esse pretexto que fraudulosamente alegam seja levado pelo vento?

ANALISANDO A PASSAGEM

Em Mateus 5:43-46, Jesus Cristo nos dá 4 ordens:

1) - Amai a vossos inimigos,
2) - Bendizei os que vos maldizem,
3) - Fazei bem aos que vos odeiam,
4) - Orai pelos que vos maltratam e vos perseguem.

Jamais devemos presumir que o fato de nosso Senhor ter nos concedido o dever de amar, bendizer, fazer bem e orar por todos tenha relação com o caráter divino de Deus, como se Ele possuísse a necessidade de obedecer o que Ele ordenou que os homens façam. O papel de Deus na humanidade é um, o do homem é outro, e as ordens concedidas em Mateus 5 não oferecem margens para conjecturas, tais como: “Deus ama e bendiz aos ímpios” (homens que jamais se converterão). Afirmar tal bestialidade é abrir as portas para as heresias do Arminianismo. Em toda a Sagrada Escritura constatamos claramente que Deus, em Seu caráter divino, NÃO cumpre três das práticas por Ele mesmo ordenadas em Mateus 5: “Amar os Seus inimigos”, “bendizer os que O maldizem” e “orar pelos que O perseguem”.

Visto que a passagem de Mateus 5 não nos mostra uma posição nem outra, faz-se necessário consultar outros textos bíblicos que façam jus à hermenêutica irrefutável das Escrituras:

1) – Amar os Seus inimigos:

Em qualquer passagem escriturística, seja vetero-testamentária ou neo-testamentária, cujo o objeto da mensagem é o ímpio, Deus diz que o ODEIA, e nunca que o ama (Sl 5:5; 11:5; Pv 3:32; 8:13-17; Rm 9:13).

2) – Bendizer os que O maldizem:

Ao contrário da falaciosa doutrina da “graça-comum”, a Bíblia nos mostra que em nenhum momento Deus bendiz o ímpio; antes o AMALDIÇOA em todo o tempo (Jr 11:3; 17:5; Dt 27:15; Js 6:18; 1Co 16:22; Gl 1:8,9).

4) – Orar pelos que O maltratam e perseguem:

No ponto 4 nem mesmo é necessário esforço para provar que Deus não ora pelos ímpios. O próprio Cristo, “Sumo Sacerdote” encarnado, NÃO bendisse nem orou pelos ímpios, mas o fez somente pelos Seus escolhidos:

- Disse Jesus em oração: “Eu rogo por eles; NÃO rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são Teus” (João 17:9).

Sendo assim, a única regra imposta por Cristo em Mateus 5 a qual o Altíssimo pratica em Sua soberania, é a número 3 – “Fazer bem aos que O odeiam”. Não obstante, por regra de hermenêutica e também por questão de lógica, o “fazer bem” aqui não tem a mesma conotação de amar, nem o poderia ter. Afinal, o texto não diz mais do que isso: “...faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (vs. 45). Como já foi confirmado neste artigo, sobre o injusto permanece a IRA de Deus e nunca o Seu amor, pois seus atributos não são passíveis de alteração, nem sujeitos a mudanças de nível, posto que Deus ama os seus eleitos em um grau infinito e, da mesma forma, odeia os réprobos em um grau infinito, e tudo isso se mantém em perfeito equilíbrio e imutabilidade. – O fato é que, mesmo tendo destinado uma porção de homens ao inferno, Deus não possui maldade em Seu caráter. Ele decreta o mal e continua sendo eternamente Bom (Isaías 45:7). A harmonia entre Seus eternos decretos e Sua Bondade pode ser constatada tranquilamente por qualquer exegeta. Enfim, o tema “O Autor Do Mal” está disponível no meu blog e pode ser consultado por qualquer internauta. À parte disso, voltemos ao que está sendo refletido. – Os benefícios supracitados no verso 45 de Mateus 5, de acordo com a própria Palavra de Deus, não são de valor espiritual ou eternos, mas apenas para meios de sustento e conforto terrenos – O que necessariamente não significa que isso seja bom (1Tm 6:9), e isto será explicado mais a frente. Contudo, ainda sobre os benefícios terrenos, podemos afirmar que seja a única regra de Mateus 5 a qual o Deus da Palavra prescreve em Seu caráter, como pode ser confirmado em Atos 14:17, que afirma que Deus “fez o bem” às nações pagãs concedendo “chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria o vosso coração”.

