Respostas a perguntas frequentes - Divórcio e Segundo Casamento de Divorciados | JP Padilha


PERGUNTA: Qual a sua opinião sobre casamento forçado? Ex: Uma jovem menor é forçada a se casar com alguém que a violentou. Essa jovem poderia se casar novamente com alguém de sua escolha?

RESPOSTA: Não existe tal exceção para novas núpcias. A Bíblia diz que somente a viuvez permite ao cônjuge um novo casamento. Também não existe "casamento forçado". No caso da jovem, ela pode escolher ser fiel a Deus e sofrer as consequências de se dizer "não" ao casamento que lhe foi imputado. Todos nós temos responsabilidade sobre nossas ações. Um bom exemplo disso é o caso de Sadraque, Mesaque e Abednego, que tinham duas opções: Ou eles obedeciam ao decreto do rei Nabucodonosor, o qual consistia em adorar a estátua que ele havia feito para todos os povos adorarem, ou eles seriam queimados na fornalha. Se aqueles três judeus optassem por adorar a estátua, seriam punidos por Deus; e se optassem pela desobediência ao rei, seriam queimados vivos. A decisão desses três servos de Deus foi dizer “não” ao rei Nabucodonosor. Será que ser queimado vivo numa fornalha é menos doloroso do que um estupro? Para melhor entendimento da história, recomendo ao leitor que leia toda a trama em Daniel 3.

PERGUNTA: 
Mas, sendo menor de idade (cerca de 15 anos) não dá pra dizer “não” e sofrer as consequências. Isso é impossível.

RESPOSTA: Depende de como a pessoa foi educada. Depende se o indivíduo foi disciplinado segundo os moldes bíblicos ou segundo os padrões mundanos. Meus filhos, hoje, têm 3 e 5 anos e sabem muito bem dizer "não" para muitas coisas. Mas, digamos que um deles fosse forçado a se casar com uma mulher que não desejasse. Ainda assim o casamento é VITALÍCIO. É irrevogável. Nada é por acaso. Deus continua em Seu trono e é Ele quem determina cada acontecimento em nossas vidas. Ele diz: “Vede agora que Eu, Eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; Eu mato, e Eu faço viver; Eu firo, e Eu saro, e ninguém há que escape da minha mão” (Deuteronômio 32.39).

Um segundo ponto a ser considerado é que nós somos acostumados a desejar e amar para depois casar. No entanto, a Bíblia ensina o contrário: o amor é construído no casamento, e não o inverso. Você decide amar ou não uma pessoa. De outra forma, o amor não poderia ser um mandamento. Maria, por exemplo, tinha cerca de 15 anos quando foi PROMETIDA a José. A Bíblia diz que José “não conheceu Maria” enquanto ela não deu à luz a Jesus, que foi concebido pelo Espírito Santo (Mt 1.25). Quando a Bíblia diz que José “não a conheceu”, isto se refere ao fato de que José não teve ato sexual, nem qualquer intimidade com Maria até o nascimento de Jesus e a oficialização do matrimônio. O amor entre os dois foi sendo moldado conforme os anos de seu casamento, muito tempo depois, e não o inverso, como somos acostumados na nossa geração e cultura perversas. No mundo e na época em que vivemos, as pessoas têm relações sexuais e constroem o “amor” para depois se casarem. Isso se chama Prostituição na Bíblia. É um ato totalmente antibíblico e abominável a Deus.

PERGUNTA: 
Mas, e se o homem com quem fui forçada a me casar for mau? Se fosse um casamento minuciosamente arranjado, concordaria com você. Mas casar uma mulher com um homem que a estuprou é algo impossível de se suportar. Não se pode respeitar um homem assim, nem ser submissa a ele.

RESPOSTA: Deus não ordena que a mulher respeite o marido por causa do marido, mas sim para honrar a Deus. Não tem a ver com obediência ao homem, mas com submissão primária a Deus. Poderíamos falar de várias outras situações além do casamento forçado aqui, como por exemplo os cristãos primitivos que eram jogados na arena com os leões. Eles podiam dizer "não" e serem mortos antes da arena, mas, em sua maioria, preferiam correr o risco com os leões. Certamente vale a pena tentar pensar em algo mais doloroso do que um estupro. Mais uma vez eu apelo para a soberania de Deus; ela não falha; ela não possui sombra de variação. O "casamento forçado" é algo triste, em especial quando o homem estuprou sua futura esposa. Mas, será que é a coisa mais triste que existe na vida cristã? Será que tudo é tão ruim que não possa ser piorado? Meditemos, pois, nas ordens de Deus e não em nossa vã maneira de pensar.

PERGUNTA: 
E se o sofrimento em um casamento for maior do que nossa capacidade de suportar? E se for da vontade de Deus que eu não consiga dar conta disso?

RESPOSTA: Se fosse além do que o cônjuge pudesse suportar, Deus seria um mentiroso ao dizer que nos concede somente aflições que podemos suportar, e você certamente não estaria aqui para contar sua história. Deus não somente nos capacita a suportar as aflições a nós concedida, como também nos promete um escape: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1 Coríntios 10.13). Se Deus faz tal promessa a todos os santos da Igreja, por que, então, essa promessa não se cumpriria na vida de um casal que sofre com um casamento cercado de confusão?

