A farsa do Continuísmo | JP Padilha


Em meio a essa confusão provocada pelo movimento pentecostal desde seu surgimento em 1906, surgiu uma vertente sofística no próprio seio das denominações ditas “tradicionais”, a qual viria, igualmente, a se contrapor à Bíblia: o “Continuísmo”. Os adeptos desse movimento carismático não são muito diferentes dos pentecostais, mas possuem algumas peculiaridades que tem como finalidade convencer os outros de que, ao mesmo tempo em que acreditam que todos os dons/sinais da era apostólica se findaram, por outro lado – dizem eles – esses dons ainda estão em vigor, porém, de formas diferentes. Assim, os continuístas se colocam em um status acima dos pentecostais, afirmando que seu grupo não é herético como o movimento pentecostal pelo fato de que eles creem nesses sinais na forma como funcionavam nos dias dos apóstolos, e não na famigerada glossolalia do Pentecostalismo, onde se ouve “labaxúrias derecanta xalamáias xalabás”. Ou seja, os continuístas creem e ensinam que os dons de sinais da era apostólica ainda estão em funcionamento e que os crentes podem exercer o dom de línguas se cumprirem a regra de falarem em idiomas humanos, o que aconteceu em Atos e em 1 Coríntios. Porém, se você pedir para um continuísta lhe mostrar alguém que seja dotado desse dom, ou mesmo uma denominação religiosa em que esses dons estejam em pleno funcionamento, você ouvirá respostas incrivelmente absurdas, desconexas e sem fundamento bíblico, e ainda será acusado de incrédulo por tentar mostrar a essa pessoa que tudo isso não passa de um eufemismo apropriado para dar continuidade ao que o Pentecostalismo começou há algumas décadas.

Nas redes sociais costumo fazer perguntas a fim de extrair dessas pobres almas alguma resposta que contenha algum sentido para tal crendice. As respostas são sempre baseadas na experiência – no pragmatismo religioso – ou no que se ouviu falar de outros crentes. Em alguns casos, toda essa situação chega a ser engraçada. Dentre as respostas que aparecem nos comentários estão: - “O dom de línguas existe, mas só o dom de ‘línguas angélicas’ (???), pois as ‘línguas humanas’ cessaram”; - “Os dons de sinais só aparecem em períodos de ‘avivamento’”; - “Deus é invisível e, mesmo assim, cremos nele; e com os dons de sinais ocorre a mesma coisa”; “Você pediu o endereço de algum pastor curandeiro que opere os sinais e cure pessoas... toma aqui... mas saiba que eu nunca curei ninguém!” (?????). Confesso que não há outra saída para mim senão rir desses meninos supersticiosos e teimosos.

Qualquer cristão instruído também se surpreenderá se começar a procurar alguém que tenha sido curado milagrosamente por um continuísta, ou por um assim chamado “pastor” ou por algum crente que alegue ter o “dom de cura”. Em um país infectado por seitas pentecostais espalhadas em cada esquina, todas elas continuístas e cheias de crenças pagãs com práticas estranhas ao evangelho, você ficará perplexo ao ver que não há um cego sequer que tenha sido curado nelas, mesmo naquelas que estão funcionando há décadas. O continuísmo é, na prática, uma piada de mau gosto que desemboca na mesma heresia pentecostal – uma crendice ingênua e, em muitos casos, uma prática de heresia para fins lucrativos, sem qualquer relação com as Escrituras e com os fatos.

O Pentecostalismo e seu filho caçula, o continuísmo, têm causado um grande impacto negativo sobre a Igreja dos santos. Todavia, a verdadeira doutrina e espiritualidade da Igreja de Deus deve ser o foco do nosso trabalho em Cristo Jesus, mesmo debaixo de ataques, calúnias e rancores por parte da maioria. Devemos estar dispostos a desmascarar tais fábulas insanas e proclamar a todos o evangelho puro e sem mácula, centrado na salvação e na santificação do pecador, longe de sonhos, visões e curas imaginárias.

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–– JP Padilha / O Evangelho sem Disfarces
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