Sobre este mesmo tema, Angus Stewart declara em seu artigo:

“Dentre os poucos textos citados como fundamento para a graça-comum com alguma plausibilidade para tanto, Mateus 5:44-45 talvez seja o mais utilizado, ainda que sem uma exegese consistente. Todos concordam que Deus concede boas coisas aos réprobos nesta vida. Mas será que esses versículos ensinam realmente que as boas coisas terrenas concedidas por Deus aos réprobos foram de fato providas aos réprobos por causa do “amor” de Deus para com eles?

A interpretação da graça-comum sobre Mateus 5:44-45 cria, obviamente, diversos problemas sérios, grandemente ignorados pelos defensores de tal teoria. Como o Deus Uno e Indivisível pode amar e odiar as mesmas pessoas ao mesmo tempo? Como o Deus Eterno e Imutável pode ter um amor temporal e passível de mudança pelos réprobos? Lembre-se que esse suposto “amor” de Deus pelos réprobos se inicia com a concepção deles (a não ser que se diga que Deus amou os réprobos na eternidade) e termina com a morte de tais pessoas (a menos que se estabeleça que Deus ame os réprobos enquanto Ele os pune no inferno pelos séculos dos séculos). Várias fugas – como afirmar que existe um “paradoxo” – foram tentadas, mas nenhuma resposta adequada foi dada. Enquanto isso, as igrejas e indivíduos que mantêm essa teoria de que Deus ame a todos (bem como aqueles que também seguem por esse caminho) se distanciam da verdade do Calvinismo (o qual professam guardar) e mergulham mais e mais no arminianismo, e proclamam aos quatro ventos que são Reformados. (RSRS)

Mas, à parte dessas questões mais amplas, nós devemos examinar o texto em si. O tema dele é o tratamento dispensado pelo cristão aos seus “inimigos” que também são chamados de “os que vos maldizem,” “que vos odeiam” e “vos maltratam e vos perseguem” (vs. 44). A nossa motivação para amar, bendizer, fazer o bem e orar pelos nossos inimigos deve ser “para que [nós] sejamos filhos do [nosso] Pai que está nos céus” (vs. 45). Pois existe uma semelhança entre as nossas ações justas e as do nosso Pai, O qual faz que “o Seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos”. Em outras palavras, o texto faz uma comparação entre o que os crentes devem fazer (vs. 44) e o que Deus faz (vs. 45), haja vista que quando fazemos essas coisas (v. 44), mostramos que somos Seus filhos (vs. 45). Dessa forma, devemos considerar as afinidades e diferenças entre o que nós devemos fazer pelos nossos inimigos e o que o nosso Pai faz pelos “maus” e “injustos.” O que exatamente está sendo comparado?

Será que Cristo faz pelos seus inimigos qualquer dessas quatro coisas (isto é, “amar,” “bendizer,” “fazer o bem” e “orar”) que nós devemos fazer aos nossos inimigos? Cristo certamente “ama,” "bendiz,” “faz o bem” e “ora” pelos Seus inimigos ELEITOS. O resultado dEle fazer essas coisas específicas por nós é a nossa salvação por meio do Sangue da Sua cruz. Mas será que Cristo faz alguma coisa, tudo ou parte dessas coisas pelos Seus inimigos RÉPROBOS? (lembre-se que, por natureza, todos nascem sendo inimigos de Deus – Romanos 3).