Porventura é fácil perdoar aos que nos maltratam? Não. Assim como não é fácil ficar um dia sequer sem pecar, porque aquele que diz que não tem pecado é mentiroso. Todavia, Deus perdoa àqueles que se arrependem de seus pecados, e é Ele, Deus, quem opera nos Seus santos o querer e o efetuar, segundo a Sua boa vontade:

“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2.13-15).

“Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”
 (1 João 1.8-10).

Deus não irá se adaptar aos nossos caprichos, nem concordar com nossos pecados ou ficar alheio à nossa rebeldia. O SENHOR não tem o culpado por inocente. Existe a paz de Cristo e a paz do mundo. Pense bem em qual paz você está buscando. A Soberania de Deus e a responsabilidade humana andam de mãos dadas.

PERGUNTA: 
E se o homem com quem me casei for violento? Devo sofrer agressões e até ser morta por obediência a Deus?

RESPOSTA: Assim como no caso de qualquer vítima de assalto, assassinato ou sequestro, seja ela solteira ou casada, a Palavra de Deus não diz que alguém deve sofrer violência doméstica ou qualquer tipo de crime dessa magnitude. Para tal, Deus nos ensina que as autoridades por Ele constituídas estão a nosso serviço, atendendo exatamente a esses casos (Rm 13.1-6). O apóstolo Paulo explica que as autoridades são ministros de Deus para o nosso bem, estando elas sujeitas aos nossos pedidos de socorro. Elas estão postas por Deus para castigar o homem que faz o mal, como no caso do marido que agride sua esposa. O apóstolo prossegue dizendo que é por esse motivo que nós pagamos tributos (impostos) ao Estado ou governo.

Ou seja, o cristão ou cristã que está sendo vítima de maus tratos tem o direito e até mesmo o dever de recorrer às autoridades humanas, acionando a Polícia e outros meios de socorro. O indivíduo agressor pode vir a ser preso ou sofrer outros tipos de penalidades pelos seus atos criminosos. Isso pode até mesmo fazer uma mulher ou homem se livrar forçadamente do compromisso matrimonial. Todavia, vale ressaltar que o casamento entre ambos não foi findado. Ainda que o cônjuge agressor esteja numa prisão perpétua, enquanto ele estiver vivendo o cônjuge agredido deve permanecer no celibato, pois o casamento é indissolúvel. Essa aliança permanece enquanto os dois viverem, mesmo que à distância, como é o caso em questão.

PERGUNTA: 
E quem começou a andar com Jesus depois que já tinha se divorciado?

RESPOSTA: Quem matava, não mata mais... quem roubava, não rouba mais... e, da mesma forma, quem adulterava, não adultera mais, pois os adúlteros não herdarão o reino dos céus (1 Co 6.10). Muitos chegam a dizer: “Então, se um assassino mata alguém, como ele tornará atrás em seu ato, visto que a vítima já está morta?”. Ora, a resposta para tal é que pessoas mortas não voltam à vida (Hb 9.27), mas o casamento ainda não está morto, e o matrimônio é VITALÍCIO. Isto é, enquanto o cônjuge estiver vivendo, o casamento sempre estará de pé (Rm 7.1-3; Ef 4.27-28). Somente a morte separa o marido de sua esposa e ponto final.

Também sabemos que no nosso caso quem oficializa o casamento é o Estado, ou seja, a autoridade instituída por Deus para tais meios. Não vivemos na teocracia de Israel, quando as coisas funcionam de forma diferente na oficialização do casamento. O que causa muita confusão é que muita gente pensa que tem que estar convertido para se casar e ser considerado casado. Nada disso. A lei que rege o matrimônio se baseia na criação. O casamento vem antes da Lei (Gn 2.24).

CONCLUSÃO:

Jesus disse para os fariseus que Deus estabeleceu a ordem da imutabilidade do casamento antes mesmo da Lei (Gn 2.24; Mt 19.4-9). Os fariseus ficaram desesperados com isso. Até os discípulos ficaram com medo de se casar (Mt 19.10). O apóstolo Paulo tinha muito medo do casamento e até chegou a dar conselhos próprios aos homens, dizendo: "Se você está bem sem mulher, não procure mulher" (1 Coríntios 7.27). Isso é muito sério. Como toda a ordem de Deus, o assunto “Casamento” exige total sujeição da nossa parte para com Deus.

Nada disso deveria ser causa de escândalo ao cristão. Nada disso deveria impedi-lo de ser fiel a Deus. Nada nesta vida deveria tomar o lugar de Deus em nossos corações: “Nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor (Romanos 14.7,8).

Não estamos sozinhos no "vale da sombra e da morte". Cada membro do Corpo de Cristo sofre as mesmas aflições pelo mundo afora: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” (1 Pedro 5.8,9).

Quem ama a Deus, guarda os Seus mandamentos: “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (1 João 2.3,4).

– JP Padilha | Livro: O Evangelho Sem Disfarces – Volume 5 – Casamento, divórcio e novas núpcias
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