Em primeiro lugar, Cristo não diz de modo algum que Ele ora por eles, uma vez que Ele diz em Sua oração como “sumo sacerdote”: "Eu rogo por eles; NÃO rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus" (Jo 17:9). Em segundo lugar, Cristo bendiz os filhos de Israel (Gn 48:16) e os Seus discípulos (Lc 24:50-51), mas não há palavra na Escritura de Cristo bendizendo os réprobos. Em terceiro lugar, todos concordam que Cristo fez o bem aos ímpios. Ele curou dez leprosos, mesmo que nove não tenham retornado para agradecê-Lo (Lc 17:11-19), e Ele alimentou 5.000 pessoas, ainda que muitos deles não tenham acreditado nEle (Jo 6). Por conseguinte, em relação aos réprobos, Cristo não fez duas das quatro coisas que somos ordenados a fazer aos nossos próximos: Ele não orou e nem bendisse os réprobos. De fato, Ele fez uma das quatro coisas que somos ordenados a fazer: Ele “fez o bem” aos réprobos. E quanto à quarta? Ele amou os réprobos? Nós dizemos que Ele não amou, com base na Escritura. Por sua vez, aqueles que acreditam na graça-comum afirmam que Ele amou. O versículo por si mesmo não aponta uma conclusão para nenhuma das duas posições. Portanto, outros textos terão que decidir essa questão.

O que dizer sobre Deus? Será que Ele “ama”, “bendiz”, “faz o bem” e “ora” pelos Seus inimigos réprobos? Em primeiro lugar, Deus não ora pelos réprobos porque Deus não ora!

Segundo, Deus abençoa os Seus eleitos (Ef 1:3), os justos (Sl 5:12), a Sua herança (Sl 28:9) e aqueles que temem a Deus (Sl 115:13). Cada uma das bem-aventuranças começa com “bem-aventurados são...” (Mt 5:3-11), e muitos Salmos contêm a expressão: “Bem-aventurado o varão...” (Sl 1:1) ou “Bem-aventurados os que...” (Sl 84:4). Em cada caso, é o povo de Deus (os mansos, os piedosos etc.) que são abençoados. Deus abençoa o Seu povo eleito com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo (Ef 1:3-4), o qual é supremamente bem-aventurado do Pai (Sl 45:2). A nossa bem-aventurança em Cristo é o cumprimento do pacto de Abraão em Cristo com os Seus eleitos (Gn 12:2-3; Gl 3:8-9, 14, 16, 29). Essa é a bem-aventurança irreversível da Salvação (Nm 23:20), que nos afasta das nossas iniquidades (At 3:26). Então, o que podemos falar sobre os réprobos? Assim como eles amaldiçoam a Cristo e ao Seu povo, Deus os amaldiçoa (Gn 12:3; Nm 24:9).

Provérbios 3:33 declara: "A maldição do Senhor habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos Ele abençoará".

Como devemos decidir qual das duas visões está correta? Primeiro, é possível que se argumente usando-se a analogia entre o que NÓS somos chamados a fazer (vs. 44) e o que DEUS faz (vs. 45). Mas como somos chamados para fazer duas coisas (isto é, amar e abençoar os nossos inimigos) que Cristo não fez pelos Seus inimigos réprobos, não é possível que se prove que Deus ame os Seus inimigos réprobos. Outrossim, temos que olhar com mais atenção o que se descreve que Deus faz no versículo 45: “Ele faz o Seu sol se levantar sobre maus e bons e a chuva descer sobre justos e injustos” Os “maus” e os “injustos” incluem certamente aqueles que são réprobos. Fazer o sol nascer e a chuva cair (em quantidade moderada) sobre os réprobos é fazer o bem a eles (At 14:17), mas isso não prova que Deus “ama” os réprobos.

Para entender isso claramente, devemos olhar para SALMOS 73:3: Deus concede “prosperidade” terrena aos “ímpios” – algo que requer a luz do sol e a chuva – mas isso é “certamente” o Seu plano para colocá-los em “lugares escorregadios” antes de lançá-los “em destruição” (vs. 18). Embora Deus conceda boas coisas a eles pela Sua providência, ainda assim, Ele os “despreza” (vs. 20) como pecadores “corrompidos” (vs. 8). Terceiro, como a passagem sozinha não prova se Deus ama ou não os Seus inimigos réprobos, isso terá de ser confirmado por outros textos bíblicos (estes versículos tem sido colocados no artigo ao decorrer da exposição)”. (Angus Stewart) [ênfase minha]

DEUS NOS MANDA AMAR A TODOS,
MAS ELE NÃO AMA A TODOS


A terminologia grega usada para designar o amor de Deus é "Ágape", que quer dizer "Amor Sacrificial e Incondicional". E esse amor não é transitório, mas eterno. Não tem começo nem fim. O amor de Deus pelos seus filhos não possui sombra de variação, pois Ele os amou e os predestinou na eternidade, elegendo-os para serem conforme a imagem de Seu Filho Unigênito (Efésios 2:1-10). Quanto aos ímpios (predestinados à perdição), a ira de Deus, que também é imutável e eterna, sobre eles permanece (Jo 3:36; Sl 11:5; Pv 3:32; 2Co 2:14,15; 4:3).

DEUS AMA A QUEM ELE QUER
E ODEIA A QUEM ELE QUER


Caso você venha a perguntar: "Por que Deus nos manda amar o próximo, sendo que Ele ama somente a alguns e odeia o restante"?

A resposta para sua indagação está em Romanos 9:11-24:

"Porque, não tendo eles ainda nascido [Jacó e Esaú], nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por Aquele que chama), foi-lhe dito a ela [a mãe]: ‘O maior servirá ao menor’. Como está escrito: ‘AMEI A JACÓ, E ODIEI A ESAÚ’. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois Ele diz a Moisés: ‘Me compadecerei de quem Eu quiser me compadecer, e terei misericórdia de quem Eu quiser ter misericórdia’. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: ‘Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra’. Logo, pois, Ele se compadece de quem Ele quer, e endurece a quem Ele quer. Então me perguntas: ‘Por que Deus se queixa ainda? Porquanto, quem tem resistido à Sua vontade?’ Mas, quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: ‘Por que me fizeste assim?’ Ou não tem o Oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e fazer ficar conhecido o Seu poder, suportou com muita paciência os VASOS DA IRA, preparados para a perdição; para que também fizesse ficar notórias as riquezas da sua glória aos VASOS DE MISERICÓRDIA, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós [eleitos], a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?” (Romanos 9:11-24).

Portanto, mediante a verdade aqui exposta, não devemos jamais ter a presunção de confundir o amor de Deus com o amor dos homens. Deus lhe ordena a amar a todos, mas Ele não ama a todos. Se um homem está prosperando (alimento, sol, chuva, ar), isso significaria que ele seja alvo da Graça de Deus? A Bíblia diz que não.

Porventura esta proposição universalista não é de procedência arminiana? Quando foi que o Calvinismo (Protestantismo Histórico) definiu o amor de Deus como "universal" (ou) "duplo"? Por acaso Deus ama alguém que Ele não salva? A Bíblia, em algum lugar das Escrituras Sagradas, atribui à Graça algum outro sentido que não seja a Salvação? Deus em algum momento amou o “pecador ímpio”? São exatamente perguntas como estas que desconstroem facilmente os estratagemas da doutrina da graça-comum.

Por certo, ainda sobre a prosperidade dos ímpios, fica mais fácil entendê-la quando olhamos diretamente para a Bíblia e não para o que venhamos a pensar por nós mesmos. Para tal, basta um ou dois versículos:

"Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha? Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar. Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim" (Eclesiastes 3:9-11).

“Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda” (Provérbios 29:16)

A GRAÇA É OBRA DA SALVAÇÃO;
JAMAIS DE PERDIÇÃO


A questão é que: Se há GRAÇA, há AMOR. E o amor de Deus é um só. Não existem dois amores no caráter do Altíssimo. Ou Ele ama, ou Ele odeia. E se Deus se dispôs a amar alguém, Ele o amará pela eternidade. A Salvação é um processo eterno e não transitório. É uma sequência de fatos que ocorrem eternamente, sem ter começo ou fim. Isto sempre esteve na mente de DEUS (Rm 8:30). Vemos que o “vaso de honra” (Rm 9) sempre foi salvo, e, de modo decretivo, ele nunca esteve PERDIDO. O grito de guerra dos genuínos cristãos é: "Uma vez salvo, sempre salvo", não? Então, por qual razão isto mudaria com relação aos réprobos, considerando que a mesma passagem de Romanos 9 descreve o “vaso de desonra” como preparado para a perdição? Ou seja, sua condenação é incondicional; portanto, a exegese sensata somada à conclusão lógica e racional é: “Uma vez PERDIDO, sempre perdido!”

Lembro-me da primeira vez que ouvi sobre a expressão "graça comum", proclamada entre os sincretistas como uma espécie de graça não-salvífica. Nesse dia, como bom soldado de Cristo, corri para as Escrituras a fim de achar algum fundamento para essa visão teológica aparentemente honesta. E, já que Deus não possui "dois tipos de amor", o inferno é a maior prova de que aqueles que para lá vão nunca foram amados por Deus. Igualmente, se alguém está debaixo da graça, logo está salvo, porquanto o Senhor não envia nenhum de seus santos ao inferno; eles jamais perecerão e isto é uma promessa irrevogável, pois o Senhor não torna atrás em Sua Palavra. Quando examinei a Bíblia, percebi que tinha algo muito errado e então comecei a estudar a heresia em si, com o intuito de poder combatê-la biblicamente, e, não somente isso, como também fazer disso o meu alvo. Haja vista que, por dever de ofício, devo não somente ir contra aquilo que prostitui a Palavra de Deus, como fazer disso o meu alvo.

A doutrina da graça-comum (com lágrimas nos olhos o digo) tem se espalhado pelos quatro cantos da Igreja, distribuindo erros doutrinários grotescos e enganando as mentes menos afortunadas com pretextos de humildade e comunhão. No entanto, tal aberração dualista, nunca antes defendida pela Igreja Primitiva, se apresenta por meio de um sofisma inescrupuloso e sem precedentes, o qual deve ser rejeitado em todos os seus aspectos e falsos portentos. Porquanto a Palavra de Deus nos alerta que não há outra graça, senão uma, a qual tem a finalidade única de salvar os pecadores que uma vez foram eleitos por Deus, antes da fundação do mundo. Quanto a isso, a Palavra nos instrui e ordena severamente:

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja MALDITO. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja MALDITO” (Gálatas 1:6-9).

Não chame de Graça aquilo que não é Graça. Jamais diga que a Graça e o Amor de Deus se distanciam em algum momento, pois um e outro são a mesma coisa. A Bíblia diz que Deus SUPORTA os "vasos da ira" apenas para mostrar o Seu poder, e nada mais. Onde a Bíblia se cala, nós devemos nos calar.

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5:20).

PARA REFLETIR:

Vale ressaltar que toda a terra está AMALDIÇOADA, pois Deus a amaldiçoou para sempre (Gn 3:17). Devemos sempre distinguir o conforto de Cristo em nossas almas dos confortos transitórios deste mundo. – O conforto terreno é denominado pela Bíblia como "vaidade e aflição de espírito" (Ec 1); enquanto a graça nos leva para fora deste mundo. Por esta razão somos chamados de Peregrinos e Forasteiros, sabendo que este mundo está condenado para sempre (1Pe 2). O Senhor amaldiçoou a terra. Não há graça sobre a terra, mas tão somente sobre alguns homens, santos e escolhidos individualmente pelo Criador (1Pe 4:14). Ele os escolheu com um propósito uno – Tirá-los do mundo (Jo 17:16-19; Hb 9:27,28). Por isso somos chamados de "Igreja" (do grego Ecclesia - Chamados para fora – Hb 13:13). Somos exortados a pensar nas coisas do alto e a buscar as coisas do alto (Cl 3:1-4), porquanto tudo que há no mundo terá um fim violento e assombroso (1Jo 2:15-18).

CONCLUSÃO:

Não existe graça alguma sobre os ímpios. Sobre eles permanece (eternamente) o ÓDIO de Deus. Isso não é graça, é MALDIÇÃO (Jo 3:36; Rm 9:22). O termo "graça comum" é uma tentativa de negar um dos vários atributos do Deus da Palavra, isto é, Sua santa e perpétua ira. Tal invencionice foi elaborada para destruir a antítese (Gn 3:15), amenizar a depravação total, comprometer a expiação limitada, pregar um desejo de Deus de salvar o réprobo, silenciar e (então) negar a eleição e reprovação incondicional, recusando condenar o arminianismo e seus mestres, e permitir a comunhão com os arminianos.

Leia também “Providência de Deus ou Graça Comum?” neste link:
https://jppadilhabiblia.blogspot.com/2018/11/providencia-de-deus-vs-graca-comum-jp.html

– JP Padilha
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